Agressão

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              BR SC TJSC TRRJ-24795 · Processo · 1819
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Auto de Devassa feitos à época de Nossa Senhora do Desterro

              Solicitação feita pelo Juiz Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva.
              Partes: Severino Nunes; Maria Caetana (Requerente); Severino Antônio Caetano; Maria de Vargas; Anna Marques; Francisco Porto; Francisco Duarte; Francisco da Costa (Requeridos);

              Resumo: Inquérito de interrogação e coleta de testemunhos referentes a uma carta que contém injúrias e agressão à esposa do requerente. Há menção à um corpo de delito que foi realizado, além de conter cartas anexas. Contém 30 testemunhos. O requerente é Soldado de Infantaria da Linha da Guarnição de Santa Catarina, da Competência de Caçador.

              Localidades: “Arraial”; São José da Terra Firme; Desterro; Caçador;

              Atuaram no Processo: Escrivão - João Francisco Cidade; Juiz - Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva;

              Variação de Nome: São José; Vila de Nossa Senhora do Desterro; Casadores;

              Untitled
              BR SC TJSC TRRJ-10331942 · Processo · 1833
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Cópia de uma petição realizada na comarca de Laguna, na época sob a comarca do sul da província de Santa Catarina.

              São partes nesse processo:

              • José Soares da Cunha (suplicante);
              • Ana do Rosário (vítima);
              • José Bento (réu).

              Resumo:

              • Nesta petição, em que é suplicante José Soares da Cunha e a vítima sua esposa Ana do Rosário, há um pedido de condenação e prisão a José Bento, que foi denunciado por agredir a vítima com chicote de umbigo de boi e pela tentativa de estuprá-la. Entretanto, com choro e gritos da vítima, sua vizinha, a viúva Mariana, foi alertada e a acudiu. A petição argumentou para que o réu fosse julgado.

              São mencionadas as seguintes localidades:

              • Fazenda de Santana da Vila Nova;
              • Cidade de Lages;
              • Cidade de Laguna;
              • Mirim da Laguna.

              Variação de nome:

              • Merin da Laguna.
              Untitled
              BR SC TJSC TRRJ-28997 · Processo · 1843
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de sumário crime realizados na vila de Lages, à época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Jose Marcellino Alves de Sá (queixoso);
              Antonio João (réu).

              Resumo:
              O capitão Jose Marcellino Alves de Sá prestou queixa contra Antonio João, que por sua vez é designado como indígena no processo. De acordo com ele, o réu o atacou com uma faca após ser cobrado por uma dívida pendente com o autor. O queixoso afirmou que desviou da tentativa de esfaqueamento e, segundo ele, nesse momento o réu caiu no chão e se machucou com a própria faca. Ainda caído, o suplicado pegou uma espada e tentou novamente feri-lo, sem sucesso.

              Por conta dos ferimentos causados, o réu passou por um exame de corpo de delito. Os examinadores encontraram feridas em sua mão esquerda, no estômago e no peito, causadas por ferro cortante. Eles declararam que nenhuma das feridas lhe seria letal.

              Nos depoimentos, a primeira testemunha afirmou que soube do caso por meio da escravizada de um colega, designada como mulata, que lhe contou sobre uma briga entre o autor e o réu do processo. Os declarantes alegaram ter avistado João ferido, mas não presenciaram a briga, além de terem visto o queixoso dar voz de prisão ao réu.

              Em uma interrogação com o réu, ele afirmou que não se feriu sozinho, mas sim que o capitão Marcelino o agrediu fisicamente, o derrubou no chão e o esfaqueou no estômago e no peito. Ele disse ainda que o queixoso deu voz de prisão a ele, mas que ele não obedeceu por ter medo de que o capitão o matasse no caminho para a delegacia. Ao ser perguntado se ele tinha interesse em prestar parte contra Marcelino, ele afirma que sim.

              As duas partes desistiram das respectivas queixas, e ambas assinaram termo de desistência. Ao final do processo, o queixoso foi condenado a pagar as custas.

              Localidades relevantes:
              delegacia de polícia da vila de Lages;
              vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

              Compõem o processo:
              auto de exame e corpo de delito direto;
              auto de qualificação;
              conta;
              correição;
              depoimentos de testemunhas;
              sentença;
              termo de desistência;
              termo de interrogação;
              termo de juramento.

              Atuaram no processo:
              delegado major Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
              delegado suplente Antonio Caetano Machado;
              escrivão Mathias Gomes da Silva;
              escrivão do subdelegado Felisberto Olimpio Caldeira;
              examinador Ignacio Carneiro Lobo;
              examinador alferes Antonio Fellipe Pessoa;
              juiz de paz suplente Joaquim Rodrigues de Oliveira e Costa;
              signatário Jose Joaquim da Cunha Passos;
              signatário Manoel Jose de Andrade Pereira;
              signatário capitão Jose Manoel Leite.

              BR SC TJSC TRRJ-28994 · Processo · 1849
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Sumário crime de queixa e denúncia realizado na vila de Lages, na época sob a segunda comarca de Santa Catarina.

              São partes neste processo:

              • Domiciano de Azevedo Camillo Mascarenhas (autor);
              • Caetano Antônio Teixeira (réu).

              Resumo:

              • Neste processo, o autor Domiciano d’Azevedo Camillo Mascarenhas apresentou queixa contra o réu Caetano Antônio Teixeira, morador em Curitibanos, pelo fato de que as terras do autor foram ilegalmente e irregularmente vendidas ao réu, por parte de Ignácio da Luz.
              • Domiciano era possuidor de uma propriedade rural contendo um rancho, no quarteirão dos Campos Novos; lá, abrigava Ignácio da Luz, que encontrava-se acometido pelo “mal de Lázaro” (hanseníase/lepra). Em um momento em que Domiciano ausentou-se daquela sua propriedade, Ignácio vendeu uma parte da propriedade a Caetano, sem o consentimento do proprietário e sem entregar a escritura ou qualquer outro documento comprobatório da posse de tais terras. Sem demora, Caetano e seu pessoal desmancharam o rancho de Domiciano, e colocaram gado para pastar na localidade. O autor, ao retornar, encontrou sua propriedade alterada e danificada, e começou a consertar os danos causados. Encontrou ali também um escravizado de posse sua, que foi ordenado pelo autor a dizer ao réu Caetano que desocupasse suas terras. Entretanto, segundo Domiciano, o escravizado fingiu ser leal, mas na verdade estava do lado do réu. O réu marchou, mais tarde, para a propriedade do autor, com camaradas seus, capangas e mais seis escravizados, munidos de armas de fogo, lanças e espadas; e cercando a Domiciano, insultaram-no, agrediram-no e ameaçaram-no de morte. De acordo com a denúncia, o autor manteve-se calmo, e por isso ele e sua família escaparam com vida. Desse modo, o autor veio à justiça para retratar a venda e receber indenizações.
              • O processo termina com a desistência da ação por parte do autor, pelo fato de que este firmou um acordo com o réu; foi definido que o réu ficou encarregado de desocupar a propriedade.

              São mencionadas as seguintes localidades:

              • Distrito/quarteirão de Campos Novos;
              • Curitibanos.

              Atuaram neste processo:

              • Escrivão Matthias Gomes da Silva;
              • Juiz Guilherme Ricken;
              • Oficial de justiça Gregório Antônio.

              Variações de nome:

              • Domiciano d’Azevedo Camello Mascarenhas;
              • Domiciano d'Azevedo Camillo Mascaranhas;
              • Domiciano de Azevedo Camello Mascarenhas.
              Untitled
              BR SC TJSC TRRJ-7161 · Processo · 1847 - 1861
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos sumário crime de morte ex officio realizado na vila de Lages, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              A Justiça (autora);
              Manoel Francisco (réu).

              Resumo:
              Este processo, em que Manoel Francisco é apontado como culpado, se inicia com o homicídio de Manoel Pereira da Silva Matos, encontrado em uma roça por seu irmão. Por meio do corpo de delito, revelou-se que o corpo tinha duas feridas causadas por arma de fogo.

              O processo contou com testemunhas. Ao decorrer dos depoimentos, é afirmado que o crime ocorreu inesperadamente, enquanto o falecido estava fazendo tarefas cotidianas da roça. Além disso, é alegado que o réu estava a cavalo no momento do ocorrido. Após o homicídio, o suplicado teria se direcionado à mulher do assassinado e, após machucá-la, havia saído correndo atrás de seu animal, que fugiu naquele momento. Com isso, o réu foi condenado à prisão e um mandato de captura foi publicado para a província de São Pedro do Rio Grande do Sul, provável local em que o denunciado se encontrava escondido.

              O réu foi preso no Rio Grande do Sul e interrogado em Lages. Ele afirmou que não cometeu o crime e não sabia informações detalhadas sobre o ocorrido, somente por ouvir falar. Além disso, alega que as testemunhas deram informações falsas, e que só foi para outra província visitar sua mãe, com objetivo de tomar benção. Ao decorrer do processo, Miguel Luis Tigre (sogro do assassinado) abre um auto de justificação; nele, são requeridas mais testemunhas a fim de provar a culpa do suplicado. O processo é concluído com sentença dada pelo juiz, mantendo a prisão do réu.

              Atuaram no processo:
              delegado de polícia Antonio Caetano Machado;
              escrivão Manoel Lucas Arnes;
              escrivão Mathias Gomes da Silva;
              escrivão Pacifico Antonio de Carvalho;
              examinador Claudianno de Oliveira Roza;
              examinador Jose Candido Coimbra Mayer;
              inspetor do quarteirão Francisco Monis de Moura;
              juiz de direito Firmino Rodrigues Silva;
              juiz municipal Antonio Gomes Pinheiro Machado;
              juiz municipal Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
              juiz municipal Guilherme Ricken;
              juiz municipal Jose Nicolau Pereira dos Santos;
              juiz municipal Lourenço Dias Baptista;
              oficial de justiça Jozé Affonso de Oliveira;
              promotor público Antonio Carlos de Carvalho;
              promotor público Antonio Ricken de Amorim;
              signatário Candido Ribeiro Pinto;
              signatário Irino Pereira da Silva;
              signatário João Pedro da Silva;
              signatário Jorge Trueter;
              signatário Jose da Silva Ribeiro;
              signatário Maximiano Jozé de Oliveira;
              subdelegado Francisco Ribeiro Pinto.

              Localidades relevantes:
              comarca de missões;
              comarca do norte;
              delegacia da polícia da vila de Lages;
              freguesia de Santa Maria da Boca do Monte (atual município de Santa Maria, Rio Grande do Sul);
              província de São Pedro do Rio Grande do Sul;
              quarteirão de Caveiras;
              quarteirão do Portão (atual município de Painel, Santa Catarina);
              quarteirão dos Campestres;
              vila de Cruz Alta (atual município de Cruz Alta, Rio Grande do Sul);
              vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

              Compõem o processo:
              auto de corpo de delito direto;
              autos cíveis de justificação;
              autos de qualificação;
              carta requisitória de diligência;
              correições;
              mandado de prisão e captura;
              sentença;
              sumário crime;
              testemunhos.

              Variação de nome:
              Manoel de Santa Barba (réu);
              Manoel Fernandes (réu);
              Manoel Santa Barbara (réu).

              BR SC TJSC TRRJ-20353 · Processo · 1851
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos crime de recurso realizado na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Francisco Antonio de Moraes (réu e recorrente);
              Antonio (escravizado, réu e recorrente);
              Antonio Joze Pereria Branco (recorrente);
              A Justiça (autora e recorrida).

              Resumo:
              Neste processo, os réus presos Francisco Antonio de Mores e Antonio (escravizado, descrito como “preto”), visam aplicar recurso à decisão do juiz responsável pelo julgamento de um crime de homicídio, cometido por estes réus contra o escravizado Salvador (designado como mulato). Para tal, foram anexados traslados do sumário crime referente ao ocorrido, objetivando a reavaliação do caso e absolvição dos réus.

              Durante o traslado, é revelado que o crime foi cometido através de bordoadas, causando morte instantânea. Nos depoimentos, é alegado que Salvador — descrito como um indivíduo “louco”, acometido por crises de confusão violenta — estava foragido da casa onde era escravizado e, nesse período, tentou entrar em algumas moradas da vila portando algumas armas. De acordo com a pessoa presente durante o ocorrido, os réus solicitaram que Antonio tentasse conduzir Salvador até a casa, mas é descrito que ele não aceitou as condições de submissão e o agrediu. Com isso, os suplicados atacaram Salvador, que desviou de facadas e tentou fugir, mas foi atingido por um pedaço de madeira na cabeça. Por essas circunstâncias, ainda na cópia da ação, o primeiro juiz condenou os réus a serem pronunciados ao tribunal do júri e presos na cadeia pública.

              Após nova análise do recurso e do traslado, o juiz responsável requereu sentença de absolvição dos réus com mandado de soltura, por circunstâncias como o “estado de loucura” do falecido e as armas que ele portava. Com isso, os réus foram soltos com paz de justiça e as custas da ação foram pagas pelo cofre da municipalidade de Lages. Posteriormente, o processo original de autos crime de morte ex officio foi anexado à ação.

              Atuaram no processo:
              escrivão Generoso Pereira dos Anjos Junior;
              escrivão Miguel Gonçalves Franco;
              examinador e inspetor Manoel Borges de Oliveira;
              examinador Policarpo Sezar de Oliveira;
              juiz de direito Francisco Vieira da Costa;
              juiz municipal Guilherme Ricken;
              procurador e signatário major Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
              signatário Domingos Leite.

              Localidades relevantes:
              cadeia pública da vila de Lages;
              Capão Bonito;
              vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
              segunda comarca.

              Compõem o processo:
              autos crime de morte ex officio;
              contas;
              despronúncia;
              mandado de soltura;
              procuração;
              recurso;
              sentença;
              termo de recurso;
              traslado de auto de corpo de delito direto;
              traslado de mandado de captura;
              traslado de pronúncia;
              traslado de sumário crime;
              traslado de testemunhos.

              Variação de nome:
              examinador Policarpo Cezar Branco.

              BR SC TJSC TRRJ-20357 · Processo · 1851
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de Sumário Crime realizado na Vila de Lages, na época sob a Segunda Comarca.

              Partes do processo:
              A Justiça (autor);
              José Elias Monteiro (vítima);
              Feliz José Caetano (réu);
              Joze Antonio Branco (réu);
              Gabriel de Lima dos Anjos (réu);
              Francisco Franco (réu);
              Silverio (réu).

              Resumo: Neste processo são feitos os autos de sumário crime de 4 diferentes réus, acusados todos de serem cúmplices na tentativa de homicídio e agressão a José Elias Monteiro, por parte de seu escravizado, Silverio. O crime original é narrado através de testemunhos, no qual se tratou da tentativa de homicídio efetuada por Silverio contra seu senhor, na qual ele desferiu diversos golpes de machado na cabeça do mesmo, causando-lhe múltiplos ferimentos graves, após o ataque feito, Silverio realiza o furto de diversos bens e roupas de seu senhor, além de uma alta quantia de ouro. Com base nos relatos de testemunhas são então acusados os réus Feliz José Caetano, Joze Antonio Branco, Gabriel de Lima dos Anjos e, posteriormente, Francisco Franco, entre os quais um deles é descrito como aleijado (com deficiência). É afirmado que o réu Feliz José Caetano, abordou o escravizado Silverio afirmando ter feito ferimentos mortais em seu proprietário, com o réu tentando negociar 02 cavalos com o escravizado. Dado a vistoria na casa do réu em busca do escravizado, foram encontrados também vestimentas, ouro e pistola pertencentes à vítima. Seguindo as investigações foram encontrados mais bens da vítima sob mãos do outro réu Joze Antonio Branco. Silverio foi encontrado na propriedade de Gabriel de Lima dos Anjos, acusado por abrigar o foragido. Em contrapartida, no depoimento da vítima, foi apenas acusado Silverio como culpado pelos ferimentos e roubo, mas tendo-os distribuídos entre os outros réus e Francisco Franco em acordo prévio. Houve a condenação dos réus, e absolvição de Gabriel de Lima dos Santos e Joze Antonio Branco.

              Atuaram no processo:
              escrivão interino Generoso Pereira dos Anjos Junior;
              signatário Antonio Ricken de Amorim;
              signatário Jorge Xavier de Vasconcellos;
              signatário Joze Coelho de Avilla;
              signatário Antonio Rodrigues de Lima;
              porteiro e signatário Domingos Leite;
              procurador defensor Antonio Saturnino de Ramos de Oliveira;
              promotor Fernando Machado Vieira;
              promotor Frederico Xavier de Souza;
              oficial de justiça Gregorio Antonio;
              juiz municipal e delegado Guilherme Ricken;
              juiz de direito doutor Francisco Vieira da Costa.

              Localidades relevantes:
              Quarteirão dos Curitibanos;
              Cachorros;
              Rio dos Cachorros;
              Curitiba.

              Compõem o processo:
              Petição inicial;
              Testemunhos;
              Interrogatório;
              Libelo acusatório;
              Sentença;
              Conclusão;
              Tomada de contas.

              Variação de nome:
              Felix José Caetano;
              Caxorros;
              Coritiba.

              BR SC TJSC TRRJ-28984 · Processo
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Sumário Crime realizado na vila de Lages, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              A Justiça (autora);
              Antonio Faustino (réu).

              Resumo:
              Este processo se inicia com o homicídio de Joze Ignacio de Oliveira, e apontamento de Antonio Faustino como culpado. Maria da Luz, esposa do falecido, desiste de abrir ação contra o réu, por seu estado de pobreza; com isso, a justiça é tida como autora da ação.

              O processo contou com testemunhas. Durante depoimentos, é revelado que o crime se iniciou com uma discussão entre o réu e a vítima enquanto ambos viajavam em uma tropa de cargueiros, comandada pelo assassinado. Após os desentendimentos, o culpado se escondeu e atacou Joze por meio de espancamento com um estribo, seguido de facada; além disso, é afirmado que o réu fugiu após o crime. Os depoentes reconheceram o talim (cinto) de espada que foi encontrado com sangue na cena do crime, e afirmaram que o acessório pertencia ao falecido.

              Em contra libelo, o réu afirma que o crime foi cometido em legítima defesa. Na sua versão dos fatos, é alegado que o primeiro golpe de estribo saiu das mãos da vítima, que estava “enfurecida” e a cavalo. Como estavam próximos de um itaimbé (morro alto), o réu diz que puxar sua faca foi a única alternativa considerada, pois não conseguiria escapar de ré. O réu foi pronunciado e o caso foi levado ao Tribunal do Júri. Por unanimidade foi defendido que o réu era o autor do crime, e por voto da maioria foi decidido que o ocorrido não foi realizado em legítima defesa. Com isso, o suplicado foi sentenciado a prisão simples e pagamento das custas da ação.

              Durante a ata das sessões de júri, são citados outros processos vistos no mesmo dia do julgamento; dentro dela, é citada uma mulher escravizada de nome Felicidade, ré de uma ação de ferimento.

              Atuaram no processo:
              delegado de polícia Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
              escrivão e tabelião Mathias Gomes da Silva;
              examinador e procurador capitão Generoso Pereira dos Anjos;
              examinador Guilherme Ricken;
              juiz de direito Firmino Rodrigues Silva;
              juiz municipal Lourenço Dias Baptista;
              juiz municipal primeiro suplente e signatário alferes João Thomaz e Silva;
              porteiro do tribunal Domingos Leite;
              procurador e signatário tenente Francisco Jose Alves Monteiro;
              promotor público Antonio Carlos de Carvalho;
              sargento Joaquim Dias de Moraes;
              signatário alferes Antonio Pereira Borges;
              signatário Antonio Luiz;
              signatário Constancio Xavier de Souza;
              signatário Francisco Gomes da Silva;
              signatário Laurentino Jose da Costa.

              Localidades relevantes:
              comarca do norte;
              estrada do Trombudo;
              restinga de Santa Clara;
              vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

              Compõem o processo:
              agravo;
              ata da sessão de júri;
              auto de corpo de delito direto;
              auto de qualificação;
              cópia de libelo crime acusatório;
              contas;
              contralibelo;
              correições;
              edital de convocação do júri;
              interrogatório;
              libelo crime acusatório;
              procuração;
              pronúncia;
              repergunta;
              termo de juramento;
              termos de desistência;
              testemunhos.