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            2 Descrição arquivística resultados para Brasil

            Autos de agravo de Maria da Conceição e outros.
            BR SC TJSC TRRJ-7157 · Processo · 1833
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Autos de Agravo realizado em Nossa Senhora dos Prazeres de Lages, na época sob a comarca da cidade do Desterro, Ilha de Santa Catarina.

            Nome das Partes:
            Maria da Conceição (agravante);
            Vicente Rodrigues de Athaide (falecido);
            Claro Rodrigues de Athaide (agravante);
            João da Silva Mota (agravante);
            Francisco de Souza Machado (agravante);
            Manoel Rodrigues de Athaide (agravante);
            Manoel Jose dos Santos (agravante);
            Severino da Silva Mota (agravante);
            Antônio Correia França (agravante);
            Vicente Rodrigues (agravante);
            Jose Pedroso do Amaral (agravante);
            Clara Maria de Bitancourt Santos (agravada);
            Miguel Gonçalves dos Santos (falecido).

            Resumo:
            Os proprietários do rincão denominado Saldanha, alegam que o Juiz José Caetano de Carvalho e Souza deu ao Coronel João Marcos dos Santos Bitancor a posse de suas propriedades. É mencionada uma vistoria no referido Rincão, sem que os suplicantes fossem citados, realizada enquanto estavam ausentes da propriedade, atendendo a uma convocação e comparecendo à guarda do Colégio Eleitoral desta vila.
            Em uma procuração utilizada para comprovar a posse dos suplicantes, narra-se a história da povoação do Rincão. O documento descreve as terras como sesmarias (terras cedidas pela coroa portuguesa para colonização) e menciona períodos de ocupação, conflitos com indígenas, denominados “bugres”, e com animais selvagens, como “tigres”. Em determinado momento, é descrito que a região ficou desabitada, até que Vicente Rodrigues de Ataíde retomou o uso das terras e repovoou o local. A esposa e viúva deste, Maria da Conceição, é mencionada como parda.
            O advogado ainda menciona que os proprietários foram pegos de surpresa, com tal ação, insultados e chamados de ladrões, caboclos e bugres, atormentados por vários anos. É mencionado uma ação de bem viver contra os agravantes.
            Afirma-se que o agravado apresentou a escritura de compra feita por seu pai, mas ressaltou que as terras ficaram desocupadas por muitos anos. Após o repovoamento promovido pelo suplicante, decorreram 40 anos sem que ninguém questionasse essa posse. Ele faz referência à garantia pela constituição do império e discorre sobre o fato de que uma ação sem a citação das partes interessadas é nula.
            O procurador e filho da suplicada contesta as alegações com um protesto, mencionando a adulteração referente ao agravo e falsidade em documentos. Ainda declara que o agravo se originou de uma justificação cível e autos de posse, em que a agravada é justificante para legitimar a posse das terras, e cita que elas eram campos de criar contíguos aos reis, da parte do Potreiro Grande e Potreiro de Nossa Senhora. Como prova, havia uma carta de sesmarias conferida por Sua Majestade para Manuel Teixeira de Oliveira Cardozo, e uma escritura de compra e venda, datada de 1792, que seu falecido marido adquiriu, registrada no Livro de Notas do escrivão público.
            Posteriormente, foi trazido um auto de conciliação, no qual, não sendo possível a proposição de acordo, realizou-se a audiência com pedido de um mandado de despejo, onde é mencionada a ausência dos réus. Processo é finalizado de forma inconclusiva.

            Atuaram no processo:
            escrivão Generoso Pereira dos Anjos;
            escrivão Antônio de Araújo França;
            escrivão João Baptista de Barros;
            escrivão Manoel Gomes de Souza;
            escrivão João Antônio Pires de Almeida Leite Penteado;
            juiz ordinário e procurador ordinário capitão José Caetano de Carvalho e Souza;
            juiz de paz suplente João Thomas e Silva;
            procurador tenente coronel oficial superior da fazenda da Marinha da Corte João Marcos dos Santos Bitancourt;
            procurador Antônio Caetano Machado;
            oficial de justiça Joaquim Pedro de Oliveira.

            Localidades relevantes:
            Vila de Lages (atual cidade de Lages);
            Porto Alegre;
            Vacaria;
            Potreiro Grande;
            Potreiro de Nossa Senhora;
            Ribeirão;
            Campos do Serrito;
            Rio Caveiras;
            Tapera;
            Capital da província de São Paulo;
            Rio de Janeiro;
            Mattos do potreiro grande.

            Compõem o processo:
            Termo de agravo do juiz ordinário para a Ouvidoria Geral desta comarca;
            Procurações;
            Intimação do Agravo;
            Termo de substabelecimento;
            Auto de testemunhas;
            Protesto na relação da Corte;
            Auto de posse;
            Traslado de vistoria;
            Traslado de termo de Conciliação;
            Certidão;
            Audiência:
            Mandado de despejo;
            Sentença;
            Termo de substabelecimento.

            Variação de nome:
            Maria da Conceipção Castro;
            Antonio Caetano Maxado;
            Claro Rodrigues de Attaide;
            Claro Rodrigues de Ataide;
            Jose Rodrigues de Ataide;
            Clara Maria de Bitancort Santos;
            Vicente Rodrigues de Attaide;
            João Marcos dos Santos Bitancor;
            João Marcos dos Santos Bitencourt;
            Zeferino da Silva Mota.

            Curatela, Reclamação e Protesto de Maria Joaquina
            BR SC TJSC TRRJ-86305 · Processo · 1849
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Autos de curadoria, reclamação e protesto realizados na vila de São Miguel, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Maria Joaquina (suplicante).

            Herdeiros:
            Francisco Antonio;
            José Antonio dos Santos;
            Luis Antonio.

            Resumo:
            Nestes autos, a autora Maria Joaquina nomeou seu genro, Antonio Manoel, para agir como seu procurador. Entretanto, a autora contesta uma procuração feita por José Antonio dos Santos, seu filho, afirmando que o documento é falso e foi realizado criminosamente, por meio de fraude, pois ela não tinha lhe garantido os poderes de procurador.

            A dita procuração continha a nomeação de um tutor que cuidaria de seus bens e, por isso, a suplicante pede que ela não tenha vigor na justiça. O documento foi anexado no processo, em que se citavam casas e três pessoas escravizadas: Pedro (de nação Congo), Benigna (designada enquanto crioula) e Luiz (descrito como mulato).

            Em seu depoimento, José Antonio dos Santos moveu um contraprotesto às afirmações da suplicante, em que pediu os seus direitos aos quinhões hereditários sobre o escravizado Pedro, e solicitou uma carta precatória. Ele afirmou que assinou o termo de curador por seus irmãos estarem ausentes, já que haviam falecido.

            A suplicante faleceu antes da sentença ter sido concluída. Com isso, o juiz afirmou que a ação ficaria sem efeito na lei, e solicitou que uma parte da herança fosse separada para o pagamento do processo.

            Localidades relevantes:
            Inferninho;
            Tijuquinhas;
            barra do rio Tijucas Grandes;
            cidade de Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
            vila de Porto Bello (atual município de Porto Belo, Santa Catarina);
            vila de São Miguel (atual município de Biguaçu, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            carta precatória de diligência;
            contas;
            juramento ao curador;
            procuração;
            termo de contraprotesto;
            termo de declaração e descrição dos bens;
            termo de reclamação e protesto.

            Atuaram no processo:
            curador Antonio Manoel;
            escrivão Amancio José Ferreira;
            juiz municipal e de órfãos substituto Joaquim José Dias de Siqueira;
            juiz municipal e de órfãos segundo suplente Antonio de Souza e Cunha;
            juiz de órfãos segundo suplente Joaquim da Silva Ramalho Mellado;
            oficial de justiça Joze Loredo de Mesquita;
            procurador Antonio Manoel;
            procurador João de Souza Ribeiro;
            procurador José de Souza Ribeiro;
            signatário Alexandre Gonçalves da Luz;
            signatário Antonio Manoel;
            signatário José Alves de Araujo Lima;
            signatário Luiz Coelho Machado;
            tabelião José Manoel de Araujo Roslindo.