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            Sumário crime de queixa de Severino Pereira dos Santos
            BR SC TJSC TRRJ-28988 · Processo · 1846 - 1850
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Sumário crime de queixa realizado na vila de Lages, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Severino Pereira dos Santos (queixoso);
            Antonio Rodrigues Lima (réu).

            Resumo:
            Severino Pereira dos Santos abre o processo para denunciar Antonio Rodrigues Lima, por tentativa de homicídio. O queixoso afirmou que o réu deu uma facada embaixo de seu peito, causando graves danos físicos, e requereu um corpo de delito, onde se confirmou o ferimento feito e a arma utilizada.

            O processo contou com testemunhas. Nos depoimentos, três pessoas escravizadas e uma pessoa indígena são mencionadas, pois estavam na cena do crime e presenciaram o ocorrido. É afirmado também que a violência ocorreu em Morro Grande, onde o queixoso trabalhava como carpinteiro, e se iniciou com insultos proferidos ao autor e às outras pessoas que ali estavam, seguido do réu o esfaqueando no terreno e fugindo. Todos os declarantes confirmaram a ação do crime, por ver ou ouvir falar.

            Os testemunhos foram dados como procedentes pelo juiz. Com isso, foi publicado um mandado para a captura do réu e seu nome foi colocado no rol dos culpados. Ele foi localizado em Tubarão, mas foi solto por fiança.

            Em contradição ao libelo acusatório realizado e durante interrogatório, o réu e promotor público representante pontuaram outras versões do ocorrido: ao chegar de viagem, foi convidado a entrar no local do acontecimento pela caseira da casa, Felisbina. Ele aproveitou a ocasião para tratar de um possível furto de bois que teria acontecido e, quando tocou no assunto, os homens na casa se alteraram. Quando o suplicante apareceu no ambiente, disse palavras ofensivas e perseguiu o suplicado pelo terreno o agarrando pelas costas, e o denunciado tendo como defesa pegou uma faca de cortar fumo e atingiu o autor.

            Durante o júri popular, foi decidido que por mais que o queixoso tenha sofrido graves danos físicos, a ação do réu foi em legítima defesa e objetivou evitar males maiores. A pena do suplicado, que antes era máxima, foi reelaborada juntamente com o pagamento de multa calculada pelos árbitros. Ao decorrer dos dias, o suplicado pagou o valor e cumpre a sentença. Com isso, o juiz ordenou que fosse dada baixa na culpa do réu e retirado o seu nome do rol dos culpados, e que também fosse publicado um alvará de soltura em seu favor.

            Atuaram no processo:
            árbitro e perito Claudiano de Oliveira Rosa;
            árbitro José Antonio Botelho;
            delegado Antonio Caetano Machado;
            delegado Joaquim e Antunes de Oliveira;
            escrivão e tabelião Mathias Gomes da Silva;
            escrivão Manoel Antonio de Azevedo;
            examinador Guilherme Ricken;
            examinador manoel Jose de Andrade Pereira;
            fiador Jorge Trueter;
            inspetor do quarteirão João da Silva Ribeiro;
            juiz de distrito Firmino Rodrigues Silva;
            juiz municipal e perito delegado Guilherme Ricken;
            juiz municipal e vereador Lourenço Dias Baptista;
            juiz municipal Matheus Jose de Souza;
            porteiro do tribunal Domingos Leite;
            presidente do tribunal Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
            procurador da câmara Antonio Benedicto dos Santos;
            procurador e signatário José da Silva Ribeiro;
            procurador Joaquim Manoel de Oliveira;
            promotor público Antonio Carlos de Carvalho;
            signatário Manoel Joze de Santa Anna.

            Localidades relevantes:
            comarca do norte;
            distrito de Costa da Serra;
            distrito de Tubarão (atual município de Tubarão, Santa Catarina);
            Morro Grande;
            vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            alvará de soltura;
            arbitramento;
            auto de qualificação;
            carta precatória;
            certidão de pagamento de fiança;
            convocação do júri;
            contas;
            cópia da convocação do júri;
            cópia do libelo crime acusatório;
            corpo de delito;
            correição;
            interrogatório;
            libelo crime acusatório;
            mandado de prisão;
            procuração;
            sentença;
            termo de comparecimento;
            termos de juramento;
            testemunhos.

            Variação de nome:
            Seberino Pereira dos Santos.

            Sumário crime de Jose Marcellino Alves de Sá
            BR SC TJSC TRRJ-28997 · Processo · 1843
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Autos de sumário crime realizados na vila de Lages, à época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Jose Marcellino Alves de Sá (queixoso);
            Antonio João (réu).

            Resumo:
            O capitão Jose Marcellino Alves de Sá prestou queixa contra Antonio João, que por sua vez é designado como indígena no processo. De acordo com ele, o réu o atacou com uma faca após ser cobrado por uma dívida pendente com o autor. O queixoso afirmou que desviou da tentativa de esfaqueamento e, segundo ele, nesse momento o réu caiu no chão e se machucou com a própria faca. Ainda caído, o suplicado pegou uma espada e tentou novamente feri-lo, sem sucesso.

            Por conta dos ferimentos causados, o réu passou por um exame de corpo de delito. Os examinadores encontraram feridas em sua mão esquerda, no estômago e no peito, causadas por ferro cortante. Eles declararam que nenhuma das feridas lhe seria letal.

            Nos depoimentos, a primeira testemunha afirmou que soube do caso por meio da escravizada de um colega, designada como mulata, que lhe contou sobre uma briga entre o autor e o réu do processo. Os declarantes alegaram ter avistado João ferido, mas não presenciaram a briga, além de terem visto o queixoso dar voz de prisão ao réu.

            Em uma interrogação com o réu, ele afirmou que não se feriu sozinho, mas sim que o capitão Marcelino o agrediu fisicamente, o derrubou no chão e o esfaqueou no estômago e no peito. Ele disse ainda que o queixoso deu voz de prisão a ele, mas que ele não obedeceu por ter medo de que o capitão o matasse no caminho para a delegacia. Ao ser perguntado se ele tinha interesse em prestar parte contra Marcelino, ele afirma que sim.

            As duas partes desistiram das respectivas queixas, e ambas assinaram termo de desistência. Ao final do processo, o queixoso foi condenado a pagar as custas.

            Localidades relevantes:
            delegacia de polícia da vila de Lages;
            vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            auto de exame e corpo de delito direto;
            auto de qualificação;
            conta;
            correição;
            depoimentos de testemunhas;
            sentença;
            termo de desistência;
            termo de interrogação;
            termo de juramento.

            Atuaram no processo:
            delegado major Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
            delegado suplente Antonio Caetano Machado;
            escrivão Mathias Gomes da Silva;
            escrivão do subdelegado Felisberto Olimpio Caldeira;
            examinador Ignacio Carneiro Lobo;
            examinador alferes Antonio Fellipe Pessoa;
            juiz de paz suplente Joaquim Rodrigues de Oliveira e Costa;
            signatário Jose Joaquim da Cunha Passos;
            signatário Manoel Jose de Andrade Pereira;
            signatário capitão Jose Manoel Leite.

            Processo Crime de Flambiano Feliz da Silva
            BR SC TJSC TRRJ-79328 · Processo · 1847
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Processo de sumário crime de queixa autuado na vila de Lages, na época circunscrita à comarca do Norte da província de Santa Catarina.

            São partes neste processo:

            • Maria Joaquina do Nascimento (autora);
            • Flambiano Feliz da Silva (vítima);
            • Manoel Lauriano (réu);
            • Alexandrina Maria (ré).

            Resumo:

            • O fato criminoso deste processo de sumário crime de queixa consiste em um tiro, disparado pelo réu, o indígena Manoel Lauriano, contra a vítima, Flambiano Feliz da Silva. A vítima havia saído a cavalo em direção à casa de um vizinho, quando encontrou-se com o réu, que também estava a cavalo. O réu retornava da casa de seu patrão, Manoel de Moraes. Sabendo disso, a vítima convidou o réu a acompanhá-lo para visitar tal patrão, que era seu camarada, convite que foi aceito. Entretanto, enquanto a vítima parou no caminho e se agachou à beira de uma lagoa para beber água, o réu disparou-lhe um tiro de pistola por suas costas. Graves ferimentos foram produzidos pelo disparo na região do “osso sacro” (base da coluna vertebral, próximo ao cóccix). É mencionado, em depoimentos das testemunhas, que o réu agiu sob comando de uma escravizada, de nome Alexandrina Maria, alternativamente chamada de Felicidade. A escravizada era de propriedade da queixosa e esposa da vítima, Maria Joaquina do Nascimento. O réu foi preso, e confessou o crime após ser detido. Réu sentenciado a cumprir pena de 20 anos de prisão simples, na cadeia da Capital.

            São mencionadas as seguintes localidades:

            • Cadeia da vila de Lages;
            • Cadeia da Capital;
            • Estância de Morrinhos;
            • Fazenda do Capão Bonito;
            • Quarteirão do Capão Bonito;
            • Quarteirão do Salto.

            Atuaram neste processo:

            • Curador Antônio Saturnino de Souza e Oliveira;
            • Curador José da Silva Furtado;
            • Escrivão Constâncio Xavier de Souza;
            • Informante/perito José Manoel de Oliveira;
            • Informante/perito Manoel Caetano do Amaral;
            • Juiz Fermino Rodrigues Silva;
            • Juiz João Lourenço Dias Baptista;
            • Juiz/delegado Guilherme Ricken;
            • Juiz/delegado Manoel Caetano do Amaral;
            • Procurador Joaquim Rodrigues de Oliveira;
            • Procurador/capitão Generoso Pereira dos Anjos;
            • Promotor público Antônio Carlos de Carvalho;
            • Subdelegado José Cândido Coimbra Mayer;
            • Tabelião Mathias Gomes da Silva.

            Variação de nome:

            • Índio Manoel;
            • Manoel Índio;
            • Felicidade.
            Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
            Processo Crime de Cândido Machado

            Partes:
            Cândido Machado (réu);
            José Theodoro (réu);
            Ignacio de Tal (réu);
            Joaquim Fernando da Fonseca Azambuja (réu);
            A Justiça, por seu promotor (autor);
            Maria Bugra Catequisada (vítima).

            Homicídio; escravidão; escravizado; furto de escravizados; Lages; Comarca do Norte; Província de Santa Catarina; Porto Alegre; Freguesia de Vacaria; procurações parcialmente impressas em “tipos” nas páginas 85 e 115.

            Antonio Saturino de Souza e Oliveira, major, delegado de polícia;
            Anastacio G. de Araujo, testemunha;
            Antonio Ricken de Amorim, escrivão;
            Basilio da Costa Moreira;
            Claudiano de Oliveira Rosa;
            Generoso Pereira dos Anjos;
            João Thomas e Silva;
            João Francisco de Souza;
            João Vicente Fernandes, Curador Geral, padre;
            José Joaquim da Cunha Passos, procurador;
            Joaquim Dias de Moraes;
            Joaquim Fernandes da Fonseca Azambuja;
            Luis Gonzaga de Almeida, tenente;
            Mathias Gomes da Silva;
            Tiburcio Pinto Carneiro, testemunha.

            Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
            Inventário de João Thomaz e Silva
            BR SC TJSC TRRJ-28476 · Processo · 1861
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Partes:
            Alferes João Thomaz e Silva (falecido); João Ferreira da Maia (herdeiro testamenteiro e inventariante)

            João Ferreira da Maia era casado com Luzia Alves Vianna, filha do falecido;
            José Luiz Pereira, Ismael de Liz e Silva, Manoel Ignacio de Liz, Maria Thereza Pereira, herdeiros e co-herdeiros; escrivão interino Theodorico José Correia; no testamento, o falecido realiza doação (em usufruto) de parte de suas terras ao reverendo padre Miguel Teixeira Guimarães; a doação ao padre, caso não aceitasse as condições ou depois de sua morte, seria transferida para as netas e netos do falecido; deixa uma vaca para cada um dos órfãos Antonio e sua irmã Maria Bugra, filhos legítimos dos falecidos Manoel Bugre e de sua mulher Thereza Bugre, os quais estavam na companhia do genro do falecido, João Ferreira da Maia (fl. 10); na segunda parte do inventário, o termo bugre é substituído por Borges (fls. 84-85); oferece metade da liberdade à sua escrava (parda) Leocadia, pelos bons serviços prestados e pede aos seus herdeiros que façam o mesmo com a outra metade do valor da escrava, ou ao menos facilitem a sua liberdade; liberta o escravo Antonio, de nação Benguela, por ser velho e doente; para o pagamento de suas dívidas deixou responsável o inventariante; o falecido possuía dívida com o senhor João Baptista Caetano, de Porto Alegre; dívida com o senhor Bento Albino, de Sorocaba; vila de Lages, comarca de São José; juiz municipal José Joaquim da Cunha Passos; escrivão Constancio Xavier de Souza; juiz de órfãos José Nicolau Pereira dos Santos; utensílios domésticos; propriedades rurais; Fazenda do Amola Facas; gado; cavalos; burros; 7 escravos; o herdeiro Manoel Ignacio discordou da partilha (porque suas dívidas com o pai foram contabilizadas).

            Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
            Execução de Sentença de João Jozé de Mattos
            BR SC TJSC TRRJ-79638 · Processo · 1831
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Execução de Sentença realizada na vila de Lages

            Partes do Processo:
            João Vicente da Roza (autor);
            João José de Mattos (réu).

            Resumo: Sentença de execução de uma ação de dez dias, no qual o autor João Vicente da Roza afirma que o réu João José de Mattos lhe é devedor de uma certa quantia de dinheiro, proveniente de um crédito cedido pelo autor. É então feita uma audiência com o réu, eventualmente chegando a uma sentença que resultou na penhora de uma casa do réu. Porém, ao ser penhorada a propriedade do réu, são afetados o casal de José Francisco de Paula e Maria Magdalena do Espirito Santo, os quais abrem um embargo contra a execução de sentença, de forma a evitar qualquer dano ou prejuízo em sua propriedade.
            É também mencionado no embargo que essa propriedade passou por conflito com povos indígenas em seu longo tempo de existência.

            Atuaram no Processo:
            escrivão Marcelino da Costa Luis;
            escrivão e tabelião Generoso Pereira dos Anjos;
            escrivão e tabelião José Domingues de Couto;
            avaliador Domingos José de Sampaio;
            avaliador Salvador Horiano;
            alcaide Joaquim Pedro de Oliveira;
            depositário João Teixeira da Luz;
            oficial de justiça Joaquim Pedro de Oliveira;
            juiz ordinario Nicolao de Lis e Abreu;
            juiz de paz capitão Manoel Cavalheiro Leitão.

            Localidades relevantes:
            Villa de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages;

            Compõem o processo:
            Traslado de sentença cível de ação de dez dias;
            Audiência;
            Auto de penhora de propriedade;
            Termo de depósito;
            Auto de praça;
            Embargo;
            Escritura.

            Corpo de Delito de João Francisco de Medeiros
            BR SC TJSC TRPOA-10772707 · Processo · 1883
            Parte de II - Tribunal da Relação de Porto Alegre

            Partes:Partes:
            João Francisco de Medeiros, vítima;
            A justiça Pública, autora.

            Excursão de indígenas no distrito de São Joaquim; vítima e companheiros em visita a roça e caçando jacutinga; emboscada; ataque por grande número de indígenas; tiroteio; arma de fogo; pistola; arma de disparo; arco e flecha; homicídio; vítima morta por flechada no pescoço; utilização do termo "bugre";
            Distrito de São Joaquim da Costa da Serra; Quarteirão do Cedro; Lageado; Sant'Anna
            Delegado Bento Cavalheiro do Amaral; Antônio Pereira da Cunha e Cruz; José Florência Teixeira de Medeiros; José Luis Pereira; Trajano José d'Souza.

            Tribunal da Relação de Porto Alegre
            Autos de agravo de Maria da Conceição e outros.
            BR SC TJSC TRRJ-7157 · Processo · 1833
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Autos de Agravo realizado em Nossa Senhora dos Prazeres de Lages, na época sob a comarca da cidade do Desterro, Ilha de Santa Catarina.

            Nome das Partes:
            Maria da Conceição (agravante);
            Vicente Rodrigues de Athaide (falecido);
            Claro Rodrigues de Athaide (agravante);
            João da Silva Mota (agravante);
            Francisco de Souza Machado (agravante);
            Manoel Rodrigues de Athaide (agravante);
            Manoel Jose dos Santos (agravante);
            Severino da Silva Mota (agravante);
            Antônio Correia França (agravante);
            Vicente Rodrigues (agravante);
            Jose Pedroso do Amaral (agravante);
            Clara Maria de Bitancourt Santos (agravada);
            Miguel Gonçalves dos Santos (falecido).

            Resumo:
            Os proprietários do rincão denominado Saldanha, alegam que o Juiz José Caetano de Carvalho e Souza deu ao Coronel João Marcos dos Santos Bitancor a posse de suas propriedades. É mencionada uma vistoria no referido Rincão, sem que os suplicantes fossem citados, realizada enquanto estavam ausentes da propriedade, atendendo a uma convocação e comparecendo à guarda do Colégio Eleitoral desta vila.
            Em uma procuração utilizada para comprovar a posse dos suplicantes, narra-se a história da povoação do Rincão. O documento descreve as terras como sesmarias (terras cedidas pela coroa portuguesa para colonização) e menciona períodos de ocupação, conflitos com indígenas, denominados “bugres”, e com animais selvagens, como “tigres”. Em determinado momento, é descrito que a região ficou desabitada, até que Vicente Rodrigues de Ataíde retomou o uso das terras e repovoou o local. A esposa e viúva deste, Maria da Conceição, é mencionada como parda.
            O advogado ainda menciona que os proprietários foram pegos de surpresa, com tal ação, insultados e chamados de ladrões, caboclos e bugres, atormentados por vários anos. É mencionado uma ação de bem viver contra os agravantes.
            Afirma-se que o agravado apresentou a escritura de compra feita por seu pai, mas ressaltou que as terras ficaram desocupadas por muitos anos. Após o repovoamento promovido pelo suplicante, decorreram 40 anos sem que ninguém questionasse essa posse. Ele faz referência à garantia pela constituição do império e discorre sobre o fato de que uma ação sem a citação das partes interessadas é nula.
            O procurador e filho da suplicada contesta as alegações com um protesto, mencionando a adulteração referente ao agravo e falsidade em documentos. Ainda declara que o agravo se originou de uma justificação cível e autos de posse, em que a agravada é justificante para legitimar a posse das terras, e cita que elas eram campos de criar contíguos aos reis, da parte do Potreiro Grande e Potreiro de Nossa Senhora. Como prova, havia uma carta de sesmarias conferida por Sua Majestade para Manuel Teixeira de Oliveira Cardozo, e uma escritura de compra e venda, datada de 1792, que seu falecido marido adquiriu, registrada no Livro de Notas do escrivão público.
            Posteriormente, foi trazido um auto de conciliação, no qual, não sendo possível a proposição de acordo, realizou-se a audiência com pedido de um mandado de despejo, onde é mencionada a ausência dos réus. Processo é finalizado de forma inconclusiva.

            Atuaram no processo:
            escrivão Generoso Pereira dos Anjos;
            escrivão Antônio de Araújo França;
            escrivão João Baptista de Barros;
            escrivão Manoel Gomes de Souza;
            escrivão João Antônio Pires de Almeida Leite Penteado;
            juiz ordinário e procurador ordinário capitão José Caetano de Carvalho e Souza;
            juiz de paz suplente João Thomas e Silva;
            procurador tenente coronel oficial superior da fazenda da Marinha da Corte João Marcos dos Santos Bitancourt;
            procurador Antônio Caetano Machado;
            oficial de justiça Joaquim Pedro de Oliveira.

            Localidades relevantes:
            Vila de Lages (atual cidade de Lages);
            Porto Alegre;
            Vacaria;
            Potreiro Grande;
            Potreiro de Nossa Senhora;
            Ribeirão;
            Campos do Serrito;
            Rio Caveiras;
            Tapera;
            Capital da província de São Paulo;
            Rio de Janeiro;
            Mattos do potreiro grande.

            Compõem o processo:
            Termo de agravo do juiz ordinário para a Ouvidoria Geral desta comarca;
            Procurações;
            Intimação do Agravo;
            Termo de substabelecimento;
            Auto de testemunhas;
            Protesto na relação da Corte;
            Auto de posse;
            Traslado de vistoria;
            Traslado de termo de Conciliação;
            Certidão;
            Audiência:
            Mandado de despejo;
            Sentença;
            Termo de substabelecimento.

            Variação de nome:
            Maria da Conceipção Castro;
            Antonio Caetano Maxado;
            Claro Rodrigues de Attaide;
            Claro Rodrigues de Ataide;
            Jose Rodrigues de Ataide;
            Clara Maria de Bitancort Santos;
            Vicente Rodrigues de Attaide;
            João Marcos dos Santos Bitancor;
            João Marcos dos Santos Bitencourt;
            Zeferino da Silva Mota.