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            Livro de notas n. 9, 1877

            Livro de notas n. 9, 1877

            Transcrição

            [Folha de rosto]
            Tem de servir este livro para as notas do escrivão do juízo de paz da Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão, vai por mim numerado e rubricado com o meu apelido = Dr. P. Schutel de que uso, contendo o número de folhas que consta do termo de encerramento.
            Secretário da Câmara Municipal da Cidade do Desterro, 28 de abril de 1877.
            Dr. Duarte Paranhos Schutel

            [Duarte Schutel foi médico, jornalista, poeta e político. Formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Dirigiu o jornal A Regeneração e foi deputado na Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina por 5 vezes. Também foi deputado na Assembleia Geral do Império]

            [Folha 1]
            Saibam quantos este público instrumento de escritura de disposições testamentárias virem, que sendo no Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e setenta e sete, aos trinta dias do mês de abril do dito ano, nesta freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão, do termo da cidade do Desterro, capital da província de Santa Catarina, em casa de residência de Francisco Carlos dos Santos onde eu escrivão fui vindo a seu chamado, e sendo aí presente o dito senhor e sua mulher Dona Francisca Maria de Jesus que se achava doente, porém em perfeito estado de suas faculdades intelectuais, perante as testemunhas abaixo nomeadas e assinadas, todos reconhecidos de mim pelos próprios, por ela Dona Francisca Maria de Jesus foi dito que da metade que tem nos bens de seu casal que consta da parte de trinta e quatro braças de terra com uma casa de morada e um engenho de fazer farinha, bem como a parte que tem em dois escravos de nome Francisco e Ignacia, e uma quarta parte de um engenho de fazer açúcar que possui no Morro das Pedras deixara todos os seus bens ao seu marido Francisco Carlos dos Santos caso [ilegível] a ela, assim como o mesmo seu marido faz igual disposição das partes dos referidos bens nominados, ficando o último do caso com a condição de deixar libertos os ditos escravos, e fazer as disposições precisas. Declarando os mesmos no valor total dos referidos bens do casal oitocentos mil reis ao muito que podem valer. Assim deram concluídas suas disposições de um ao outro. Sendo-lhes lida o ratificaram e assinaram, assinando a rogo de Dona Francisca Maria de Jesus, por não saber ler nem escrever

            [Folha 1 verso]
            Ricardo Antônio Lopes, como testemunhas Idalino Vieira Cordeiro, Marcellino José Dutra, Domingos Gonçalves Baptista, Virgílio Antônio Lopes e Joaquim Alexandre Mendes, reconhecidos por mim Domingos José Dias, escrivão que o escrevi.
            Francisco Carlos dos Santos
            Ricardo Antônio Lopes
            Idalino Vieira Cordeiro
            Marcelino José Dutra
            Domingos Gonçalves Baptista
            Virgílio Antônio Lopes
            Joaquim Alexandre Mendes

            Escritura de doação fixa que fazem Manoel Silveira Tristão e sua mulher Claudina Rosa de Jesus, de dez braças de terra a João Ignacio de Siqueira, como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 3 verso]
            [...]
            Escritura de locação de serviço que faz a crioula liberta Zeferina e José Gonçalves d'Aguiar, como abaixo se declara.

            [Folha 4]
            [...]
            Escritura de locação de serviço que fazem João Lopes de Aguiar e o crioulo liberto Manoel Bonifácio.

            Saibam quantos este público instrumento de escritura de locação de serviço virem, que no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e setenta e sete, aos dois dias do mês de julho do dito ano, nesta cidade, digo freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão, termo da cidade do Desterro, capital da província de Santa Catarina, compareceram no meu cartório os outorgantes deste instrumento, a saber como credor João Lopes de Aguiar e como devedor o crioulo liberto Manoel Bonifácio

            [Folha 4 verso]
            ambos moradores nesta freguesia e reconhecido de mim pelos próprios e das testemunhas adiante nomeadas e assinadas, perante as quais pelo devedor o referido crioulo Manoel Bonifácio foi dito que o credor João Lopes de Aguiar lhe havia emprestado a quantia de seiscentos mil reis para sua completa liberdade, cuja quantia lhe pagaria com sete anos de serviço, reservando os domingos e sábados para ele o credor, visto que se obriga a vestir-se a sua custa, ficando o credor com a obrigação de tratá-lo nas suas enfermidades. Caso o devedor queira retirar-se da casa do credor será obrigado a indenizá-lo da quantia que nessa data faltar para completo pagamento. E pelo credor foi aceito esse contrato na forma acima estipulada e me pediram este instrumento nesta nota que lhes fiz por terem pago o selo proporcional em estampilha inutilizada por mim escrivão e fica arquivada no cartório. Sendo lida o ratificaram e assinaram assinando a rogo do devedor por não saber ler nem escrever Francisco Gonçalves Dutra com as testemunhas João Baptista da Silva e Antônio Joaquim Baptista, reconhecidos de mim Domingos José Dias, escrivão que o escrevi. João Lopes d'Aguiar
            Francisco Gonçalves Dutra

            [Folha 5]
            Escritura de venda fixa que faz Manoel Luís de Abreu e sua mulher Caetana Rita da Conceição, de 52,8m de terras a João Alexandre Gonçalves como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 6]
            Procuração bastante que faz João Antônio da Silva.
            [...]

            [Folha 6 verso]
            [...]
            Procuração bastante que faz João Antônio da Silva.
            [...]

            [Folha 7]
            [...]
            Procuração bastante que faz Maria Ignácia de Jesus.
            [...]

            [Folha 7 verso]
            [...]
            Procuração bastante que faz Francisco Rosa de Jesus.
            [...]

            [Folha 8]
            [...]
            Procuração bastante que faz Francisco Rosa de Jesus.
            [...]

            [Folha 9]
            Escritura de doação que fazem Rafael Francisco de [Alaião?] e sua mulher Rita Júlia do Nascimento a Rosalino Francisco Rodrigues como abaixo se declara.
            [pequena chácara com uma casinha, na Caieira da Barra do Sul]
            [...]

            [Folha 9 verso]
            [...]
            Procuração bastante que fazem João Vicente Machado, Carolina Rosa de Jesus, Hypolito Vicente Machado, Bernardino Rosa de Jesus, Antônio Rodrigues d'Oliveira, Manoel Vicente Machado, José Vicente Machado, Filomena Elvira de Jesus e Bernardino Vicente Machado.
            [...]

            [Folha 10 verso]
            Escritura de venda fixa que faz Dona Luiza Maria de Lemos de cento e dez metros de terras ao Sr. João Antônio da Silva como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 11 verso]
            Procuração bastante que faz Rosalina Maria da Conceição.
            [...]

            [Folha 12]
            Escritura de venda fixa que fazem Juvência Pires Texeira e sua mulher Francisca Vieira do Carmo de 72m de terras ao Sr. João Antônio da Silva como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 13]
            [...]
            Escritura de venda fixa que faz Miguel Francisco da Silva de trinta e nove metros e seis decímetros de terras e uma casinha como abaixo se declara.
            [como comprador Juvência Luís Gonçalves]
            [...]

            [Folha 14]
            [...]
            Procuração bastante que fazem Dona Maria Antônia de Campos, Ignácio Antônio da Silva, Carolina Antônia da Silva, Antônio José Antunes por cabeça de sua mulher Jacintha Antônia da Silva, Joaquim Martins Baptista por cabeça de sua mulher Albina Antônia da Silva, Guilherme Christiano Lopes por cabeça de sua mulher, Francisco Antônio da Silva, Manoel Cantalício Guimarães por cabeça de sua mulher Maria Júlia, Júlio Vicente Pereira, João Vicente Cardoso, Joaquim José Alves Bezerra por cabeça de sua mulher, Francisca Carolina da Purificação Alves, José Gonçalves da Silva por cabeça de sua mulher Maria Jacintha da Silva, Rita Antônia da Silva, João Augusto da Silva, Domingos Cordeiro, Domingos Martins dos Santos por cabeça de sua mulher Francisca da Silva, Jacó Gonçalves da Silva, João Gonçalves Dutra por cabeça de sua mulher Carolina Maria da Silva.
            [...]

            [Folha 15 verso]
            [...]
            Procuração bastante que fazem Ignácio Antônio da Silva, Carolina Antônia da Silva, Antônio José Antunes, Joaquim Martins Baptista, Guilherme Christiano Lopes, Manoel Cantalício Guimarães, Júlio Vicente Pereira, João Vicente Cardoso, Joaquim José Alves Bezerra, José Gonçalves da Silva, Rita Antônia da Silva, João Augusto da Silva, Domingos Vieira Cordeiro, Domingos Martins dos Santos, João Gonçalves da Silva e João Gonçalves Dutra.
            [...]

            [Folha 17]
            Procuração bastante que fazem Joaquim José Ferreira, digo José Ferreira de Mello, Zeferino Eleutério Rosa, Antônio José de Santa Anna.
            [...]

            [Folha 17 verso]
            [...]
            Escritura de locação de serviços que fazem Manoel José Antunes e o preto liberto Manoel Bahia como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 18]
            [...]
            Escritura de venda fixa que fazem Antônio Joaquim Baptista e sua mulher Carolina Baptista de Aguiar de uma morada de casa ao Sr. João Gonçalves da Silva, como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 19]
            [...]
            Escritura de venda fixa que faz Antônio Graciano da Silveira de um terreno nesta freguesia, ao Sr. Juvita José Arcenio, como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 20]
            [...]
            Escritura de doação que faz Francisca.
            Saibam quantos este público instrumento de escritura de doação virem que sendo no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e setenta e oito, aos vinte dias do mês de maio do dito ano, nesta freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão, do termo da cidade do Desterro, capital da Província de Santa Catarina, em casa de morada de Francisca Rosa de Jesus, onde eu escrivão vim a seu chamado e sendo aí presente a mesma senhora que a reconheço pelo próprio por ela foi declarado perante as testemunhas abaixo nomeadas e assinadas que de sua mui livre

            [Folha 20 verso]
            e espontânea vontade faz doação, visto que não tem herdeiros necessários pois que de seu matrimônio não houve filhos, aos seus afilhados dos bens que possui pela maneira seguinte, cuja doação sucederá depois de seu falecimento: deixa à sua afilhada de nome Leopoldina, filha de seu compadre João Martins, seis braças de terras e a sua casa de vivenda, que fazem as ditas terras frentes a estrada e fundos competentes extremam pelo sul com Luiz da Costa Fagundes e pelo norte com as que doa a seu afilhado Wenceslau. Deixa ao referido seu afilhado Wenceslau, filho do compadre Jorge Martins, seis braças de terras no mesmo lugar acima referido com as confrontações citadas, menos pelo norte que extremam com José Thomaz Martins. Deixa ao seu afilhado Loduvino, filho de seu compadre Ignácio Martins, as doze braças que eram frentes das ditas terras, as quais fazem frente a estrada pública e fundos ao Rio Grande, extremam pelo leste com José Thomaz Martins e pelo oeste com Luiz da Costa Fagundes. Deixa duas caixas que possui uma a sua afilhada Julia, filha de sua comadre Umbelina e uma a sua comadre Januária. Para que sua roupa por seu falecimento seja repartida igualmente com suas comadres e afilhadas. Deseja que sejam cumpridas todas estas condições doação a que tudo faz no valor de duzentos e cinquenta mil reis. E sendo-lhes lida a ratificou e assinou, assinando a rogo da doadora Francisca Rosa de Jesus por não saber ler nem escrever Damásio Francisco de Resendes. Com as testemunhas presentes Manoel Francisco Vieira, Serafim Ignácio Ramos, reconhecidos de mim Domingos José Dias, escrivão que o escrevi.
            Damásio Francisco de Resendes
            Manoel Francisco Vieira
            Serafim Ignácio Ramos

            [Folha 21]
            Procuração bastante que faz José Luiz Correia de Mello.
            [...]

            [Folha 21 verso]
            Escritura de locação de serviços que fazem Serafim Lopes Godinho e o crioulo liberto Manoel Bonifácio, como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 22]
            [...]
            Procuração bastante que faz Dona Anna Clara Coelho.
            [...]

            [Folha 22 verso]
            [...]
            Procuração bastante que faz Mariano Francisco do Carmo.
            [...]

            [Folha 23]
            [...]
            Procuração bastante que faz Prudêncio Rosa da Assunção.
            [...]

            [Folha 23 verso]
            [...]
            Procuração bastante que faz Maria Rosa da Conceição.
            [...]

            [Folha 24]
            [...]
            Escritura de venda fixa que faz Alberto Antônio Rodrigues e sua mulher de um triângulo de terras e uma casa ao Sr. Manoel Francisco de Resendes como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 25]
            [...]
            Escritura de doação fixa que faz José Manoel da Silva de quinze metros e quatro decímetros de terras a seu afilhado José Ma-

            [Folha 25 verso]
            noel da Silva como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 26]
            [...]
            Escritura de venda fixa que fazem João Antônio de Souza, José Marcellino Martins e Dionízio Correia de Mello de um escravo crioulo de nome Manoel, natural desta província, cor preta

            [Folha 26 verso]
            solteiro e idade de quinze anos ao Sr. Marcellino Gonçalves Dutra como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 27 verso]
            Contém este livro vinte e seis folhas, todas numeradas e por mim rubricadas com o meu apelido = Dr. Schutel = de que uso, e servirá para o fim indicado no termo de abertura. Secretaria da Câmara Municipal da cidade do Desterro, 28 de abril de 1877.
            Dr. Duarte Paranhos Schutel

            BR SC TJSC TRRJ-77941 · Processo · 1849
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Autos de medição e demarcação realizado na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Jose Gonçalves dos Santos Silva (suplicante);
            Jacinto Miguel de Freitas (suplicado);
            Maria Joaquina de Souza (suplicada);
            Joaquim Luis do Livramento (suplicado);
            Joaquim Xavier Neves (suplicado);
            João Marcos Pereira de Andrade (suplicado).

            Herdeiros confinantes:
            Antonio Ricardo Ramos;
            Manoel da Costa Pereira.

            Resumo:
            Nestes autos, Jose Gonçalves dos Santos Silva moveu um pedido de medição e demarcação de terras, pois tinha incertezas sobre divisão do terreno denominado Campos de Santa Clara.

            Para isso, o procurador do suplicado pediu que os vendedores originais das terras confinantes apresentassem o documento de concessão da posse em até trinta dias, sob pena de revelia. Durante a ação, é explicitado que as terras são devolutas, restantes de uma divisão por sesmaria. O processo contou com testemunhas juramentadas. Consta, no documento, uma carta precatória citatória, em que é deprecante o juízo municipal da vila de Lages, e é deprecado o juízo municipal da cidade de Desterro. Nela, são citadas duas pessoas para assistirem à realização da medição.

            Após a demarcação realizada pelo geômetra, o juiz declarou que ela estava em conformidade com as leis, junto à presença das testemunhas citadas e dos herdeiros. O autor foi cobrado pelas custas dos autos e da demarcação.

            Localidades relevantes:
            Estrada do Trombudo;
            Morro do Trombudo;
            Fazenda do Bom Sucesso;
            João Paulo;
            Passo do Pinheiro;
            Rio de Canoas;
            Rio de Santa Clara;
            vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages (atual cidade de Lages, Santa Catarina);
            vila de São José (atual cidade de São José, Santa Catarina);
            Cidade de Desterro (atual cidade de Florianópolis, Santa Catarina);

            Compõem o processo:
            autos de testemunhas;
            autuação;
            carta de sesmaria;
            carta precatória citatória;
            conta;
            procuração;
            traslado da escritura de trato, venda e quitação;
            traslado da escritura de venda fixa.

            Atuaram no processo:
            coletor João Gonçalves da Silva Peixoto;
            demarcador geômetra Henrique de Vrecka;
            escrivão Antonio Vicente dos Santos Cordeiro;
            escrivão de órfãos Manoel Antonio de Azevedo;
            escrivão Francisco da Penha Lacé;
            escrivão Joaquim Francisco d’Assis e Passos;
            escrivão Jose Manoel de Souza Junior;
            escrivão Manoel Antonio de Assis;
            juiz municipal João Francisco de Souza;
            juiz municipal Sergio Lopes Falcão;
            juiz ordinário e signatário João Damasceno de Cordova;
            procurador e juiz municipal Guilherme Ricken;
            procurador Jorge Trueter;
            tabelião Antonio de Araujo França;
            tabelião João Antonio Lopes Gondim;
            tabelião Polidoro de Amaral e Silva;
            signatário João Antonio Borges;
            signatário Joze Joaquim de Magalhãez Mendes;
            signatário Lourenzo Walterich.

            Variação de nome:
            Joze Gonçalves dos Santos Silva;
            demarcador geômetra Henrique de Vrecker.

            Medição e demarcação de Robert Swain Cathcart
            BR SC TJSC TRRJ-9976 · Processo · 1841
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Autos de medição, demarcação e posse judicial realizados na vila de São Miguel, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Robert Swain Cathcart (empossado e embargado);
            João da Costa (embargante);
            Mathias Gomes da Silva (embargante).

            Hereus:
            Alberto Machado;
            Anna de Barcellos;
            Antonio Maria de Carvalho;
            Floriano Machado Flores;
            Estanislau José de Barcellos;
            Joaquina Luisa da Costa;
            João Baptista d'Amorim;
            José Francisco da Costa;
            Maria Ignacia de Jesus;
            Rosa Bernardina do Nascimento.

            Neste processo, o norte-americano Robert Swain Cathcart compareceu em juízo para requerer a posse judicial de um terreno que obteve por meio de uma arrematação na localidade de Praia Grande, na vila de São Miguel.

            Cathcart, morador na Caeira (na vila de São Miguel), trouxe consigo a sentença da arrematação em que constam os nomes de hereus confinantes — os proprietários das terras vizinhas, com quem seu terreno compartilha fronteiras. Para ser empossado, o autor da ação pediu que fosse feita uma medição e demarcação do perímetro de sua propriedade. Também pediu para que esses hereus fossem citados para testemunhar o ato, e todos os demais hereus a quem a sentença não fizesse menção. Foram, ainda, solicitadas nomeações para demarcadores e ajudantes de corda para executar a medição.

            A propriedade arrematada por Cathcart pertencia ao órfão Vicente Nunes, filho do falecido Lourenço Nunes. Situava-se na freguesia de São Miguel, em Tijuquinhas, na localidade de Praia Grande; possuía fronteiras com o mar e divisas com outras propriedades ao seu redor. Continha uma casa, um engenho de socar arroz e uma fábrica de assoprar arroz, com maquinário para produção e preparo do arroz, e ainda outros utensílios.

            Após terem sido feitas a medição e a demarcação da propriedade, foi apresentado um traslado de títulos referentes ao terreno, em que são descritas medições, demarcações e posses anteriores do terreno. Os primeiro proprietários foram André Machado dos Santos e sua esposa Aguida Maria — André recebeu da coroa portuguesa os direitos sobre essa propriedade. Contudo, um documento de justificação cita a invasão espanhola na ilha de Santa Catarina em 1777 (verso da folha 47, página 94). Isso porque o justificante, André Machado dos Santos, havia perdido o título de suas terras na naquele evento. O documento é assinado na vila de Nossa Senhora do Desterro da Ilha de Santa Catarina, em 9 de agosto de 1779, por Felis Gomes de Figueiredo. Os documentos por meio do quais André pediu cópia da documentação de sua posse aparecem a partir da folha 44 do processo (páginas 87 a 102 do processo digitalizado).

            O documento de justificação cita a invasão espanhola na ilha de Santa Catarina em 1777 (verso da folha 47, página 94). Isso porque o justificante, André Machado dos Santos, havia perdido o título de suas terras naquele evento. O documento é assinado na vila de Nossa Senhora do Desterro da Ilha de Santa Catarina, em 9 de agosto de 1779, por Felis Gomes de Figueiredo.

            Durante o auto de posse, o hereu João da Costa se opôs a empossar Robert Swain Cathcart de acordo com os termos do auto. Isso porque o hereu opositor não concordava em empossar Cathcart da estrada para o mar, que conduzia às terras que eram de herança da mãe de João da Costa; este hereu possuía uma casa de pedra e cal nesta localidade. Por motivos semelhantes, os hereus José Francisco da Costa e Joaquina da Costa também se opuseram à posse.

            Em seguida, Cathcart atendeu ao pedido dos opositores, embolsando-os da porção de território que estes desejavam que não fosse incluída na sua posse; assim, os opositores assinam um termo de desistência da oposição, permitindo que o empossamento de Cathcart prosseguisse. Assim, foi realizado o ritual possessório, que consistiu em cortar matos e atirar terra repetidamente ao ar, para legitimar a posse. Dessa vez, não houve oposição quanto ao direito à posse das terras e, com isso, Cathcart foi empossado o terreno, e o processo foi encaminhado à sentença. Logo, por sentença, o autor ficou obrigado a arcar com as custas do processo.

            Entretanto, João da Costa (inventariante de sua falecida mãe, Joanna Thomazia de Jesus) e Mathias Gomes da Silva (curador dos ausentes Hermenegildo José da Costa e José da Costa, ambos herdeiros de Joanna Thomazia de Jesus) compareceram em juízo para contestar decisão do juiz acerca da posse de Robert Swain Cathcart. Os embargantes alegaram ser netos de André Machado dos Santos e sua esposa, os quais haviam recebido aquelas terras por terem vindo das Ilhas dos Açores para povoar a freguesia de São Miguel (verso da folha 41, página 82). João da Costa e Mathias Gomes da Silva desejavam uma ponta de terras, que acreditavam ser legitimamente de propriedade deles.

            Dessa forma, moveram um embargo contra Cathcart. Para fundamentar este embargo, foram trazidos documentos, como a posse de André Machado dos Santos e sua esposa, e a partilha de seus bens, em que Joanna Thomazia de Jesus foi contemplada. Por fim, os embargantes desistiram de embargar Cathcart, e o processo terminou sem mais contestações.

            Localidades relevantes:
            Picadas;
            Praia Grande;
            Tijucas Pequenas;
            Tijuquinhas;
            caminho de Tijuquinhas;
            caminhos das Tijucas;
            estrada pública;
            vila de São Miguel (atual município de Biguaçu, Santa Catarina);
            cidade de Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
            ilha de Santa Catarina;
            capitania de Santa Catarina;
            comarca do norte.

            Compõem o processo:
            auto de medição;
            autos de posse;
            contas;
            cópia de sentença cível de arrematação;
            cópia de autos de praça;
            cópia de editais;
            intimações;
            libelo de embargo;
            notificações;
            partilha de bens;
            petição de contestação;
            sentença;
            termo de continuação de medição e demarcação;
            termo de desistência;
            termo de medição e demarcação;
            termo de obrigação;
            traslado de juramento ao curador.

            Atuaram no processo:
            ajudante de corda Antonio Silveira de Souza;
            escrivão da fazenda real Manoel José Ramos;
            escrivão de órfãos Amancio José Ferreira;
            escrivão de órfãos José Honorio de Souza Medeiros;
            demarcador capitão de cavalaria auxiliar José Rabello;
            governador Francisco de Souza de Menezes;
            governador brigadeiro Francisco de Barros Morais Araujo Teixeira Homem;
            juiz de órfãos José Joaquim Dias;
            juiz de órfãos major Estevão Brocardo de Mattos;
            juiz conservador dos contraventos dos dízimos reais, provedor da real fazenda, e vedor da gente de guerra Felis Gomes de Figueiredo;
            piloto demarcador Manoel Joaquim da Costa;
            pregoeiro Elario José da Silva;
            pregoeiro José Joaquim de Santa Anna;
            signatário Adolfo Francisco Lange;
            signatário Domingos Dias de Souzas Medeiros;
            signatário João Francisco de Andrade.

            Variação de nome:
            Ermenegildo José da Costa;
            Roberto Sueno Cascate;
            Roberto Swain Cathcart;
            freguesia de São Miguel;
            município de São Miguel;
            vila de Nossa Senhora do Desterro.

            BR SC TJSC TJSC-AJ-DC-69678 · Processo · 1918
            Parte de III - Tribunal de Justiça de Santa Catarina

            Traslado de autos de ação ordinária realizado na cidade de Florianópolis, comarca da capital do estado de Santa Catarina.

            Partes:
            Virginia Maria Motta Domingues (autora);
            Aracy Domingues (autora);
            Aristides Ignacio Domingues (autor);
            Aristoteles Ignacio Domingues (autor);
            Euclides Domingues (autor);
            Hercilio Ignacio Domingues (autor),
            João Ricardo Schuldt (autor);
            Sara Domingues Schuldt (autora);
            A Fazenda Nacional (ré).

            Resumo:
            Neste processo, Virginia Maria Motta Domingues e outros, autores da ação, compareceram em juízo para mover uma ação ordinária contra a Fazenda Nacional, requerendo indenizações por conta dos assassinatos políticos feitos na fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim — no que ficou conhecido como o Massacre da ilha de Anhatomirim. A matança ocorreu em 1894, durante a Revolução Federalista (1893-1895).

            O processo se inicia tratando do desaparecimento e morte do falecido marido de Virginia Maria Motta Domingues, o capitão Luiz Ignacio Domingues, que em 1894 servia como ajudante no 25º Batalhão de Infantaria do exército estacionado em Florianópolis. É informado que o militar, após a derrota dos insurgentes da Revolta da Armada (1894), da qual participou, entregou-se à guarnição federal. Luis Ignacio Rodrigues, após seu recolhimento, ficou completamente incomunicável.

            Quando da chegada do coronel Antônio Moreira Cezar à cidade de Florianópolis, nomeado como interventor federal para efetuar o restabelecimento da “ordem constitucional”, Luiz Ignacio Domingues foi posto em uma embarcação, o transporte de nome “Santos”, que o levou para a ilha de Anhatomirim; deixando-o na “borda do norte” da fortaleza de Santa Cruz. A partir deste momento, não houve prestação de informação alguma sobre o paradeiro do militar.

            É alegado, na sequência do texto da petição inicial, que rumores e notícias do massacre de Anhatomirim levada a cabo em 1894 começaram a circular em Florianópolis a partir de 1912, pelo fato de que foram encontradas ossadas humanas resultantes da chacina. Os familiares das vítimas pediram pela coleta dos restos mortais das vítimas que, como dito pelo escrivão, estavam “expostos à curiosidade e ao tempo”. O então presidente da república, na época o marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, permitiu que as ossadas fossem coletadas; e após análises, foi comprovado que as vítimas foram fuziladas.

            Com isso em vista, as partes autoras argumentaram sobre a ilegalidade e inconstitucionalidade dos assassinatos, e exigiram o pagamento de indenizações pela morte do capitão Luis Ignacio Domingues. Como proposta, foi oferecida a cobrança de 16 anos do salário do falecido — calcularam-se os proventos devidos desde a sua idade do momento em que foi morto, de 44 anos, até a provável expectativa de vida de 60 anos — com acréscimo de indenizações por danos morais, totalizando uma soma de cinco contos de réis (5:000$000).

            Entre as páginas 47 e 51, consta o traslado de uma carta patente de 1890, de autoria do marechal Floriano Peixoto, na qual o então tenente Luiz Ignacio Domingues foi promovido, por antiguidade, para o posto de capitão de infantaria.

            O processo também contém uma segunda petição, assinada por Pedro Maria Trompowsky Taulois e outros, em que são requeridas as exumações dos falecidos no massacre (páginas 55-63). Em seguida a essa petição, foi informado pela chefia que, quando foram ser recolhidos, os ossos dos falecidos estavam distribuídos entre latas de querosene e furnas (página 64). Adiante, é descrita a chegada da comissão responsabilizada pela escavação e retirada das ossadas espalhadas pela fortaleza de Anhatomirim, bem como a trasladação dos restos mortais para Florianópolis.

            Ao longo de três autos de depoimentos de testemunhas foi corroborado o intento de fuzilar os presos durante a Revolução Federalista (páginas 78-106). O depoente Savas Nicolau Savas alegou que nutria amizade com o coronel Moreira Cezar, e portanto ficou sabendo que tanto o capitão Luiz Ignacio Domingues quanto todos os outros prisioneiros que foram encaminhados para Anhatomirim foram destinados a um fuzilamento sumário. Savas atesta, ainda, que Moreira Cezar confessou-lhe a execução da ordem do fuzilamento, justificando que eram ordens superiores que “não poderiam ser desrespeitadas”. Savas diz, ainda, que deixou de guardar sigilo sobre o acontecido após terem ficado publicamente conhecidos os vestígios da chacina em Anhatomirim.

            Algumas testemunhas informaram o nome de outras vítimas. O telegrafista Arthur Tupynambá de Campos informou que o alferes Olympio da Silveira, bem como outras vítimas, foram fuziladas na fortaleza de Santa Cruz. A testemunha também constatou que, na época do massacre, o comandante da fortaleza era um certo tenente Mariano (possivelmente o tenente Cândido José Mariano Júnior), e que era auxiliado pelo capitão Raul do Prado Pinto Peixoto. Outro depoente, o carregador José Maria da Costa, complementou ao dizer que o coronel Luiz Caldeira de Andrada foi fuzilado junto com o capitão Luiz Ignacio da Silveira. Ele também indica que o vapor Angra dos Reis trouxe prisioneiros como o coronel Sergio Tertuliano Castello Branco, o major de engenharia Romualdo de Barros, Capristrano, Constancio, José Constancio, Cascaes, Caetano Moura, e Lemos Henrique; e o vapor Itajaí trouxe Pedro Becker, José Becker, e um certo padre Almeida; todos estes presos foram executados, com a exceção do padre, que foi perdoado. Ainda, a testemunha informa que os fuzilamentos aconteciam entre 3:00 e 4:00 horas da madrugada; e os corpos eram postos num “subterrâneo” detrás da casa do comandante e do telegrafista. Depois, os cadáveres foram realocados, por conta mau cheiro, para um local denominado como “araçazeiro”, dentro do perímetro da fortaleza. Além disso, o oficial de marinha e imediato Henrique de Araujo alegou que sabia da existência de ossadas humanas em uma furna atrás de um paiol, que foram armazenadas dentro de caixões de querosene, no intuito de melhor escondê-las. O depoente ouviu rumores de que, entre os fuzilados, estavam também o marechal Manuel de Almeida da Gama Lobo Coelho d'Eça, barão de Batovi (com seu filho e irmãos), um certo doutor Barata, Elesbão Pinto Luz, e o capitão do mar e guerra Frederico Guilherme Lorena.

            Relatos de militares também compuseram os depoimentos. O guarda-livros Carlos Henrique de Paiva contou que participou do Cerco da Lapa, ocorrido em 1894, e atuou como oficial militar sob comando do general legalista Antônio Ernesto Gomes Carneiro. Porém, o depoente foi preso e encaminhado ao 25º Batalhão de Infantaria, onde viu o coronel e os mesmos prisioneiros mencionados por Henrique de Araujo. Antes da execução, o depoente foi solto, e os outros presos foram encaminhados à fortaleza de Santa Cruz. Já o francês Pedro Bosco constatou que atuava como soldado da Guarda Nacional em 1894: tendo o vapor Aquidaban aportado com marinheiros embriagados, este depoente chamou reforços para controlar a situação, sendo então assistido pelo tenente Carlos Camisão, pelo major Adehodato Mello, e pelo capitão Luiz Ignacio Rodrigues, a quem conhecia. Pouco depois, soube que Luiz foi executado, devido à notícia do retorno das ossadas a Florianópolis. Outro depoente, o militar Antenor Taulois de Mesquita, participou da comissão que localizou e escavou as ossadas humanas. Ele atestou que, entre os restos mortais, foram encontradas fardas e objetos que comprovaram a identidade dos fuzilados mencionados nos depoimentos anteriores.

            Outros detalharam as tensões sobre o massacre, em Anhatomirim e em Florianópolis. Testemunhas, como o pedreiro Firmino José da Costa e o marítimo Messias Antonio de Souza, expuseram que na fortaleza havia “ordens severíssimas” sobre a manutenção do sigilo do massacre de Anhatomirim. Outra testemunha, o padeiro Agostinho Jacintho Goulart, era criado da casa do capitão Luiz Ignacio Domingues, e depôs que levava comida ao capitão enquanto este esteve aprisionado no quartel da guarnição, antes da chegada do coronel Moreira Cezar. Depois que o coronel chegou, Luiz Ignacio Domingues ficou incomunicável. O negociante Evaristo Monteiro Cardozo, por sua vez, disse que identificou outras vítimas sendo embarcadas no trapiche e conduzidas para Anhatomirim, sendo elas o capitão Coelho e o alferes Lemos. Soube depois, por rumores “nos cafés” de Florianópolis, que estes foram executados sob ordens de Moreira Cezar.

            Depois desses depoimentos, foi autuada uma carta de inquirição, em que foi inquirido o remeiro José Guilherme da Silva. O depoente reafirmou as práticas do pessoal militar da fortaleza de Santa Cruz, em relação à ocultação dos cadáveres; o depoente acrescentou, dizendo que os corpos menos decompostos foram escondidos em um local e selados com uma parede de tijolos. Além disso, a testemunha lista outras vítimas: o alferes Joaquim Vieira e o alferes Raul de Souza.

            Na sequência, foram apresentadas as razões finais de Nereu Ramos (páginas 126-135), advogado dos autores; alguns depoimentos das testemunhas foram reunidos e foi reforçada a acusação contra a Fazenda Nacional, denunciando o autoritarismo do Estado ao comandar fuzilamentos sem qualquer justificativa legal. As razões finais também contestaram a prescrição do crime, por conta do tempo decorrido não ter excedido um prazo de trinta anos, como também pela natureza do crime não permitir prescrição.

            Em réplica, a Fazenda Nacional, por meio do procurador da república Henrique Richard, defendeu suas razões (páginas 145-150). O advogado alegou que a ré não tinha conhecimento dos fuzilamentos ocorridos em Anhatomirim; somente teve ciência após a trasladação das ossadas humanas, em 1913. Buscou justificar que a ação tinha ultrapassado o prazo possível para julgamento, que indicou ser de cinco anos; e, também, disse que a posição dos autores era contraditória, ao procurar justiça pelos falecidos apenas duas décadas mais tarde.

            Conclusivamente, na sentença (páginas 161-180), o juiz federal Henrique Lessa reconheceu os crimes cometidos em Anhatomirim, e atestou que as execuções foram marcadas pela crueldade e pela completa ausência de motivo legal ou moral. Assim, o juiz atendeu ao pedido dos autores na petição inicial, condenando a Fazenda Nacional a arcar com as indenizações requeridas. O processo termina com uma apelação movida por Henrique Richard, seguido de uma réplica de Nereu Ramos, que ficou destinada a prosseguir sob instância superior.

            Localidades relevantes:
            cidade de Desterro (atual Florianópolis, Santa Catarina);
            cidade de Florianópolis;
            cidade da Lapa;
            cidade do Rio de Janeiro;
            cidade de São José;
            fortaleza de Santa Cruz;
            ilha de Anhatomirim.

            Atuaram no processo:
            advogado e procurador Nereu de Oliveira Ramos;
            ajudante do procurador da república Laurindo Silva;
            ajudante de tabelião de notas José Maria de Abreu Santos;
            arquivista dos negócios do interior e justiça Alfredo Tiburcio Lobo;
            escriturário Gilberto P. da Cunha;
            escriturário Liberato José Feliciano da Silva Kelly;
            escrivão Jacintho Cecilio da Silva Simas;
            escrivão José Ciriaco de Souza Costa;
            juiz José Artur Boiteux;
            juiz federal Henrique Netto de Vasconcellos Lessa;
            juiz federal substituto primeiro suplente capitão Felippe Petry;
            oficial do registro civil José Garcez Junior;
            oficial do registro civil Nicolau Nagib Nahas;
            primeiro oficial José Pratos;
            procurador Aristides Ignacio Rodrigues;
            procurador da república Henrique Richard;
            tabelião Leonardo Jorge de Campos Junior;
            tabelião Fernando de Asevedo Milanez;
            signatário Gustavo Nazareno da Silva.

            Militares relevantes:
            capitão Raul do Prado Pinto Peixoto;
            capitão de corveta comandante Luiz Pereira Pinto Galvão;
            capitão-tenente comandante Americo de Asevedo Marques;
            chefe de gabinete capitão-tenente Dario de Castro;
            comandante Aguiar;
            conselheiro militar Delfim Carlos de Carvalho, barão da Passagem;
            ministro da guerra marechal Francisco Antonio de Moura;
            primeiro tenente imediato Antonio Joaquim Cordovil Maurity Junior
            secretário militar José Joaquim Rodrigues Lopes, barão de Matoso;
            segundo tenente José Francisco de Paula Ramos;
            tenente Mariano;
            tenente-coronel comandante do 56º batalhão de caçadores Odilio Bacellar Randolpho de Mello.

            Compõem o processo:
            carta de inquirição;
            carta patente;
            carta precatória;
            certidões e termos de batismo;
            certidões e termos de nascimento;
            certidões e termos de casamento;
            contas;
            petição inicial;
            procurações;
            razões;
            sentença;
            termo de apelação;
            termos de audiência;
            termos de substabelecimento;
            testemunhos.

            Variação de nome:
            Euclydes Domingues;
            Henrique Araujo;
            Luis Ignacio da Silveira;
            Verginia Maria Motta Domingues;
            escrivão José Cyriaco de Souza Costa;
            escrivão José Siríaco de Souza Costa;
            coronel Antonio Moreira César;
            coronel Sérgio Tertuliano Castelo Branco;
            juiz federal Henrique Mello de Wasconsellos Lessa;
            major Adeodato Mello;
            major de engenharia Remoaldo de Barros;
            vapor Aquidabam;
            vapor Itajahy.

            Pagamento de dívidas de Antônio José da Silva
            TRRJ-21299 · Processo · 1866-06-12
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Antônio era negociante em Desterro e faleceu vítima de explosão no edifício da Alfândega. Antônio realizava transações comerciais com os negociantes José da Silva e Sousa, Antônio José Alves Guimarães e Manuel Antônio da Silva, no Rio de Janeiro.
            Dívida a ser paga a Gomes & Companhia pela compra de vinhos Bordeaux.

            Procurador da inventariante: Manoel José de Oliveira.
            Procurador de José da Silva e Sousa: Comendador José Maria do Valle.

            Curador geral de órfãos Marcelino Antônio Dutra.

            Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
            Parte de inquérito policial de Adeodato Manoel Ramos
            BR SC TJSC TJSC-AJ-84965 · Processo · 1923
            Parte de III - Tribunal de Justiça de Santa Catarina

            Documento incompleto, inicia-se na folha 10.
            Declaração do Capitão Trogilio Antônio de Mello.
            Testemunho de agentes da Força Pública do Estado de Santa Catarina.
            Boaventura Alves da Silva.
            Joaquim de Souza Cunha.
            Affonso Ligorio de Assis.
            Innocêncio Pedro da Silva.
            Manoel Ventura dos Santos.
            Martinho Leandro dos Santos.

            Diligências.
            Capitão Trogilio Antônio de Mello desferiu tiros contra Adeodato.
            Não foi feita denúncia contra o capitão Trogilio.

            Inquérito arquivado em 20 de janeiro de 1923.

            Adeodato, com 29 anos de idade, preso desde 11 de agosto de 1916, foi ferido mortalmente, no dia 3 de janeiro de 1923, às 17h, durante tentativa de fuga da cadeia pública de Florianópolis.

            Delegado Fernando Machado Vieira.

            Tribunal de Justiça de Santa Catarina
            BR SC TJSC TRRJ-24625 · Processo · 1822
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Partes:
            Antonio Lourenço de Medeiros (falecido); Victoria de Jesus (viúva e inventariante)

            Vila do Desterro da Ilha de Santa Catarina; juiz de fora Francisco José Nunes; escrivão Antonio Lopes da Silva; papel com marca d'água; propriedade rural no Rio do Cubatão; uma chácara na freguesia de São José, na Estrada para a Serra; uma chácara na Estrada Ponta de Baixo; 10 escravos; engenho de fazer farinha; forno de cobre; gado; utensílios domésticos; utensílios de trabalho.

            Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
            Pecúlio da escrava Eva e seu filho Gregório
            TRPOA-20278 · Processo · 1883-05-19
            Parte de II - Tribunal da Relação de Porto Alegre

            Manoel José d'Oliveira (advogado suplicante e testamenteiro de Emília Moreira da Silva).
            Emília deixou quantia em dinheiro para sua ex-escrava Eva e o filho dessa, Gregório, para usarem em sua liberdade. Eva e Gregória pertenciam, no momento da ação, à Maria Helena Silvy (por ser herdeira do francês Achille Silvy).

            Em 1886, informou-se que a libertação da escrava ocorreu pelo Fundo de Emancipação Provincial.

            Juiz municipal Felisberto Elísio Bezerra Montenegro.
            Escrivão Thomé da Silva.

            Tribunal da Relação de Porto Alegre
            BR SC TJSC TRRJ-22595 · Processo · 1853 - 1856
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Petição para arrecadação realizada na cidade do Desterro, na época sob a primeira comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Antonio de Souza Lobo (falecido);
            Caetano de Araújo Figueiredo Mendonça Furtado (suplicante).

            Herdeiros colaterais:
            Amistalda Bernardina de Souza Lobo;
            Anna Bernardina de Souza Lobo;
            João de Sousa Lobo;
            Severina Bernardina do Sacramento Lobo.

            Resumo:
            Este processo se inicia com uma petição realizada pelo curador das heranças Caetano de Araújo Figueiredo Mendonça Furtado, requerendo a arrecadação dos bens do falecido Antonio de Sousa Lobo, pelo fato do finado ter deixado apenas uma filha, que estaria ausente. Porém, esse pedido é considerado ilegal pelo procurador fiscal, já que o finado possuía irmãos e outros herdeiros colaterais residentes em Santa Catarina; além disso, a herdeira citada pelo suplicado é descrita como “suposta filha natural”.

            Com isso, os herdeiros colaterais do falecido acusam o suplicado de se apropriar dos bens deixados, solicitando a abertura de embargo e a suspensão da arrecadação. O sobrinho do finado, João Evangelista de Sousa Lobo, é nomeado como curador e ficou responsável pelas questões administrativas; ao decorrer do processo, o nomeado pede reembolso por algumas despesas, como o valor gasto no funeral.

            Dentre os bens em questão, destacam-se quantias em dinheiro, louças, acessórios de prata e ouro, letras de créditos e uma morada de casas. Ao decorrer do processo, Caetano continua a alegar que parte desses bens lhe pertence, pois seria responsável pela filha do finado, moradora na cidade de Caravelas, Bahia.

            O juiz determina que o patrimônio passasse por um processo de arrematação, apreendido da herança dos defuntos e ausentes, para pagamento das custas, despesas e porcentagem. O valor líquido foi colocado nos cofres da tesouraria, e o suplicante continuou no cargo de curador da herança, nomeando um fiador. Após isso, o processo é concluído com a anexação de comprovantes de dívidas que o finado havia deixado.

            Atuaram no processo:
            curador de heranças João Evangelista de Sousa Lobo;
            escrivão de órfãos José Honório de Sousa Medeiros;
            fiador José Profiro Machado de Araujo;
            juiz municipal e de órfãos Sergio Lopes Falcão;
            pregoeiro dos auditórios Lucas Rodrigues de Jesus;
            procurador fiscal da tesouraria advogado Polidoro d’Amaral e Silva.

            Localidades relevantes:
            cidade de Caravelas;
            cidade do Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
            primeira comarca;
            província da Bahia (atual estado da Bahia);
            Rio de Janeiro;
            rua Augusta (atual rua João Pinto, Florianópolis);
            rua da Pedreira (atual rua Victor Meirelles, Florianópolis).

            Compõem o processo:
            auto de arrecadação;
            contas;
            petições;
            recibos;
            requerimentos;
            sentenças;
            termo de responsabilidade.

            Variação de nome:
            Amistalda Bernardina de Souza Loubo;
            Anna Bernardina de Souza Loubo;
            fiador José Porfírio Machado de Araujo;
            João de Sousa Loubo;
            Severina Bernardina do Sacramento Loubo.