Escravidão

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              Inquérito Policial de João Delfis da Cruz
              BR SC TJSC TRPOA-77780 · Processo · 1874
              Parte de II - Tribunal da Relação de Porto Alegre

              Inquérito Policial na cidade de Lages, á época comarca da Capital, província de Santa Catarina.

              Partes do processo: João Delfis da Cruz (réu); Manoel Rodrigues dos Santos (réu); escravizado Antônio (vítima).

              Escravizados: Antônio (vítima); Francisco (testemunha).

              Resumo: Durante o período da escravidão no Brasil, o promotor da cidade de Lages foi chamado para investigar um assassinato ocorrido na freguesia de Bagoais. A vítima foi Antônio, um homem escravizado, morto com uma faca por seu senhor, João Delfis da Cruz.
              O juiz ouviu várias testemunhas, incluindo outro escravizado chamado Francisco. Após o exame do corpo e a análise dos depoimentos, o juiz concluiu que João matou Antônio e pediu sua condenação. No entanto, os documentos não explicam claramente o motivo da briga que levou ao crime.

              Atuaram no processo: escrivão Israel Antônio de Jesus; escrivão José Nicolau Barbosa da Silva; juiz Antônio Ribeiro dos Santos; oficial de justiça Antônio Canfrino; perito Manoel Cardoso de Silveira; perito Alfonso José do Vale; perito Marcelino Alves Cardoso; perito Antônio Peres de Macedo.

              Localidades relevantes: freguesia de Bagoais, cidade de Lages; comarca da Capital.

              Compõem o processo: corpo de delito; testemunhas.

              Tribunal da Relação de Porto Alegre
              Inquérito de Domingos
              BR SC TJSC TRPOA-88862 · Processo · 1886
              Parte de II - Tribunal da Relação de Porto Alegre

              Inquérito policial e corpo de delito na cidade de Lages, à época comarca da capital, província de Santa Catarina.

              Partes do processo: escravizado Domingos (vitima); Maria Domingues Vieira (ré).

              Resumo: O delegado da localidade de Canoas, na cidade de Lages, abriu um inquérito para apurar uma denúncia de maus-tratos contra um escravizado chamado Domingos, que pertencia a Maria Domingues Vieira. Durante a investigação, foi constatado que Domingos havia sofrido ferimentos e foi amarrado após tentar fugir.
              Enquanto o caso ainda estava sendo investigado, Maria Domingues Vieira vendeu outro escravizado, Lucas Gomes, que passou a ser o novo proprietário de Domingos.
              Foi realizado um exame de corpo de delito em Domingos, mas os ferimentos eram antigos e não foi possível concluir o laudo com precisão. Mesmo assim, o delegado aceitou o laudo e decidiu arquivar o processo.

              Atuaram no processo: delegado e perito Saturnino Gonçalves Pereira da Silva; escrivão Henrique Rupp; escrivão João Francisco Ignacio; oficial de justiça Roque Cilitino de Matos; perito João Bernardino da Silva.

              Localidades relevantes: freguesia de canoas; cidade de Lages.

              Compõem o processo: corpo de delito.

              Infração de posturas de Aleixo Antonio de Faria
              BR SC TJSC TRRJ-8981 · Processo · 1868
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Infração de posturas autuada na comarca de São Miguel.

              Partes do processo:
              Aleixo Antonio de Faria (denunciante; réu);
              Francisco (denunciado);
              Joanna (denunciada).

              Resumo:
              Este documento é uma cópia de um auto de perguntas, referente a um processo de infração de posturas. O autor da denúncia (e também réu) é Aleixo Antonio de Faria, e os denunciados são Francisco e Joanna (ambos africanos, descritos como “pretos” e de nação Cabinda).

              Nas perguntas feitas a Aleixo, este informou que havia contratado os serviços médicos de Francisco, a fim de curar sua esposa, pagando a ele uma certa quantia em dinheiro. Porém, segundo o denunciante, Francisco não curou a sua esposa.

              Francisco, por sua vez, narrou que Aleixo de fato compareceu à sua residência para lhe pedir remédios e tratamento à sua esposa; porém, ele diz ter recusado, por não saber tratar a enfermidade. Oito dias após essa recusa, o cunhado de Aleixo, Mariano Pinto, foi à casa de Francisco para pedir novamente pelos seus serviços de cura; e, novamente, Francisco recusou por não saber como proceder para curar a mulher de Aleixo.

              Em outra noite, Aleixo compareceu mais uma vez à casa de Francisco, e pediu que indicasse ou arranjasse outro “preto curador”. Francisco afirmou não conhecer nenhum outro curandeiro. Entretanto, outro homem designado como preto, de nome Manoel, estava na casa de Francisco; e ouvindo a conversa, ofereceu-se para prestar cuidados à esposa enferma de Aleixo. Manoel, africano de nação Monjolo, era escravizado pelo tenente-coronel Luiz Ferreira, na vila de São José. Assim, Aleixo concordou em pagar 28.000 réis (28$000) ao escravizado Manoel por seus serviços de cura, com um adiantamento de 8.000 réis (8$000). Assim, Francisco informou que Manoel atendeu a esposa de Aleixo em duas sessões, concluindo seu tratamento.

              Além disso, quando perguntado se havia prestado serviços de feitiçaria a Aleixo, Francisco respondeu que Aleixo foi até ele em um momento anterior à enfermidade de sua esposa, pedindo por um feitiço para matar João José Rosa, por conta de uma dívida. Aleixo mencionou, também, que uma briga aconteceu entre sua esposa e a esposa de Fortunato de tal. Todavia, Francisco novamente disse não saber fazer feitiços, negando o pedido. Aleixo insistiu, e Francisco reagiu, dando-lhe um tapa.

              Francisco foi perguntado se outras pessoas haviam lhe requisitado feitiços. Respondendo, contou que José Francisco da Silva Mafra pediu para enfeitiçar um devedor seu; e que Antonio Gonçalves Franco pediu para amaldiçoar um juiz que lhe havia causado a perda do emprego.

              Na mesma sessão de perguntas, Joanna, esposa de Francisco, foi inquirida se alguém havia pedido a ela por feitiços. Ela disse, em resposta, que apenas sabia que seu marido foi convocado para esse fim, mas que quem efetivamente deu ervas medicinais a Aleixo foi o escravizado Manoel.

              Depois, foram nomeadas outras testemunhas para prestar depoimentos. Os depoentes não foram unânimes; alguns disseram que apenas ouviram falar que Francisco foi chamado, mas que foi Manoel quem tratou a esposa de Aleixo. O réu contestou esta versão, insistindo que foi Francisco quem atendeu sua esposa. Outra testemunha alegou que Francisco deu remédios para a mulher enferma, que ia a sua casa coletá-los.

              Por fim, o juiz julgou por sentença que os testemunhos comprovavam que houve prática de curandeirismo e medicina ilegal. Em sua declaração, reiterou que esse crime deveria ter suas penas aplicadas tanto aos curandeiros quanto aos que se beneficiaram da cura. Aleixo foi sentenciado a pagar uma multa; mas não ficou explicitado se Francisco ou Manoel foram obrigados a arcar com penas.

              Compõem o processo:
              audiência;
              auto de qualificação;
              autos de perguntas;
              contas;
              mandados de intimação;
              multa sobre infração de código de posturas;
              sentença;
              termo de juramento de depoentes;
              termo de interrogatório ao réu.

              Localidades relevantes:
              Pedra Branca (localidade no município de São José, Santa Catarina);
              vila de São José (atual município em Santa Catarina);
              vila de São Miguel (atual município de Biguaçu, Santa Catarina);
              comarca de São Miguel.

              Atuaram no processo:
              delegado de polícia 6º suplente capitão Eduardo José do Amaral;
              escrivão Antonio Francisco de Medeiros;
              escrivão fiscal Lucio Hypolito de Camargo;
              juiz Cavalheiro;
              oficial de justiça Antonio Silveira de Souza;
              oficial de justiça e signatário Antonio Faustino Dias;
              subdelegado de polícia 1º suplente tenente Francisco Gonçalves da Luz.

              Variações de nome:
              Francisco Cabinda;
              Joana Cabinda.

              Executivo Fiscal de José Joaquim da Silva
              BR SC TJSC TRPOA-20439 · Processo · 1887
              Parte de II - Tribunal da Relação de Porto Alegre

              Partes:
              Fazenda Provincial (exequente);
              José Joaquim da Silva (executado).

              Imposto no valor de 18$000 (dezoito mil réis) sobre escravizados; cidade de São Francisco do Sul.

              J. L. de Gama, chefe da seção da fazenda nacional;
              Sérgio Nolasco de Oliveira Paes, procurador da fazenda.

              Tribunal da Relação de Porto Alegre