Mostrando 1774 resultados

Descrição arquivística
1725 resultados com objetos digitais Exibir resultados com objetos digitais
Ordem da Comarca de Paranaguá à Vila de Lages

Partes:
Comarca de Paranaguá; Juiz Presidente da Villa de Lages

Ordem expedida pelo juízo superior da ouvidoria Geral da Vila da Comarca de Paranaguá dirigida ao juiz presidente da Vila de Lages.

Bonita introdução:
"Dom João, por Graça de Deus, Príncipe Regente do reino de Portugal, dos Algarves, daqui e de além mar, em África senhor de Guiné, da [conquista navegação e armação da (inelegível)] Etiópia Arabial, Pércia, da Índia faz saber ao juiz presidente da vila de Lages que pelo seu governador e Capitão Geral da Capitania de São Paulo Antônio José da França e Horta foi expedido [inelegível] uma carta de ofício nomeio Doutor Ouvidor Geral Corregedor de Paranaguá Antônio Ribeiro de Carvalho para mandar publicar ..."
Coronel Coronel Manoel da Cunha de Azevedo Coitinho Souza Siqueira.
Doutor Antônio Ribeiro de Carvalho.
Mulata Cativa

Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

Partes:
Juízo de direito da comarca de Curitiba e Paranaguá (remetente)
Juízo de direito da comarca de Lages (destinatário)

Resumo: Instruções para a publicação de bandos relacionados à Convenção de Viena, abordando a abolição do tráfico de escravizados ao norte da linha do Equador e os pedidos de indenização pelos danos sofridos pelos comerciantes portugueses.

Expedição de aviso régio; Aviso de 30 de junho de 1815; Traslado e publicação de bandos; Desembargo do Paço; Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra; Contém selo;

Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba; Município de São Paulo; Capitania de São Paulo; Comarca do Rio de Janeiro;

Congresso de Viena; Abolição do comércio de escravizados ao norte da linha do Equador; Navios de tráfico escravo interceptados por cruzadores britânicos; Reclamações por indenizações aos comerciantes portugueses do tráfico transatlântico de escravizados; Menção à dívida externa contraída por Portugal para com a Grã-Bretanha; Renovação do tratado de aliança entre as coroas portuguesa e britânica;

Militares; Capitão da Guarda Real; Comendador; Coronel de Regimento de Milícias;

Corregedor/desembargador/ouvidor geral João de Medeiros Gomes;
Escrivão Joaquim Floriano de Toledo;
Escrivão da ouvidoria Antônio Antunes Rodrigues;
Oficial-maior da secretaria José Mathias Ferreira de Abreu;
Secretário de governo Manoel da Cunha de Azevedo Coutinho Souza Chichorro;

Dom Antônio de Saldanha da Gama;
Dom Fernando José de Portugal e Castro, marquês de Aguiar;
Dom Francisco de Assis Mascarenhas, conde da Palma;
Dom Joaquim José Lobo da Silveira;
Dom João VI de Portugal;
Dom Pedro de Sousa e Holstein, conde de Palmela;
Rei George III do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda;
Robert Stewart, visconde de Castlereagh;

Variação de nome;
José Matias Ferreira de Abreu;
Manuel da Cunha de Azevedo Coutinho Souza Chichorro;
Rei Jorge III do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda;
Roberto Stewart, visconde de Castlereagh.

Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

Partes:
Juízo de direito da comarca de Curitiba e Paranaguá (remetente)
Juízo de direito da comarca de Lages (destinatário)

Expedição de aviso régio; Compilação de alvarás, decretos, editais e provisões promulgadas no ano de 1814; Desembargo do Paço; Contém selo;

Vila de Nossa senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba; Comarca do Rio de Janeiro; Tribunal de Relação da Bahia; Tribunal de Relação do Maranhão;

Alvará de 25 de fevereiro de 1814; Alvará de criação da Vila de São João da Palma, cabeça da comarca de São João das duas Barras;

Alvará de 09 de março de 1814; Alvará de criação da Vila de São Pedro de Cantagalo, na localidade de Arraial do Cantagalo;

Alvará de 05 de maio de 1814; Ampliação do Alvará de 21 de janeiro de 1809; Garantia de privilégios fiscais a proprietários de engenhos de açúcar e a lavradores de cana de açúcar; Estipulação de taxas sobre a produção de carne bovina; Menção ao Alvará de 03 de junho de 1809;

Alvará de 14 de maio de 1814; Alvará de criação da localidade de Juiz de Fora;

Alvará de 26 de maio de 1814; Alvará de elevação da povoação de Maricá à categoria de Vila de Santa Maria de Maricá;

Decreto de 18 de junho de 1814; Decreto de abertura dos portos brasileiros;

Provisão de 20 de junho de 1814; Provisão sobre excomunhões proferidas pelo vigário da Vila Nova do Príncipe contra seis soldados milicianos que efetuaram a prisão do padre Francisco José Monteiro Batalha;

Edital de 07 de julho de 1814; Edital do Desembargo do Paço em execução ao Decreto de 18 de junho de 1814;

Alvará de 19 de julho de 1814; Alvará de delimitação entre o termo da Vila da Campanha da Princesa e a Vila de São João del Rei; Criação da Vila de Santa Maria de Baependi e da Vila de São Carlos de Jacuí;

Decreto de 05 de agosto de 1814; Decreto de perdão a soldados desertores do exército;

Alvará de 30 de agosto de 1814; Alvará de elevação da povoação de Barra do Jardim à categoria de Vila de Santo Antônio do Jardim; Desmembramento da Vila do Crato; Distribuição de sesmaria; Menção à capitania do Ceará Grande;

Alvará de 16 de setembro de 1814; Ampliação do alvará de 13 de maio de 1813; Aumento da alçada de ministros;

Alvará de 24 de setembro de 1814; Alvará de cobrança de dívida do Banco do Brasil;

Alvará de 24 de outubro de 1814; Alvará de providências de amparo e educação a órfãos;

Decreto de 10 de dezembro de 1814; Decreto aliviando a cobrança de imposto sobre embarcações designado pelo Alvará de 20 de outubro de 1812;

Descrição e cumprimento do Alvará de 18 de março de 1809; Alvará de criação da comarca de São João das Duas Barras; Arraial da Natividade; Localidade de Barra da Palma; Sítio da Barra da Palma;

Descrição e cumprimento do Alvará de 09 de março de 1814; Alvará de criação da Vila de São Pedro de Cantagalo na localidade do Arraial e Distrito das Novas Minas de Cantagalo; Limitação com as vilas de Campos dos Goytacazes, de Macaé, de Magé, de Maricá e de Santo Antônio de Sá, com rio Paraíba e com a Serra dos Órgãos; Desmembramento da Aldeia da Pedra do termo de São Salvador dos Campos dos Goytacazes; Distribuição de sesmaria; Menções ao Alvará de 23 de julho de 1766 e à Resolução de 17 de janeiro de 1814;

Descrição e cumprimento do Alvará de 21 de janeiro de 1809; Garantia de privilégios fiscais a proprietários de engenhos de açúcar e a lavradores de cana de açúcar; Estipulação de taxas sobre a produção de carne de bovina; Descrição e cumprimento do alvará de 17 de novembro de 1813; Alvará de concessão de privilégios a mineiros empregados na extração de ouro; Menção à Resolução de 15 de março de 1814;

Descrição e cumprimento do Alvará de 03 de junho de 1809; Alvará de criação do imposto da sisa, atuante sobre a compra e venda de bens imóveis e de escravizados tidos como ladinos; Menção à Resolução de 15 de março de 1814;

Descrição e cumprimento de alvará de data não informada; Alvará de criação de postos para juiz de fora no município de Angra, nas ilhas de Açores;

Descrição e cumprimento do Alvará de 26 de maio de 1814; Alvará de elevação da povoação de Maricá à categoria de Vila de Santa Maria de Maricá; Delimitação da referida vila entre a Barra da Lagoa de Saquarema, a Ponta de Mandetiba, e as serras de Catimbau, de Cordeiros, de Itatindiba, de Pihyba Grande e de Tiririca; Desmembramento do município de Cabo Frio, do termo do Rio de Janeiro, e da Vila de Santo Antônio de Sá; Distribuição de sesmaria; Menção ao alvará de 23 de julho de 1766; Menções à Resolução de 06 de maio de 1814 e ao Despacho de 12 de maio de 1814;

Descrição e cumprimento do decreto de 18 de junho de 1814; Decreto de abertura dos portos brasileiros em virtude do término de hostilidades contra a França; Congratulação ao sucesso das forças aliadas na Guerra da Sexta Coligação; Guerras napoleônicas;

Descrição e cumprimento do Edital de 07 de julho de 1814; Edital do Desembargo do Paço em execução ao Decreto de 18 de junho de 1814;

Descrição e cumprimento da Provisão de 20 de junho de 1814; Provisão sobre excomunhões proferidas pelo vigário da Vila Nova do Príncipe contra seis soldados milicianos que efetuaram a prisão do padre Francisco José Monteiro Batalha; Prisão do padre por crime de rapto e estupro; Irregularidade perante o decreto de 10 de março de 1774; Anulação das referidas excomunhões; Ordem real à igreja para aplicação de punição ao referido vigário; Menção à Resolução de 20 de março de 1814;

Descrição e cumprimento do Alvará de 19 de julho de 1814; Alvará de delimitação entre o termo da Vila da Campanha da Princesa e a Vila de São João del Rei; Criação da Vila de Santa Maria de Baependi e da Vila de São Carlos de Jacuí; Arraial de Nossa Senhora das Dores; Povoação de Carrancas; Freguesia de Aiuruoca; Freguesia de Cabo Verde; Freguesia de Camanducaia; Freguesia de Itajubá; Freguesia das Lavras do Funil; Freguesia de Ouro Fino; Freguesia do Pouso Alto; Freguesia de Sapucaí; Distribuição de sesmaria; Menções à Provisão de 21 de abril de 1799, à Carta Régia de 06 de Novembro de 1800, à Provisão de 06 de agosto de 1801, à Resolução de 04 de agosto de 1807, à Resolução de 20 de maio de 1814 e ao Despacho de 06 de junho de 1814;

Descrição e cumprimento do Decreto de 05 de agosto de 1814; Decreto de perdão a soldados desertores do exército, sob a condição de que se apresentassem dentro de seis meses aos seus respectivos corpos militares para sua reintegração ao exército; Soltura de desertores presos;

Descrição e cumprimento do Alvará de 30 de agosto de 1814; Alvará de elevação da povoação de Barra do Jardim à categoria de Vila de Santo Antônio do Jardim; Desmembramento da Vila do Crato; Freguesia da Missão Velha; Distribuição de sesmaria; Menção à capitania do Ceará Grande; Menção ao Alvará de 23 de julho de 1766 e à Resolução de 27 de maio e 1814;

Descrição e cumprimento do Alvará 16 de setembro de 1814; Ampliação do Alvará de 13 de maio de 1813; Alvará com intuito de redução de gastos com a administração da justiça; Ampliação da alçada de ministros; Menções ao Alvará de 26 de janeiro de 1696 e ao Alvará de 13 de maio de 1813;

Descrição e cumprimento do Alvará de 24 de outubro de 1814; Alvará de providências de amparo e educação a órfãos; Efetuação de pagamentos a tutores; Instauração da Casa Pia do Castelo; Destinação de rendas à Casa Pia do Castelo e ao Colégio dos Meninos Órfãos da Mouraria; Proibição de prisão de órfãos em cadeias públicas e designação de recolhimento destes para a Casa Pia do Castelo; Instauração do posto de Juiz de Órfãos;

Descrição e cumprimento do Decreto de 10 de dezembro de 1814; Aliviamento de imposto designado pelo Alvará de 20 de outubro de 1812; Isenção de imposto sobre embarcações particulares e pesqueiras; Menção à Instrução de 16 e abril de 1806;

Município de Angra do Heroísmo; Município de Baependi; Município de Jacuí; Município de Jardim; Município de Maricá; Município de Paranã; Município de São Pedro;

Capitania do Ceará; Capitania de Goiás; Capitania de Minas Gerais; Capitania de São Paulo;

Corregedor/desembargador/ouvidor geral João de Medeiros Gomes;
Escrivão Antônio Feliciano Cerpa;
Escrivão Bernardo José de Souza Lobato;
Escrivão Joaquim Antônio Lopes da Costa;
Escrivão Joaquim José da Silveira;
Escrivão João Pedro Maynard d’Affonseca e Sá;
Escrivão José Manoel de Souza França;
Desembargador Antônio de Menezes e Vasconcellos Drummond;
Desembargador Thomaz Antônio de Villa Nova Portugal;
Signatário Antônio Joaquim Alves;
Signatário Antônio José Corrêa da Franca e Horta;
Signatário Francisco Antônio de Souza Silveira;
Signatário Joaquim José da Silva;
Signatário João Carneiro de Campos;
Signatário José Balbino Barboza de Araújo;
Signatário Manoel Corrêa Picanço;
Signatário Monsenhor Almeida;
Signatário Monsenhor Miranda;

Fernando José de Portugal e Castro, marquês de Aguiar;
Pedro Maria Xavier de Ataíde e Melo, visconde de Condeixa;

Variação de nome;
Serra de Itaitindiba;
Serra de Piíba Grande;
Antônio José Correia da Franca e Horta;
Antônio de Menezes e Vasconcelos Drummond;
João Pedro Mainard d’Affonseca e Sá;
João Pedro Mainard d’Afonseca e Sá;
João Pedro Mainard da Fonseca e Sá;
João Pedro Maynard d’Afonseca e Sá;
João Pedro Maynard da Fonseca e Sá;
José Balbino Barbosa de Araújo;
Thomaz Antônio de Vilanova Portugal;
Tomás Antônio de Vilanova Portugal;
Tomás Antônio de Villa Nova Portugal;
Tomaz Antônio de Vilanova Portugal;
Tomaz Antônio de Villa Nova Portugal.

Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

Partes:
Juízo de Direito da Comarca de Curitiba e Paranaguá (remetente)
Juízo de Direito da Comarca de Lages (destinatário)

Expedição de aviso régio; Alvará de 06 de setembro de 1815; Desembargo do Paço; Tribunal de Relação da Bahia; Rio de Janeiro; Contém Selo;

Corregedor/desembargador/ouvidor geral João de Medeiros Gomes;
Escrivão Bernardo José de Souza Lobato;
Escrivão da Ouvidoria Antônio Antunes Rodrigues;
Signatário Antônio Luiz Alves;
Signatário Joaquim José da Silveira;
Signatário Monsenhor Almeida;
Signatário Monsenhor Miranda.

Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

Partes:
Juízo de Direito da Comarca de Curitiba e Paranaguá (remetente)
Juízo de Direito da Comarca de Lages (destinatário)

Expedição de aviso régio; Tribunal de Relação da Bahia;

Ofício entregue pelo juiz de fora da comarca de Curitiba e Paranaguá, referente a atraso na entrega de remessas à Tesouraria Geral da capitania de São Paulo; Extinção da recebedoria da Vila de Paranaguá; Reorganização da coleta de rendas; Autorização de emprego de escoltas militares para entregas de remessas; Exceção imposta à Vila de Cananeia e à Vila de Iguape, as quais deveriam destinar suas remessas diretamente à junta coletora da Fazenda Real da capitania de São Paulo; Menções à Provisão de 23 de maio de 1810, à Provisão de 11 de agosto de 1811, à Provisão de 19 de fevereiro de 1812 e à Provisão de 14 de maio de 1812;

Vila de Castro; Vila de Santo Antônio da Lapa;

Corregedor/desembargador/ouvidor geral João de Medeiros Gomes;
Escrivão João José Moreira;
Escrivão João Vicente da Fonseca;
Escrivão da ouvidoria Antônio Antunes Rodrigues;

Dom Francisco Assis Mascarenhas, conde da Palma.

Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
Ordem expedida Comarca de Paranaguá

Partes:
Comarca de Paranaguá
Comarca da Villa de Lages

Ordem expedida da Ouvidoria da comarca de Paranaguá para o "presidente da villa de Lages". Menção ao Príncipe Regente do Império Português, assim como a regiões abrangidas por esse império (Portugal, Algarves, Brasil, África, Guiné, etc.). Nomeação, de ofício, a vila de Paranaguá, do Dr. Antônio Ribeiro para ser publicada em todas as bandas de sua capitania, cujo ofício que acompanha cópia assinada pelo coronel Manoel Saldanha Coutinho Souza Siqueira. Menção à Igreja. Escravidão (termo "mulata cativa"). Citação a Manoel Andrade, Secretário do Governo. Citação a Antônio José de Franca. Vila de Lages. Assinatura bem preservada de Antônio Ribeiro de Carvalho na fl. 7. Visto em Correição em 5/12/1860 por alguém que assinou como Henrique.

Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
Ordem Expedida da Comarca de Curitiba e Paranaguá

Partes:
Juízo de Direito da Comarca de Curitiba e Paranaguá (remetente);
Juízo de Direito da Comarca de Lages (destinatário).

Traslado; compilação de editais, alvarás e decretos promulgados no ano de 1813, Palácio do Rio de Janeiro; Tribunal da Mesa do Desembargo do Paço.

40 folhas; Exposição.

Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
BR SC TJSC TJSC-AJ-DC-69678 · Processo · 1918
Parte de III - Tribunal de Justiça de Santa Catarina

Traslado de autos de ação ordinária realizado na cidade de Florianópolis, comarca da capital do estado de Santa Catarina.

Partes:
Virginia Maria Motta Domingues (autora);
Aracy Domingues (autora);
Aristides Ignacio Domingues (autor);
Aristoteles Ignacio Domingues (autor);
Euclides Domingues (autor);
Hercilio Ignacio Domingues (autor),
João Ricardo Schuldt (autor);
Sara Domingues Schuldt (autora);
A Fazenda Nacional (ré).

Resumo:
Neste processo, Virginia Maria Motta Domingues e outros, autores da ação, compareceram em juízo para mover uma ação ordinária contra a Fazenda Nacional, requerendo indenizações por conta dos assassinatos políticos feitos na fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim — no que ficou conhecido como o Massacre da ilha de Anhatomirim. A matança ocorreu em 1894, durante a Revolução Federalista (1893-1895).

O processo se inicia tratando do desaparecimento e morte do falecido marido de Virginia Maria Motta Domingues, o capitão Luiz Ignacio Domingues, que em 1894 servia como ajudante no 25º Batalhão de Infantaria do exército estacionado em Florianópolis. É informado que o militar, após a derrota dos insurgentes da Revolta da Armada (1894), da qual participou, entregou-se à guarnição federal. Luis Ignacio Rodrigues, após seu recolhimento, ficou completamente incomunicável.

Quando da chegada do coronel Antônio Moreira Cezar à cidade de Florianópolis, nomeado como interventor federal para efetuar o restabelecimento da “ordem constitucional”, Luiz Ignacio Domingues foi posto em uma embarcação, o transporte de nome “Santos”, que o levou para a ilha de Anhatomirim; deixando-o na “borda do norte” da fortaleza de Santa Cruz. A partir deste momento, não houve prestação de informação alguma sobre o paradeiro do militar.

É alegado, na sequência do texto da petição inicial, que rumores e notícias do massacre de Anhatomirim, levada a cabo em 1894, começaram a circular em Florianópolis a partir de 1912, pelo fato de que foram encontradas ossadas humanas resultantes da chacina. Os familiares das vítimas pediram pela coleta dos restos mortais das vítimas que, como dito pelo escrivão, estava “exposta à curiosidade e ao tempo”. O presidente da república, na época o marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, permitiu que as ossadas fossem coletadas; e após análises, foi comprovado que as vítimas foram fuziladas.

Com isso em vista, as partes autoras argumentaram sobre a ilegalidade e inconstitucionalidade dos assassinatos, e exigiram o pagamento de indenizações pela morte do capitão Luis Ignacio Domingues. Como proposta, foi oferecida a cobrança de 16 anos do salário do falecido — calcularam-se os proventos devidos desde a sua idade do momento em que foi morto, de 44 anos, até a provável expectativa de vida de 60 anos — com acréscimo de indenizações por danos morais, totalizando uma soma de cinco contos de réis (5:000$000).

Entre as páginas 47 e 51, consta o traslado de uma carta-patente de 1890, de autoria do marechal Floriano Peixoto, na qual o então tenente Luiz Ignacio Domingues foi promovido, por antiguidade, para o posto de capitão de infantaria.

O processo também contém uma segunda petição, assinada por Pedro Maria Trompowsky Taulois e outros, em que são requeridas as exumações dos falecidos no massacre (páginas 55-63). Em seguida a essa petição, foi informado pela chefia que, quando foram ser recolhidos, os ossos dos falecidos estavam distribuídos entre latas de querosene e furnas (página 64). Adiante, é descrita a chegada da comissão responsabilizada pela escavação e retirada das ossadas espalhadas pela fortaleza de Anhatomirim, bem como a trasladação dos restos mortais para Florianópolis.

Ao longo de três autos de depoimentos de testemunhas foi corroborado o intento de fuzilar os presos durante a Revolução Federalista (páginas 78-106). O depoente Savas Nicolau Savas alegou que nutria amizade com o coronel Moreira Cezar, e portanto ficou sabendo que tanto o capitão Luiz Ignacio Domingues quanto todos os outros prisioneiros que foram encaminhados para Anhatomirim foram destinados a um fuzilamento sumário. Savas atesta, ainda, que Moreira Cezar confessou-lhe a execução da ordem do fuzilamento, justificando que eram ordens superiores que “não poderiam ser desrespeitadas”. Savas diz, ainda, que deixou de guardar sigilo sobre o acontecido após terem ficado publicamente conhecidos os vestígios da chacina em Anhatomirim.

Algumas testemunhas informaram o nome de outras vítimas. O telegrafista Arthur Tupynambá de Campos informou que o alferes Olympio da Silveira, bem como outras vítimas, foram fuziladas na fortaleza de Santa Cruz. A testemunha também constatou que, na época do massacre, o comandante da fortaleza era um certo tenente Mariano (possivelmente o tenente Cândido José Mariano Júnior), e que era auxiliado pelo capitão Raul do Prado Pinto Peixoto. Outro depoente, o carregador José Maria da Costa, complementou ao dizer que o coronel Luiz Caldeira de Andrada foi fuzilado junto com o capitão Luiz Ignacio da Silveira. Ele também indica que o vapor Angra dos Reis trouxe prisioneiros como o coronel Sergio Tertuliano Castello Branco, o major de engenharia Romualdo de Barros, Capristrano, Constancio, José Constancio, Cascaes, Caetano Moura, e Lemos Henrique; e o vapor Itajaí trouxe Pedro Becker, José Becker, e um certo padre Almeida; todos estes presos foram executados, com a exceção do padre, que foi perdoado. Ainda, a testemunha informa que os fuzilamentos aconteciam entre 3:00 e 4:00 horas da madrugada; e os corpos eram postos num “subterrâneo” detrás da casa do comandante e do telegrafista. Depois, os cadáveres foram realocados, por conta mau cheiro, para um local denominado como “araçazeiro”, dentro do perímetro da fortaleza. Além disso, o oficial de marinha e imediato Henrique de Araujo alegou que sabia da existência de ossadas humanas em uma furna atrás de um paiol, que foram armazenadas dentro de caixões de querosene, no intuito de melhor escondê-las. O depoente ouviu rumores de que, entre os fuzilados, estavam também o marechal Manuel de Almeida da Gama Lobo Coelho d'Eça, barão de Batovi (com seu filho e irmãos), um certo doutor Barata, Elesbão Pinto Luz, e o capitão do mar e guerra Frederico Guilherme Lorena.

Relatos de militares também compuseram os depoimentos. O guarda-livros Carlos Henrique de Paiva contou que participou do Cerco da Lapa, ocorrido em 1894, e atuou como oficial militar sob comando do general legalista Antônio Ernesto Gomes Carneiro. Porém, o depoente foi preso e encaminhado ao 25º Batalhão de Infantaria, onde viu o coronel e os mesmos prisioneiros mencionados por Henrique de Araujo. Antes da execução, o depoente foi solto, e os outros presos foram encaminhados à fortaleza de Santa Cruz. Já o francês Pedro Bosco constatou que atuava como soldado da Guarda Nacional em 1894: tendo o vapor Aquidaban aportado com marinheiros embriagados, este depoente chamou reforços para controlar a situação, sendo então assistido pelo tenente Carlos Camisão, pelo major Adehodato Mello, e pelo capitão Luiz Ignacio Rodrigues, a quem conhecia. Pouco depois, soube que Luiz foi executado, devido à notícia do retorno das ossadas a Florianópolis. Outro depoente, o militar Antenor Taulois de Mesquita, participou da comissão que localizou e escavou as ossadas humanas. Ele atestou que, entre os restos mortais, foram encontradas fardas e objetos que comprovaram a identidade dos fuzilados mencionados nos depoimentos anteriores.

Outros detalharam as tensões sobre o massacre, em Anhatomirim e em Florianópolis. Testemunhas, como o pedreiro Firmino José da Costa e o marítimo Messias Antonio de Souza, expuseram que na fortaleza havia “ordens severíssimas” sobre a manutenção do sigilo do massacre de Anhatomirim. Outra testemunha, o padeiro Agostinho Jacintho Goulart, era criado da casa do capitão Luiz Ignacio Domingues, e depôs que levava comida ao capitão enquanto este esteve aprisionado no quartel da guarnição, antes da chegada do coronel Moreira Cezar. Depois que o coronel chegou, Luiz Ignacio Domingues ficou incomunicável. O negociante Evaristo Monteiro Cardozo, por sua vez, disse que identificou outras vítimas sendo embarcadas no trapiche e conduzidas para Anhatomirim, sendo elas o capitão Coelho e o alferes Lemos. Soube depois, por rumores “nos cafés” de Florianópolis, que estes foram executados sob ordens de Moreira Cezar.

Depois desses depoimentos, foi autuada uma carta de inquirição, em que foi inquirido o remeiro José Guilherme da Silva. O depoente reafirmou as práticas do pessoal militar da fortaleza de Santa Cruz, em relação à ocultação dos cadáveres; o depoente acrescentou, dizendo que os corpos menos decompostos foram escondidos em um local e selados com uma parede de tijolos. Além disso, a testemunha lista outras vítimas: o alferes Joaquim Vieira e o alferes Raul de Souza.

Na sequência, foram apresentadas as razões finais de Nereu Ramos (páginas 126-135), advogado dos autores; alguns depoimentos das testemunhas foram reunidos e foi reforçada a acusação contra a Fazenda Nacional, denunciando o autoritarismo do Estado ao comandar fuzilamentos sem qualquer justificativa legal. As razões finais também contestaram a prescrição do crime, por conta do tempo decorrido não ter excedido um prazo de trinta anos, como também pela natureza do crime não permitir prescrição.

Em réplica, a Fazenda Nacional, por meio do procurador da república Henrique Richard, defendeu suas razões (páginas 145-150). O advogado alegou que a ré não tinha conhecimento dos fuzilamentos ocorridos em Anhatomirim; somente teve ciência após a trasladação das ossadas humanas, em 1913. Buscou justificar que a ação tinha ultrapassado o prazo possível para julgamento, que indicou ser de cinco anos; e, também, disse que a posição dos autores era contraditória, ao procurar justiça pelos falecidos apenas duas décadas mais tarde.

Conclusivamente, na sentença (páginas 161-180), o juiz federal Henrique Lessa reconheceu os crimes cometidos em Anhatomirim, e atestou que as execuções foram marcadas pela crueldade e pela completa ausência de motivo legal ou moral. Assim, o juiz atendeu ao pedido dos autores na petição inicial, condenando a Fazenda Nacional a arcar com as indenizações requeridas. O processo termina com uma apelação movida por Henrique Richard, seguido de uma réplica de Nereu Ramos, que ficou destinada a prosseguir sob instância superior.

Localidades relevantes:
cidade de Desterro (atual Florianópolis, Santa Catarina);
cidade de Florianópolis;
cidade da Lapa;
cidade do Rio de Janeiro;
cidade de São José;
fortaleza de Santa Cruz;
ilha de Anhatomirim.

Atuaram no processo:
advogado e procurador Nereu de Oliveira Ramos;
ajudante do procurador da república Laurindo Silva;
ajudante de tabelião de notas José Maria de Abreu Santos;
arquivista dos negócios do interior e justiça Alfredo Tiburcio Lobo;
escriturário Gilberto P. da Cunha;
escriturário Liberato José Feliciano da Silva Kelly;
escrivão Jacintho Cecilio da Silva Simas;
escrivão José Ciriaco de Souza Costa;
juiz José Artur Boiteux;
juiz federal Henrique Netto de Vasconcellos Lessa;
juiz federal substituto primeiro suplente capitão Felippe Petry;
oficial do registro civil José Garcez Junior;
oficial do registro civil Nicolau Nagib Nahas;
primeiro oficial José Pratos;
procurador Aristides Ignacio Rodrigues;
procurador da república Henrique Richard;
tabelião Leonardo Jorge de Campos Junior;
tabelião Fernando de Asevedo Milanez;
signatário Gustavo Nazareno da Silva.

Militares relevantes:
capitão Raul do Prado Pinto Peixoto;
capitão de corveta comandante Luiz Pereira Pinto Galvão;
capitão-tenente comandante Americo de Asevedo Marques;
chefe de gabinete capitão-tenente Dario de Castro;
comandante Aguiar;
conselheiro militar Delfim Carlos de Carvalho, barão da Passagem;
ministro da guerra marechal Francisco Antonio de Moura;
primeiro tenente imediato Antonio Joaquim Cordovil Maurity Junior
secretário militar José Joaquim Rodrigues Lopes, barão de Matoso;
segundo tenente José Francisco de Paula Ramos;
tenente Mariano;
tenente-coronel comandante do 56º batalhão de caçadores Odilio Bacellar Randolpho de Mello.

Compõem o processo:
carta de inquirição;
carta patente;
carta precatória;
certidões e termos de batismo;
certidões e termos de nascimento;
certidões e termos de casamento;
contas;
petição inicial;
procurações;
razões;
sentença;
termo de apelação;
termos de audiência;
termos de substabelecimento;
testemunhos.

Variação de nome:
Euclydes Domingues;
Henrique Araujo;
Luis Ignacio da Silveira;
Verginia Maria Motta Domingues;
escrivão José Cyriaco de Souza Costa;
escrivão José Siríaco de Souza Costa;
coronel Antonio Moreira César;
coronel Sérgio Tertuliano Castelo Branco;
juiz federal Henrique Mello de Wasconsellos Lessa;
major Adeodato Mello;
major de engenharia Remoaldo de Barros;
vapor Aquidabam;
vapor Itajahy.