Partilha de Bens

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        Partilha de Bens

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              BR SC TJSC TRRJ-32469 · Processo · 1844 - 1852
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Contas testamentárias realizadas na vila de São José, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Bernardo da Cunha Brochado (falecido);
              Bernardino da Cunha Brochado (terceiro testamenteiro, inventariante e herdeiro).

              Resumo:
              Este processo se inicia com o falecimento do reverendo vigário Bernardo da Cunha Brochado em 1844, sendo estipulado um prazo de 6 anos para os testamenteiros apresentarem a quitação das contas testamentárias, ou seja, até 1851.

              No começo do processo, o traslado de testamento do falecido é anexado, revelando que ele era natural da Freguesia de São Salvador da Travanca, Portugal. A primeira testamenteira, Caetana Rosa da Silva, é mãe do herdeiro Bernardino, e o finado deixou seus sítios e casas para ela. Além disso, o falecido afirma que a Igreja o deve pelos diversos serviços realizados, declarando que nenhum membro deverá procurar seus herdeiros para cobrá-los.

              Dentre as vontades escritas no testamento, destacam-se a alforria de duas pessoas escravizadas: Constancia, mulher descrita como parda, que seria declarada livre após o falecimento do vigário, e Sérgio, criança designada como crioula, com carta de liberdade já escrita; as condições para sua alforria seriam de acompanhar o vigário até seu último dia de vida e residir na casa dele até completar a maioridade. Os pais de Sérgio são Miguel, homem forro designado como preto, e Joaquina, mulher descrita como preta e já falecida.

              Além desse documento, é anexada uma carta de sentença cível formal de partilha do finado, dada em 1844, para o cumprimento das disposições testamentárias já citadas; nela, consta uma notificação de sequestro dos bens do falecido, pelo inventariante não comparecer à ação. Porém, um ano depois, o herdeiro se faz presente e dá início ao processo de inventário. Nele, constam dívidas passivas que não foram quitadas nesses 6 anos.

              As dívidas constantes e reveladas nos traslados são somadas e adicionadas ao processo. A ação é concluída com os recibos dessas pendências e comprovantes de quitação de alguns pedidos incluídos no testamento. Com isso, o juiz julga o processo por sentença e declara o testamenteiro exonerado das contas testamentárias.

              Atuaram no processo:
              avaliador Constancio Jose da Silva Passos;
              avaliador Florencio Jose de Castro Campos;
              avaliador Jacinto Jose da Luz;
              coletor Gaspar Xavier Nunes;
              escrivão Francisco Xavier de Oliveira Camara;
              escrivão João Antonio Lopes Gondim;
              juiz privativo dos feitos da fazenda nacional Severo Amorim do Valle;
              partidor Jose Rodrigues Pinheiro Cavalcante;
              partidor Laurentino Eloy de Medeiros;
              pregoeiro Manoel do Nassimento Gomes;
              procurador fiscal Felippe José dos Passos de Alencastre;
              procurador fiscal Manoel de Freitas Sampaio;
              tabelião interino David do Amaral Silva;
              tabelião Joaquim Francisco de Assis e Passos;
              tabelião Sérgio Lopes Falcão;
              signatário Joaquim de Almeida Coelho.

              Localidades relevantes:
              arcebispado de Braga;
              corte do Rio de Janeiro;
              freguesia de Franca;
              freguesia de São José da Terra Firme (atual município de São José, Santa Catarina);
              freguesia de São Salvador de Travanca;
              rua da Palma (atual rua Álvaro de Carvalho, Florianópolis);
              sítio do Passavinte.

              Compõem o processo:
              contas;
              petições;
              recibos;
              sentença;
              termo de aceite;
              traslado de carta de sentença cível formal de partilha;
              traslado de inventário;
              traslados de testamento.

              BR SC TJSC TRRJ-58445 · Processo · 1847-1854
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Inventário realizado na cidade de Santo Antonio dos Anjos da Laguna, na época sob a comarca do sul da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Maria Cardozo de Jesus (inventariada);
              Graciana Gomes da Rocha (inventariante e herdeira).

              Herdeiros:
              Antonia Maria de Jesus (neta);
              Antonio Gomes da Rocha (neto);
              Joze Antonio (neto);
              José Gomes da Rocha (neto);
              Manoel de Castro (co-herdeiro);
              Maria Ignacia de Jesus (neta).

              Resumo:
              Graciana Gomes da Rocha abre um processo de inventário após o falecimento de sua mãe, Maria Cardozo de Jesus. Em testamento anexado, suas últimas vontades e declarações foram escritas: é revelado que a finada fazia parte da Irmandade das Almas de Laguna, declarando também seus vínculos religiosos com a Igreja Católica, como na frase “Em nome da Santíssima Trindade, Padre, Filho e Espírito Santo, em quem eu firmemente creio, […] como boa e fiel cathólica […]”.

              Além disso, a falecida declara no documento que deixaria liberto o casal Manoel e Juliana, por meio de carta de alforria. Como a finada deixou herdeiros que residiam na vila de Santo Antonio da Patrulha, foi expedida uma carta precatória para citá-los, a fim de comparecerem no processo de avaliação e partilha do patrimônio.

              Os bens descritos foram uma canoa e terrenos no lugar denominado Ponta Rasa; ao decorrer da descrição, é citado que uma das terras fazia divisa com as casas de Maria e Manoel Gomes, pessoas libertas designadas como pretas. Além disso, foram inventariadas quatro pessoas escravizadas: Antonio, Zeferino, Maria e João, descritos como crioulos.

              Após avaliados, os bens passaram por um processo de partilha, em que parte do patrimônio foi separada para o pagamento do imposto chamado “terça”. O processo é julgado por sentença, e o juiz requer o pagamento das custas da ação por parte dos interessados.

              Atuaram no processo:
              avaliador João José Nunes,;
              avaliador Manoel Luiz da Silva;
              escrivão do juizo municipal Vicente José de Gois Rebello;
              escrivão João Mariano dos Prazeres;
              juiz Gaspar José Mendes Braga;
              juiz municipal Jeronimo Coelho Netto;
              juiz municipal suplente Albino José da Rosa;
              oficial de justiça Francisco Ignácio de Mendonça;
              partidor Albino Jose da Rosa;
              partidor Antonio Gonçalves Barreiro;;
              procurador Floriano Joze de Andrade;
              procurador João Thomas de Oliveira Junior;
              signatário Benedicto de Souza Martins;
              signatário Manoel Domingues;
              signatário Zeferino José Nogueira da Silva;
              tabelião José Barbosa Telles.

              Localidades relevantes:
              cidade de Santo Antônio da Patrulha;
              cidade de Santo Antonio dos Anjos da Laguna (atual município de Laguna, Santa Catarina);
              comarca do sul;
              distrito de Ponta Rasa;
              fazenda do Padre;
              freguesia de Imaruhi;
              freguesia de Santa Anna;
              província de Rio Grande de São Pedro do Sul (atual estado do Rio Grande do Sul);
              rio do Lino.

              Compõem o processo:
              auto de partilha;
              carta precatória citatória;
              colação de bens;
              contas;
              correição;
              descrição e avaliação dos bens;
              petições;
              procurações;
              sentença;
              termo de substabelecimento;
              termos de declaração;
              termos de responsabilidade;
              traslado de testamento.

              Variação de nome:
              Graciana Cardosa (inventariante e herdeira).

              BR SC TJSC TRRJ-77455 · Processo · 1851-1856
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Inventário realizado na vila de São José, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Jozé Joaquim Dutra (inventariado);
              Caetana Candida Vieira (inventariante).

              Herdeiros:
              Anna Caetana;
              Caetano José Dutra;
              Florencia Caetana;
              Francisco José Dutra;
              Joaquim José Dutra;
              Luis José Dutra;
              Manoel José Dutra;
              Maria José;
              Marianno José Dutra;
              Pedro José Dutra.

              Resumo:
              O inventário de Jozé Joaquim Dutra foi conduzido por sua esposa, Caetana Cândida Vieira. Como o finado deixou herdeiros menores de idade, a ação contou com a nomeação de um curador e passou pelo juízo dos órfãos. Sem testamento, a partilha dos bens ocorreu de forma amigável.

              Entre os bens inventariados, destacavam-se ferramentas, fornos de cobre, um alambique de cobre, um tacho de cobre, mobiliário, meios de transporte, prataria, animais, terras, a casa, quantia em dinheiro, um engenho para fazer açúcar, um engenho para fazer farinha, uma roça de cana-de-açúcar e uma roça de mandioca. No processo, constam quatro pessoas escravizadas: João, de nação Rebollo; Francisco, de nação Moçambique; Luis, menor de idade descrito como crioulo; e Custódia, de nação Congo.

              Após os bens serem avaliados e partilhados, o processo foi julgado por sentença, em que o juiz requer o pagamento das custas de maneira pro rata. Mais tarde, é anexada na ação uma petição realizada pela inventariante; nela, a viúva declara ser capaz de realizar a tutoria de seus filhos, sem ser necessária a citação de um parente próximo para esse papel. Para tal função ser conquistada, Caetana Candida presta juramento e assina um termo de renúncia do "Benefício Veleano", que impedia a tutela de mulheres viúvas aos seus filhos.

              Atuaram no processo:
              avaliador Anastacio José da Cunha;
              avaliador Zeferino Antonio de Castro;
              curador dos órfãos Manoel de Freitas Sampaio;
              escrivão Francisco Xavier d’Oliveira Camara;
              juiz dos órfãos Francisco Honorato Cidade;
              juiz dos órfãos João Francisco de Souza;
              juiz dos órfãos suplente Manoel Joaquim Teixeira;
              partidor e signatário Joaquim Lourenço de Souza Medeiros;
              partidor e signatário Duarte Vieira da Cunha;
              signatário Joaquim Affonso Pereira.

              Localidades relevantes:
              freguesia de São Pedro d’Alcantara (atual município de São Pedro de Alcântara, Santa Catarina);
              Picadas do Sul;
              rio de Maruim;
              segunda comarca;
              sertão do Maruhy (atual bairro Sertão do Maruim, São José);
              vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina).

              Compõem o processo:
              auto de contas tomadas;
              auto de partilha;
              avaliação dos bens;
              contas;
              petições;
              sentença;
              termo de renúncia do Benefício Veleano;
              termos de declaração;
              termos de juramento.

              Variação de nome:
              Certão do Marohi;
              Rio de Marohy;
              Rebello.

              BR SC TJSC TRRJ-30922 · Processo · 1851-1868
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Inventário realizado na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              João Antonio de Moraes (inventariado);
              Gertrudes Maria de Jesus (inventariante).

              Herdeiros:
              Joaquim;
              José;
              Manoel;
              Salvador.

              Resumo:
              Gertrudes Maria de Jesus abre um processo de inventário após o falecimento de seu marido, João Antonio de Moraes. Como o finado deixou filhos menores de idade, a ação contou com a nomeação de um curador e passou pelo juízo dos órfãos. Como era de hábito na época, alguns atos processuais eram realizados em residência dos operadores do Direito, a exemplo do juramento do inventariante, na folha virtual de número 4, realizado na residência do magistrado.

              Os bens inventariados foram animais, uma casa, mobília, ferramentas, equipamentos de montaria, uma arma de fogo, utensílios de cozinha, um forno de ferro e uma chácara. Consta na ação um homem escravizado, de nome José. Além disso, são citadas dívidas passivas deixadas pelo falecido.

              Na época, a palavra termo era usada para designar divisão territorial ou agrupamento populacional, como vemos na página virtual de número 27 “[…] morador do termo desta villa […]”. Ao decorrer do processo, o irmão do finado abre petição para requerer pagamento pela quantia gasta com remédios, funeral e “bens da alma” (indulgências), o que foi aceito pelos agentes da justiça.

              Para adicionar à partilha alguns bens além dos avaliados, a viúva anexou um formal de partilha referente ao inventário de seu falecido pai. Nesse documento, são citadas no geral 6 pessoas escravizadas: João, sem descrição; Thereza, Joana e Mariana, descritas como crioulas; Domingos, designado como “crioulinho”, portanto sendo uma criança; e Maria, descrita como idosa.

              Após avaliados, os bens passaram por um processo de partilha entre os herdeiros, e parte do patrimônio foi separada para o pagamento das dívidas passivas. A ação é julgada por sentença, em que o juiz requer o pagamento das custas de maneira pro rata e a notificação de um parente próximo dos herdeiros, para assinar termo de tutoria.

              Dentro da ação, é anexado um auto de justificação em que Gertrudes Maria de Jesus é justificante. Nesse documento, a viúva afirma que tem capacidade suficiente para ser tutora de seus filhos menores e administrar as legítimas partes. São citadas testemunhas que confirmam sua condição e, com isso, o juiz a nomeia como habilitada para ser tutora. Para tal função ser conquistada, a inventariante assina um termo de renúncia do Benefício Veleano, que impedia a tutela de mulheres viúvas aos seus filhos.

              Anos depois, um novo termo de tutoria é assinado; Manoel Antonio de Moraes é nomeado como tutor dos herdeiros e se encarrega de prestar contas para o juízo, declarando atualizações sobre as vivências dos menores e seus respectivos bens. O processo é concluído com um mandado de notificação a Manoel, a fim de prestar mais contas e hipotecar alguns bens.

              Atuaram no processo:
              avaliador Jacob Pereira dos Santos;
              avaliador Sisefredo Antonio Barbosa;
              curador geral Antonio Ricken de Amorim;
              curador geral major Antonio Saturino de Souza e Oliveira;
              curador geral Matheus José de Souza;
              escrivão do juízo de órfãos e tabelião interino Generoso Pereira dos Anjos;
              escrivão José Joaquim da Cunha Passos;
              escrivão José Luiz Pereira;
              fiador Manoel Antonio de Moraes;
              juiz de direito Franciluzio Adolpho Pereira Guimarães;
              juiz de órfãos Guilherme Ricken;
              juiz de órfãos Fernando Affonso de Mello;
              juiz Vicente José de Oliveira;
              partidor e signatário Antonio Ricken do Amorim;
              partidor Mathias Gomes da Silva;
              procurador Claudianno de Oliveira Roza;
              procurador Lourenço dias Baptista;
              signatário Generoso Pereira dos Anjos Junior.

              Localidades relevantes:
              cidade de Sorocaba;
              segunda comarca;
              vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

              Compõem o processo:
              auto de alimpação da partilha;
              auto de partilha;
              autos de tomada de contas;
              contas;
              cópia da fiança;
              correições;
              descrição e avaliação dos bens;
              petições;
              procurações;
              recibos;
              sentença cível de formal de partilha;
              sentenças;
              termo de tutoria;
              termos de juramento;
              termos de louvação.

              BR SC TJSC TRRJ-25199 · Processo · 1852 - 1853
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Inventário realizado na cidade do Desterro, na época sob a primeira comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Maria Leonarda Alves (falecida);
              Manoel Alves Ribeiro (inventariante e herdeiro).

              Herdeiros:
              Adolfo José Alves (co-herdeiro);
              Alexandre de Campos (neto);
              Anna Maria de Campos (neta);
              Antonio Alves Ribeiro;
              Aureliano Jozé de Campos (neto);
              Claudino de Campos (neto);
              Estevão Henrique da Cunha (neto);
              Fermentino Alves;
              Francisca de Campos (neta);
              Francisco Martinho de Campos;
              Ignacia Maria;
              Jacintho de Campos (neto);
              Jacintho Jorge (co-herdeiro);
              Joaquim Antonio Pestana (co-herdeiro);
              José Henrique da Cunha (co-herdeiro);
              Leonardo de Campos (neto);
              Leopoldina de Campos (neta);
              Luis de Campos (neto);
              Manoel Bernardes (co-herdeiro);
              Manoel de Campos (neto);
              Manoel Filippe (co-herdeiro);
              Marcellino de Campos (neto);
              Maria Bernardina (neta);
              Maria de Campos (neta);
              Policarpo de Campos (neto);
              Sebastiana Bernardina (neta).

              Resumo:
              Manoel Alvares Ribeiro abre um processo de inventário após o falecimento de sua mãe, Maria Leonarda. Alguns filhos e netos encontravam-se ausentes (muitos deles exercendo funções militares), em locais como “uma província do norte do império”, confederação de Buenos Aires, província do Sul e província de São Paulo, sendo notificados por carta. Como a finada deixou herdeiros menores de idade e residentes fora da província, a ação contou com a nomeação de um curador.

              Os bens inventariados foram um oratório, uma caixa, louças, brincos de prata, utensílios de cozinha, casas e terrenos, sendo adicionado mais tarde um valor em dinheiro, recebido dos Cofres da Tesouraria. São citadas dívidas passivas deixadas pela finada. Constam no processo cinco pessoas escravizadas: Furtuozo e Belizario, descritos como crioulos; e Maria, Roberta e Infancia, designadas como pardas. Ao decorrer do processo, o inventariante abre petição requerendo que Furtuozo seja vendido para uma pessoa de sua escolha, por motivos de “gratidão” pelos serviços prestados à falecida, o que é aceito.

              Outra petição é anexada e, dessa vez, o inventariante requer que a escravizada Maria seja vendida e que o produto da ação seja repartido entre os herdeiros. Além disso, ele pede que seu comprador seja de fora da província, porque os filhos e netos ainda teriam “bastante amor” por Maria. Após avaliados, os bens passaram por um processo de partilha, em que alguns herdeiros receberam um valor de reposição, para manter a igualdade de suas legítimas partes. O processo é julgado por sentença, em que o juiz requer o pagamento das custas de maneira pro rata e notificação de um parente idôneo para servir de curador dos órfãos.

              Atuaram no processo:
              avaliador Manoel Antonio Ramos;
              avaliador Polucenio José dos Santos;
              coletor das rendas provinciais Jose Antonio de Lima Rodrigues;
              curador geral Candido Gonçalves de Oliveira;
              escrivão Anselmo Gonçalves Ribeiro;
              escrivão de órfãos José Honorio de Souza Medeiros;
              juiz municipal e de órfãos Sergio Lopes Falcão;
              partidor João Narcizo da Silveira;
              partidor Joaquim José Varella;
              signatário Caetano do Amaral Figueiredo Mendonça Fernandes;
              signatário Francisco Emilio do Livramento;
              signatário Jacinto Jorge de Campoz;
              signatário José Monteiro Guimarães;
              signatário Manoel Francisco da Silva;

              Localidades relevantes:
              Canasvieiras;
              cidade do Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
              confederação de Buenos Aires (atual parte da República Argentina);
              freguesia do Rio Vermelho (atual bairro de Rio Vermelho, Florianópolis);
              distrito de Santo Antonio (atual bairro de Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis);
              morro do Pontal;
              Ponta Grossa;
              primeira comarca;
              província de São Paulo (atuais estados de São Paulo e Paraná);
              província do Sul (atual estado do Rio Grande do Sul).

              Compõem o processo:
              auto de partilha;
              contas;
              descrição e avaliação dos bens;
              petições;
              sentença;
              termo de declaração;
              termos de juramento;
              termos de louvação;
              traslados de conhecimento do pagamento da meia siza;

              Variação de nome:
              Antonio Alvares Ribeiro;
              Fermentino Alvares;
              Frutuozo;
              Manoel Alvares Ribeiro;
              Maria Leonarda Alvares.

              BR SC TJSC TRRJ-30919 · Processo · 1850-1863
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de inventário e partilha realizados na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Antonio Rodrigues de Andrade (falecido);
              Vituriana Maria de Jesus (inventariante).

              Herdeiros:
              Angelica Maria de Jesus;
              Balbina Rodrigues de Andrade;
              Catharina Ribeiro de Andrade;
              Felicidade (neta);
              Fortunata (neta);
              Floriano Rodrigues de Andrade;
              Generoso Alves Guimarães (co-herdeiro);
              João de Chaves Almeida (co-herdeiro);
              Joaquim de Marafigo (co-herdeiro);
              Joaquim Henriques de Oliveira (co-herdeiro);
              Joaquim (neto);
              Manoel Esmerio (co-herdeiro);
              Manoel (neto);
              Manuela (neta);
              Maria Ribeiro do Espírito Santo (neta);
              Marinha (neta);
              Maurício José Pedro da Silva (co-herdeiro);
              Salvador (neto);
              Silverio (neto);
              Ventura (neta).

              Resumo:
              Vituriana Maria de Jesus abre um processo de inventário após o falecimento de seu marido, Antonio Rodrigues de Andrade, que não deixou testamento. Como o finado tinha herdeiros menores de idade, a ação contou com a nomeação de um curador.

              Os bens inventariados foram mobília, utensílios de cozinha, ferramentas, vestimentas, equipamentos de montaria, animais, campos e casas. São citadas dívidas ativas deixadas pelo finado. Constam no inventário 6 pessoas escravizadas: Catharina, Manoel, Dionizio e Anna, designados como crioulos; João, sem descrição; e Candida, descrita como “de nação” (africana).

              Ao decorrer do processo, alguns co-herdeiros e herdeiros homens são notificados para declararem seus dotes. Dentre os bens, destacam-se animais, prataria, uma quantia em dinheiro, utensílios de cozinha, mobília e armas de fogo; além disso, são citadas as pessoas escravizadas de nomes Maria, Domingos, Maria (designada como “da Costa”), Antonio, Miguel e Luiza — também há menção a dois casais de escravizados, mas eles não são nomeados.

              A inventariante abre petição para requerer o envio de cartas precatórias, a fim de notificar os herdeiros que residem em outros lugares. Após avaliados, os bens passaram por um processo de partilha entre os herdeiros, em que parte do patrimônio foi separada para o pagamento das dívidas, meias sizas e custas da coletoria. O processo foi julgado por sentença, em que é requerido o pagamento das custas de maneira pro rata.

              Atuaram no processo:
              avaliador Antonio Ricken de Amorim;
              avaliador Henrique Ribeiro de Cordova;
              coletor das rendas nacionais Luis Gonzaga de Almeida;
              coletor José Antonio de Souza Monteiro;
              curador Claudiano de Oliveira Rosa;
              curador Lucianno Palhano;
              escrivão e tabelião Manoel Antonio de Azevedo;
              escrivão Mathias Gomes da Silva;
              escrivão Miguel Gonçalves Franco;
              juiz corregedor Joaquim José Henriques;
              juiz municipal e de órfãos Guilherme Ricken;
              partidor Francisco Gomes da Silva Coelho;
              partidor Jorge Trueder;
              procurador Antonio Felippe Pessoa;
              procurador alferes Antonio Felippe Lisboa;
              procurador José da Silva Furtado;
              procurador major Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
              procurador Tristão Augusto de Godoes;
              tabelião Camillo Justiniano Ruas.

              Localidades relevantes:
              fazenda de Santo Antonio;
              freguesia de Nossa Senhora da Oliveira da Vacaria (atual município de Vacaria, Rio Grande do Sul);
              rio São Mathias;
              rio Pelotas;
              segunda comarca;
              província de São Pedro do Rio Grande do Sul (atual estado do Rio Grande do Sul);
              vila de Cruz Alta (atual município de Cruz Alta, Rio Grande do Sul);
              vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

              Compõem o processo:
              auto de partilha;
              cartas precatórias;
              contas;
              correição;
              descrição e avaliação dos bens;
              escrituras de compra e venda;
              petições;
              procurações;
              recibos;
              sentença;
              termos de declaração;
              termos de juramento.

              Variação de nome:
              Victoriana Maria de Jesus (inventariante).

              BR SC TJSC TRRJ-82028 · Processo · 1850 - 1855
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Inventário realizado na cidade de São Francisco do Sul, na época sob a primeira comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Anna Jacinta de Oliveira (falecida);
              João Affonço Moreira (inventariante, testamenteiro e herdeiro).

              Herdeiros:
              Barbara (neta);
              Luiza (neta);
              João Correa de França (co-herdeiro);
              Maria Jacinta de Oliveira (descrita como “desavisada”).

              Resumo:
              Foi aberto um processo de inventário dos bens da falecida Anna Jacinta de Oliveira, por parte de seu filho, alferes João Affonço Moreira. A finada deixou testamento e uma herdeira menor de idade, sendo necessário então que o processo passasse pelo juízo de órfãos e pela nomeação de um curador. Uma herdeira é descrita como “desavisada” durante a ação; esse termo pode ser relacionado, à época, a alguém que possuía algum tipo de deficiência intelectual.

              Em testamento, é revelado que a finada havia doado Malaquias, homem escravizado, à Irmandade do Santíssimo Sacramento e Nossa Senhora da Graça. Além disso, ela declara que, após sua morte, os escravizados Antonio e Antonia estariam libertos, mas com a condição de continuar “servindo” ao seu filho João até o falecimento dele.

              Os bens inventariados foram utensílios de cozinha, uma balança de ferro, caixas, canoas, sítios, casas, engenhos e roças. Ao total, constam 14 pessoas escravizadas no inventário e no testamento, de nomes: Apolinario, Salvador, Malaquias, Marcellino, Domingos, Antonio, Maximo, Antonia, Narciza, Maria, Thereza, Lusia, Joanna e José — este último denominado como pardo, enquanto os restantes não foram descritos. É citado durante o processo que o inventariante possuía dívidas ativas e passivas, e parte do patrimônio foi separado para o pagamento dos credores. Após avaliados, os bens foram divididos com igualdade entre os herdeiros.

              Mais tarde, a Fazenda Provincial aplicou vistas ao processo, afirmando que muitas ilegalidades foram cometidas ao decorrer da ação. Entre outras questões, o pedido de doação de Malaquias à Irmandade é reavaliado, havendo o requerimento de citação a um coletor das Rendas Provinciais, avaliadores e a nomeação de um segundo juiz dos órfãos. A ação foi finalizada com uma nova avaliação de Malaquias, seguida de sentença; nela, o juiz requereu que o inventariante entrasse com o valor líquido da reavaliação para o cofre, e que pagasse as custas da ação.

              Atuaram no processo:
              avaliador Antonio Vieira de Araújo;
              avaliador Domingos Jozé de Oliveira;
              avaliador Higino Antonio de Miranda;
              avaliador Salvador Jozé dos Anjos;
              coletor das rendas provinciais Manoel José d’Oliveira;
              curador geral interino José Nicolão Machado Junior;
              curador Polycarpo José de Carvalho;
              escrivão e tabelião João José Machado da Costa;
              escrivão Manoel Joaquim Pinheiro;
              juiz municipal e órfãos João Nepomuceno Xavier de Mendonça;
              juiz municipal e órfãos major Joaquim José de Oliveira Cercal;
              signatário José Estevão de Miranda;
              signatário Manoel José de Oliveira;
              partidor Antonio Pinheiro Ribas;
              partidor Francisco da Costa Pereira.

              Localidades relevantes:
              Areias Grandes;
              Barra de Araquari (atual município de Araquari, Santa Catarina);
              cidade de São Francisco do Sul;
              primeira comarca;
              província do Rio Grande de São Pedro do Sul (atual estado do Rio Grande do Sul);
              rua de São Bento;
              sítio dos Pinheiros;
              vila de Porto Bello (atual município de Porto Belo, Santa Catarina).

              Compõem o processo:
              auto de alimpação de partilha;
              contas;
              correição;
              partilha;
              petição;
              sentença;
              termo de encerramento;
              termos de declaração;
              termos de juramento;
              termos de louvação;
              traslado de testamento.

              Variação de nome:
              cidade de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco Xavier do Sul;
              Egyno Antonio de Miranda;
              Rio dos Pinheiros.

              BR SC TJSC TRRJ-87982 · Processo · 1850-1853
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Inventário realizado na cidade de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco Xavier do Sul, na época sob a primeira comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Isabel Maria Poncia (falecida);
              Hilario Antonio (inventariante, testamenteiro e herdeiro).

              Herdeiros:
              Anna (neta);
              Anna Antonia da Conceição;
              Maria Antonia;
              Joanna (neta);
              José da Maia Moreira;
              Salvador Bento de Jesus;
              Salvador Teixeira (co-herdeiro).

              Resumo:
              Foi aberto um processo de inventário por Hilário Antonio pelo falecimento de sua mãe, Isabel Maria Poncia. Foi anexado um traslado de testamento, em que a finada determinou os detalhes de seu funeral, pedindo que fosse sepultada na Igreja Matriz pela Irmandade do Santíssimo Sacramento. Além disso, é revelado que a falecida deixou como esmola ao seu herdeiro Hilario um menino, designado como “crioulinho”, de nome Mathias.

              Os bens inventariados foram uma quantia de dinheiro, botões de ouro, um patacão (moeda de 960 réis), conjunto de jóias, utensílios de cozinha, ferramentas, roupas, terras, caixas, móveis, garrafas, frascos, um cortiço, alqueires de farinha, animais, roças de mandioca, canoas, casas e engenho de farinha. Foram mencionadas 16 pessoas escravizadas, de nomes: Bernardo, Joaquina, Francisca, Ignacia, Mathias, Constancia, Brizida, Dina, João, Manoel, Juvencio, Maria, Thereza e um filho recém nascido, designados como crioulos; Rosa, de nação Benguela; e Marcellino, descrito como pardo.

              Foi revelado que a finada havia deixado dívidas ativas e passivas; com isso, parte do patrimônio foi separada para o pagamento. Após avaliados, os bens e as pessoas escravizadas passaram por um processo de partilha entre os herdeiros. A ação foi julgada por sentença, em que o juiz requereu o pagamento dos quinhões hereditários para o formal de partilha.

              Atuaram no processo:
              avaliador Domingos José Prates;
              avaliador Manoel Jose Gomes d’Oliveira;
              escrivão e tabelião João José Machado da Costa;
              escrivão Manoel Caetano de Almeida;
              juiz municipal e de órfãos João Nepomoceno Xavier de Mendonça;
              juiz municipal primeiro substituto major Joaquim José de Oliveira Cercal;
              partidor Antonio Pinheiro Ribas;
              partidor José Nicolau Machado Junior;
              procurador e signatário Salvador José dos Anjos;
              signatário João Antonio de Oliveira e Silva;
              signatário Julião Jozé de Oliveira.

              Localidades relevantes:
              cidade de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco Xavier do Sul (atual município de São Francisco do Sul, Santa Catarina);
              primeira comarca;
              rio de Parati;
              rua de São José.

              Compõem o processo:
              auto de alimpação da partilha;
              contas;
              correição;
              petições;
              procuração;
              sentença;
              termo de aceitação;
              termo de juramento;
              termo de louvação;
              termos de declaração;
              traslado de testamento.

              Variação de nome:
              cidade de São Francisco;
              Isabel Maria Ponçia;
              Izabel Maria Poncia;
              João Joaquim Machado da Costa;
              José da Maya;
              partidor José Nicolao Machado Junior;
              Salvador Bento de Jesus.

              BR SC TJSC TRRJ-21827 · Processo · 1863-1864
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Inventário realizado na cidade do Desterro, na época sob a primeira comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              João Ignacio de Amorim (falecido);
              João Pinto da Luz (inventariante e testamenteiro).

              Herdeiros:
              Flaubianno Ignacio de Amorim;
              Polucenia Antonia de Amorim;
              Josefa Antonia de Amorim;
              Rita Custodia de Amorim;
              Joanna Amelia de Amorim;
              José Ignacio de Amorim (neto);
              João Ignacio de Amorim (neto);
              Faustino Antonio de Amorim (neto);
              Manoel Silveira de Lacerda (co-herdeiro);
              Maria Antonia de Amorim (neta);
              Joaquim Machado (co-herdeiro);
              Marianno Alexandrino (neto);
              Maria José de Souza (neta);
              Jose Ignacio de Amorim (co-herdeiro);
              Delminda Candida (neta);
              Rita de Cacia (neta);
              Emilia Candida (neta):
              Candida Custodia (neta);
              Domingos José de Souza (neto);
              José Custodio (neto);
              Marianna Ignacia de Amorim (neta ausente).

              Resumo:
              O comendador João Pinto da Luz abriu um processo de inventário após o falecimento de João Ignacio de Amorim. A ação passou pelo juízo de órfãos e pela nomeação de um curador, já que o finado havia deixado netos menores de idade. Foi anexado ao processo o seu testamento, em que foram revelados os desejos para o funeral, citando a vontade de ser enterrado no cemitério de Nossa Senhora das Necessidades.

              Durante o processo, é revelado que uma das herdeiras não pôde comparecer na ação, mas que aceitava os termos propostos pela avaliação dos bens. Além disso, o avaliador nomeado pela família, Joaquim Soares da Silva, não foi louvado no processo, sendo então João Damasceno Vidal um dos responsáveis pela avaliação dos bens.

              Os bens inventariados foram casas, terras, uma mesa, canoas, camas, caixas, um banco, utensílios de cozinha e ferramentas. Foi mencionada uma pessoa escravizada de nome Luis, de nação Rebelo. O patrimônio foi repartido em igualdade entre os herdeiros e, após isso, o processo foi julgado por sentença, em que o juíz requereu o pagamento das custas do processo de maneira pro rata.

              Atuaram no processo:
              avaliador Francisco Pereira da Silva;
              avaliador João Damasceno Vidal;
              avaliador Joaquim Soares da Silva;
              curador geral dos órfãos Marcellino Antonio Dutra;
              escrivão de órfãos e interino da provedoria Vidal Pedro Morais;
              escrivão do público, da subdelegacia e juízo de lar Bernardino Pereira Pinto;
              juiz provedor e órfãos Raymundo Borges Leal Castello Branco;
              juiz de órfãos suplente Antonio Francisco de Farias;
              juiz de órfãos suplente Estanislau Antonio da Conceição;
              partidor Carlos Duarte da Silva;
              partidor Candido Gonçalves de Oliveira.

              Localidades relevantes:
              cidade do Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
              distrito Saco de Itacoroby (atual bairro do Itacorubi, Florianópolis);
              freguesia da Trindade (atual bairro da Trindade, Florianópolis);
              freguesia de Nossa Senhora das Necessidades (atual bairro de Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis);
              primeira comarca.

              Compõem o processo:
              auto de avaliação;
              auto de partilha;
              petições;
              sentença;
              termo de louvação;
              termos de declaração;
              termos de juramento;
              traslado de testamento.

              Variação de nome:
              Candido Gonçalves d’Oliveira;
              Carlos Duarte e Silva;
              Itacurubi;
              nação Rebolo.

              BR SC TJSC TRRJ-44578 · Processo · 1865-1870
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos cíveis de inventário realizados na vila de São Sebastião da Foz de Tijucas, na época sob a comarca de Nossa Senhora da Graça da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Joaquina Izabel (falecida);
              Manoel Jaques do Nascimento (inventariante e herdeiro).

              Herdeiros:
              Francisca;
              Henrique;
              Izabel;
              João;
              José;
              Lucia;
              Manoel;
              Maria;
              Rosa;
              Senhorinha.

              Resumo:
              Foi aberto um inventário dos bens da falecida Joaquina Izabel, por parte de seu marido Manoel Jaques do Nascimento; como a finada deixou herdeiros menores de idade, a ação passou pelo juízo de órfãos, contando com a assinatura do inventariante em termo de tutoria, para a proteção dos bens dos órfãos. Ao decorrer do processo, a comarca de Tijucas é denominada erroneamente como “comarca de São Miguel”, já que desde 1864 se chamava “comarca de Nossa Senhora da Graça”.

              Os bens avaliados foram joias, um objeto descrito como uma “Nossa Senhora da Conceição” de ouro, um crucifixo, moedas, utensílios de cozinha, um rebenque prateado, uma mesa grande, uma caixa, baús, um automóvel descrito como carro, itens de montaria, um garrafão, tábuas, ferramentas, animais, roças de mandioca e terras. Além disso, o casal havia deixado dívidas passivas. Foram mencionados durante a ação a presença de 02 pessoas escravizadas, de nomes Patricio, designado como de nação, e Severino, que não foi descrito pelo inventário.

              Ao decorrer do processo, correições são aplicadas na ação; uma delas foi pelo fato de que não houve a louvação de um curador geral para os órfãos. Com isso, é dado para Manoel o prazo de quinze dias para a dissipação de hipoteca dos menores e uma segunda assinatura do termo de tutoria. Após a nomeação de um representante, as diversas correções do processo e a avaliação dos bens, o patrimônio foi repartido entre os herdeiros, em que parte dos bens foi separada para o pagamento das dívidas. O processo foi julgado por sentença, e o juiz requereu a arrematação dos bens adjudicados para o pagamento das custas do processo.

              Atuaram no processo:
              avaliador Francisco Dias da Costa;
              avaliador e curador geral dos órfãos alferes Francisco José dos Praseres;
              curador dos órfãos interino João Jose Vieira Nunes;
              escrivão Fernando Jose Marques;
              escrivão dos órfãos Domingos Ramos Martins Sobrinho;
              escrivão interino Guilherme Augusto Varella;
              juiz de órfãos primeiro suplente tenente coronel Luis Francisco de Sousa e Conceição;
              juiz municipal e órfãos segundo suplente José Luiz Alves de Campos;
              oficial de justiça Manoel Pinto da Silva;
              partidor Luis Antonio Vieira;
              partidor Luis Francisco da Silva;
              signatário Felisbino Alves de Brito;
              signatário Fernando José Marques;
              signatário João Antonio Goularte;
              signatário Manoel Francisco da Costa;
              signatário Manoel Lopes Cardoso;
              signatário Venancio Domingos.

              Localidades relevantes:
              comarca de Nossa Senhora da Graça;
              freguesia de São João Batista (atual município de São João Batista, Santa Catarina);
              sertão dos Bobos;
              vila de São Sebastião da Foz de Tijucas (atual município de Tijucas, Santa Catarina).

              Compõem o processo:
              contas;
              correições;
              petições;
              partilha;
              sentença;
              termo de declaração;
              termos de juramento;
              termos de louvação;
              termos de tutoria.

              Variação de nome:
              Luçia;
              Manoel Lopes dos Santos;
              morro dos Boubos;
              sertão dos Bobos;
              sertão dos Bôbos;
              vila de Tijucas.