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              Libelo cível de Francisco Alexandre Silva
              BR SC TJSC TRRJ-83543 · Processo · 1849 - 1854
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Ação de libelo cível de evicção realizada na vila de São José, na época sob a comarca do sul da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Francisco Alexandre Silva (autor);
              Anna Bernardina da Silva (autora);
              Antonio Martins dos Santos (réu);
              Joaquina Thomazia do Amor Divino (ré).

              Resumo:
              Os autores, que são o casal Francisco Alexandre Silva e Anna Bernardina da Silva, moveram um libelo cível de evicção contra os réus, Antonio Martins dos Santos e Joaquina Thomazia do Amor Divino. A ação foi iniciada a fim de requerer indenização referente a um terreno vendido ilegalmente aos autores.

              O processo encontrava-se primeiramente em juízo contencioso, por não haver conciliação. Os autores alegaram ter comprado um terreno dos réus e lá começaram a construir uma edificação, mas foram impedidos por um embargo do tenente-coronel José da Silva Ramos, que afirmou ser o legítimo proprietário das terras, denominadas como “da marina”.

              Mesmo com protestos dos réus a favor do direito de evicção dos autores e a realização de apelações, foi comprovado que o terreno tinha sido vendido ilegalmente aos suplicantes. Com isso, a construção foi destruída e o tenente-coronel foi considerado como proprietário do local.

              Com isso, os autores requereram a indenização da quantia pela compra do terreno, assim como uma quantia de juros da lei e as custas da ação. Foi anexado o traslado de escritura para comprovar a compra do terreno e solicitar o dito pagamento.

              Ao decorrer do processo, os réus realizaram o pagamento da quantia pedida, e os autores deixaram de pedir o juros e a sisa (imposto sobre transmissão de patrimônio), entrando em acordo. As partes autoras assinaram o termo de desistência, por estarem satisfeitas com a conciliação e não verem necessidade em prolongar o processo. A desistência foi julgada por sentença e os autores foram condenados a arcar com as custas da ação.

              Atuaram no processo:
              escrivão do juízo de paz Duarte Vieira da Cunha;
              escrivão dos órfãos Francisco Xavier d’Oliveira Camara;
              escrivão e tabelião Joaquim Francisco d’Assis e Passos;
              juiz municipal João Francisco de Souza;
              oficial de justiça Domingos Jozé da Silva;
              pregoeiro Joaquim Affonço Pereira;
              procurador Manoel de Freitas Sampaio;
              signatário Francisco Alexandre da Silva.

              Localidades relevantes:
              Picadas;
              Praia Comprida;
              Praia do Mar;
              estrada pública;
              vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina);
              comarca do sul.

              Compõem o processo:
              correição;
              documento de conciliação;
              mandado;
              petição de ação;
              procuração;
              requerimento de audiência;
              sentença;
              termo de obrigação;
              traslado da escritura.

              Libelo cível de José de Andrade dos Santos
              BR SC TJSC TRRJ-83701 · Processo · 1833-1836
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Traslado de ação de libelo cível realizado na Vila de São José, na época sob a comarca do Sul, província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              José de Andrade dos Santos (Autor);
              Maria Joanna da Conceição (Autora);
              Felicianna do Rosario (Ré).

              Resumo:
              O autor José de Andrade dos Santos e sua mulher Maria Joanna da Conceição, comparecem em juízo para solicitar e reivindicar a posse de terras que Felicianna do Rosario possui. Eles alegam que sempre foram possuidores de tais terras e que a ré se apossou de forma injusta. Atestam também a falta de uma certidão de posse, por parte da suplicada para comprovar a titulação. As terras estão localizadas no quarteirão do estreito, em frente ao mar, onde é mencionado a existência de um rancho de canoas nessa propriedade.
              O autor propõe um termo de conciliação, que é negado pela ré. A suplicada rebate que ela e seu falecido marido Sebastião Ferreira são proprietários há mais de 40 anos das mesmas terras e cita a existência de uma ação de força nova, vistoria e embargos que comprovam tal alegação.
              Após a revisão dos autos, foi solicitado o depoimento de testemunhas para a confirmação dos fatos.
              Em determinada parte do processo o juiz declara improcedente a ação de libelo, por falta de provas dos autores que confirmem sua alegação.
              É citado um pedido de vistoria e corpo e delito para analisar as condições do rancho e interposição da sentença.
              Após nova audiência e falta de solução para o caso, a ré Felicianna do Rosário solicita apelação de louvação ao tribunal da relação do Rio de Janeiro.
              O processo finaliza inconclusivo.

              Atuaram no processo:
              advogado Manoel da Silva e Souza;
              escrivão Anacleto José Pereira;
              escrivão Felisberto Teixeira Borges;
              escrivão Joaquim Francisco de Assis e Passos;
              escrivão Joaquim José de Souza Medeiros;
              escrivão Polidoro de Amaral e Silva;
              escrivão Thomas Antônio da Costa Fraga;
              escrivão dos juízos de direito Polidoro do Amaral e Felix;
              escrivão e signatário Antônio Pereira de Carvalho;
              escrivão, louvador e avaliador Antônio Lourenço Duarte de Medeiros;
              juiz de direito Severo Amorim do Valle;
              juiz de fora Antônio Joaquim de Siqueira;
              juiz de fora e ouvidor Manoel Moreira de Souza Meirelles;
              juiz interino José Antônio Carros;
              juiz municipal Francisco da Costa Porto;
              juiz municipal Francisco da Costa Porto;
              juiz de paz do primeiro distrito Joaquim Manoel Cidade;
              juiz de paz e signatário Manoel José Fernandes;
              louvador e avaliador José da Silva Ramos;
              Manoel Paranhos da Silva Vellozo;
              oficial de justiça Manoel Ignacio Borges;
              oficial de justiça Silvério Pereira dos Santos;
              ouvidor geral e corregedor Francisco Jose Nunes;
              perito João Tavares Chimenes;
              perito Victorino Cardozo;
              procurador e solicitador Antônio Pinheiro Guedes;
              procurador Felizardo Justinianno de Barros;
              procurador Marianno José Coelho;
              signatário Antônio Jose de Gouvea;
              signatário José Ferreira da Silveira.

              Localidades relevantes:
              Estreito, distrito da Freguesia e Vila de São José;
              Desterro, atual cidade de Florianópolis, Santa Catarina.

              Compõe o processo:
              Termo de Conciliação;
              Procurações;
              Autos de Sentença de ação por força nova;
              Auto de vistoria;
              Delação de vinte dias;
              Justificação;
              Autos de embargos;
              Sentenças;
              Auto de corpo e delito indireto;

              Variação de nome:
              Jose d’Andrade dos Santos;
              Feliciana do Rosário.

              Libelo Cível de Moizes Antônio Pereira d’Almeida
              BR SC TJSC TRRJ-7158 · Processo · 1834-1861
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Libelo Cível realizado em Nossa Senhora dos Prazeres de Lages, província de Santa Catarina.

              Nome das Partes:
              Moizes Antônio Pereira d’Almeida (autor, suplicante);
              Joaquina Gomes Maciel (autora);
              José Antônio da Silva Monteiro (falecido);
              Felicidade Perpetua Olinta (ré, viúva);
              Ignocencio Jose de Sousa (réu, coerdeiro);
              Antônio Saturnino de Souza Oliveira (curador de Órfãos).

              Resumo:
              Libelo Cível proposto por Moizes Antônio Pereira d’Almeida, morador na fazenda das Bananeiras, em face da esposa e dos herdeiros do falecido José Antônio da Silva Monteiro, por suposto roubo de gado e carneações ilícitas ocorridas em sua propriedade. O autor solicita indenização por suas perdas, bem como a restituição dos animais subtraídos.
              Em contrapartida os réus, por meio de procuração, alegam que o Libelo proposto é de cunho calunioso. Que no passado os réus tinham sido absolvidos de outra ação, pelo Conselho de Jurados contra o autor, e este sentenciado a pagar às custas de tal processo.
              Argumentam, ainda, que o autor, juntamente com sua mãe, Joaquina Gomes Maciel, e seu falecido pai, Jose Ignacio Quintanilha, teria entregue aos réus uma porção de gado identificada com sua marca, razão pela qual consideram infundadas as acusações que lhes são atribuídas.
              São mencionadas cartas de inquirição de testemunhas, para aferição dos fatos.
              O Juízo Municipal da Vila de Lages, por meio de carta precatória, solicita o comparecimento de testemunhas residentes fora da província para comparecer em juízo e prestar depoimento relacionados à demanda. Tal carta é direcionada ao Juízo da Província de Rio Grande de São Pedro do Sul.
              Em dado momento, o juiz declara incoerentes as alegações do autor e registra o descumprimento do prazo legal para o oferecimento da contestação. Diante disso, absolve os réus e condena o autor ao pagamento das custas processuais.
              Ao final do processo, o autor interpõe recurso de apelação contra a decisão judicial, contudo, vem a desistir posteriormente.

              Atuaram no processo:
              administrador e comandante da vila de Lages sargento mor Liandro da Costa;
              administrador Lauriano José de Ramos;
              capitão e comandante Manoel Cavalheiro Leitão;
              curador dos órfãos tenente Antônio Saturnino de Souza Oliveira;
              escrivão de órfãos Generoso Pereira dos Anjos;
              inspetor Alexandre ... Leite;
              juiz alferes Antônio Pereira Borges;
              juiz Bernardino José Lopes;
              juiz de direito Antônio Joaquim de Siqueira;
              juiz de paz Americo de Oliveira Ribas;
              juiz de paz João Pires Cerveira;
              juiz municipal Capitão José Caetano de Carvalho e Souza;
              juiz municipal João Baptista de Barros;
              juiz municipal Jose Jacinto de Oliveira;
              oficial de justiça Joaquim Pedro de Oliveira;
              procurador Alexandre Jose Varella;
              procurador Alferes Antônio Francisco de Medeiros;
              procurador Antônio Jose Coelho Lousada;
              procurador Bernardo Gomes de Campos;
              procurador e curador Antônio Saturnino de Souza e Oliveira;
              procurador Guilherme Ricken;
              procurador Joaquim Luís Soares Braga;
              procurador Joaquim Maxado de Souza;
              procurador João Manoel Coelho;
              procurador João Rodrigues de Andrade;
              procurador Manoel de Souza Fonceca;
              procurador Polidoro do Amaral e Silva;
              procurador Capitão Joaquim Livramento;
              sargento mor e comandante do registro e de Santa Vitória Quintiliano José de Moura;
              secretário da câmara municipal Manoel Gomes de Souza;
              tabelião Camillo Justiniano Ruas;
              tabelião e escrivão Manoel Pessoa da Silva.

              Localidades relevantes:
              Quarteirão de Pelotinha;
              Fazenda das Bananeiras;
              Estância das Bananeiras;
              Vila de São Miguel;
              Comarca de São Miguel;
              Corte do Rio de Janeiro;
              Rio Grande de São Pedro do Sul (atual estado do Rio Grande do Sul);
              Distrito de São Xavier;
              Distrito de cima da Serra de São Xavier;
              Vila de Cruz Alta;
              Comarca de São Borja;
              Vila do Espírito da Cruz Alta (atual cidade de Cruz Alta);
              Comarca de Missões;
              Trombudo;
              Freguesia de Santa Anna;
              Comarca de Porto Alegre;
              Comarca do Norte;
              Guarda de Santa Vitória;
              Santa Vitoria (atual Santa Vitória do Palmar);
              Freguesia de Vacaria.

              Compõem o processo:
              Traslado de conciliação;
              Traslado de procuração;
              Procurações;
              Traslado de sentença;
              Termo de juramento;
              Auto de testemunhas;
              Carta Precatória inquisitória;
              Carta de inquirição e requerimento;
              Mandado de intimação;
              Cartas de recomendação relacionadas a José Antônio da Silva Monteiro;
              Petição de suspeição;
              Sentença;
              Termo de Apelação;
              Termo de desistência.

              Variação de nome:
              Ignocencio Jose de Sousa;
              Inocêncio José de Souza;
              Inocêncio de Souza Quintanilha;
              Joaquim Machado de Souza;
              João Baptista de Bairros;
              João Pires Cerveira;
              Moises Antônio Pereira de Almeida;
              Quintiliano José de Moura.

              Libelo civil de Francisca Roza de Bitancurt
              BR SC TJSC TRRJ-52800 · Processo · 1821
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Libelo Civil de anulação de venda de terras realizado na Capital, á época Vila de Desterro, ilha de Santa Catarina.

              Partes: Francisca Roza de Bitancurt(Autora); Jorge de Souza de Ávila Bitancurt(réu);

              Resumo: O processo trata de um libelo, petição inicial, na capital (atual cidade de Florianópolis) ilha de Santa Catarina, que tem por finalidade a anulação da venda de terras, situadas no Rio do Cubatão de Francisco Domingues marido da Autora. Por motivo de dividas, aos quais se destaca a justificativa que a esposa do vendedor, não outorgou essa venda, e não deu seu consentimento. É citado que essas terras foram compradas pela esposa, dando por elas um escravizado de muita estima, de nome Domingos, da nação do Congo.
              No final do processo, a autora desiste da ação.

              Localidades citadas no processo: Freguesia de São José; Freguesia da Enseada; Freguesia de Nossa Senhora do Rosário da Enseada de Britto; Rio Cubatão;

              Atuaram no processo: Juiz Francisco José Nunes; Escrivão Joze Lopes de Azevedo; Escrivão Manoel Moreira; Escrivão Antônio Lopes da Silva; Escrivão João Francisco Cidade; Advogado José Joaquim Bernardes de Moraes; Advogado Capitão Francisco José Rebello; Tesoureiro Capitão Manoel da Cunha Bitancurt; Signatário Antônio Vieira dos Santos;

              Variação de nome: Francisca Rosa de Bitencourt; Jorge de Souza de Ávila Bitencourt; Manoel da Cunha Bitencourt;

              Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
              BR SC TJSC TRRJ-79424 · Processo · 1852 - 1859
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Manutenção de posse realizada na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Anna Maria do Amaral (suplicante);
              Antonio Muniz de Moura (suplicante);
              Joze da Silva Maiato (suplicado).

              Resumo:
              Neste processo, o casal de suplicantes afirma ser possuidor de uma moradia, localizada na Costa do Caveiras, denominada como “Fazenda do Araújo”. Os suplicantes afirmam que Joze da Silva Maiato, suplicado e morador na Corte do Rio de Janeiro, cometeu esbulho, afirmando também que houve o envio de cartas com ameaças exigindo que eles abandonassem o imóvel.

              Durante o processo, os suplicantes anexam uma certidão de bens herdados por Anna, filha dos antigos proprietários do local. Nessa relação, constam quantias em dinheiro, uma casa, campos, um espelho, animais, mobília, utensílios de cozinha, ferramentas, vestimentas e equipamentos de montaria; além disso, são citadas na lista três pessoas escravizadas, de nome Manoel e Joaquina, sendo a terceira não nomeada no traslado.

              Após isso, foram localizadas e anexadas as escrituras de compra e venda da propriedade, assim como suas divisões para os requerentes. Em resposta, é alegado que a fazenda foi levada a praça pública e arrematada judicialmente, sendo a partir dessa ação que o suplicado teria comprado o terreno. Ao final do processo, o juiz julga a ação por sentença, requerendo o pagamento das custas por parte dos suplicados.

              Atuaram no processo:
              escrivão do geral e tabelião público do judicial de notas Mathias Gomes da Silva;
              escrivão dos órfãos e procurador Generoso Pereira dos Anjos;
              escrivão Estevão Tiomacio dos Santos;
              escrivão e tabelião Generoso Pereira dos Anjos Junior;
              juiz municipal Guilherme Ricken;
              procurador tenente-coronel Manoel Rodrigues de Sousa;
              signatário Claudio Jose Pires da Silva;
              signatário Domingos Francisco Gil;
              signatário José Pinto;
              signatário Manoel Gomes de Souza.

              Localidades relevantes:
              Costa do Caveiras;
              fazenda do Araújo;
              rio de Caveiras;
              Rio de Janeiro;
              segunda comarca;
              vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

              Compõem o processo:
              certidão de pagamento de partilha;
              contas;
              correição;
              petições;
              procurações;
              sentença;
              termo de acusação da citação;
              testemunhas;
              traslado das escrituras.

              Variações de nome:
              suplicante Anna Muniz do Amaral.

              Medição e demarcação de Robert Swain Cathcart
              BR SC TJSC TRRJ-9976 · Processo · 1841
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de medição, demarcação e posse judicial realizados na vila de São Miguel, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Robert Swain Cathcart (empossado e embargado);
              João da Costa (embargante);
              Mathias Gomes da Silva (embargante).

              Hereus:
              Alberto Machado;
              Anna de Barcellos;
              Antonio Maria de Carvalho;
              Floriano Machado Flores;
              Estanislau José de Barcellos;
              Joaquina Luisa da Costa;
              João Baptista d'Amorim;
              José Francisco da Costa;
              Maria Ignacia de Jesus;
              Rosa Bernardina do Nascimento.

              Neste processo, o norte-americano Robert Swain Cathcart compareceu em juízo para requerer a posse judicial de um terreno que obteve por meio de uma arrematação na localidade de Praia Grande, na vila de São Miguel.

              Cathcart, morador na Caeira (na vila de São Miguel), trouxe consigo a sentença da arrematação em que constam os nomes de hereus confinantes — os proprietários das terras vizinhas, com quem seu terreno compartilha fronteiras. Para ser empossado, o autor da ação pediu que fosse feita uma medição e demarcação do perímetro de sua propriedade. Também pediu para que esses hereus fossem citados para testemunhar o ato, e todos os demais hereus a quem a sentença não fizesse menção. Foram, ainda, solicitadas nomeações para demarcadores e ajudantes de corda para executar a medição.

              A propriedade arrematada por Cathcart pertencia ao órfão Vicente Nunes, filho do falecido Lourenço Nunes. Situava-se na freguesia de São Miguel, em Tijuquinhas, na localidade de Praia Grande; possuía fronteiras com o mar e divisas com outras propriedades ao seu redor. Continha uma casa, um engenho de socar arroz e uma fábrica de assoprar arroz, com maquinário para produção e preparo do arroz, e ainda outros utensílios.

              Após terem sido feitas a medição e a demarcação da propriedade, foi apresentado um traslado de títulos referentes ao terreno, em que são descritas medições, demarcações e posses anteriores do terreno. Os primeiro proprietários foram André Machado dos Santos e sua esposa Aguida Maria — André recebeu da coroa portuguesa os direitos sobre essa propriedade. Contudo, um documento de justificação cita a invasão espanhola na ilha de Santa Catarina em 1777 (verso da folha 47, página 94). Isso porque o justificante, André Machado dos Santos, havia perdido o título de suas terras na naquele evento. O documento é assinado na vila de Nossa Senhora do Desterro da Ilha de Santa Catarina, em 9 de agosto de 1779, por Felis Gomes de Figueiredo. Os documentos por meio do quais André pediu cópia da documentação de sua posse aparecem a partir da folha 44 do processo (páginas 87 a 102 do processo digitalizado).

              O documento de justificação cita a invasão espanhola na ilha de Santa Catarina em 1777 (verso da folha 47, página 94). Isso porque o justificante, André Machado dos Santos, havia perdido o título de suas terras naquele evento. O documento é assinado na vila de Nossa Senhora do Desterro da Ilha de Santa Catarina, em 9 de agosto de 1779, por Felis Gomes de Figueiredo.

              Durante o auto de posse, o hereu João da Costa se opôs a empossar Robert Swain Cathcart de acordo com os termos do auto. Isso porque o hereu opositor não concordava em empossar Cathcart da estrada para o mar, que conduzia às terras que eram de herança da mãe de João da Costa; este hereu possuía uma casa de pedra e cal nesta localidade. Por motivos semelhantes, os hereus José Francisco da Costa e Joaquina da Costa também se opuseram à posse.

              Em seguida, Cathcart atendeu ao pedido dos opositores, embolsando-os da porção de território que estes desejavam que não fosse incluída na sua posse; assim, os opositores assinam um termo de desistência da oposição, permitindo que o empossamento de Cathcart prosseguisse. Assim, foi realizado o ritual possessório, que consistiu em cortar matos e atirar terra repetidamente ao ar, para legitimar a posse. Dessa vez, não houve oposição quanto ao direito à posse das terras e, com isso, Cathcart foi empossado o terreno, e o processo foi encaminhado à sentença. Logo, por sentença, o autor ficou obrigado a arcar com as custas do processo.

              Entretanto, João da Costa (inventariante de sua falecida mãe, Joanna Thomazia de Jesus) e Mathias Gomes da Silva (curador dos ausentes Hermenegildo José da Costa e José da Costa, ambos herdeiros de Joanna Thomazia de Jesus) compareceram em juízo para contestar decisão do juiz acerca da posse de Robert Swain Cathcart. Os embargantes alegaram ser netos de André Machado dos Santos e sua esposa, os quais haviam recebido aquelas terras por terem vindo das Ilhas dos Açores para povoar a freguesia de São Miguel (verso da folha 41, página 82). João da Costa e Mathias Gomes da Silva desejavam uma ponta de terras, que acreditavam ser legitimamente de propriedade deles.

              Dessa forma, moveram um embargo contra Cathcart. Para fundamentar este embargo, foram trazidos documentos, como a posse de André Machado dos Santos e sua esposa, e a partilha de seus bens, em que Joanna Thomazia de Jesus foi contemplada. Por fim, os embargantes desistiram de embargar Cathcart, e o processo terminou sem mais contestações.

              Localidades relevantes:
              Picadas;
              Praia Grande;
              Tijucas Pequenas;
              Tijuquinhas;
              caminho de Tijuquinhas;
              caminhos das Tijucas;
              estrada pública;
              vila de São Miguel (atual município de Biguaçu, Santa Catarina);
              cidade de Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
              ilha de Santa Catarina;
              capitania de Santa Catarina;
              comarca do norte.

              Compõem o processo:
              auto de medição;
              autos de posse;
              contas;
              cópia de sentença cível de arrematação;
              cópia de autos de praça;
              cópia de editais;
              intimações;
              libelo de embargo;
              notificações;
              partilha de bens;
              petição de contestação;
              sentença;
              termo de continuação de medição e demarcação;
              termo de desistência;
              termo de medição e demarcação;
              termo de obrigação;
              traslado de juramento ao curador.

              Atuaram no processo:
              ajudante de corda Antonio Silveira de Souza;
              escrivão da fazenda real Manoel José Ramos;
              escrivão de órfãos Amancio José Ferreira;
              escrivão de órfãos José Honorio de Souza Medeiros;
              demarcador capitão de cavalaria auxiliar José Rabello;
              governador Francisco de Souza de Menezes;
              governador brigadeiro Francisco de Barros Morais Araujo Teixeira Homem;
              juiz de órfãos José Joaquim Dias;
              juiz de órfãos major Estevão Brocardo de Mattos;
              juiz conservador dos contraventos dos dízimos reais, provedor da real fazenda, e vedor da gente de guerra Felis Gomes de Figueiredo;
              piloto demarcador Manoel Joaquim da Costa;
              pregoeiro Elario José da Silva;
              pregoeiro José Joaquim de Santa Anna;
              signatário Adolfo Francisco Lange;
              signatário Domingos Dias de Souzas Medeiros;
              signatário João Francisco de Andrade.

              Variação de nome:
              Ermenegildo José da Costa;
              Roberto Sueno Cascate;
              Roberto Swain Cathcart;
              freguesia de São Miguel;
              município de São Miguel;
              vila de Nossa Senhora do Desterro.

              Medição e posse de Ipólito Machado Dias
              BR SC TJSC TRRJ-29036 · Processo · 1842-1862
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Traslado de autos de medição e posse de Ipolito Machado Dias realizado na vila de Lages, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Ipolito Machado Dias (suplicante);
              José Joaquim de Magalhães (suplicado);
              João Manoel Coelho (outorgante);
              Joaquim Rodrigues Oliveira e Costa (outorgado);
              Luiza Maria da Silva (outorgada).

              Resumo:
              Este processo consta no traslado dos autos de medição e posse de terras pertencentes ao suplicante, o capitão Ipolito Machado Dias.

              As terras eram situadas na localidade de Caveiras e, de acordo com a descrição, faziam fronteiras com o rio Caveiras e o Passo Geral das Tropas. O suplicante procurou demarcar um rincão de terras na parte sul da propriedade, o qual é dividido entre o suplicante e o hereu José Joaquim de Magalhães. Pelo fato de não haver um demarcador na vila de Lages na época do processo, o suplicante peticionou ao juiz que alguém fosse nomeado para a função.

              Há, ao longo do processo, o traslado da escritura de compra e venda da propriedade, e também o pagamento da sisa (imposto sobre transmissões de patrimônio). Além disso, o processo contém anotações nas margens laterais do texto do processo, apontando irregularidades no decorrer do texto do processo.

              O auto de posse foi conduzido por um pregoeiro, acompanhado por testemunhas e pelo hereu condômino. O juiz ordenou que o pregoeiro gritasse três vezes "posse"; obedecendo a isso, o pregoeiro também atirou capim ao ar, consolidando o ritual possessório e efetivamente empossando o capitão Ipolito Machado Dias das referidas terras. Não houve oposição a este procedimento. Julgadas por sentença, a demarcação e a posse foram aprovadas, e o autor ficou na obrigação de arcar com as custas da ação.

              Depois do traslado, consta uma petição de Silvestre Antonio Rachadel e sua mulher, Maria Caetana. Por ter chegado ao conhecimento destes peticionários que Ipolito Machado Dias requereu uma medição de uns campos localizados em São João do Bom Jardim, e em decorrência de tal medição terem sido indevidamente absorvidas uma soma que varia de 800 a 900 braças de terra pertencentes aos peticionários, eles vieram em juízo pedir por uma vistoria, a fim de identificar o erro cometido.

              Em correição, o juiz corregedor exigiu que o processo fosse apresentado à coletoria para arrecadação do selo.

              Localidades relevantes:
              rio Caveiras;
              Boqueirão da Cerquinha;
              Caveiras;
              Costa de Caveiras;
              Lajeado Grande;
              Passo Geral das Tropas;
              Passo dos Marmeleiros;
              Rincão;
              São João do Bom Jardim;
              vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
              vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina).

              Compõem o processo:
              auto de posse;
              contas;
              escrituras públicas de compra e venda;
              procuração;
              requerimento de vistoria;
              sentença;
              sisa;
              termo de juramento do demarcador.

              Atuaram no processo:
              coletor Anacleto José Gonçalves;
              coletor Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
              escrivão Manoel Francisco Silva;
              escrivão Manoel Gomes de Souza;
              demarcador José Silveira;
              demarcador Marcelino de Castro Lima;
              juiz alferes João Thomaz e Silva;
              juiz corregedor Joaquim Joze Henriques;
              juiz municipal Matheus José de Sousa;
              porteiro Bernardino José da Rocha;
              procurador Silvestre Antonio Rachadel;
              tabelião Generoso Pereira dos Anjos.
              tabelião Joaquim Francisco d'Assis e Passos.

              Variação de nome:
              Hipolito Machado Dias;
              Hypolito Machado Dias;
              Ippolito Machado Dias;
              juiz alferes João Tomaz e Silva;
              juiz municipal Matheus José de Souza.
              vila de Sam José.

              Notificação de Joze Marinho Bitancourt
              BR SC TJSC TRRJ-24624 · Processo · 1827
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Notificação na cidade de Desterro, à época comarca da ilha de Santa Catarina.

              Partes do processo: José Marinho de Bitencourt (Autor); Bartholomeo Novaes de Espindola (Réu).

              Resumo: José Marinho de Bitencourt, morador no Cubatão da freguesia de enseada do Brito, na cidade de Desterro, entrou com uma notificação judicial contra Bartholomeo Novaes de Espíndola, ele alegou que o réu havia plantado mandioca em suas terras, sem autorização. O juiz ordenou que a plantação fosse embargada e marcou uma audiência. No entanto, o réu não compareceu. Diante disso, o juiz determinou que fosse feito o juramento de alma e autorizou o juramento de calúnia. Depois, o réu propôs um acordo, dividir a plantação em cotas entre as duas partes. O juiz aceitou a proposta e deu o caso como encerrado.

              Atuaram no processo: Advogado Joaquim Francisco d’Assis e Passos; escrivão Vicente Joaquim Rabello; Juiz José Felipe do Santos Xavier.

              Localidades relevantes: Cubatão; freguesia de enseada do Brito; freguesia de São José, cidade de Desterro.

              Compõem o processo: notificação.

              Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
              BR SC TJSC TRRJ-10433162 · Processo · 1827
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Notificação para citação na cidade de Desterro, à época comarca de Santa Catarina.

              Partes do processo: José Marinho de Bitancourt (Autor); Bartholomeu Novaes de Espindola (Réu).

              Resumo: José Marinho de Bitencourt, morador da cidade de Desterro, através de seu advogado, solicitou uma audiência com o ouvidor para que o réu Bartholomeu Novaes de Espindola comparecesse e pagasse suas dívidas e respondesse por invasão de terras. Após das várias notificações de citação, o réu não compareceu. O ouvidor então ordenou que os bens do réu fossem pregoados conforme orientação do auditor. Após o primeiro e segundo pregão, a dívida foi paga. O ouvidor declarou o processo concluído.

              Localidades: cidade de desterro (atual cidade de Florianópolis, Santa Catarina)

              Atuaram no processo: advogado Manoel da Silva e Souza; auditor Manoel José da Silva; escrivão Polidoro de Amaral e Silva; oficial de justiça Francisco Pedro de Sousa; ouvidor Francisco Pereira Dutra.

              Compõem o processo: carta citação de audiência.

              Tribunal da Relação do Rio de Janeiro