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            2298 Descrição arquivística resultados para Brasil

            Inventário de João Antônio de Moraes
            BR SC TJSC TRRJ-30922 · Processo · 1851-1868
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            João Antonio de Moraes (inventariado);
            Gertrudes Maria de Jesus (inventariante).

            Herdeiros:
            Joaquim;
            José;
            Manoel;
            Salvador.

            Resumo:
            Gertrudes Maria de Jesus abre um processo de inventário após o falecimento de seu marido, João Antonio de Moraes. Como o finado deixou filhos menores de idade, a ação contou com a nomeação de um curador e passou pelo juízo dos órfãos. Como era de hábito na época, alguns atos processuais eram realizados em residência dos operadores do Direito, a exemplo do juramento do inventariante, na folha virtual de número 4, realizado na residência do magistrado.

            Os bens inventariados foram animais, uma casa, mobília, ferramentas, equipamentos de montaria, uma arma de fogo, utensílios de cozinha, um forno de ferro e uma chácara. Consta na ação um homem escravizado, de nome José. Além disso, são citadas dívidas passivas deixadas pelo falecido.

            Na época, a palavra termo era usada para designar divisão territorial ou agrupamento populacional, como vemos na página virtual de número 27 “[…] morador do termo desta villa […]”. Ao decorrer do processo, o irmão do finado abre petição para requerer pagamento pela quantia gasta com remédios, funeral e “bens da alma” (indulgências), o que foi aceito pelos agentes da justiça.

            Para adicionar à partilha alguns bens além dos avaliados, a viúva anexou um formal de partilha referente ao inventário de seu falecido pai. Nesse documento, são citadas no geral 6 pessoas escravizadas: João, sem descrição; Thereza, Joana e Mariana, descritas como crioulas; Domingos, designado como “crioulinho”, portanto sendo uma criança; e Maria, descrita como idosa.

            Após avaliados, os bens passaram por um processo de partilha entre os herdeiros, e parte do patrimônio foi separada para o pagamento das dívidas passivas. A ação é julgada por sentença, em que o juiz requer o pagamento das custas de maneira pro rata e a notificação de um parente próximo dos herdeiros, para assinar termo de tutoria.

            Dentro da ação, é anexado um auto de justificação em que Gertrudes Maria de Jesus é justificante. Nesse documento, a viúva afirma que tem capacidade suficiente para ser tutora de seus filhos menores e administrar as legítimas partes. São citadas testemunhas que confirmam sua condição e, com isso, o juiz a nomeia como habilitada para ser tutora. Para tal função ser conquistada, a inventariante assina um termo de renúncia do Benefício Veleano, que impedia a tutela de mulheres viúvas aos seus filhos.

            Anos depois, um novo termo de tutoria é assinado; Manoel Antonio de Moraes é nomeado como tutor dos herdeiros e se encarrega de prestar contas para o juízo, declarando atualizações sobre as vivências dos menores e seus respectivos bens. O processo é concluído com um mandado de notificação a Manoel, a fim de prestar mais contas e hipotecar alguns bens.

            Atuaram no processo:
            avaliador Jacob Pereira dos Santos;
            avaliador Sisefredo Antonio Barbosa;
            curador geral Antonio Ricken de Amorim;
            curador geral major Antonio Saturino de Souza e Oliveira;
            curador geral Matheus José de Souza;
            escrivão do juízo de órfãos e tabelião interino Generoso Pereira dos Anjos;
            escrivão José Joaquim da Cunha Passos;
            escrivão José Luiz Pereira;
            fiador Manoel Antonio de Moraes;
            juiz de direito Franciluzio Adolpho Pereira Guimarães;
            juiz de órfãos Guilherme Ricken;
            juiz de órfãos Fernando Affonso de Mello;
            juiz Vicente José de Oliveira;
            partidor e signatário Antonio Ricken do Amorim;
            partidor Mathias Gomes da Silva;
            procurador Claudianno de Oliveira Roza;
            procurador Lourenço dias Baptista;
            signatário Generoso Pereira dos Anjos Junior.

            Localidades relevantes:
            cidade de Sorocaba;
            segunda comarca;
            vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            auto de alimpação da partilha;
            auto de partilha;
            autos de tomada de contas;
            contas;
            cópia da fiança;
            correições;
            descrição e avaliação dos bens;
            petições;
            procurações;
            recibos;
            sentença cível de formal de partilha;
            sentenças;
            termo de tutoria;
            termos de juramento;
            termos de louvação.

            Inventário de João Antônio Borges
            BR SC TJSC TRRJ-19575 · Processo · 1823
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado em Lages, à época Nossa Senhora dos Prazeres de Lages, comarca da Ilha de Santa Catarina.

            Partes do processo: João Antônio Borges (inventariado); Maria Custodia do Amaral (inventariante)

            Resumo: Inventário de João Antônio Borges procedido por sua esposa Maria Custódia do Amaral. Os bens citados são: ferramentas; vestuário; mobília. Há também animais, armas de fogo, dívidas, quantia em dinheiro e terras. São mencionados 03 escravizados na avaliação de bens, de nomes: Joaquim, Rosário e Paullo.
            Contém partilha de bens.
            Localidade encontrada no processo: Fazenda Cajurú;

            Atuantes no processo: Escrivão e Partidor Matheus José da Silva; Escrivão Camillo Justiniano Ruas; Juiz Capitão Manoel Cavalheiro Leitão; Tutor e Curador Bento Ribeiro de Córdova; Avaliador Manoel Joaquim Alves de Morais; Avaliador Salvador José de Araújo; Partidor Antônio Lima de Córdova;

            Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
            Inventário de João Antero de Souza Pires
            TRRJ-55804 · Processo · 1866-11-17
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Florinda Rosa de Jesus (viúva e inventariante). Florinda fez de João Pereira de Medeiros seu procurador.

            Juiz de órfãos Joaquim da Silva Ramalho.
            Escrivão Francisco Xavier de Oliveira Câmara.

            Utensílios domésticos (caixas, cadeiras, oratório etc.), alambique, escravo africano, escravos pardos, escravas crioulas, gado e cavalos, terras, casas, engenho de fabricar açúcar e dívidas.

            Cubatão, Freguesia de Santo Amaro, cidade de São José.

            Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
            Inventário de Joanna Moreira Pereira
            BR SC TJSC TRRJ-49133 · Processo · 1851 - 1854
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na cidade de São Francisco do Sul, na época sob a primeira comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Joanna Moreira Pereira (falecida);
            Cezario Jozé da Costa (inventariante e testamenteiro).

            Resumo:
            Cezario José da Costa abre um processo de inventário após o falecimento de Joanna Moreira Pereira. A finada não deixou filhos e seu marido, Gonçalo de Braga, encontrava-se ausente.

            No traslado do testamento, são citados Matheus e Luzia (descrita como africana de nação), pessoas escravizadas que estavam em processo de alcançar sua liberdade: o primeiro por conseguir pagar carta de alforria, e a segunda por pedido da inventariada, para ser liberta após sua morte. Além disso, a inventariada menciona uma agregada, chamada Libania, para quem queria deixar bens; o termo “agregado” remonta a um tipo de registro utilizado no Brasil escravista para definir pessoas que, apesar de juridicamente livres, tinham suas vivências marcadas pela condição colonial de trabalho nas terras de senhores.

            Os bens inventariados foram uma quantia em moeda corrente, acessórios, ferramentas, caixas, uma prensa, um forno de barro, utensílios de cozinha, uma roça, terrenos e casas. Consta no processo uma menina escravizada chamada Maria, filha de Luzia e designada como crioula. O patrimônio que não foi citado no testamento para partilha passou por um processo de penhora, e foi separado para pagamento das custas.

            Mesmo após o testamento, Luzia e sua filha foram inseridas no leilão. Com isso, ela abre petição para requerer embargos e se opor à arrematação, representada por um curador e amparada por documentos. Um dos argumentos utilizados é o fato de que ela seria liberta após o falecimento de seus senhores, considerando também que a esposa encontrava-se finada e o marido ausente, mas com mais de 100 anos de idade no momento do processo e desaparecido antes mesmo da compra de Luzia. Além disso, seu representante afirma a ilegalidade de sua entrada no Brasil como escravizada em 1834, por conta da Lei de 7 de novembro de 1831, mais conhecida como Lei Feijó, e explicita o fato de Maria ser nascida a partir do ventre de Luiza, que já encontrava-se em liberdade.

            Após réplica e tréplica, o juiz sustenta a liberdade das duas embargantes. Além disso, afirma que, após 70 anos de ausência, o viúvo deveria ser considerado falecido, além do direito do inventário contar com todos os bens póstumos que ela compartilhava com o marido. Para o pagamento das custas da ação, foram separadas algumas terras.

            Atuaram no processo:
            avaliador Antonio Joaquim de Carvalho;
            avaliador e juiz municipal e de órfãos sexto substituto Salvador Antonio Alves Maia;
            coletor Manoel Jozé de Oliveira;
            curador ad litem major Francisco da Costa Pereira;
            curador e procurador advogado Francisco Honorato Cidade;
            curador e signatário Antonio Liandro dos Reis;
            curador José Francisco Pereira;
            curador José Nicolao Machado Junior;
            escrivão do juízo de paz e signatário João Chrysostomo Pinheiro Ribas;
            escrivão e tabelião João Jozé Machado da Costa;
            escrivão Manoel Joaquim Pinheiro;
            juiz municipal e de órfãos Augusto Lamenha Lins;
            juiz municipal e de órfãos José Maria de Albuquerque Mello;
            juiz municipal e de órfãos primeiro substituto major Joaquim Jozé de Oliveira Cercal;
            juiz municipal e de órfãos segundo substituto José Antonio de Oliveira;
            partidor Antonio Pinheiro Ribas;
            partidor Antonio Vieira de Araujo;
            pregoeiro Manoel Luiz dos Passos;
            procurador João Pereira Liberato;
            signatário Salvador Jozé dos Anjos.

            Localidades relevantes:
            cidade de São Francisco do Sul;
            Lagôa;
            primeira comarca;
            rio do Monte de Trigo;
            rua de São Jozé;
            ruas públicas.

            Compõem o processo:
            auto de alimpação da partilha;
            carta precatória;
            certidões;
            contas;
            editais;
            embargo;
            partilhas;
            petições;
            procurações;
            réplica;
            sentenças;
            termos de declaração;
            termos de juramento;
            termos de responsabilidade;
            traslado de testamento;
            tréplica.

            Variação de nome:
            cidade de Nossa Senhora do Rio de São Francisco Xavier do Sul.