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            BR SC TJSC TRRJ-58245 · Processo
            Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Ação de libelo cível realizada na vila de São José, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            João Ignacio Rachadel (autor);
            Antonio Pereira de Carvalho (réu).

            Resumo:
            João Ignacio Rachadel abriu um libelo cível para tratar de dívidas pendentes, nas quais Antonio Pereira de Carvalho é o devedor. A esposa do autor herdou de seu falecido pai um crédito com o réu; mas, mesmo após o prazo de pagamento vencer, o suplicado ainda não havia pago a quantia prometida.

            Ao decorrer do processo, o procurador do réu negou a existência da dívida pedida, alegando que ela já havia sido satisfeita por meio de serviços que o suplicado prestou à família do autor, ao trabalhar como agente de negócios e cirurgião assistente do falecido, quando ele esteve enfermo. Além disso, foi afirmado que o valor e o tempo gastos nesses auxílios transformaram o falecido em devedor do réu, superando o valor devido pelo réu. Foi mencionado um homem escravizado, descrito como “preto velho”, que também auxiliava com os cuidados do doente.

            Em contraposição por parte do procurador do autor, é questionado se o réu realmente era cirurgião, ou se era apenas “um simples curandeiro”. Também foi alegado que o suplicado não tinha título escrito, nem testemunhas para comprovar a existência de dívidas provenientes dos materiais usados nos cuidados.

            Após réplica e tréplica da reconvenção, o autor desistiu de dar continuidade à ação. Foi assinado um termo de desistência com a parte interessada, e o juiz julgou o processo por sentença, requerendo pagamento das custas e dízimas para o autor.

            Atuaram no processo:
            coletor Gaspar Xavier e Neves;
            escrivão David do Amaral e Silva;
            escrivão de órfãos Francisco Xavier d’Oliveira Camara;
            escrivão de paz Duarte Vieira da Cunha;
            escrivão e tabelião Joaquim Francisco de Assis e Passos;
            juiz Francisco Honorato Cidade;
            juiz municipal João Francisco de Souza;
            oficial de justiça Domingos José da Silva;
            pregoeiro Joaquim Affonço Pereira;
            procurador Bernardo Joze Pereira;
            procurador Domingos Antonio Guimaraens;
            procurador Manoel de Freitas Sampaio;
            procurador Manoel do Nascimento Ramos.

            Localidades relevantes:
            Barreiros (atual bairro do município de São José);
            Serraria (atual bairro do município de São José);
            freguesia de Vila Nova;
            vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina);
            cidade de Laguna (atual município de Laguna, Santa Catarina);
            segunda comarca.

            Compõem o processo:
            certidão do formal de partilha;
            contas;
            correição;
            declaração;
            procurações;
            reconvenção;
            réplica;
            réplica à reconvenção;
            requerimento de audiência;
            termo de desistência;
            termo de obrigação;
            termo de substabelecimento;
            tréplica.

            Variações de nome:
            João Ignacio Raxadel;
            freguesia de Villa Nova.

            Livro de notas n. 6, 1867

            Livro de notas n. 6, 1867

            Transcrição

            [Folha de rosto]
            Este livro é para servir de livro de notas do escrivão do juízo de paz da Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão; têm 25 folhas as quais vão por mim numeradas e rubricadas com o meu apelido Souza. Desterro, 5 de dezembro de 1867.
            O Presidente da Câmara Municipal
            Eleutério Francisco de Souza

            [Eleutério era natural de São Miguel da Terra Firma (atual Biguaçu), atuou como advogado provisionado, foi procurador fiscal da Provedoria, subdelegado de polícia e promotor público da Comarca do Norte (1849). Foi deputado na Assembleia Legislativa Provincial por cinco vezes. Eleutério foi advogado dos filhos de Liberata, uma escrava que lutou na Justiça por sua liberdade e conquistou a liberdade de seus filhos. O Tribunal da Relação do Rio de Janeiro confirma a decisão do juiz de Desterro. A historiadora Keila Grinberg estuda o caso e publica a obra Liberata: uma lei da ambiguidade como ações de liberdade da Corte de Apelação do Rio de Janeiro no século XIX. Centro Edelstein de Pesquisas Sociais. Eleutério também foi advogado e curador no processo de emancipação da tutela da africana livre Rufina]

            [Folha 1]
            Escritura de troca fixa que fazem o capitão Antônio José Antunes e sua mulher D. Jacinta Antônia da Silva com Manoel Antônio de Souza, Alexandre José de Siqueira, Elias José de Siqueiras, D. Felicidade Antônia de Freitas e Francisca Rosa de Jesus, como abaixo se declara.
            [Vinte e nove braças de terra em Caiacanga por vinte e uma braças e meia de terra em Itaqui]
            [...]

            [Folha 2]
            Escritura de venda fixa que fazem Antônio José Linhares e sua mulher Valda Maria, de vinte e cinco e meia braças de terra com casa de morar, engenhos de farinha e cana, a João Antônio da Silva como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 2 verso]
            [...]
            Escritura de locação de serviço que faz o crioulo liber-

            [Folha 3]
            to João Caetano e Manoel Carlos Viganigo, como abaixo de declara.

            Saibam quantos este público instrumento de escritura de locação de serviço virem que sendo no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e sessenta e nove, aos dois dias do mês de abril do mesmo ano, nesta Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão em meu cartório compareceram os outorgantes deste instrumento partes havidas e contratadas, o preto liberto João Caetano, como devedor, e Manoel Carlos Viganigo, como credor, todos moradores nesta Freguesia e reconhecidos pelos próprios de mim escrivão e das testemunhas abaixo nomeadas e assinadas de que dou fé pelo devedor me foi dito presente as mesmas testemunhas que ele era devedor do credor da quantia de trezentos mil reis, que lhe havia emprestado para sua completa liberdade, cuja quantia lhe pagaria com oito anos de serviço, com a obrigação porém do credo alimentá-lo e tratá-lo em suas enfermidade, não podendo-se desonerar do presente contrato sem que o preencha, mas no caso de querer praticar o contrário, isto é, de querer servir a outra pessoa, será obrigado a indenizar ao credor a quantia de trezentos mil reis, e perder qualquer tempo que tenha servido, e pelo credor foi dito que aceitava a confissão de dívida e contrato na forma acima declarada de que me pediram lhe fizesse este instrumento nesta nota que lhe fiz, por apresentarem o conhecimento de terem pago o selo do teor seguinte = Número ove, estava impresso o selo das Armas do Império, duzentos reis. Pagou duzentos reis.

            [Folha 3 verso]
            Desterro, 1º de abril de 1869 = Lopes Lemos. E sendo-lhe lido o ratificaram e assinaram, assinando-se a rogo do devedor por não saber ler nem escrever o vigário José Martins do Nascimento com as testemunhas presentes Thomé José de Souza e Manoel Luiz Martins, reconhecidos de mim José Rodrigues da Silva Júnior, escrivão que o escrevi.
            Manoel Carlos Viganigo
            Vigário José Martins do Nascimento
            Thomé José de Souza
            Manoel Luiz Martins

            Escritura de venda fixa que fazem Francisco Carlos dos Santos e sua mulher Francisca Maria de Jesus a Domingos Vieira de Aguiar como abaixo se declara.
            [trinta e três braças de terra e uma morada]
            [...]

            [Folha 4 verso]
            [...]
            Escritura de venda fixa que fazem Maria Rosa de Jesus e seus filhos Francisco Antônio Coelho e Francisca Rosa ao Sr. Ignácio Antônio da Silva como abaixo se declara.
            [vinte e oito braças de terra e uma morada]
            [...]

            [Folha 5 verso]
            [...]
            Escritura de venda fixa que fazem José Thomas Martins Linhares e sua mulher Anna Joaquina Lopes, de dezenove braças de terra e uma morada de casa ao Sr. Ignácio Gonçalves Lopes, como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 6 verso]
            [...]
            Escritura de troca que fazem Manoel Luiz dos Santos e sua mulher Maria Nunes do Nascimento, com seu filho Francisco Carlos dos Santos e sua mulher Francisca Maria de Jesus como abaixo se declara.
            [trinta e quatro braças de terra, uma morada e um engenho de farinha por uma morada na cidade do Desterro, na rua Menino Deus]
            [...]

            [Folha 7 verso]
            [...]
            Escritura de venda fixa que faz D. Maria Joaquina Garcia de um sítio ao Sr. Jorge Monteiro como abaixo se declara.
            [noventa e cinco braças de terra]
            [...]

            [Folha 8 verso]
            Escritura de venda fixa que faz João Caetano da Silveira de vinte e três braças de terra a D. Francisca Clara Coelho, como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 9]
            [...]
            Escritura de dívida e hipoteca que fazem Bento Luiz de Abreu Vianna e sua mulher Maria Antônia do Nascimento a João Antônio da Silva na forma que abaixo se declara.
            [empréstimo de seiscentos e cinquenta e quatro mil reis, em moeda corrente, por dois meses]
            [...]

            [Folha 10]
            [...]
            Escritura de venda fixa que fazem Virtuoso Lopes do Espírito Santo e sua mulher Rosa Joaquina de Jesus ao Sr. Francisco Caetano da Silveira, como abaixo se declara.
            [vinte braças de terra e uma morada]
            [...]

            [Folha 11]
            [...]
            Escritura de dívida e hipoteca que fazem José Gonçalves Lopes e sua mulher Valentina Rosa de Jesus a João Antônio da Silva, como abaixo se declara.
            [empréstimo de setecentos e cinquenta e quatro mil reis, em moeda corrente, por seis meses]
            [...]

            [Folha 12]
            Escritura de venda fixa que faz Luiz José de Barcellos ao Sr. capitão Isidoro Pires Ferreira, como abaixo se declara.
            [uma casa e vinte e cinco braças e seis palmos de terra no Pântano do Sul]
            [...]

            [Folha 12 verso]
            [...]
            Escritura de venda fixa que faz Anna Rosa de Jesus de uma morada de casa a Antônio Joaquim Baptista como abaixo

            [Folha 13]
            se declara.
            [...]

            [Folha 13 verso]
            [...]
            Escritura de venda fixa que fazem Alberto Martins Linhares e sua mulher Felicidade Maria de Jesus ao Sr. Ignacio Gonçalves Lopes, como abaixo se declara.
            [trinta e três braças de terra, uma casa e dois engenhos cobertos de telha]
            [...]

            [Folha 14 verso]
            [...]
            Escritura de dívida e hipoteca que faz o capitão Pompeu Capistrano do Rego Lobo e sua mulher D. Carlota Amelia Capistrano ao Sr. João Antônio da Silva como abaixo de declara.
            [empréstimo de um conto e cem mil reis, em moeda corrente, por quatro anos]
            [...]

            [Folha 15 verso]
            [...]
            Escritura de venda fixa que fazem Joaquim Martins Linhares e sua mulher Anna Maria de Jesus de uma morada de casa à Sra. Maria da Conceição Pamplona, como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 16 verso]
            [...]
            Escritura de locação de serviço que faz o preto liberto Luiz Cordeiro e José Vieira Cordeiro como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 17]
            [...]
            Escritura de troca que fazem Joaquim Vieira Cordeiro e sua mulher Florência Maria Josefa, com João Francisco de Resendes, como abaixo se declara.
            [dezessete braças de terra por nove braças e meia de terra]
            [...]

            [Folha 18]
            [...]
            Escritura de doação fixa que faz Francisco Pereira de Souza a seu afilhado Manoel de Souza Machado, como abaixo se declara.
            [quinze braças e meia de terra]
            [...]

            [Folha 19]
            [...]
            Escritura de doação que faz Manoel Luiz da Costa a sua escrava Ignacia e seus filhos Januário e Albina, como abaixo se declara.
            Saibam quantos este público instrumento de escritura de doação virem que sendo no ano de Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e setenta e dois, aos vinte e três dias do mês de outubro do dito ano nesta Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão, no lugar denominado Pântano do Sul, na casa de Manoel Luiz da Costa, onde eu, escrivão fui a seu chamado [...] que de sua própria vontade faz doação à sua escrava Ignacia e seus filhos Januário e Albina da morada de casa de sua vivenda e do que se acha dentro da mesma casa e mais vinte braças de terra no lugar da mesma casa [...].

            [Folha 19 verso]
            [...]
            Escritura de venda fixa que fazem José Gonçalves Lopes e sua mulher Valentina Domingues da Conceição a João Antônio da Silva, como abaixo se declara.
            [vinte e uma braças e seis palmos de terra com uma morada]
            [...]

            [Folha 20 verso]
            [...]
            Escritura de venda fixa que fazem o capitão Isidoro Pires Ferreira e sua mulher D. Maria Perpetua de Jesus, de uma morada de casa ao Sr. Enriques de Moraes, como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 21 verso]
            [...]
            Escritura de doação que fazem Francisco José de Oliveira e suas irmãs Pulcheria Maria de Jesus e Florência Maria da Conceição, à Balbina Maria dos Passos, como abaixo se declara.
            [partes de uma morada e seus pertences, um engenho de farinha e cento e vinte e três braças de terra]
            [...]

            [Folha 22]
            [...]
            Escritura de troca fixa que fazem Antônio Joaquim Baptista e sua mulher Carolina Baptista de Aguiar com Francisco Gonçalves Dutra e sua mulher Anna Luiza de Oliveira, como abaixo se declara.
            [uma morada de casa por outra morada de casa na praça da freguesia e rua da Pedreira]
            [...]

            [Folha 23]
            [...]
            Escritura de venda fixa que fazem Antônio Manoel de Souza e sua mulher Elísia Anna de Jesus, a Francisco Albano Martins, como abaixo se declara.
            [vinte e três braças e oito palmos de terra na Fazenda da Tapera]
            [...]

            [Folha 24]
            [...]
            Escritura de locação de serviço que faz a preta liberta Joanna ao Sr. Ignacio Antônio da Silva, como abaixo se declara.
            [liberdade em troca de quatro anos de serviço]
            [...]

            [Folha 24 verso]
            [...]
            Escritura de venda fixa que faz D. Zeferina Leopoldina Alves de oito braças e sete palmos de terras com uma casa ao Sr. Antônio José Linhares, como abaixo se declara.
            [...]

            [Folha 25]
            [...]
            Escritura de doação que fazem Maria Cândida Rosa, Luiza Rosa de Jesus, Adriana Rosa d'Alaião e Leandro d'Alaião, a Manoel d'Alaião.
            [uma morada com pequeno terreno]
            [..]

            [Folha 25 verso]
            [...]
            Escritura de dívida e hipoteca que fazem João Manoel Calistro e Joaquim da Costa Lejo ao Sr. João Antônio da Silva, como abaixo se declara.
            [empréstimo de duzentos mil reis, em moeda corrente, por dois anos]
            [...]

            [Folha 26]
            [...]
            Escritura de venda fixa que fazem João Antônio da Silva e sua mulher Maria de vinte e uma e meia braças de terras ao Sr. Manoel Gonçalves Lopes, como abaixo se declara.
            [...]

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            BR SC TJSC TRRJ-49128 · Processo · 1851 - 1853
            Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na cidade de São Francisco do Sul, na época sob a primeira comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Maria Fernandes do Rosario (falecida);
            Dionisio Martins Soares (inventariante, testamenteiro e herdeiro).

            Resumo:
            Dionisio Martins Soares requereu a abertura de um processo de inventário dos bens de sua falecida esposa, Maria Fernandes do Rosário, que deixou testamento e não tinha herdeiros forçados; com isso, seu marido foi o único a receber os bens. Por meio do testamento anexado, é revelado que a finada organizou os detalhes de seu funeral, com o pedido de ser sepultada na Igreja de Nossa Senhora da Graça, acompanhada da Irmandade do Santíssimo Sacramento, em que foi separada uma quantia de dinheiro para essa instituição.

            Integraram a ação 12 pessoas escravizadas: Francisca, Leonor, Joaquim e Antonio, de nação Benguela; José, de nação Moçambique; Manoel, de nação Congo; e Antonia, Maria, Gracianna, João, Marianno e Josepha, designados como crioulos. Durante o testamento, a falecida requereu que os escravizados Antonio, Francisca, Josepha, Guilhermina, Francisco e Florencio fossem libertos após sua morte, pertencendo a eles metade de sua terra –– contudo, na condição de que continuassem a serviço de seu marido.

            Os bens inventariados foram moedas de ouro, cem patacões (moedas de 960 réis), um conjunto de jóias, botões de prata, utensílios de cozinha, uma quantia em dinheiro, fornos de cobre, selas, caixas, material de pesca, uma mesa, canoas, alqueire de farinha de mandioca, um sítio, uma casa, um engenho de farinha e roças de mandioca. Além disso, constam dívidas ativas; durante a listagem das pendências, há citação de uma dívida deixada com Andre, homem liberto descrito como preto.

            Após avaliado, o patrimônio passou por um processo de partilha para o herdeiro, em que a repartição das terras e seis pessoas escravizadas foram destinados ao pagamento das pendências citadas. O processo foi julgado por sentença, e o juiz demandou o pagamento das custas da ação por parte do inventariante.

            Atuaram no processo:
            avaliador José Antônio Pereira Maia;
            avaliador Salvador Antonio Alves Maia;
            coletor das rendas provinciais Manoel José d’Oliveira;
            coletor interino Francisco Mathias de Carvalho;
            escrivão ajudante Bernardino Antonio de Sena Feltro Junior;
            escrivão e tabelião João José Machado da Costa;
            juiz municipal João Nepomoceno Xavier de Mendonça;
            juiz municipal primeiro substituto major Joaquim José d’Oliveira Cercal;
            partidor Francisco Germano de Arruda;
            partidor João Jose Gomes Leal;
            signatário Antonio Machado Pereira;
            signatário Salvador Jose dos Anjos.

            Localidades relevantes:
            cidade de São Francisco do Sul;
            primeira comarca;
            rio Monte de Trigo;
            rua de São José;
            vila de Porto Bello (atual município de Porto Belo, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            auto de alimpação da partilha;
            contas;
            correição;
            petição;
            sentença;
            termo de louvação;
            termo de partilha;
            termo de remessa;
            termos de encerramento;
            termos de declaração;
            termos de juramento;
            traslado de testamento.

            Variação de nome:
            Maria Fernandes de Rosario;
            Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco Xavier do Sul;
            Rio de São Francisco;
            São Francisco.

            BR SC TJSC TRRJ-29031 · Processo · 1840 - 1864
            Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na vila de Lages, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Bento Ribeiro de Cordova (inventariado);
            Henriques Ribeiro de Cordova (inventariante, testamenteiro e herdeiro).

            Herdeiros:
            Alexandrina;
            Anna (menor);
            Antonio da Roza Madruga (co-herdeiro);
            Candida dos Prazeres de Cordova;
            João Baptista de Sousa (co-herdeiro);
            Joaquim da Roza Madruga (co-herdeiro);
            Joaquina (descrita como bastarda);
            Jose Ribeiro de Cordova;
            Maria de Cordova;
            Vidal Ribeiro de Cordova.

            Resumo:
            O inventário de Bento Ribeiro de Cordova foi conduzido por seu filho e testamenteiro, Henriques Ribeiro de Cordova. No início do processo, é mencionado que a ação havia sido interrompida pela incidência de rebeldes que tomaram a vila de Lages, ocasionando a destruição dos autos originais. Considerando a data e local, é possível afirmar que os rebeldes mencionados são aqueles envolvidos na Guerra dos Farrapos.

            Na titulação de herdeiros, menciona-se a existência de uma herdeira bastarda, Joaquina, que o falecido teve “no estado de solteiro”. Responde-se que, para ser considerada herdeira legítima, ela precisaria realizar habilitação e provar que não seria uma “filha adulterina”. O finado deixou um testamento, em que cita o fato dos herdeiros e genro deverem uma quantia em dinheiro; além disso, é revelado que o falecido deixaria liberto Vitto, homem escravizado, com a condição de "servir" a sua filha Anna.

            Entre os bens inventariados, destacavam-se casas, uma fazenda no lugar denominado “Tres Morrinhos”, uma fazenda de criar no lugar denominado “Pelotinhas”, objetos de prata, mobília, peças de vestuário, um serigote, uma âncora, ferramentas, utensílios domésticos, um forno de cobre, animais e terras. Além do homem escravizado citado no testamento, constam no processo 6 pessoas escravizadas: Isabel, Adão, Matheus, Alexandrina, Claudianno e Sipriano — que, ao decorrer do processo, conquistou sua carta de liberdade.

            Há uma interrupção no processo de partilha, com um pedido para credores e devedores se apresentarem para reconhecer suas dívidas. Também pede-se que se faça a avaliação de pessoas escravizadas que não foram incluídas na primeira avaliação. Durante a ação, há um protesto entre co-herdeiros para que reconhecessem a herdeira “bastarda” Joaquina; pede-se que se siga a partilha, desconsiderando a “herdeira ausente”, por não ter feito a habilitação dentro do prazo estipulado.

            A meação é dividida em três partes, sendo as primeiras duas terças repassadas neste momento inicial, e em 1843 o inventariante requer a continuidade da partilha para o repasse da última terça. Ao final, é feita uma partilha amigável das terras da fazendo de Três Morrinhos entre “Vidal Ribeiro de Córdova e outros”, os herdeiros e co-herdeiros de Bento Ribeiro de Córdova, como suplicantes, e os demais ocupantes da fazenda como suplicados. O processo é julgado por sentença, em que o juiz requer a anexação dessa partilha amigável nos autos de inventário e demanda aos interessados o pagamento das custas.

            Atuaram no processo:
            avaliador Felipe Borges do Amaral e Castro;
            avaliador capitão Miguel Rodrigues de Araújo;
            coletor Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
            curador Adelitão Maximiano Antonio Pereira de Souza;
            curador geral e coletor sargento-mor Joaquim Fernandes da Fonceca;
            escrivão do juizo de paz Manoel Jose Pereira Cordeiro;
            escrivão Generoso Pereira dos Anjos;
            escrivão José Luis Pereira;
            juiz de órfãos João Thomas Silva;
            juiz de órfãos Jose Jacinto de Oliveira;
            juiz de órfãos suplente Henrique Ribeiro de Cordova;
            juiz municipal e de órfãos Antonio Caetano Machado;
            juiz municipal Ignacio Bernardes dos Santos;
            partidor José Joaquim da Cunha Passos;
            partidor Luis Gonzaga de Almeida;
            tabelião João Rodrigues de Andrade;
            tabelião Mathias Gomes da Silva.

            Localidades relevantes:
            Boa Vista;
            Capão da Tapera;
            Capão Grande;
            freguesia de Cotia (atual município de Cotia, São Paulo);
            Morrinhos;
            Morro Agudo;
            Pelotinhas;
            província de São Paulo (atuais estados de São Paulo e Paraná);
            rincão do Teobaldo;
            Três Morrinhos;
            vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
            vila de Santos (atual município de Santos, São Paulo).

            Compõem o processo:
            autos de partilha;
            avaliação de bens;
            correição;
            petições;
            sentença;
            termo de obrigação;
            termo de protesto;
            termo de tutoria;
            termos de juramento;
            traslado de testamento.

            Variação de nome:
            Candida Maria dos Prazeres;
            Cipriano;
            Isabel;
            juiz José Jacinto de Oliveira;
            Jose Lins de Cordova;
            Nito;
            vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages.