Desterro

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        Desterro

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              BR SC TJSC TRRJ-58666 · Processo · 1826
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Sentença Civel de Ação de Juramento de Alma realizado na Capital, cidade de Desterro, na época sob o nome Ilha de Santa Catarina

              Partes do processo:
              tenente João da Costa Pereira Dinis (executante);
              Joaquim Teixeira Vianna (réu).

              Resumo: É requerido pelo tenente João da Costa Pereira Dinis a execução de pagamento de uma dívida pelo réu Joaquim Teixeira Vianna, devido à compra de uma fazenda, não havendo o pagamento no prazo estipulado. Após o prazo definido pelo juiz, o réu não compareceu à audiência, e o juiz decretou o juramento de alma para que o réu cumprisse a ordem de pagamento. Como o réu não pagou a dívida dentro do prazo, o juiz determinou embargos de bens e penhora, sendo entregues a um fiel depositário. O processo terminou com o pagamento das dívidas e do selo.

              Atuaram no processo:
              escrivão e tabelião Antonio Lopes da Silva;
              escrivão e tabelião Vicente Jozé de Góis Rebello;
              escrivão e tabelião Joaquim Jozé de Souza Medeiros;
              procurador Francisco Joze Maria da Silva;
              procurador e advogado capitão Francisco Jozé Rebello;
              advogado Manoel da Silva e Souza;
              alcaide Jozé de Souza Freitas;
              depositário Alexandrino Fernandes Camaxo;
              juiz de fora e desembargador doutor Antonio Pereira Barreto Pedrozo.

              Localidades relevantes:
              Desterro (atual cidade de Florianópolis, Santa Catarina);
              Enseada do Brito.

              Compõe o processo:
              Petição inicial;
              Procurações;
              Auto de penhora e apreensão de bens;
              Termos de Conclusão.

              Variação de nome:
              Enciada do Brito.

              BR SC TJSC TRRJ-52025 · Processo · 1823-1824
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Execução de sentença realizada na cidade de Desterro, ilha de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              José Pereira da Cunha (exequente);
              Manoel da Silva Bitencurt (executado);
              Lexandrinha Roza (esposa do executado).

              Resumo:
              O juiz Francisco José Nunes Cavalheiro outorga o traslado de sentença em ação de crédito do exequente Sargento Mór Major José Pereira da Cunha, para que o executado pague uma divida em determinado período de tempo.
              Após o término do prazo estabelecido, o executado não comparece para quitar a dívida. Diante disso, a casa e as terras de sua propriedade, situadas próximas à praia, são penhoradas e levadas a leilão para o pagamento do débito.
              João Ignácio dos Santos é citado como depositário dos bens penhorados.
              O autor, após ter recebido o valor acordado de forma extrajudicial, decidiu desistir da ação.

              Agentes do Processo:
              alcaide/oficial de justiça José de Souza Freitas;
              advogado José Joaquim Bernardes de Morais;
              advogado Manoel da Silva Souza;
              escrivão Antonio Lopes da Silva;
              escrivão João Francisco Cidade;
              escrivão vintenário Francisco Antônio de Freitas;
              juiz de fora Francisco José Nunes;
              meirinho dos ausentes Manoel Jozé Fernandes;
              meirinho dos auzentes Silverio de Jesus Maria;
              porteiro das auditorias Manoel Jozé de Lima;
              procurador Major Floriano Eloy de Medeiros.

              Localidades relevantes:
              Serraria, distrito da freguesia de São Jose;
              Cidade de Desterro ( atual cidade de Florianópolis, Santa Catarina);

              Compõem o processo:
              Carta de sentença;
              Juramento de alma;
              Embargos;
              Termo de assinação de dez dias;
              Procuração.

              Variação de nome: Manoel da Silva Bitancour.

              BR SC TJSC TRRJ-20455 · Processo · 1827-1828
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Embargo realizado em São José, na época sob a Ilha de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Silvestre José dos Passos (embargante);
              Anastacio José da Cunha (embargante);
              Francisco José da Cunha (embargante);
              Victorino Antônio Fernandes (embargado).

              Resumo: É iniciado um embargo por Silvestre José dos Passos e de outros louvadores residentes no "Sertão do Maruim", que em comum acordo e com determinação da justiça, abriram uma servidão pública para tornar seus terrenos acessíveis à estrada pública próxima, porém acabaram por entrar em conflito com o embargado, Victorino Antonio Fernandes, que afirma não haver conhecimento e alega falsidade e calunia na vistoria feita pelos embargantes, além de acabar por tapar a dita servidão sem permissão dos demais. São feitas diferentes vistorias ao decorrer do processo, com o embargado eventualmente abrindo uma petição de agravo contra os embargantes, a qual é por fim indeferida.

              Atuaram no processo:
              escrivão Domingos Dias de Souza Medeiros;
              escrivão Justino José Correÿa;
              escrivão e tabelião Vicente José de Góis Rebello;
              porteiro dos auditórios Manoel Jozé de Lima;
              alcaide Jozé de Souza Freitas;
              procurador advogado Manoel da Silva e Souza;
              procurador Joaquim Francisco d'Assis e Passos;
              procurador Francisco Jozé Rebelo;
              procurador Jozé Joaquim Bernardes de Moraes;
              meirinho Manoel Jozé Fernandes;
              chefe do segundo regimento de milícias Joaquim Soares Coimbra;
              juiz de fora Florianno Eloy de Medeiros;
              juiz de fora major José Félix dos Santos Xavier;
              juiz de fora Anacleto José Pereira da Silva;
              juiz de fora Manoel Antonio de Souza Meirelles.

              Localidades relevantes:
              Freguesia de São José;
              Sertão do Maruhy;
              Cidade de Desterro.

              Compõe o processo:
              Pregão;
              Auto de vistoria;
              Termo de juramento;
              Termo de agravo.

              Variação de nome:
              Floriano Eloy de Medeiros;
              Justino José Correia;
              Justino José Correya.

              BR SC TJSC TRPOA-20451 · Processo · 1884
              Part of II - Tribunal da Relação de Porto Alegre

              Partes:
              José Pereira Cardozo (embargante);
              Albino José de Souza (embargante);
              Jorge de Souza de Ávilla, sargento mor (embargado).

              Desterro; Processo danificado; medição e demarcação de terras; Praia de Fora da Enseada do Brito.

              Antonio José Vidal;
              Ana Maria Roza de Jesus;
              Albino José de Souza;
              Francisco Pereira Brito, Dr. ouvidor;
              Joaquim Vieira Fernandes;
              Joaquim Antonio Lisboa;
              José Pereira Cardoso;
              Polydoro do Amara e Silva, escrivão;
              Manoel da Silva e Souza, advogado.

              Variação de nomes: José Pereira Cardoso; Jorge de Souza de Ávila. Polidoro Amara e Silva.

              Untitled
              BR SC TJSC TRRJ-83556 · Processo · 1839-1851
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de Embargo realizados na villa de São José, na época sob a Comarca do Sul.

              Partes do processo:
              major Marcos Antonio da Silva Mafra (embargante);
              José Antonio Vieira (embargado).

              Resumo: O embargante requer que seja paga uma dívida de uma certa quantia em dinheiro, que após um longo período sem retorno, foi requisitado pelo embargante para que sejam recolhidos os bens do embargado de forma a quitar a dívida. É necessário também que seja feito um chamado para encontrar o embargado, tendo em vista que o mesmo se encontrava na Província do Rio Grande do Sul. O processo segue com testemunhas corroborando com o que foi afirmado pelo embargante, com o processo sendo finalizado com os bens sendo recolhidos e a dívida paga pela justiça.

              Atuaram no processo:
              escrivão interino David do Amaral e Silva;
              escrivão e tabelião Joaquim Francisco d'Assis e Passos;
              tabelião Francisco de Paula Lacé;
              oficial de justiça Manoel Ignacio Borges;
              procurador Patricio Marques Linhares;
              depositário Albino José Vieira;
              juiz municipal João Francisco de Sousa;
              juiz de direito doutor Severo Amorim do Valle.

              Localidades relevantes:
              Vila de São José;
              Desterro (atual cidade de Florianópolis, capital de Santa Catarina);
              Vacaria;
              Província de São Pedro do Rio Grande do Sul (atual Estado de Rio Grande do Sul).

              Compõem o processo:
              Procuração;
              Testemunhos;
              Termo de obrigação;
              Conclusão.

              BR SC TJSC TRRJ-23930 · Processo · 1857
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Partes:
              Custódia Cândida da Silveira Schutel (autora);
              João Strambio Schutel (autor);
              Antônio Ciolina (réu);
              Felicidade Candida da Silveira (réu).

              Translado. Réu, “forasteiro”, teria se apossado de alguns bens e fugido para a Itália; Incompleto; Desterro; província do Rio Grande do Sul; vila de São Miguel, comarca da Capital; terras em “Biguassu”; trecho para exposição sobre escravidão na folha digital n. 16, ao descrever bens a serem arrolados: “Huma escrava de nome Eva com uma cria femea. Huma junta de bois [...]”; Morada de Casa na Rua do Ouvidor avaliada em 2.000$000 (dois contos de réis); Tribunal da Corte do Rio de Janeiro;

              Adão, escravo, criolo;
              Antonio Carlos de Carvalho, procurador dos autores, coletor;
              Antonio Francisco de Medeiros, escrivão;
              Antonio Gonçalves Campos, escrivão;
              Antonio Gonçalves Franco, juiz;
              Antonio Silveira de Souza, oficial de justiça;
              Carlos Weinand;
              David do Amaral Silva, testemunha;
              Eva, escrava, parda;
              Francisco, preto;
              Francisco Duarte Silva, comendador;
              Francisco Gonçalves da Luz;
              Faustina Roza;
              Jacintho Gonçalvez da Luz;
              Joaquim Luiz do Livramento, capitão, doutor;
              João José Roza;
              João Francisco Regis, escrivão;
              José Luis Alves;
              Joaquim do Amaral Silva F.;
              Lucas Rodrigues de Jesus, oficial de justiça;
              Manoel Luiz Cordeiro, carcereiro;
              Pedro, preto, escravo de nação;
              Silvano José da Silveira;
              Vidal Pedro de Moraes, escrivão.

              Untitled
              BR SC TJSC TRRJ-62685 · Processo · 1848
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Sentença cível de assignação de dez dias realizada na vila de São José, na época sob a comarca do Sul da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              João Antonio da Silva (autor e embargado);
              José Maria da Rosa (réu e embargante).

              Resumo:
              Neste processo, o autor João Antonio da Silva pediu que fosse apregoado o réu José Maria da Rosa por dívidas de crédito, e que fossem tomadas medidas de condenação em caso de não pagamento. O autor também disse que o réu não compareceu à conciliação. Durante o processo, uma carta de assignação de dez dias foi assinada pelo réu.

              No entanto, José Maria considera o embargo ilegítimo pois, segundo ele, não houve contrato; e alegou que um embargo só poderia ser feito entre contratantes. Para comprovar seu argumento, o réu apresentou um contrato de dívida que contraiu com Thomás Rodrigues da Rosa, proveniente da arrematação de terras em praça pública.

              Foi determinado por sentença que o réu deveria pagar a primeira folha de crédito que devia ao autor. Porém, José Maria se opôs à sentença, e em seu embargo procurou provar que não devia nada a João Antonio. Em seguida, em uma impugnação, o autor contrariou o réu, utilizando-se dos argumentos de legisladores para afirmar que a nulidade do embargo, desejada pelo réu, era sem fundamento e de “má-causa”, pois aplicava erroneamente os preceitos jurídicos.

              Em embargos, o autor pediu que a sentença fosse reformulada, incorporando as dívidas em uma só e adicionando juros. Tal reformulação foi deferida na sentença feita pelo juiz.

              Atuaram no processo:
              contador João Francisco de Souza;
              cirurgião mor João Marcos da Costa Cardozo;
              escrivão Joaquim Francisco d’Assiz e Passos;
              escrivão Francisco Xavier d’Oliveira Camara;
              juiz municipal suplente e de órfãos João Francisco de Souza;
              juiz municipal e de órfãos Luiz Ferreira do Nascimento Mello;
              oficial de justiça Domingos José da Silva;
              procurador Manoel de Freitas Sampaio;
              procurador Manoel do Nascimento Ramos
              pregoeiro Joaquim Afonço Pereira;
              signatário Francisco Antonio da Silva;
              signatário Manoel José Bitancourt Soares;
              tabelião Francisco de Paula Lacé;

              Localidades relevantes:
              Favadinho;
              Passa Vinte;
              freguesia da Lapa do Ribeirão (atual localidade no Ribeirão da Ilha, no município de Florianópolis);
              vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina);
              cidade de Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
              comarca do sul.

              Compõem o processo:
              embargos;
              intimação;
              impugnação;
              procurações;
              quitações;
              sentenças;
              sustentação.

              BR SC TJSC TRRJ-24630 · Processo · 1827
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Partes:
              Albino José de Souza (embargante);
              Jorge de Souza de Avilla, major (embargado).

              Embargo em processo de disputa de terras; Praia de Fora da Enseada do Brito; Desembargo do Paço; cidade de Desterro; processo bem danificado.

              Albino José de Souza;
              Andre T. Talha;
              Antonio José Vidal;
              Francisco Pereira Dutra;
              Ignacia Rosa de Jesus;
              Joaquim Antonio Lisboa;
              Joaquim Vieira Fernandes, tenente;
              João Antonio de Souza;
              Jorge de Souza d’Avilla Bitancurt;
              José de Souza Freitas;
              Manoel da Silva e Souza, advogado;
              Maria Roza;
              Miguel Joaquim F. Souza;
              Polidoro de Amaral e Silva, escrivão;
              Raimundo Pereira Cabral;
              Vicente José Goes Rebello, tabelião.

              Untitled
              BR SC TJSC TRRJ-79222 · Processo · 1828-1832
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Processo de esbulho realizado na vila de Lages, na época sob a chamada Ilha de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Antonio Lins de Cordova (suplicante);
              Bento Ribeiro de Cordova (suplicado);
              José Antonio da Silva Monteiro (suplicado).

              Resumo:
              Neste processo, foi autuada um processo de esbulho a pedido do alferes Antonio Lins de Cordova. O suplicante afirmou que os suplicados, nas pessoas de Bento Ribeiro de Cordova e do alferes José Antonio da Silva Monteiro, ocuparam sua fazenda sem o devido direito, causando-lhe graves prejuízos e danos na sua propriedade. Antonio era morador no bairro de Pelotinhas, nos Campos do Pinheiro Seco.

              Os esbulhadores erigiram uma casa no terreno de Antonio, nas proximidades de uma criação de animais (“ao pé da cria de bestas”) e de uma outra casa, perto de roças do suplicante. Além disso, Bento e José acossaram os trabalhadores das roças de Antonio: mobilizaram homens armados para expulsar à força os trabalhadores da roça, sob ameaças de violência. Os trabalhadores ameaçados informaram que os homens sob mando de Bento e José festejavam na casa ilegalmente construída pelos esbulhadores, coletaram madeira e, ainda, atearam fogo aos campos de Antonio, causando ainda mais prejuízos e terror ao suplicante e seu pessoal. Em uma outra petição referente a esse mesmo fato criminoso, Antonio disse que os homens armados enviados por Bento e José eram dois homens escravizados e um “camarada”, chamado João Manoel.

              …Além disso, o suplicante Antonio Lins de Cordova apresenta um libelo junto à sua denúncia. Nele, Antonio reclama que já tentou recorrer à justiça antes; mas o juiz o tratou com hostilidade, e, junto com o escrivão, demoraram-se e se esquivaram de cumprir suas funções. Antonio evidenciou seu desamparo e o prejuízo sofrido pela prevaricação e pela má vontade destes agentes da justiça.

              Durante os relatos das testemunhas, os primeiros depoentes confirmaram que Bento e José atacaram as terras de Antonio. Porém, outras testemunhas posteriores disseram que não sabiam ao certo se as terras pertenciam mesmo a Antonio.

              Por conta de impedimentos do juiz, o processo ficou suspenso por vários momentos.

              Após ouvidas as testemunhas, foi alegado que Antonio Rodrigues de Andrade fora anteriormente expulso pelo suplicante Antonio Lins de Cordova das ditas terras, que por sua vez ganhou uma contenda judicial contra Andrade. A contenda ocorreu pois as terras foram indevidamente entregues a Andrade, por meio de venda oculta.

              Adiante, foi feito um termo de composição entre as partes. Nesse termo foi pretendida uma reconciliação, onde foi informado que o terreno era herança do cadete João Damasceno de Cordova, por sua vez herdeiro do inventário do sargento-mor João Damasceno de Cordova e sua mulher, dona Maria de Sam Boaventura, já falecidos. Após longas discussões, o juiz sugeriu dividir o terreno: Bento Ribeiro de Cordova ficaria com as terras herdadas pelo cadete, enquanto Antonio Lins de Cordova ficaria com o restante, incluindo o Campo do Pandeiro.

              Por sentença, o juiz condenou Bento na causa; e o condenou ao pagamento das custas.

              Em contrapartida, uma audiência de embargos foi movida na sequência, em que Bento procurou embargar a sentença favorável a Antonio. Julgando terem ocorrido várias inconsistências no processo anterior, o juiz inverteu o rumo do processo; julgou a sentença anterior nula e sem efeitos, dando uma nova sentença em favor do réu Bento.

              Por fim, Antonio recorreu através de uma apelação, procurando elevar a instância do julgamento da ação. Foram nomeados louvadores (avaliadores), a fim de que estes avaliassem o valor dessa escalada de instância. Eles julgaram que a ação valia 150.000 réis (150$000). O juiz, por sentença, ordenou que fossem citadas as partes para dar fim ao processo, através do pagamento da quantia.

              Atuaram no processo:
              alcaide Domiciano Joze de Soza;
              avaliador Manoel Ignacio da Silveira;
              avaliador alferes José Antonio da Silva Monteiro;
              escrivão Generoso Pereira dos Anjos;
              escrivão público, judicial e de notas Joam Manoel Cortes;
              escrivão do juízo de paz e tabelião Camillo Justiniano Ruas;
              escrivão e tabelião José Domingues do Couto;
              juiz de paz capitão de cavalaria miliciana Manoel Cavalheiro Leitão;
              juiz ordinário Francisco Borges do Amaral e Castro;
              juiz ordinário Nicoláo José de Liz e Abreu;
              juiz ordinário alferes Joaquim Antonio de Morais;
              juiz presidente Francisco de Paiva Muniz;
              procurador Miguel Antonio de Almeida.

              Localidades relevantes:
              Campos do Pandeiro;
              Campos do Pinheiro Seco;
              bairro de Pelotinhas;
              vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
              cidade de Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina)
              comarca da cidade de Desterro;
              comarca da Ilha de Santa Catarina.

              Compõem o processo:
              avaliação;
              contas;
              denúncias;
              embargos;
              libelos;
              mandados de intimação;
              petições;
              requerimentos de audiência;
              sentenças;
              termo de composição;
              termo de declaração;
              termo de juramento de louvadores;
              testemunhos;
              traslado de petição;
              traslado de vistoria.

              Variações de nome:
              Maria de São Boaventura;
              alcaide Domiciano José de Souza;
              escrivão João Manoel Cortes.

              BR SC TJSC TRRJ-23926 · Processo · 1840-1841
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de justificação para reivindicação de liberdade realizados na vila de São Miguel, na época parte da comarca do norte da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Jacinto (escravizado, favorecido);
              Joaquina (escravizada, favorecido);
              Alexandre Gonçalves da Luz (justificante, autor);
              João de Amorim Pereira (justificado, réu);
              Thomé da Rocha Linhares (justificado, réu);
              Bernarda Jacinta de Jesus (falecida).

              Resumo:
              Justificação em que o casal de escravizados Jacinto e Joaquina, descritos como "pretos" e "crioulos", reivindicaram a sua liberdade ao seu proprietário, o capitão Thomé da Rocha Linhares. Os escravizados foram auxiliados pelo curador Alexandre Gonçalves da Luz.

              Originalmente, os escravizados pertenciam à falecida dona Bernarda Jacinta de Jesus, sua senhora. Jacinto foi comprado, enquanto que Joaquina foi criada pelos pais da falecida senhora. Bernarda foi mulher do capitão João de Amorim Pereira, o qual prometeu ao longo de sua vida que, com seu testamento, concederia a alforria ao casal quando falecesse. Alegou-se porém que o irmão e herdeiro de Bernarda, o réu Thomé, "consumiu" o testamento feito, permitindo que ele como herdeiro mantivesse o casal em cativeiro.

              Entre os argumentos para obter a liberdade usados pelo curador dos escravizados, foi dito por ele que os escravizados sempre serviram a sua senhora com "fidelidade" e "amizade", além da menção de trabalharem "com amor". Além disso, cita-se o fato de eles serem os primeiros escravizados da senhora, tendo em seguida "criado quinze filhos, dos quais oito ainda são vivos".

              Nos depoimentos das testemunhas, estas confirmaram a alegação das promessas de alforria da falecida senhora, e eventualmente foi feita uma conciliação com o herdeiro João de Amorim, que alegou não se opor à liberdade dos escravizados, embora estivessem cativos por Thomé.

              Na sentença dos autos de justificação, o juiz julgou a ação em favor dos justificantes, requerendo que lhes fossem concedidos os instrumentos necessários para a efetivação da liberdade dos escravizados, e cobrando o pagamento das custas aos interessados.

              Em seguida, porém, foi autuado um libelo cível de liberdade, onde os escravizados Jacinto e Joaquina deram continuidade aos procedimentos de sua libertação. Em um dos termos de audiência, o justificado capitão João de Amorim Pereira, viúvo de Bernarda, atestou que era verdade o que os escravizados diziam, pois ainda em vida a sua falecida esposa lhe assegurou que deixaria Jacinto e Joaquina livres por meio de sua última vontade. Assim, por terem sua liberdade reconhecida pelo cabeça de casal, o capitão Thomé da Rocha Linhares ficou obrigado, através de um termo de conciliação, a libertar a ambos os escravizados (que mantinha em cativeiro); e também ficou obrigado a pagar-lhes os respectivos valores em que eles escravizados foram avaliados no testamento, como forma de indenização.

              Thomé não compareceu aos pregões, alegando estar com um ferimento no pé que o impedia de calçar o sapato. Porém, após extrapolados os prazos das audiências, Thomé comparece ao juízo logo em seguida, para pedir vistas do processo e, também, peticionando para apresentar suas razões em por meio de um libelo cível.

              A defesa de Thomé contrariou o alegado até então, inicialmente conseguindo anular o processo através de questões técnicas envolvendo prazos para apresentação de testemunhas e realização de audiências. Entre estes argumentos, é afirmado que o testamento nunca esteve em mãos de Thomé, e que no dia em que escreviam o testamento de Bernarda, ela saiu subitamente ao saber que seu marido havia chegado na vila, embora as testemunhas da defesa não negaram nem confirmaram esses fatos. Além disso, Thomé acusou os escravizados de terem obrigado Bernarda a ter colocado a liberdade deles no seu testamento, alegando que eles causaram-lhe medo e a aterrorizaram.

              Inicialmente, por sentença do juiz, o casal foi mantido cativo. Passado um tempo, o curador Alexandre embarga a sentença, alegando irregularidades nos argumentos da defesa, e que as respostas das testemunhas não necessariamente negavam que a dona Bernarda sempre prometeu a liberdade a Jacinto e Joaquina. Foi permitido ao curador a apresentação de novas testemunhas, e após estes testemunhos, o juiz aprovou o embargo e declarou Jacinto e Joaquina forros e libertos.

              Atuaram no processo:
              coletor Joaquim Fernandes da Fonseca;
              curador Alexandre Gonçalves da Luz;
              escrivão Amancio José Ferreira;
              escrivão do juízo de paz Luiz da Silva França;
              escrivão do município José Manoel d’Araujo Roslindo;
              escrivão de órfãos José Joaquim da Costa;
              juiz Claudio Pereira Xavier;
              juiz de órfãos João da Costa;
              juiz de órfãos João da Silva Ramalho Pereira;
              juiz de órfãos José Joaquim Dias;
              juiz de paz Alexandre Jozé Varella;
              juiz de paz suplente Jose Francisco de Vargas;
              oficial de justiça Antonio Silveira de Souza;
              pregoeiro dos auditórios Hilario José da Silva;
              procurador Jacintho José Pacheco dos Santos.

              Localidades relevantes:
              Barra do rio Tijucas Grandes;
              Canelinha (atual município de Canelinha, Santa Catarina);
              Tijucas Grandes;
              rio Tijucas Grandes;
              distrito de São João Baptista (atual município de São João Batista, Santa Catarina);
              freguesia de São João Baptista (atual município de São João Batista, Santa Catarina);
              vila de São Miguel (atual município de Biguaçu, Santa Catarina);
              cidade de Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
              comarca do norte.

              Compõem o processo:
              alvarás;
              audiências;
              autos de perguntas;
              autos de justificação para reivindicação de liberdade;
              autos de libelo cível de liberdade;
              contas;
              justificações;
              libelos cíveis;
              mandados de citação;
              termo de conciliação;
              termo de declaração;
              termo de obrigação de responsabilidade;
              termos de juramento de curador;
              termos de audiência;
              testemunhos;
              traslado de justificação.

              Variação de nome:
              escrivão do município José Manoel de Araujo Roslindo.