Doenças Mentais

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              Crime de Reginaldo Rodrigues Pinto
              BR SC TJSC TRRJ-29725 · Processo · 1853
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Crime realizado na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Reginaldo Rodrigues Pinto (réu);
              A Justiça (autora).

              Resumo:
              Este processo se inicia com o homicídio de nove pessoas e a prisão de Reginaldo Rodrigues Pinto. O réu foi considerado integrante do grupo que cometeu o crime, com pessoas descritas como indígenas que não professavam a fé cristã. Ele passou por um exame de sanidade enquanto estava preso e foi diagnosticado com alienação mental.

              A ação contou com testemunhas, que afirmaram que o ocorrido se deu em um capão no Rio Bonito, quando a família de Joaquim José Miranda foi até o local para colher pinhão. As alegações apontam o réu como uma das pessoas que cometeram o crime, através de arco e flecha seguido de incêndio à casa dos falecidos. Em um dos depoimentos, os culpados são descritos como “Castelhanos”. Durante depoimento, o réu explica que era natural da província do sul, e não tinha residência fixa em Santa Catarina, morando no local conhecido como “Matto dos Índios”. Além disso, ele afirma que não era próximo das pessoas indígenas que viviam no local, mas que apenas trabalhava com elas. Mesmo após sua defesa, o réu foi considerado como parte no crime e seu nome foi incluído no rol dos culpados.

              Em Tribunal do Júri, a maioria dos votos acusou o réu de estar presente no momento do ocorrido, e concluiu que ele não estava com todas as suas faculdades intelectuais. Com isso, o juiz julga o processo por sentença e condena Reginaldo a ser enviado para uma chamada “casa dos doidos”, no Rio de Janeiro, em que as custas da ação foram pagas pelo cofre municipal.

              Atuaram no processo:
              delegado primeiro suplente e juiz municipal segundo suplente Lourenço Dias Baptista;
              escrivão Generoso Pereira dos Anjos Junior;
              examinador Hartigo Bambusck;
              juiz de direito terceiro suplente Guilherme Ricken;
              oficial de justiça Sipriano Joaquim Lino;
              pregoeiro e signatário Domingos Leite;
              promotor público Frederico Xavier de Souza;
              signatário Antonio Ricken do Amorim;
              signatário Antonio Vicente dos Santos;
              signatário Jose Antunes Lima.

              Localidades relevantes:
              cachoeira da província do sul;
              Canoas;
              estrada Capitão Mor;
              estrada do Trombudo;
              Matto dos Índios;
              Missões;
              Ponte Grande;
              Rio Bonito;
              Rio de Janeiro;
              segunda comarca;
              vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

              Compõem o processo:
              auto de qualificação;
              auto de sanidade;
              libelo crime acusatório;
              petição;
              sentença;
              termo de apresentação;
              termo de leitura;
              testemunhas.

              Curadoria e tutoria da menor Maria
              BR SC TJSC TRRJ-10735 · Processo · 1852
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de curadoria e tutoria realizados na vila de São Miguel, na época sob a primeira comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Maria (menor);
              Jacintho Joze Pacheco dos Santos (curador e tutor).

              Resumo:
              Nestes autos, a órfã Maria (designada como crioula), filha do falecido Apolinário (também descrito como crioulo) e de Floriana (designada como parda, "doida" e "louca"), necessitava de um tutor.

              O juiz responsável pelo caso solicitou que Jacintho Joze Pacheco dos Santos fosse notificado para realizar um juramento perante os santos evangelhos e assinasse o termo de curador e tutor, cuja função ficaria encarregado de executar até Maria atingir a maioridade. Sua mãe, Floriana, apresentava doenças mentais e foi presa na cadeia da capital, Desterro, acusada de cometer injúrias. Ao final do processo, o tutor jurou agenciar, cuidar e educar a menor. Seu juramento foi deferido pelo juiz.

              Atuaram no processo:
              escrivão de órfãos Amâncio José Ferreira;
              inspetor de 15º quarteirão Gabriel Gonçalves Pereira;
              juiz de órfãos Joaquim da Rocha Linhares;
              subdelegado de polícia Joaquim José Dias de Siqueira.

              Localidades relevantes:
              cadeia da capital;
              vila de São Miguel (atual município de Biguaçu, Santa Catarina);
              cidade de Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
              primeira comarca.

              Compõem o processo:
              ex officio;
              portaria;
              termo de juramento ao tutor curador.

              Inventário de Jose Jaques d’Alenquer
              BR SC TJSC TRRJ-22381 · Processo · 1852 - 1855
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Inventário realizado na cidade de Desterro, na época sob a primeira comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Jose Jaques d’Alenquer (falecido);
              Marcellino José da Silveira (inventariante e co-herdeiro).

              Herdeiros:
              Antonio Jaques de Alenquer;
              Esperança Roza;
              Fermiano Jaques d’Alenquer;
              José Jaques d’Alenquer (neto);
              Joanna Roza d’Jezus;
              Justiniano Antonio d’Souza (co-herdeiro);
              Manoel Jaques d’Alenquer (neto);
              Manoel Teixeira (co-herdeiro);
              Marcellino Alves da Silveira (co-herdeiro);
              Maria Francisca Roza;
              Rita Roza.

              Resumo:
              Marcellino José da Silveira abre um processo de inventário após o falecimento de seu sogro, Jose Jaques d’Alenquer. A viúva, Maria Garcez, foi descrita como impossibilitada de exercer o papel de inventariante por seu estado de “alienação mental” e, com isso, foi nomeado um curador para representá-la. Constam citações aos herdeiros ausentes, que residiam na Província do Sul.

              Em traslado de testamento anexado, duas pessoas escravizadas são citadas: Maria, designada como crioula, e Francisco, de nação Cabinda. No documento, é afirmado que eles seriam considerados libertos quando Jose falecesse; mais tarde, é revelado que Maria faleceu antes de se libertar. Os bens inventariados foram uma caixa, mobília, um carilho, um leito de carro, utensílios de cozinha, animais, engenhos de farinha e cana, casas e terrenos.

              Ao decorrer do processo, o inventariante requer que uma parte do engenho incluído no inventário tenha permissão para ser vendida em arrematação, por seu mau estado de conservação. Após avaliados, os bens passaram por um processo de partilha, com reposições em dinheiro para a nivelação das heranças. A ação foi julgada por sentença pelo juiz, em que se requereu o pagamento das custas pelas partes interessadas.

              Atuaram no processo:
              avaliador Albino José da Silva;
              avaliador Silvano da Costa Furtado;
              coletor Anselmo Gonçalves Ribeiro;
              curador geral Candido Gonçalves d’Oliveira;
              escrivão da fazenda provincial e tabelião João Antonio Lopes Gondim;
              escrivão de órfãos José Honorio de Souza Medeiros;
              escrivão Domingos José Leopoldo;
              juiz municipal Sergio Lopes Falcão;
              juiz municipal suplente comendador Agostinho Leitão de Almeida;
              partidor João Narcizo de Silveira;
              partidor Joaquim José Varella;
              procurador fiscal provincial advogado Eleutherio Francisco de Souza;
              signatário João Alberto Pinto;
              signatário Polidoro d’Amaral e Silva;
              signatário Porfirio Joze de Fraga.

              Localidades relevantes:
              cidade de Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
              freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa (atual bairro Lagoa da Conceição, Florianópolis);
              freguesia dos Baguais;
              primeira comarca;
              província do Sul (atual estado do Rio Grande do Sul).

              Compõem o processo:
              auto de partilha;
              citação;
              conta;
              notificações;
              petições;
              sentença;
              termo de avaliação;
              termo de louvação;
              termos de declaração;
              termos de juramento;
              traslado de testamento;
              traslado do conhecimento de pagamento da herança.

              Variação de nome:
              Maria Garcês.

              BR SC TJSC TRRJ-20353 · Processo · 1851
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos crime de recurso realizado na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Francisco Antonio de Moraes (réu e recorrente);
              Antonio (escravizado, réu e recorrente);
              Antonio Joze Pereria Branco (recorrente);
              A Justiça (autora e recorrida).

              Resumo:
              Neste processo, os réus presos Francisco Antonio de Mores e Antonio (escravizado, descrito como “preto”), visam aplicar recurso à decisão do juiz responsável pelo julgamento de um crime de homicídio, cometido por estes réus contra o escravizado Salvador (designado como mulato). Para tal, foram anexados traslados do sumário crime referente ao ocorrido, objetivando a reavaliação do caso e absolvição dos réus.

              Durante o traslado, é revelado que o crime foi cometido através de bordoadas, causando morte instantânea. Nos depoimentos, é alegado que Salvador — descrito como um indivíduo “louco”, acometido por crises de confusão violenta — estava foragido da casa onde era escravizado e, nesse período, tentou entrar em algumas moradas da vila portando algumas armas. De acordo com a pessoa presente durante o ocorrido, os réus solicitaram que Antonio tentasse conduzir Salvador até a casa, mas é descrito que ele não aceitou as condições de submissão e o agrediu. Com isso, os suplicados atacaram Salvador, que desviou de facadas e tentou fugir, mas foi atingido por um pedaço de madeira na cabeça. Por essas circunstâncias, ainda na cópia da ação, o primeiro juiz condenou os réus a serem pronunciados ao tribunal do júri e presos na cadeia pública.

              Após nova análise do recurso e do traslado, o juiz responsável requereu sentença de absolvição dos réus com mandado de soltura, por circunstâncias como o “estado de loucura” do falecido e as armas que ele portava. Com isso, os réus foram soltos com paz de justiça e as custas da ação foram pagas pelo cofre da municipalidade de Lages. Posteriormente, o processo original de autos crime de morte ex officio foi anexado à ação.

              Atuaram no processo:
              escrivão Generoso Pereira dos Anjos Junior;
              escrivão Miguel Gonçalves Franco;
              examinador e inspetor Manoel Borges de Oliveira;
              examinador Policarpo Sezar de Oliveira;
              juiz de direito Francisco Vieira da Costa;
              juiz municipal Guilherme Ricken;
              procurador e signatário major Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
              signatário Domingos Leite.

              Localidades relevantes:
              cadeia pública da vila de Lages;
              Capão Bonito;
              vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
              segunda comarca.

              Compõem o processo:
              autos crime de morte ex officio;
              contas;
              despronúncia;
              mandado de soltura;
              procuração;
              recurso;
              sentença;
              termo de recurso;
              traslado de auto de corpo de delito direto;
              traslado de mandado de captura;
              traslado de pronúncia;
              traslado de sumário crime;
              traslado de testemunhos.

              Variação de nome:
              examinador Policarpo Cezar Branco.