Inventário realizado em São Francisco do Sul, na época sob a Primeira Comarca.
Partes do processo:
Dionisio Martins Soares (Inventariado);
Salvador José dos Anjos (inventariante/testamenteiro).
Resumo:
O inventário de Dionísio Martins Soares foi realizado por Salvador José dos Anjos, que o fez deixando um testamento. Nele, foi mencionada a destinação de uma quantia em dinheiro para a cidade onde residia, para seus familiares e também para as seguintes instituições: São José, Senhor Bom Jesus dos Passos, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora do Rosário, São Francisco das Chagas e Senhor Bom Jesus de Iguape.
Entre os bens inventariados estavam onças de ouro, uma grande quantia de moedas de ouro, prata e cobre, móveis, transportes, casa, sítio, terras, engenho, roças de cana e dívidas.
Além disso, foram citadas 11 pessoas escravizadas: um de nação Congo, de nome Manoel; dois de nação Benguela, de nomes Joaquim e Leonor; um de nação Moçambique, de nome José; e sete escravizados crioulos, de nomes Gracianna, Maria, Antônia, Marianno, João e dois menores, Salvador (3 anos) e Theodoro (1 mês). O testamento também menciona que alguns desses escravizados foram libertos na partilha dos bens.
Localidades Relevantes:
Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco Xavier do Sul;
Rua de São José;
Rio do Monte de Trigo.
Atuaram no processo:
juiz municipal (primeiro substituto) major Joaquim José d’Oliveira Cercal;
escrivão e tabelião João José Machado da Costa;
coletor das rendas provinciais Francisco Mathias de Carvalho;
signatário e avaliador Salvador Antônio Alves Maia;
avaliador Francisco da Costa Pereira;
partidor Leandro José da Costa Machado;
partidor Antônio Pinheiro Ribas.
Compõem o processo:
Traslado do testamento;
Testamento;
Juramento ao inventariante;
Juramento aos louvadores;
partilha de bens.