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            Inventário de Daniel Krapp
            BR SC TJSC TRPOA-20122 · Processo · 1889
            Parte de II - Tribunal da Relação de Porto Alegre

            Partes:
            Daniel Krapp (falecido); Ulricke Krapp (inventariante); Rodolfo Krapp

            Vestimenta; Mobília; Caderneta; Caixa Econômica; quantia em dinheiro; Dividas; Tutela; filhos menores; Daniel; Augusto; Carlos; Isabella; Henriquetta; Julio Fritz; Paulo Emilio;

            Escrivão Antônio Thomé da Silva; Oficial de Registro Francisco Xavier d'Oliveira Câmara Junior; Curador Silvério de Freitas; Avaliador Julio Voigt; Avaliador João José de Moraes e Cunha; Contador Jose Joaquim de Freitas; Juiz Bento Fernandes de Barros; Juiz Pedro dos Reis Gordilho;

            Variação de nome; Ulrich Krapp; Ulrick Krapp; Ulrike Krapp; Ulricha Krapp; Ulriche Krapp;

            43 folhas;

            Tribunal da Relação de Porto Alegre
            Inventário de Daniel Vieira Pedrozo
            BR SC TJSC TRRJ-20157 · Processo · 1854 - 1867
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Daniel Vieira Pedrozo (falecido);
            Simiana de Lis e Abreu (inventariante e herdeira).

            Herdeiros:
            Joaquim Daniel de Lis;
            João;
            Vidal.

            Resumo:
            Simiana de Lis e Abreu abriu um processo de inventário dos bens de seu falecido marido, Daniel Vieira Pedrozo. Como o finado deixou um herdeiro menor de idade, o processo passou pelo juízo de órfãos e contou com a nomeação de um curador.

            Os bens avaliados durante a ação foram animais, terras, casas, uma chácara no local chamado “Fazenda das Pedras Brancas”, um rosário de ouro, caixas, itens de montaria, mobília, barcos, um oratório e ferramentas. São citadas 12 pessoas escravizadas, de nomes: Salvador, Francisco, Manoel, Sipriano, Ignacia e Nicena, designados como crioulos; Manoel, Mathias e João, descritos como “de nação” (advindos de portos africanos); Maria, que tinha uma filha recém-nascida designada como “crioulinha” no processo; e Marcelina, que não foi descrita.

            Após avaliados, os bens e as pessoas escravizadas passaram por um processo de partilha em igualdade entre os herdeiros. Ao decorrer da ação, a inventariante nomeia seu filho, Joaquim Daniel de Lis, para representá-la como seu procurador. O processo foi julgado por sentença, em que o juiz requereu o pagamento das custas de maneira pro rata.

            Mais tarde, foi anexado um auto de justificação, em que é justificante Simiana e justificado o curador Claudiano de Oliveira Rosa. Nele, a viúva objetivou demonstrar sua capacidade para ser a própria tutora de seu filho menor de idade, sem a necessidade de uma nomeação à essa função. Para tal, foram chamadas testemunhas que comprovaram sua situação e, com isso, a viúva assina termos de fiança e tutoria.

            Atuaram no processo:
            avaliadores capitão Manoel Jose Pereira da Cunha;
            avaliadores Manoel Joaquim Pinto;
            coletor das rendas nacionais Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
            curador Claudiano de Oliveira Rosa;
            escrivão de órfãos e tabelião interino Generoso Pereira dos Anjos Junior;
            juiz de órfãos Guilherme Ricken;
            juiz de órfãos primeiro suplente capitão Henrique Ribeiro de Cordova;
            partidor Antonio Ricken de Amorim;
            partidor Generoso Pereira dos Anjos;
            procurador Joaquim Daniel de Lis.

            Localidades relevantes:
            fazenda das Pedras Brancas;
            fazenda de Santa Cruz;
            Pedras Brancas;
            segunda comarca;
            vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            auto de partilha;
            contas;
            correição;
            cópia do termo de fiança;
            correições;
            descrição e avaliação dos bens;
            petições;
            procuração;
            sentença;
            termo de fiança;
            termo de louvação;
            termo de tutoria;
            termos de declaração;
            termos de juramento.

            Variação de nome:
            Caudiano de Oliveira Rosa;
            Cimiana de Liz e Abreu;
            Claudiano de Oliveira Roza;
            Daniel Vieira Pedroso;
            João Daniel de Lis;
            Joaquim Daniel de Lis;
            Sepriano;
            Sippriano;
            Vidal Agostinho de Lis.

            Inventário de Duarte Muniz Fogaça
            BR SC TJSC TRRJ-19967 · Processo · 1849-1867
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Autos de inventário e partilha realizados na vila de Lages, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Duarte Muniz Fogaça (falecido)
            Francisco Muniz de Moura (testamenteiro e inventariante)
            Rita Maria Amaral (inventariante e herdeira)

            Herdeiros:
            Antonio Felippe Pessoa (co-herdeiro);
            Anna do Amaral;
            Altanario Sutil de Oliveira (co-herdeiro);
            Gertrudes (menor de idade);
            Jose Pereira Machado (co-herdeiro);
            Maria do Rozario;
            Maria d’Amaral.

            Resumo:
            Neste processo, foi notificada Rita Maria Amaral, esposa do falecido Duarte Muniz Fogaça, para que no período de 48 horas comparecesse ao juízo da vila de Lages, a fim de assinar termo de inventário. No entanto, Rita, por ser uma pessoa com deficiência, não pôde assinar como inventariante. Durante o processo Rita é chamada de “paralítica”, “aleijada”, e descrita como “sem poder falar”. Em seguida, o irmão do falecido, Francisco Muniz de Moura, além de testamenteiro do casal, foi nomeado como inventariante.

            Ao decorrer do processo, o curador Manoel Cavalheiro Leitão foi impedido de prosseguir como atuante no inventário de Duarte, por ser cunhado do inventariado e irmão de Rita, esposa do falecido.

            No testamento, são citadas 8 pessoas escravizadas, inclusas como bens. 5 eram mulheres: Joanna, designada como de nação Benguela; Joaquina, Roza, Antonia e Anna, designadas como crioulas. 3 eram homens: Francisco, designado como de nação Moçambique; Francisco, designado como de nação Cabinda, e Bento, designado como crioulo. No entanto, dentre eles, Francisco (de nação Moçambique) foi dado como forro (alforriado).

            Os bens presentes no inventário do falecido foram casas, animais, roupas, utensílios, prataria, armas brancas, armas de fogo, ferramentas e meios de transporte, descritos como “carros”. Havia também dívidas ativas e passivas.

            Durante o processo, foram pagas aos credores as quantias em dinheiro requeridas. Na partilha, foi efetuado pagamento a um órfão de nome João e ao forro Francisco (de nação Moçambique). Além disso, foi efetuada a partilha dos bens entre os herdeiros.

            Ademais, é nomeado como tutor da herdeira Gertrudes o curador e tio da dita órfã, Manoel Cavalheiro Leitão, que posteriormente também tornou-se o responsável pelos bens de sua irmã, mãe de Gertrudes, Rita Maria do Amaral.

            Na sequência, o curador Manoel Leitão foi substituído por outro; e, em requerimento, pediu que o atual curador enviasse, através do escrivão, uma certidão em que constasse o que teria restado de saldo na conta corrente de Maria Rita do Amaral.

            Em uma petição feita por Francisco Franco Fogaça, alforriado da família do falecido Duarte, o peticionário pediu que sua esposa Joanna (de nação Benguela) recebesse sua carta de alforria, por conta de sua idade avançada e por ter prestado serviços em sua vida inteira ao dito casal. Foi expedido pelo suplicante um pedido ao curador, para que aceitasse o valor estipulado por Francisco, a fim de que sua esposa fosse liberta, bem como seus filhos e mais outros escravizados que ainda estão em posse da família do falecido.

            Porém, o curador, em sua carta, respondeu que não havia como entregar carta de alforria pelo valor estipulado pelo suplicante, e que também a liberdade de Joanna e seus filhos deveria constar no inventário do falecido. Por não constar, a alternativa que sobrou foi a de pagar a mais do valor que foi oferecido para que assim sejam libertos.

            Assim, foi pago pelo suplicante o valor referido e, de acordo com a resposta do curador, seria expedido no dia em que a carta de alforria de sua esposa Joanna fosse enviada.

            Atuaram no processo:
            avaliador Ricardo Alves da Silva;
            avaliador Francisco Gomes da Silva Coelho;
            curador e tutor Manoel Cavalheiro Leitão;
            curador geral Ignacio Nunes;
            curador major Amancio José Ferreira;
            curador José Machado;
            curador João Antunes Sobrinho;
            escrivão geral e de órfãos Mathias Gomes da Silva;
            escrivão Generoso Pereira dos Anjos;
            juiz de órfãos terceiro substituto capitão José Marcelino Alves de Sá;
            juiz de órfãos Guilherme Ricken;
            oficial de justiça Joze Antonio de Oliveira;
            procurador major Antonio Saturnino de Oliveira;
            partidor Jorge Trueter;
            partidor Francisco Gomes da Silva Coelho;
            procurador Vicente Eufrasio da Silva Abreu;
            signatário Antonio Vicente dos Santos;
            signatário João Luis de Andrade.

            Localidades relevantes:
            Sorocaba;
            vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
            província de São Paulo (atual estado de São Paulo);
            segunda comarca.

            Compõem o processo:
            auto de tomada de contas;
            conta;
            juramento ao tutor;
            partilha;
            quitação;
            recibos;
            recibos de compra de escravizados;
            termo de juramento de inventariantes nomeados;
            testamento;
            termo de juramento aos louvadores;
            termo de juramento aos procuradores;
            termo de juramento aos partidores;
            termos de juramento aos curadores.

            Variações de nome:
            Rita Cavalheira do Amaral;
            Rita do Amaral Cavalheiros.

            Inventário de Emerenciana Pereira Candida
            BR SC TJSC TRRJ-75640 · Processo · 1851-1857
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Autos de inventário realizados na vila de São José, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Emerenciana Pereira Candida (falecida);
            Luis Corrêa (inventariante e herdeiro).

            Herdeiros:
            Andreza Pereira Candida;
            Clara Pereira Candida;
            Francisca Pereira Candida;
            Joaquim Coelho Vieira (co-herdeiro);
            José Corrêa de Carvalho;
            Luiza Pereira Candida.

            Resumo:
            Luis Corrêa abre um processo de inventário pelo falecimento de sua esposa, Emerenciana Pereira Candida. A ação passou pelo juízo de órfãos e pela nomeação de um curador, já que a finada havia deixado herdeiros menores de idade. Os bens inventariados foram terras e casas. Além disso, o processo contou com menção à Thomazia, descrita como crioula, e Antônio, de nação Rebelo.

            Durante o processo, o curador declara que a escravizada Thomazia teria de ser arrematada em hasta pública, e que o valor arrecadado seria repartido com igualdade entre todos os herdeiros. Por seguinte, o inventariante abriu uma petição concordando com os termos, pedindo que o dinheiro pertencente aos herdeiros menores fosse depositado na tesouraria nacional, até que pudessem receber suas partes na maioridade; esse pedido foi atendido, e tanto os bens quanto do dinheiro da arrematação foram repartidos com igualdade.

            A ação foi julgada por sentença, e o juiz requereu que um termo de tutoria fosse assinado para administrar os bens dos filhos menores de idade; Maximiano Pereira de Carvalho foi nomeado para tal função. Mais tarde, uma correição foi aplicada, porque a ação foi emendada sem embargo ou apelação — fato advertido sob pena de responsabilidade. O processo é concluído com termo assinado pelo tutor, afirmando que a legítima parte da herança de José Corrêa Carvalho havia sido entregue.

            Atuaram no processo:
            avaliador José Joaquim dos Santos;
            avaliador e signatário Constancio José da Silva Pessoa;
            curador dos órfãos Manoel do Nascimento Ramos;
            curador dos órfãos Manoel Freitas Sampaio;
            escrivão de órfãos Francisco Xavier d’Oliveira Camara;
            juiz de órfãos Francisco Honorato Cidade;
            juiz de órfãos suplente João Francisco de Sousa;
            oficial de justiça Domingos Joze da Silva;
            oficial de justiça Joaquim Afonço Pereira;
            partidor Joaquim Lourenço de Sousa Medeiros;
            partidor Duarte Vieira da Cunha;
            signatário David d’Amaral Silva.
            tutor Maximiano Pereira de Carvalho.

            Localidades relevantes:
            Barreiros;
            segunda comarca;
            Serraria;
            vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            auto de partilha;
            contas;
            correição;
            descrição e avaliação dos bens;
            petições;
            sentença;
            termo de autenticação da partilha;
            termo de declaração;
            termo de tutoria;
            termos de juramento.

            Variação de nome:
            Emerenciana Pereira;
            João Francisco de Souza;
            Luis Correia de Vargas;
            Manoel de Freitas Sampaio;
            Merenciana Pereira Candida;
            nação Rabelo;
            nação Rebola;
            nação Rebolo.

            Inventário de Feliciano Alves de Brito
            BR SC TJSC TRRJ-24824 · Processo · 1850-1856
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário na cidade de Desterro, na época sob a primeira comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Feliciano Alves de Brito (falecido);
            Florentina Rosa de Jesus (inventariante).

            Herdeiros:
            José Floriano Alves de Brito;
            Joaquina Flora de Jesus;
            João Alves de Brito (menor);
            Joaquim Alves de Brito (menor);
            Maria Rosa d’Jesus (menor).

            Resumo:
            Neste processo, a inventariante Florentina Rosa de Jesus, viúva do falecido Feliciano Alves de Brito, ficou responsável pela declaração e partilha dos bens entre os seus herdeiros.

            Dentre os bens haviam móveis, um oratório com imagens religiosas, utensílios domésticos, joias de ouro, prataria e pedras preciosas, e dívidas. Constam também quatro pessoas escravizadas: três homens, dentre os quais dois se chamavam Antonio (africanos, designado como sendo "de nação") e Boaventura (designado como crioulo); e uma mulher chamada Eva (designada como crioula).

            Em sequência à descrição dos bens do falecido esposo da inventariante, está inclusa uma relação dos bens deixados por Joaquim Antônio de Simas, pai do falecido Feliciano Alves de Brito. Esta lista, datada de 1840, é composta de móveis, um oratório com imagens religiosas, decorações (castiçais e quadros), bens de armazenamento (caixas e baús), itens e joias de prata, ouro e pedras preciosas, uma casa localizada na rua Menino Deus com fundos ao mar, e dois escravizados; um homem chamado Lucas, e uma mulher chamada Romana. Há, ainda, uma escritura de posse de terras.

            Julgado por sentença, processo conclui-se com a partilha amigável dos bens e o pedido de pagamento dos selos.

            Atuaram no processo:
            avaliador João Maria Sallasar;
            avaliador Tristão José Moreira;
            curador geral Candido Gonçalves d’Oliveira;
            escrivão José Honorio de Souza Medeiros;
            fiador João Antonio Lopez Gondim;
            juiz municipal e de órfãos Sergio Lopes Falcão;
            partidor João Narciso da Silveira;
            partidor Joaquim José Varella;
            signatário Francisco Gonçalves Guimarães;
            tabelião Francisco de Paula Lacé.

            Localidades relevantes:
            rua do Menino Deus;
            rua do Vinagre;

            Compõem o processo:
            auto de partilha;
            contas;
            relação de bens de Joaquim Antonio Simas;
            sentença;
            termo de louvação;
            termo de juramento de partidores;
            termo de juramento de tutora e fiança;
            tomada de contas;
            traslado de escritura e contrato de convenção.

            Variação de nome:
            Florentina de Rosa de Jesus;
            Joaquina Flora d’Jesus;
            José Honorio de Souza Mideiros;
            Maria Flora de Jesus.

            Inventário de Florentina Luíza de Carvalho
            BR SC TJSC TRPOA-19532 · Processo · 1879
            Parte de II - Tribunal da Relação de Porto Alegre

            Partes:
            Florentina Luíza de Carvalho (falecida)
            Luiz José de Carvalho (inventariante)

            Casa; Mobília; Utensílios; Tutela; Desistência de tutela; 03 procurações; Rua do Barão de Mesquita; Rua do Brigadeiro Bitencourt; Rua do Bem Jardim; Rua Trajano; Translado; Dívidas;

            Escrivão José de Miranda Santos; Escrivão Leonardo Jorge de Campos; Escrivão Francisco Pereira Ramos; Tabelião João Carqueira Lima;Tabelião Franscisco Manoel da Cunha Junior; Curador Geral Joaquim Augusto do Livramento; Juiz Jozé Feliciano Alves de Brito; Juiz Major Affonso de Albuquerque Mello;

            Sem capa; 45 Folhas.

            Tribunal da Relação de Porto Alegre
            Inventário de Fortunato Alves da Silva
            BR SC TJSC TRRJ-29005 · Processo · 1844 - 1864
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Autos de inventário realizados na vila de Lages, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Fortunato Alves da Silva (falecido);
            Vicencia Rodrigues da Motta (inventariante).

            Herdeiros:
            Donaria;
            João;
            José;
            Severo.

            Resumo:
            Vicencia Rodrigues da Motta abre um processo de inventário após o falecimento de seu marido, Fortunato Alves da Silva. Como o finado deixou herdeiros menores de idade, a ação contou com a nomeação de um curador e passou pelo juízo dos órfãos. Os bens inventariados foram uma casa, campos, animais, mobília, equipamentos de montaria (lombilho, xinxa, estribos, bocais e cangalha), utensílios de cozinha e ferramentas. Constam dívidas passivas deixadas pelo falecido. Ao decorrer do processo, o irmão do finado abre petição requerendo que parte do patrimônio seja separado para reposição dos gastos com o funeral; as contas do pagamento ao sacristão, dos "bens de alma"(indulgências) e do sepultamento foram anexadas na ação.

            Após avaliados, os bens passaram por um processo de partilha e parte do patrimônio foi separada para a quitação das pendências. São anexados autos de capacidade e tutela, em que a inventariante é suplicante e o curador dos órfãos é suplicado; no documento, Vicencia afirma que tem capacidade suficiente para ser tutora de seus filhos menores de idade e administrar as legítimas partes. São citadas testemunhas que confirmam sua condição e, com isso, o juiz a nomeia como habilitada para ser tutora. Para tal função ser conquistada, a inventariante assina uma carta de capacidade e é condenada ao pagamento das custas da ação.

            Mais tarde, autos de tomada de contas foram anexados, em que a inventariante prestou atualizações sobre os bens e vivências de seus filhos, sendo revelado o falecimento do herdeiro Severo. Além disso, é afirmado na sentença que Vicencia havia “passado à outras núpcias” e, por isso, foi concluído que ela deveria ser exonerada da condição de tutora. Mais tarde, o juiz corregedor aponta algumas irregularidades no processo; uma delas foi a não renúncia ao Benefício Veleiano, que impedia a tutela de mulheres viúvas.

            Atuaram no processo:
            avaliador Antonio da Costa Varella;
            avaliador Vicente Jose de Oliveira;
            coletor tenente Luiz Gonzaga de Almeida;
            curador Apollinario Alves da Silva;
            curador geral padre João Vicente Fernandes;
            escrivão da correição e de órfãos Generoso Pereira dos Anjos;]
            escrivão interino Constancio Xavier de Souza;
            juiz de direito em correição Joaquim Jose Henriques;
            juiz de órfãos Antonio Caetano Machado;
            juiz municipal e de órfãos primeiro suplente alferes João Thomas e Silva;
            partidor Generoso Pereira dos Anjos Junior;
            partidor Lionel Caetano Machado;
            procurador Gaspar Teixeira da Rocha;
            signatário Cassiano Joze Ferreira;
            signatário Claudiano de Oliveira Roza;
            signatário Domingos Leite;
            signatário Felisberto Olimpio Caldeira;
            signatário João Manoel da Cruz;
            signatário Joaquim José Ribeiro;
            signatário Jorge Trueter;
            vigário João Vicente Fernandes.

            Localidades relevantes:
            comarca do norte;
            vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            auto de contas;
            autos de capacidade e tutela;
            autos de tomada de conta;
            carta de capacidade;
            contas;
            correições;
            partilha;
            petições;
            procuração;
            recibos;
            sentença;
            termo de fiança;
            termo de louvação;
            termo de tutela;
            termo de tutoria;
            termos de declaração;
            termos de juramento.

            Variação de nome:
            Vicencia Rodrigues da Mata.

            Inventário de Francisco Borges do Amaral
            BR SC TJSC TRRJ-19764 · Processo · 1867
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na cidade de Lages, na época sob a comarca da capital da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Francisco Borges do Amaral (falecido);
            Salvador Borges do Amaral e Castro (inventariante, herdeiro e testamenteiro).

            Herdeiros:
            Francisco (afilhado);
            Anna Joaquina Varella.

            Resumo:
            Foi aberto um processo de inventário por Salvador Borges do Amaral e Castro, testamenteiro e irmão do finado Francisco Borges do Amaral. O falecido deixou testamento, em que revelou suas últimas vontades em vida; no documento, foi requerido que Benedito e Ivo, homens escravizados, estivessem “a serviço” da família por um período de quatro anos, até que os herdeiros pagassem suas alforrias.

            Os bens avaliados foram um relógio com cordão de ouro, itens de montaria, par de canastras, chapéus, um rancho, roupas, armas de fogo, animais e terras chamadas como “parte de campo da Fazenda”. Além disso, foram citados no arrolamento Benedito e Ivo, designados como crioulos. O inventariante declarou possuir dívidas ativas e passivas.

            Mais tarde, foi aberto um auto de justificação de dívida, entre Anna Joaquina Varella e Salvador, já que as dívidas ativas haviam sido impugnadas pelo agente das rendas provinciais; para a justificativa, foram trazidas testemunhas para validação das dívidas ativas, e esta ação foi julgada por sentença. Por meio de petição, o inventariante requereu o pagamento de crédito e juros ao devedor com parte do patrimônio avaliado no inventário.

            Os bens foram partilhados em igualdade entre os herdeiros, e parte dos bens foi separada para o pagamento das custas do funeral e do credor. Entretanto, a partilha não estava conforme a lei, assim como o pedido do finado no testamento não ter sido respeitado no decorrer da ação; os avaliadores foram intimados para avaliar Benedito e Ivo, assim como realizar um novo auto de partilha. O processo foi julgado novamente por sentença, em que o juiz requereu que o inventariante prestasse juramento para se tornar tutor do menor Joaquim e pagasse as custas da ação.

            Atuaram no processo:
            agente das rendas provinciais interino major Antonio Saturnino de Sousa Oliveira;
            avaliador Ignacio da Silva Ribeiro;
            avaliador Joaquim da Costa Varella;
            escrivão e tabelião Jose Luis Pereira;
            juiz municipal e provedor de capelas primeiro suplente capitão Henrique Ribeiro de Cordova;
            partidor Antonio Jose Candido;
            partidor Constancio Carneiro Barbosa de Brito;
            partidor Manoel João de Oliveira;
            procurador Antonio Ricken de Amorim;
            signatário Osmar Joaquim da Costa.

            Localidades relevantes:
            cidade de Lages;
            comarca da capital;
            freguesia dos Baguaes (atual município de Campo Belo do Sul, Santa Catarina);
            São Miguel.

            Compõem o processo:
            auto de alimpação de partilha;
            auto de justificação;
            autos de partilha;
            avaliação e partilha de bens;
            contas;
            correição;
            petições;
            procurações;
            recibos;
            sentenças;
            termo de curadoria;
            termo de louvação;
            termo de responsabilidade;
            termos de declaração;
            termos de juramento;
            traslado de testamento.

            Variação de nome:
            Joaquim da Costa Varela.

            BR SC TJSC TRRJ-24819 · Processo · 1850 - 1852
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na cidade de Desterro, na época sob a primeira comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Francisco Caetano Soares (falecido);
            Custodea Francisca Soares (falecida);
            Francisco Caetano Soares (inventariante e herdeiro).

            Herdeiros:
            Antonio de Camara Soares;
            Felizarda Amalia Soares (ausente);
            Laurentino Caetano Soares;
            João Caetano Soares (ausente);
            João Pereira Cordio (co-herdeiro);
            Jose Custodio Soares;
            Samuel Esteves Soares (ausente).

            Resumo:
            Francisco Caetano Soares abre um processo de inventário após o falecimento de seus pais, Francisco Caetano Soares e Custodea Francisca Soares. Como o casal deixou filhos menores de idade, a ação contou com a nomeação de um curador.

            No início da ação, os filhos que não residiam em Desterro foram notificados para estarem presentes no inventário; dentre os locais de residência dos ausentes, é citado um local incerto em "uma província do norte". Os bens inventariados foram mobílias, caixas, uma moenda de cana, utensílios de cozinha, um ferro de engomar roupa, casas, terrenos e um engenho de fazer farinha. São citadas dívidas ativas e passivas deixadas pelos falecidos. Constam na ação duas pessoas escravizadas: Joanna, de nação Benguela, e Maria, de nação Angola.

            Após avaliados, os bens passaram por um processo de partilha, em que parte do patrimônio foi separada para pagamento das dívidas. Mais tarde, o herdeiro Antonio de Camara Soares abre uma petição requerendo revisão do pagamento de sua legítima parte, por desarranjos criados sobre um terreno que dividiu com João Caetano Soares e as suas divisas. Com isso, uma vistoria e uma demarcação das terras em questão foram realizadas, seguidas de um auto de emenda da partilha anterior.

            O juiz julga a ação por sentença, requerendo que os acréscimos da petição e demarcação fossem pagos pelas partes interessadas, além de pedir ao herdeiro João Caetano Soares que assinasse termo de tutoria para os bens dos filhos menores e ausentes.

            Atuaram no processo:
            avaliador Antonio José Feliciano;
            avaliador Benigno Bento;
            avaliador Francisco Pereira;
            avaliador Umbelino José Serpa;
            curador Candido Gonçalves d’Oliveira;
            demarcador Carlos Schlappal;
            escrivão José Honorio de Souza Medeiros;
            juiz municipal e de órfãos suplente e comendador Agostinho Leitão d’Almeida;
            juiz municipal e de órfãos Sergio Lopes Falcão;
            partidor João Narcizo da Silveira;
            partidor Joaquim José Varella;
            signatário Augusto da Silva Machado;
            signatário João Alberto Pinto;
            signatário Pedro Antonio de Paixão.

            Localidades relevantes:
            Caputera;
            cidade de Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
            Estreito (atual bairro Estreito, de Florianópolis);
            Itacoroby (atual bairro Itacorubi, de Florianópolis);
            primeira comarca;
            província de São Paulo (atuais estados de São Paulo e Paraná);
            província do sul (atual estado do Rio Grande do Sul);
            rua da Praia de Fora.

            Compõem o processo:
            auto de emenda da partilha;
            auto de exame e vistoria;
            auto de partilha;
            contas;
            correição;
            petição;
            sentenças;
            termo de tutoria;
            termos de juramento;
            termos de louvação.

            Inventário de Francisco de Ramos
            BR SC TJSC TRRJ-10301675 · Processo · 1829
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na vila de Lages, na época sob a comarca de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Ângelo de Arroio (inventariante);
            Thomasia Maria (viúva do inventariado);
            Francisco de Ramos (inventariado).

            Resumo:
            O inventário pobre de Francisco de Ramos foi realizado por seu sogro, Ângelo de Arroio, que atuou como representante de sua filha, Thomasia Maria. No processo, são citados herdeiros menores. Entre os bens deixados, constavam um rincão de campos e terras lavradias, animais, roupas e créditos. O documento também inclui um termo de tutoria, no qual o inventariante assume a responsabilidade pelos herdeiros menores.

            Localidade mencionada:
            Amola Faca;

            Compõem o processo:
            Avaliação de bens;
            Partilha de bens;
            Termo de tutoria;

            Herdeiros:
            Rosa;
            Gertrudes;
            Policarpio;
            Justo;
            Maria;
            Salvador.

            Atuaram no processo:
            avaliador/ partidor alferes Jose Antônio da Silva Monteiro
            avaliador/ partidor alferes Francisco Jose de Santana Souza;
            escrivão Camillo Justiniano Ruas;
            juiz Ordinário Antônio Caetano Machado;

            Variações de nome: Angelo da Anhoia; Angelo de anroia; Angelo de Andria;

            Tribunal da Relação do Rio de Janeiro