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            2494 Descrição arquivística resultados para Brasil

            Justificação de Anna Maria
            BR SC TJSC TRRJ-22489 · Processo · 1838-1842
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Processo realizado na vila de São Miguel, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Anna Maria (justificante);
            Salvador Cavalheiro (curador).

            Resumo:
            Anna Maria, acompanhada do curador Salvador Cavalheiro, abre um auto de justificação após o falecimento de seus pais. Nesse processo, a justificante declara estar apta para administrar os bens da família e para garantir o suprimento de sua idade. Para isso, foram analisados documentos como seu comprovante de batismo e um recibo da coletoria de rendas provincial, além de testemunhas que declaram que ela era filha legítima de seus pais.

            Atuaram no processo:
            arcipreste Thomaz Francisco da Costa;
            coletor Antonio Ignacio;
            curador Salvador Cavalheiro;
            escrivão Amancio José Ferreira;
            escrivão Joaquim Caetano da Silva;
            juiz José Joaquim Dias.

            Localidades relevantes:
            freguesia de Nossa Senhora das Necessidades;
            vila de São Miguel (atual município de Biguaçu, Santa Catarina);
            cidade de Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
            Canto das Tijuquinhas da Praia Grande.

            Compõem o processo:
            contas;
            itens da justificação;
            juramento de curador;
            recibo;
            testemunhas.

            Justificação de Affonso
            BR SC TJSC TRRJ-8948 · Processo · 1868
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Autos de justificação realizados na comarca de São Miguel.

            Partes do processo:
            Affonso (justificante)
            Guilherme Schimite (justificado).

            Resumo:
            Neste processo, o justificante Affonso (descrito como preto, africano, e de nação Moçambique) encontrava-se retido na cadeia da vila de São Miguel. Affonso buscou contestar uma tentativa ilegal cometida por Guilherme Schimite, de vendê-lo na condição de escravizado. Affonso alegou que era alforriado, e que prestava serviços a Guilherme Schimite como “abonado”, ou seja, possuíam um contrato para sua libertação; porém, Schimite procurou fechar um acordo com um comprador situado na capital da província de Santa Catarina, reescravizando Affonso e vendendo-o — quebrando, assim, o trato.

            Em seguida, Antonio Marques da Silva foi nomeado como curador de Affonso. Entretanto, Antonio compareceu em juízo para requisitar a nomeação de um depositário para depositar Affonso judicialmente; ou, alternativamente, pediu que a justiça recolhesse o escravizado à cadeia, pois o curador não desejava ser o “acontador” de Affonso.

            Nos depoimentos, é mencionado mais um homem, de nome Amâncio, descrito como preto e “abonado”.

            No auto de perguntas, Affonso comunicou que veio à justiça para exigir que Guilherme Schimite apresentasse suas razões. Depois disso, as testemunhas prestaram seus depoimentos, onde afirmaram, em sua maioria, que sabiam que Affonso era um homem livre, trabalhando como abonado para Schimite; outros depoentes afirmaram não saber, ou apenas terem ouvido falar do caso em questão.

            Na sequência, Affonso moveu uma manutenção de liberdade, a fim de assegurar seu estado de liberto do qual já desfrutava antes da tentativa de Guilherme Schimite de vendê-lo como escravizado. Desse modo, Schimite foi notificado para apresentar documentos que comprovassem sua posse sobre Affonso, com um prazo de oito dias. Foi apresentada uma declaração de Luis Francisco de Mello, que afirmou que era senhor e possuidor de Affonso, escravizado; e que o tinha vendido para Guilherme Schimite.

            Por fim, o juiz julgou que a justificação era improcedente, considerando Affonso enquanto escravizado de Guilherme Schimite; que, por sua vez, ficou encarregado de arcar com as custas do processo.

            Compõem no processo:
            auto de perguntas;
            contas;
            declaração;
            desistência de testemunhas e manutenção de liberdade;
            mandados de intimação;
            termo de juramento de curador;
            testemunhos;
            traslado de compra e venda.

            Localidades relevantes:
            Armação da Piedade;
            vila de São Miguel (atual município de Biguaçu, Santa Catarina);
            comarca de São Miguel (atual comarca de Biguaçu).

            Atuaram no processo:
            carcereiro João da Costa Cesar;
            contador interino Amancio José Ferreira;
            curador Antonio Marques da Silva;
            escrivão do juízo municipal e da delegacia de polícia Antonio Francisco de Medeiros;
            juiz Cavalheiro;
            juiz municipal interino capitão Eduardo José d’Amaral;
            oficial de justiça Antonio Faustino Dias;
            tabelião Manoel Francisco da Costa Souza.

            Variação de nome:
            Affonço;
            Affonso Africano de nação Moçambique;
            Guilherme Schimit;
            Guilherme Schmidt.

            Justificação cível de Christianno Vagnar
            BR SC TJSC TRRJ-57920 · Processo · 1846-1847
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Justificação cível realizada na vila de São José, na época sob a comarca do sul da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Christianno Vagnar (justificante);
            Jorge Vagnar (justificado).

            Resumo:
            Christianno Vagnar abriu um processo de justificação para seu pai, Jorge Vagnar. Ele iniciou esta ação para queixar-se do apossamento de algumas terras e títulos que o justificado fez, mas que pertenciam ao justificante. O justificante afirmou que pretendia morar no local com sua família e cultivar alimentos, e alegou que se encontraria em situação de pobreza sem essa moradia.

            Ao decorrer do processo, é revelado que o suplicado era um dos colonos alemães que vieram à província de Santa Catarina na década de 1820 para fundar a colônia de São Pedro de Alcântara, juntamente com o suplicado — que, na época, ainda era menor de idade. Ao tornar-se maior de idade, o justificante afirma que requereu parte dessas terras, o que foi concedido pelo governo brasileiro na segunda distribuição. Porém, no ano corrente da ação, os terrenos ainda não haviam sido passados para o seu nome.

            O justificado constatou que não passou as terras para o justificante, pelo fato de ter muitos filhos e de não saber a demarcação exata do terreno, já que foi feita pelo governo e passada por diversas distribuições. O processo contou com testemunhas. Durante os depoimentos, é confirmado que houve uma segunda distribuição e demarcação das terras citadas. Além disso, é revelado que o diretor da colônia havia aconselhado o pai, Jorge Vagnar, a passar os terrenos para seus filhos.

            Ao final do processo, o juiz requereu que fossem dados os efeitos merecidos para o justificante após a justificação, e determinou que o justificado ficou obrigado a arcar com as custas da ação.

            Atuaram no processo:
            demarcador Antonio Vicente;
            diretor da colônia João Henrique Suestring;
            escrivão Joaquim Francisco d’Assis e Passos;
            juiz municipal Sergio Lopes Falcão;
            oficial de justiça Joaquim Affonso Pereira.

            Localidades relevantes:
            Sertão do Maruim (localidade do município de São José, Santa Catarina);
            freguesia de São Pedro de Alcântara (atual município de São Pedro de Alcântara, Santa Catarina);
            rio Imaruí;
            vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina);
            comarca do sul.

            Compõem o processo:
            contas;
            sentença;
            termo de informação;
            testemunhas.

            Variação de nome:
            Christiano Vagne;
            Christianno Wagner;
            Giorge Vagne;
            Georg Wagner;
            Gorge Vanghen;
            certão de Maruhy;
            rio Maruhy.