Dívidas

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              BR SC TJSC TRRJ-79899 · Processo · 1851
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de execução cível realizado na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Joaquim da Fonceca Guimarães (exequente);
              Antonio Benedito dos Santos (executado).

              Resumo:
              O exequente, Joaquim da Fonseca Guimarães, moveu esta execução cível para cobrar uma dívida que o executado Antonio Benedito dos Santos tinha pendente com ele. O exequente afirmou que, em uma ação anterior, as partes já haviam resolvido a dívida originada pela compra de uma fazenda, e que o executado ficou com a sentença de pagar a pendência em data determinada.

              Ao decorrer do processo, o juiz mandou que se apregoasse uma penhora de alguns bens do executado, para o pagamento da dívida. O valor não foi alcançado e, com isso, foram realizados interrogatórios a pessoas que possivelmente estariam em poder dos bens do suplicado.

              O processo terminou de modo inconclusivo, com uma petição para que se desse seguimento à penhora dos bens.

              Localidades relevantes:
              cidade de Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
              cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (atual município do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro);
              vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
              vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina);
              segunda comarca.

              Compõem o processo:
              certidão;
              citação;
              contas;
              correição;
              petição inicial;
              procuração.

              Atuaram no processo:
              escrivão Generozo Pereira dos Anjos Junior;
              escrivão do juízo de paz João da Silva Ribeiro;
              juiz municipal Guilherme Ricken;
              oficial de justiça Manoel de Oliveira Guedes;
              pregoeiro dos auditórios Domingos Leite;
              procurador Antonio Rodrigues Pinheiro de Gusmão;
              procurador Frederico Xavier de Souza;
              procurador major Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
              tabelião David do Amaral e Silva;
              tabelião Francisco de Paula Lacé.

              BR SC TJSC TRRJ-10892 · Processo · 1850-1854
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Ação de assinação de dez dias realizada na Villa de São José, na época sob a Segunda Comarca

              Partes do processo:
              Manoel Pinto de Lemos (autor);
              Bernardo José da Silva Machado (réu).

              Resumo: A pedido do autor Manoel Pinto de Lemos, é iniciada uma ação de assignação de dez dias dirigida ao réu, Bernardo José da Silva Maxado, referente a uma dívida adquirida após a compra de animais. Após o período previsto, o não pagamento levou o juiz a imputar embargos aos bens do réu e, posteriormente, fazer o pregão dos bens, que foram satisfeitos com o primeiro e segundo pregão. Após isso, o juiz deu os autos como conclusos.

              Atuaram no processo:
              escrivão Joaquim Francisco d'Assis Passos;
              escrivão David do Amaral e Silva;
              escrivão interino Duarte Vieira da Cunha;
              tabelião João S. Lopes Genuino;
              pregoeiro Joaquim Afonso pena;
              procurador Manoel do Nascimento Ramos;
              oficial de justiça Manoel Ignacio Borges;
              oficial de justiça Joaquim Affonço Pereira;
              juiz municipal segundo suplente Domingos José da Costa Sobrinho.

              Localidades relevantes:
              Vila de São José (atual cidade de São José, Santa Catarina).

              Compõe o processo:
              Petição inicial;
              Procuração;
              Audiência;
              Autos de conclusão;
              Recibo de pagamento.

              Variação de nome:
              réu Bernardo José da Silva Machado.

              Untitled
              BR SC TJSC TRRJ-84631 · Processo · 1849
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de inventário e partilha amigável realizados na vila de São José, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Antonio José da Silva (inventariado);
              Laurianna Maria de Jesus (inventariante).

              Herdeiros:
              Bernardino José da Silva
              Dorothea Perpetua de Jezus;
              Joaquim José da Silva;
              José Bonifacio da Silva;
              Laurianna Maria de Jezus;
              Maria Guilhermina da Silva;
              Matildes Rosa de Jezus;
              Vicente José da Silva.

              Co-herdeiros:
              José Ferreira de Macedo;
              Francisco Jose Nunes;
              Caetano José Pereira Cardozo.

              Resumo:
              Neste processo, a inventariante Lauriana Maria de Jesus, viúva do falecido e inventariado Antonio José da Silva, fez a partilha e avaliação dos bens entre ela, seus filhos e genros. Ela peticionou que a partilha fosse julgada por sentença.

              Dentre os bens havia uma casa, terras, utensílios de cobre, animais e dívidas e ativas. Os imóveis eram localizados nas proximidades da estrada do Cubatão, do rio Cubatão, e tinham fundos no Morro da Taquara. Os pagamentos foram distribuídos entre os herdeiros.

              Julgado por sentença, o juiz deu como procedente a partilha, e os interessados ficaram obrigados a arcar com as custas do processo.

              Localidades relevantes:
              estrada de Cubatão;
              morro da Taquara;
              rio Cubatão;
              vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina).

              Compõem o processo:
              avaliação de bens;
              contas;
              partilha de bens;
              recibos;
              sentença;
              termo de partilha amigável.

              Atuaram no processo:
              escrivão Joaquim Francisco d’Assis e Passos;
              juiz municipal suplente João Francisco de Souza;
              signatário Joaquim Alexandre de Campos.

              BR SC TJSC TRRJ-10766596 · Processo · 1844 - 1850
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de ofício de legado realizados na vila de Lages, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Fermiano Antunes Pereira (falecido);
              Maria Joaquina de Assumpção (favorecida);
              Joaquim (escravizado).

              Resumo:
              Neste processo, o escravizado Joaquim apareceu como parte de uma arrematação após o falecimento de Fermiano Antunes Pereira, seu proprietário. Ele foi avaliado e passou por um processo de pregão em praça pública, arrematado por Daniel Vieira Pedrozo, o qual não foi mencionado novamente no processo após esta etapa. Ao final do processo, Joaquim passou a constar como sendo propriedade de Maria Joaquina de Assumpção.

              Além disso, foi mencionada a expedição de uma "partida" de 30 homens a Campos Novos para combater Fermiano Antunes Pereira e seu irmão Jacinto Antunes Pereira, incriminados como "assassinos", meses antes de seu falecimento. Com a afirmação de que o falecido Fermiano era um criminoso e tinha auxílio de membros de sua família, o escravizado Joaquim foi entregue ao juízo de ausentes.

              Ao decorrer do processo, Jorge Trueter, Joaquim Xavier Nunes e José Jacintho de Oliveira moveram justificações que foram anexadas ao processo. Cientes de que uma quantia em dinheiro oriunda do arrecadamento de Joaquim estava disponível, eles afirmaram que o finado havia deixado dívidas e requerem pagamento. Após a presença de testemunhas e análise de documentos (como cartas e uma conta corrente de despesa), o juiz acatou as petições e requereu que uma parte da quantia fosse separada para que fossem pagas as pendências.

              A parte favorecida na ação, representada por seu procurador, quitou as dívidas mediante a assinatura de um termo de quitação, mas o processo terminou sem sentença final. Este processo, iniciando-se em 1844, foi autuado sob a comarca do norte da província de Santa Catarina; porém, encerrando-se em 1850, passou a ser autuado pela segunda comarca da província.

              Localidades relevantes:
              Campos Novos;
              província de São Pedro do Rio Grande do Sul (atual estado do Rio Grande do Sul);
              vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
              comarca do norte;
              segunda comarca.

              Compõem o processo:
              auto de arrematação;
              autos de justificação;
              avaliação;
              bilhete de praça;
              conta corrente de receita e despesa;
              contas;
              correição;
              procuração;
              quitação;
              sentenças dos autos de justificação;
              termo de juramento.

              Atuaram no processo:
              avaliador Claudiano de Oliveira;
              avaliador Manoel José de Andrade Pereira;
              coletor Luiz Gonzaga de Almeida;
              coletor e delegado major Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
              curador padre João Vicente Fernandez;
              escrivão de órfãos Mathias Gomes da Silva;
              escrivão de órfãos e procurador Generoso Pereira dos Anjos;
              juiz Antonio Caetano Machado;
              juiz de órfãos Guilherme Ricken;
              juiz municipal e de órfãos primeiro suplente alferes João Thomas e Silva;
              pregoeiro dos auditórios Caciano José Ferreira;
              procurador Antonio Caetano;
              procurador Antonio Novais Coutinho;
              procurador Jorge Trueter;
              procurador Manoel Caetano do Amaral.

              Variação de nome:
              pregoeiro dos auditórios Cassiano José Ferreira.

              BR SC TJSC TRRJ-53840 · Processo · 1850
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Libelo Cível de Francisco Duarte Silva, à época na Segunda Comarca.

              Partes do Processo:
              Francisco Duarte Silva (autor);
              Severina Rosa de Jesus (ré);

              Resumo: Este libelo foi aberto por Francisco Duarte Silva na vila de São José. O réu é credor de Severina Rosa de Jesus, e após pregões e audiências marcadas e não comparecidas, além da desistência do procurador Domingos Antonio Guimarães (que foi cessionario do crédito) deu-se sentença para que a ré pagasse o custo de 200$000 réis.

              Atuaram no Processo:
              escrivão David do Amaral e Silva;
              escrivão Joaquim Francisco de Assis e Passos;
              escrivão Duarte Vieira da Cunha;
              juiz municipal João Francisco de Souza;
              juiz municipal suplente Manoel Joaquim Teixeira;
              pregoeiro Joaquim Affonso Pereira;
              procurador Domingos Antonio Guimarães;
              procurador Manoel de Freitas Sampaio;
              tabelião João Antonio Lopes Gondim;
              oficial de justiça Domingos José da Silva;

              Localidades Relevantes:
              Vila de São José;
              Aririú;
              Desterro;
              Segunda Comarca;

              Compõem o Processo:
              Termo de Obrigação;
              Procuração;
              Termo de audiência;
              Sentença;

              Variação de Nome:
              Iririhú, Aririu;

              BR SC TJSC TRRJ-58245 · Processo
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Ação de libelo cível realizada na vila de São José, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              João Ignacio Rachadel (autor);
              Antonio Pereira de Carvalho (réu).

              Resumo:
              João Ignacio Rachadel abriu um libelo cível para tratar de dívidas pendentes, nas quais Antonio Pereira de Carvalho é o devedor. A esposa do autor herdou de seu falecido pai um crédito com o réu; mas, mesmo após o prazo de pagamento vencer, o suplicado ainda não havia pago a quantia prometida.

              Ao decorrer do processo, o procurador do réu negou a existência da dívida pedida, alegando que ela já havia sido satisfeita por meio de serviços que o suplicado prestou à família do autor, ao trabalhar como agente de negócios e cirurgião assistente do falecido, quando ele esteve enfermo. Além disso, foi afirmado que o valor e o tempo gastos nesses auxílios transformaram o falecido em devedor do réu, superando o valor devido pelo réu. Foi mencionado um homem escravizado, descrito como “preto velho”, que também auxiliava com os cuidados do doente.

              Em contraposição por parte do procurador do autor, é questionado se o réu realmente era cirurgião, ou se era apenas “um simples curandeiro”. Também foi alegado que o suplicado não tinha título escrito, nem testemunhas para comprovar a existência de dívidas provenientes dos materiais usados nos cuidados.

              Após réplica e tréplica da reconvenção, o autor desistiu de dar continuidade à ação. Foi assinado um termo de desistência com a parte interessada, e o juiz julgou o processo por sentença, requerendo pagamento das custas e dízimas para o autor.

              Atuaram no processo:
              coletor Gaspar Xavier e Neves;
              escrivão David do Amaral e Silva;
              escrivão de órfãos Francisco Xavier d’Oliveira Camara;
              escrivão de paz Duarte Vieira da Cunha;
              escrivão e tabelião Joaquim Francisco de Assis e Passos;
              juiz Francisco Honorato Cidade;
              juiz municipal João Francisco de Souza;
              oficial de justiça Domingos José da Silva;
              pregoeiro Joaquim Affonço Pereira;
              procurador Bernardo Joze Pereira;
              procurador Domingos Antonio Guimaraens;
              procurador Manoel de Freitas Sampaio;
              procurador Manoel do Nascimento Ramos.

              Localidades relevantes:
              Barreiros (atual bairro do município de São José);
              Serraria (atual bairro do município de São José);
              freguesia de Vila Nova;
              vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina);
              cidade de Laguna (atual município de Laguna, Santa Catarina);
              segunda comarca.

              Compõem o processo:
              certidão do formal de partilha;
              contas;
              correição;
              declaração;
              procurações;
              reconvenção;
              réplica;
              réplica à reconvenção;
              requerimento de audiência;
              termo de desistência;
              termo de obrigação;
              termo de substabelecimento;
              tréplica.

              Variações de nome:
              João Ignacio Raxadel;
              freguesia de Villa Nova.

              BR SC TJSC TRRJ-53479 · Processo · 1853
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Libelo cível realizado na vila de São José, na época sob a Segunda Comarca.

              Partes do processo:
              José Pereira de Medeiros, testamenteiro do finado Manoel Antonio da Cruz (autor);
              Severina Rosa de Jesus (réu).

              Resumo: Este libelo realizado em São José em 1853 é referente a uma suposta dívida da ré Severina Rosa de Jesus com o autor José Pereira de Medeiros. Severina, parda liberta e ex-escravizada de Manoel Antonio da Cruz, recebeu no testamento de seu ex-senhor, falecido em 1839, o legado de 2:744$163 réis, que deveria ser pago ao longo de cinco anos após a conclusão do inventário. O processo não apresenta um traslado deste testamento para esclarecer todos os detalhes deste legado, mas assume-se que Manoel da Cruz esperava que Severina fosse suprida com “dinheiro e mantimentos”.
              O testamenteiro e inventariante José Pereira de Medeiros, irmão do falecido, manteve o acordo, inclusive auxiliando Severina com valores necessários para a compra do escravizado Antonio de nação Benguela, que pertencia a Manoel da Cruz, e para o abono da liberdade do escravizado Joaquim, que passou a morar e trabalhar com ela. Entretanto, José alega que Severina ainda deve a décima de sua herança, a sisa dos escravizados comprados, e o valor excedente ao do legado pedido por Severina a José. Inicia-se então um processo de produção de testemunhas ao longo de alguns anos.
              Severina alega dificuldade de encontrar defesa na vila de São José, porque dos dois advogados residentes na vila, um defende o autor e o outro, Manoel de Freitas de Sampaio. se recusa a defendê-la. Domingos Guimarães, que ela consegue que a represente, eventualmente abandona a causa, ficando Apolinario da Silva finalmente como seu procurador. A defesa de Severina alega que este processo é ilegítimo por já haver uma ação em segunda instância, com o mesmo assunto, no Tribunal da Relação. De qualquer forma, ouve-se diversas testemunhas, sendo estes comerciantes que venderam bens para Severina, vizinhos que assinaram recibos ou ajudaram com carregamento de mercadoria, e parentes de Manoel Antonio da Cruz. O processo, embora completo, não apresenta uma sentença ou conclusão do juizado responsável.

              Atuaram no processo:
              oficial de justiça Joaquim Affonso Pereira;
              juiz municipal João Francisco de Souza;
              juiz municipal Francisco Honorato Cidade;
              juiz municipal segundo suplente Frederico Affonso de Barros;
              advogado Manoel do Nascimento Ramos;
              escrivão Duarte Vieira da Cunha;
              escrivão Daniel do Amaral e Silva;
              escrivão Francisco Xavier de Oliveira Câmara;
              procurador Domingos Antonio Guimarães;
              procurador Apolinario da Silva.

              Localidades relevantes:
              Segunda Comarca;
              Vila de São José;
              Aririu;
              Imaruí;
              Laguna.

              Compõem o processo:
              Procuração;
              Recibos;
              Termos de juramento;
              Termo de audiência.

              BR SC TJSC TRRJ-19967 · Processo · 1849-1867
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de inventário e partilha realizados na vila de Lages, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Duarte Muniz Fogaça (falecido)
              Francisco Muniz de Moura (testamenteiro e inventariante)
              Rita Maria Amaral (inventariante e herdeira)

              Herdeiros:
              Antonio Felippe Pessoa (co-herdeiro);
              Anna do Amaral;
              Altanario Sutil de Oliveira (co-herdeiro);
              Gertrudes (menor de idade);
              Jose Pereira Machado (co-herdeiro);
              Maria do Rozario;
              Maria d’Amaral.

              Resumo:
              Neste processo, foi notificada Rita Maria Amaral, esposa do falecido Duarte Muniz Fogaça, para que no período de 48 horas comparecesse ao juízo da vila de Lages, a fim de assinar termo de inventário. No entanto, Rita, por ser uma pessoa com deficiência, não pôde assinar como inventariante. Durante o processo Rita é chamada de “paralítica”, “aleijada”, e descrita como “sem poder falar”. Em seguida, o irmão do falecido, Francisco Muniz de Moura, além de testamenteiro do casal, foi nomeado como inventariante.

              Ao decorrer do processo, o curador Manoel Cavalheiro Leitão foi impedido de prosseguir como atuante no inventário de Duarte, por ser cunhado do inventariado e irmão de Rita, esposa do falecido.

              No testamento, são citadas 8 pessoas escravizadas, inclusas como bens. 5 eram mulheres: Joanna, designada como de nação Benguela; Joaquina, Roza, Antonia e Anna, designadas como crioulas. 3 eram homens: Francisco, designado como de nação Moçambique; Francisco, designado como de nação Cabinda, e Bento, designado como crioulo. No entanto, dentre eles, Francisco (de nação Moçambique) foi dado como forro (alforriado).

              Os bens presentes no inventário do falecido foram casas, animais, roupas, utensílios, prataria, armas brancas, armas de fogo, ferramentas e meios de transporte, descritos como “carros”. Havia também dívidas ativas e passivas.

              Durante o processo, foram pagas aos credores as quantias em dinheiro requeridas. Na partilha, foi efetuado pagamento a um órfão de nome João e ao forro Francisco (de nação Moçambique). Além disso, foi efetuada a partilha dos bens entre os herdeiros.

              Ademais, é nomeado como tutor da herdeira Gertrudes o curador e tio da dita órfã, Manoel Cavalheiro Leitão, que posteriormente também tornou-se o responsável pelos bens de sua irmã, mãe de Gertrudes, Rita Maria do Amaral.

              Na sequência, o curador Manoel Leitão foi substituído por outro; e, em requerimento, pediu que o atual curador enviasse, através do escrivão, uma certidão em que constasse o que teria restado de saldo na conta corrente de Maria Rita do Amaral.

              Em uma petição feita por Francisco Franco Fogaça, alforriado da família do falecido Duarte, o peticionário pediu que sua esposa Joanna (de nação Benguela) recebesse sua carta de alforria, por conta de sua idade avançada e por ter prestado serviços em sua vida inteira ao dito casal. Foi expedido pelo suplicante um pedido ao curador, para que aceitasse o valor estipulado por Francisco, a fim de que sua esposa fosse liberta, bem como seus filhos e mais outros escravizados que ainda estão em posse da família do falecido.

              Porém, o curador, em sua carta, respondeu que não havia como entregar carta de alforria pelo valor estipulado pelo suplicante, e que também a liberdade de Joanna e seus filhos deveria constar no inventário do falecido. Por não constar, a alternativa que sobrou foi a de pagar a mais do valor que foi oferecido para que assim sejam libertos.

              Assim, foi pago pelo suplicante o valor referido e, de acordo com a resposta do curador, seria expedido no dia em que a carta de alforria de sua esposa Joanna fosse enviada.

              Atuaram no processo:
              avaliador Ricardo Alves da Silva;
              avaliador Francisco Gomes da Silva Coelho;
              curador e tutor Manoel Cavalheiro Leitão;
              curador geral Ignacio Nunes;
              curador major Amancio José Ferreira;
              curador José Machado;
              curador João Antunes Sobrinho;
              escrivão geral e de órfãos Mathias Gomes da Silva;
              escrivão Generoso Pereira dos Anjos;
              juiz de órfãos terceiro substituto capitão José Marcelino Alves de Sá;
              juiz de órfãos Guilherme Ricken;
              oficial de justiça Joze Antonio de Oliveira;
              procurador major Antonio Saturnino de Oliveira;
              partidor Jorge Trueter;
              partidor Francisco Gomes da Silva Coelho;
              procurador Vicente Eufrasio da Silva Abreu;
              signatário Antonio Vicente dos Santos;
              signatário João Luis de Andrade.

              Localidades relevantes:
              Sorocaba;
              vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
              província de São Paulo (atual estado de São Paulo);
              segunda comarca.

              Compõem o processo:
              auto de tomada de contas;
              conta;
              juramento ao tutor;
              partilha;
              quitação;
              recibos;
              recibos de compra de escravizados;
              termo de juramento de inventariantes nomeados;
              testamento;
              termo de juramento aos louvadores;
              termo de juramento aos procuradores;
              termo de juramento aos partidores;
              termos de juramento aos curadores.

              Variações de nome:
              Rita Cavalheira do Amaral;
              Rita do Amaral Cavalheiros.

              BR SC TJSC TRRJ-32469 · Processo · 1844 - 1852
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Contas testamentárias realizadas na vila de São José, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Bernardo da Cunha Brochado (falecido);
              Bernardino da Cunha Brochado (terceiro testamenteiro, inventariante e herdeiro).

              Resumo:
              Este processo se inicia com o falecimento do reverendo vigário Bernardo da Cunha Brochado em 1844, sendo estipulado um prazo de 6 anos para os testamenteiros apresentarem a quitação das contas testamentárias, ou seja, até 1851.

              No começo do processo, o traslado de testamento do falecido é anexado, revelando que ele era natural da Freguesia de São Salvador da Travanca, Portugal. A primeira testamenteira, Caetana Rosa da Silva, é mãe do herdeiro Bernardino, e o finado deixou seus sítios e casas para ela. Além disso, o falecido afirma que a Igreja o deve pelos diversos serviços realizados, declarando que nenhum membro deverá procurar seus herdeiros para cobrá-los.

              Dentre as vontades escritas no testamento, destacam-se a alforria de duas pessoas escravizadas: Constancia, mulher descrita como parda, que seria declarada livre após o falecimento do vigário, e Sérgio, criança designada como crioula, com carta de liberdade já escrita; as condições para sua alforria seriam de acompanhar o vigário até seu último dia de vida e residir na casa dele até completar a maioridade. Os pais de Sérgio são Miguel, homem forro designado como preto, e Joaquina, mulher descrita como preta e já falecida.

              Além desse documento, é anexada uma carta de sentença cível formal de partilha do finado, dada em 1844, para o cumprimento das disposições testamentárias já citadas; nela, consta uma notificação de sequestro dos bens do falecido, pelo inventariante não comparecer à ação. Porém, um ano depois, o herdeiro se faz presente e dá início ao processo de inventário. Nele, constam dívidas passivas que não foram quitadas nesses 6 anos.

              As dívidas constantes e reveladas nos traslados são somadas e adicionadas ao processo. A ação é concluída com os recibos dessas pendências e comprovantes de quitação de alguns pedidos incluídos no testamento. Com isso, o juiz julga o processo por sentença e declara o testamenteiro exonerado das contas testamentárias.

              Atuaram no processo:
              avaliador Constancio Jose da Silva Passos;
              avaliador Florencio Jose de Castro Campos;
              avaliador Jacinto Jose da Luz;
              coletor Gaspar Xavier Nunes;
              escrivão Francisco Xavier de Oliveira Camara;
              escrivão João Antonio Lopes Gondim;
              juiz privativo dos feitos da fazenda nacional Severo Amorim do Valle;
              partidor Jose Rodrigues Pinheiro Cavalcante;
              partidor Laurentino Eloy de Medeiros;
              pregoeiro Manoel do Nassimento Gomes;
              procurador fiscal Felippe José dos Passos de Alencastre;
              procurador fiscal Manoel de Freitas Sampaio;
              tabelião interino David do Amaral Silva;
              tabelião Joaquim Francisco de Assis e Passos;
              tabelião Sérgio Lopes Falcão;
              signatário Joaquim de Almeida Coelho.

              Localidades relevantes:
              arcebispado de Braga;
              corte do Rio de Janeiro;
              freguesia de Franca;
              freguesia de São José da Terra Firme (atual município de São José, Santa Catarina);
              freguesia de São Salvador de Travanca;
              rua da Palma (atual rua Álvaro de Carvalho, Florianópolis);
              sítio do Passavinte.

              Compõem o processo:
              contas;
              petições;
              recibos;
              sentença;
              termo de aceite;
              traslado de carta de sentença cível formal de partilha;
              traslado de inventário;
              traslados de testamento.

              BR SC TJSC TRRJ-43296 · Processo · 1851 - 1857
              Part of I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de inventário realizado na vila de São José, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Perpetua Rosa de Jesus (falecida);
              Felisberto José Gonçalves (inventariante).

              Herdeiros:
              Ana;
              Carlota;
              José;
              Laurinda;
              Maria;
              Moyzes;
              Rozalina;
              Zefirina.

              Resumo:
              Felisberto José Gonçalves abre um processo de inventário após o falecimento de sua esposa, Perpetua Rosa de Jesus. Como a finada deixou herdeiros menores de idade, a ação contou com a nomeação de um curador. Os bens inventariados foram um forno de cobre, utensílios de cozinha, um ferro de engomar roupa, ferramentas, mobília, caixas, uma viola, um tear, um meio de transporte descrito como carro, roças de mandioca, animais, terrenos e engenhos. São citadas dívidas passivas deixadas pela falecida. Constam no processo cinco pessoas escravizadas: Francisco e Izabel, de nação Congo; e Simão, Manoel e Anna, descritos como crioulos.

              Ao decorrer da ação, o curador abre uma petição requerendo que as dívidas passivas sejam pagas somente após o falecimento do inventariante. Para isso, os credores seriam notificados com o intuito de que, em um prazo de quinze dias, produzissem os comprovantes de créditos necessários. Após avaliados, os bens passaram por um processo de partilha entre os herdeiros. O juiz julga a ação por sentença, requerendo que as custas sejam pagas de forma pro rata.

              Atuaram no processo:
              avaliador Manoel Joze Gonçalves Mendes;
              avaliador Miguel Francisco Pereira;
              curador Manoel de Freitas Sampaio;
              escrivão de órfãos Francisco Xavier d’Oliveira Camara;
              juiz de órfãos João Francisco de Souza;
              partidor Duarte Vieira da Cunha;
              partidor Joaquim Lourenço de Souza Medeiros.

              Localidades relevantes:
              freguesia de São Joaquim de Garopava (atual município de Garopaba, Santa Catarina);
              Morrinhos;
              segunda comarca;
              Siriú;
              vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina).

              Compõem o processo:
              auto de partilha;
              conta;
              correição;
              intimação;
              petições;
              sentença;
              termos de juramento.