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              Livro de notas n. 6, 1867

              Livro de notas n. 6, 1867

              Transcrição

              [Folha de rosto]
              Este livro é para servir de livro de notas do escrivão do juízo de paz da Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão; têm 25 folhas as quais vão por mim numeradas e rubricadas com o meu apelido Souza. Desterro, 5 de dezembro de 1867.
              O Presidente da Câmara Municipal
              Eleutério Francisco de Souza

              [Eleutério era natural de São Miguel da Terra Firma (atual Biguaçu), atuou como advogado provisionado, foi procurador fiscal da Provedoria, subdelegado de polícia e promotor público da Comarca do Norte (1849). Foi deputado na Assembleia Legislativa Provincial por cinco vezes. Eleutério foi advogado dos filhos de Liberata, uma escrava que lutou na Justiça por sua liberdade e conquistou a liberdade de seus filhos. O Tribunal da Relação do Rio de Janeiro confirma a decisão do juiz de Desterro. A historiadora Keila Grinberg estuda o caso e publica a obra Liberata: uma lei da ambiguidade como ações de liberdade da Corte de Apelação do Rio de Janeiro no século XIX. Centro Edelstein de Pesquisas Sociais. Eleutério também foi advogado e curador no processo de emancipação da tutela da africana livre Rufina]

              [Folha 1]
              Escritura de troca fixa que fazem o capitão Antônio José Antunes e sua mulher D. Jacinta Antônia da Silva com Manoel Antônio de Souza, Alexandre José de Siqueira, Elias José de Siqueiras, D. Felicidade Antônia de Freitas e Francisca Rosa de Jesus, como abaixo se declara.
              [Vinte e nove braças de terra em Caiacanga por vinte e uma braças e meia de terra em Itaqui]
              [...]

              [Folha 2]
              Escritura de venda fixa que fazem Antônio José Linhares e sua mulher Valda Maria, de vinte e cinco e meia braças de terra com casa de morar, engenhos de farinha e cana, a João Antônio da Silva como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 2 verso]
              [...]
              Escritura de locação de serviço que faz o crioulo liber-

              [Folha 3]
              to João Caetano e Manoel Carlos Viganigo, como abaixo de declara.

              Saibam quantos este público instrumento de escritura de locação de serviço virem que sendo no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e sessenta e nove, aos dois dias do mês de abril do mesmo ano, nesta Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão em meu cartório compareceram os outorgantes deste instrumento partes havidas e contratadas, o preto liberto João Caetano, como devedor, e Manoel Carlos Viganigo, como credor, todos moradores nesta Freguesia e reconhecidos pelos próprios de mim escrivão e das testemunhas abaixo nomeadas e assinadas de que dou fé pelo devedor me foi dito presente as mesmas testemunhas que ele era devedor do credor da quantia de trezentos mil reis, que lhe havia emprestado para sua completa liberdade, cuja quantia lhe pagaria com oito anos de serviço, com a obrigação porém do credo alimentá-lo e tratá-lo em suas enfermidade, não podendo-se desonerar do presente contrato sem que o preencha, mas no caso de querer praticar o contrário, isto é, de querer servir a outra pessoa, será obrigado a indenizar ao credor a quantia de trezentos mil reis, e perder qualquer tempo que tenha servido, e pelo credor foi dito que aceitava a confissão de dívida e contrato na forma acima declarada de que me pediram lhe fizesse este instrumento nesta nota que lhe fiz, por apresentarem o conhecimento de terem pago o selo do teor seguinte = Número ove, estava impresso o selo das Armas do Império, duzentos reis. Pagou duzentos reis.

              [Folha 3 verso]
              Desterro, 1º de abril de 1869 = Lopes Lemos. E sendo-lhe lido o ratificaram e assinaram, assinando-se a rogo do devedor por não saber ler nem escrever o vigário José Martins do Nascimento com as testemunhas presentes Thomé José de Souza e Manoel Luiz Martins, reconhecidos de mim José Rodrigues da Silva Júnior, escrivão que o escrevi.
              Manoel Carlos Viganigo
              Vigário José Martins do Nascimento
              Thomé José de Souza
              Manoel Luiz Martins

              Escritura de venda fixa que fazem Francisco Carlos dos Santos e sua mulher Francisca Maria de Jesus a Domingos Vieira de Aguiar como abaixo se declara.
              [trinta e três braças de terra e uma morada]
              [...]

              [Folha 4 verso]
              [...]
              Escritura de venda fixa que fazem Maria Rosa de Jesus e seus filhos Francisco Antônio Coelho e Francisca Rosa ao Sr. Ignácio Antônio da Silva como abaixo se declara.
              [vinte e oito braças de terra e uma morada]
              [...]

              [Folha 5 verso]
              [...]
              Escritura de venda fixa que fazem José Thomas Martins Linhares e sua mulher Anna Joaquina Lopes, de dezenove braças de terra e uma morada de casa ao Sr. Ignácio Gonçalves Lopes, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 6 verso]
              [...]
              Escritura de troca que fazem Manoel Luiz dos Santos e sua mulher Maria Nunes do Nascimento, com seu filho Francisco Carlos dos Santos e sua mulher Francisca Maria de Jesus como abaixo se declara.
              [trinta e quatro braças de terra, uma morada e um engenho de farinha por uma morada na cidade do Desterro, na rua Menino Deus]
              [...]

              [Folha 7 verso]
              [...]
              Escritura de venda fixa que faz D. Maria Joaquina Garcia de um sítio ao Sr. Jorge Monteiro como abaixo se declara.
              [noventa e cinco braças de terra]
              [...]

              [Folha 8 verso]
              Escritura de venda fixa que faz João Caetano da Silveira de vinte e três braças de terra a D. Francisca Clara Coelho, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 9]
              [...]
              Escritura de dívida e hipoteca que fazem Bento Luiz de Abreu Vianna e sua mulher Maria Antônia do Nascimento a João Antônio da Silva na forma que abaixo se declara.
              [empréstimo de seiscentos e cinquenta e quatro mil reis, em moeda corrente, por dois meses]
              [...]

              [Folha 10]
              [...]
              Escritura de venda fixa que fazem Virtuoso Lopes do Espírito Santo e sua mulher Rosa Joaquina de Jesus ao Sr. Francisco Caetano da Silveira, como abaixo se declara.
              [vinte braças de terra e uma morada]
              [...]

              [Folha 11]
              [...]
              Escritura de dívida e hipoteca que fazem José Gonçalves Lopes e sua mulher Valentina Rosa de Jesus a João Antônio da Silva, como abaixo se declara.
              [empréstimo de setecentos e cinquenta e quatro mil reis, em moeda corrente, por seis meses]
              [...]

              [Folha 12]
              Escritura de venda fixa que faz Luiz José de Barcellos ao Sr. capitão Isidoro Pires Ferreira, como abaixo se declara.
              [uma casa e vinte e cinco braças e seis palmos de terra no Pântano do Sul]
              [...]

              [Folha 12 verso]
              [...]
              Escritura de venda fixa que faz Anna Rosa de Jesus de uma morada de casa a Antônio Joaquim Baptista como abaixo

              [Folha 13]
              se declara.
              [...]

              [Folha 13 verso]
              [...]
              Escritura de venda fixa que fazem Alberto Martins Linhares e sua mulher Felicidade Maria de Jesus ao Sr. Ignacio Gonçalves Lopes, como abaixo se declara.
              [trinta e três braças de terra, uma casa e dois engenhos cobertos de telha]
              [...]

              [Folha 14 verso]
              [...]
              Escritura de dívida e hipoteca que faz o capitão Pompeu Capistrano do Rego Lobo e sua mulher D. Carlota Amelia Capistrano ao Sr. João Antônio da Silva como abaixo de declara.
              [empréstimo de um conto e cem mil reis, em moeda corrente, por quatro anos]
              [...]

              [Folha 15 verso]
              [...]
              Escritura de venda fixa que fazem Joaquim Martins Linhares e sua mulher Anna Maria de Jesus de uma morada de casa à Sra. Maria da Conceição Pamplona, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 16 verso]
              [...]
              Escritura de locação de serviço que faz o preto liberto Luiz Cordeiro e José Vieira Cordeiro como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 17]
              [...]
              Escritura de troca que fazem Joaquim Vieira Cordeiro e sua mulher Florência Maria Josefa, com João Francisco de Resendes, como abaixo se declara.
              [dezessete braças de terra por nove braças e meia de terra]
              [...]

              [Folha 18]
              [...]
              Escritura de doação fixa que faz Francisco Pereira de Souza a seu afilhado Manoel de Souza Machado, como abaixo se declara.
              [quinze braças e meia de terra]
              [...]

              [Folha 19]
              [...]
              Escritura de doação que faz Manoel Luiz da Costa a sua escrava Ignacia e seus filhos Januário e Albina, como abaixo se declara.
              Saibam quantos este público instrumento de escritura de doação virem que sendo no ano de Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e setenta e dois, aos vinte e três dias do mês de outubro do dito ano nesta Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão, no lugar denominado Pântano do Sul, na casa de Manoel Luiz da Costa, onde eu, escrivão fui a seu chamado [...] que de sua própria vontade faz doação à sua escrava Ignacia e seus filhos Januário e Albina da morada de casa de sua vivenda e do que se acha dentro da mesma casa e mais vinte braças de terra no lugar da mesma casa [...].

              [Folha 19 verso]
              [...]
              Escritura de venda fixa que fazem José Gonçalves Lopes e sua mulher Valentina Domingues da Conceição a João Antônio da Silva, como abaixo se declara.
              [vinte e uma braças e seis palmos de terra com uma morada]
              [...]

              [Folha 20 verso]
              [...]
              Escritura de venda fixa que fazem o capitão Isidoro Pires Ferreira e sua mulher D. Maria Perpetua de Jesus, de uma morada de casa ao Sr. Enriques de Moraes, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 21 verso]
              [...]
              Escritura de doação que fazem Francisco José de Oliveira e suas irmãs Pulcheria Maria de Jesus e Florência Maria da Conceição, à Balbina Maria dos Passos, como abaixo se declara.
              [partes de uma morada e seus pertences, um engenho de farinha e cento e vinte e três braças de terra]
              [...]

              [Folha 22]
              [...]
              Escritura de troca fixa que fazem Antônio Joaquim Baptista e sua mulher Carolina Baptista de Aguiar com Francisco Gonçalves Dutra e sua mulher Anna Luiza de Oliveira, como abaixo se declara.
              [uma morada de casa por outra morada de casa na praça da freguesia e rua da Pedreira]
              [...]

              [Folha 23]
              [...]
              Escritura de venda fixa que fazem Antônio Manoel de Souza e sua mulher Elísia Anna de Jesus, a Francisco Albano Martins, como abaixo se declara.
              [vinte e três braças e oito palmos de terra na Fazenda da Tapera]
              [...]

              [Folha 24]
              [...]
              Escritura de locação de serviço que faz a preta liberta Joanna ao Sr. Ignacio Antônio da Silva, como abaixo se declara.
              [liberdade em troca de quatro anos de serviço]
              [...]

              [Folha 24 verso]
              [...]
              Escritura de venda fixa que faz D. Zeferina Leopoldina Alves de oito braças e sete palmos de terras com uma casa ao Sr. Antônio José Linhares, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 25]
              [...]
              Escritura de doação que fazem Maria Cândida Rosa, Luiza Rosa de Jesus, Adriana Rosa d'Alaião e Leandro d'Alaião, a Manoel d'Alaião.
              [uma morada com pequeno terreno]
              [..]

              [Folha 25 verso]
              [...]
              Escritura de dívida e hipoteca que fazem João Manoel Calistro e Joaquim da Costa Lejo ao Sr. João Antônio da Silva, como abaixo se declara.
              [empréstimo de duzentos mil reis, em moeda corrente, por dois anos]
              [...]

              [Folha 26]
              [...]
              Escritura de venda fixa que fazem João Antônio da Silva e sua mulher Maria de vinte e uma e meia braças de terras ao Sr. Manoel Gonçalves Lopes, como abaixo se declara.
              [...]

              Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
              Livro de notas n. 8, 1871

              Livro de registro de escravos e cartas de liberdade do Ribeirão da Ilha

              As escrituras de compra e venda de escravos são os mais completos
              documentos sobre esse mercado. Nesses, é possível identificar os compradores, os vendedores e os escravos que compravam sua liberdade. A redação desses documentos deixa claro trata-se de escritos padronizados e que se tornam comuns a partir da década de 1860.
              Há importantes informações sobre os escravos: nome, idade, cor, origem (muitas vezes a província de nascimento), estado civil, profissão do cativo (ou suas aptidões), bem como o preço e forma de pagamento da transação.

              Livro de registro de escravos e cartas de liberdade

              2º livro especial de notas, n. 8

              Transcrição:
              [Folha de rosto]
              Tem de servir este livro para notas de compra e venda de escravos, troca ou dação insolutum [dação em pagamento] a cargo do escrivão do Juízo de Paz da Freguesia de N. S. da Lapa do Ribeirão, vai por mim numerada e rubricada com o meu apelido = Lobo = de que uso.
              Secretaria da Câmara Municipal da Cidade do Desterro, em 18 de fevereiro de 1871.

              Miguel de Souza Lobo
              Presidente da Câmara Municipal

              [Folha 1]
              Escritura de venda fixa que faz Marcellino Antonio Dutra de um escravo de nome Juvencio, ao Senhor José Luiz Martins como abaixo se declara.
              Saibam quantos este Público instrumento de escritura de venda fixo virem que sendo no ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e setenta e um, aos vinte dias do mês de agosto do dito ano nesta Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão, em meu Cartório compareceram os outorgantes deste instrumento como vendedor Marcellino Antonio Dutra e como comprador José Luiz Martins moradores nesta Freguesia e reconhecidos pelos próprios de mim escrivão e das testemunhas abaixo nomeadas e assinadas de que dou fé, perante as quais pelo vendedor me foi dito que era senhor e possuidor de um escravo crioulo de nome Juvencio de idade dezesseis anos e natural desta Província, ofício lavrador, cujo escravo com todos os seus vícios patentes ou encobertos vende como por esta vendida fica ao Senhor José Luiz Martins, ofereceu a quantia de oitocentos mil réis que declarou ter recebido da mão do comprador em moeda corrente e de que lhe dava plena e geral quitação desde já cedia, transpassava na pessoa do comprador toda a posse, jus e domínio que no dito escravo tinha para que agora como seu que fica sendo de agora em diante para si e seus herdeiros e pelo comprador foi aceita a compra na forma acima estipulada e me pediram este instrumento nesta nota que lhes fiz por terem pago na Coletoria de Santo Antonio a meia siza de trinta e cinco mil réis, de que consta o

              [Folha 1 verso]
              conhecimento de número quatorze do dia quinze de junho de 1871 e terem pago na mesma Coletoria o selo proporcional de teor seguinte = Número três, oitocentos pagou oitocentos réis, selado por verba por não ter estampilha S. Antonio 15 de junho de 1871 = Silva Andrada. E sendo-lhes lida a ratificaram e assinaram com as testemunhas presentes Izidoro Martins da Silva e Domingos Machado Ferreira, reconhecidos de mim José Rodrigues da Silva Júnior, escrivão que o escreveu.

              Marcellino Antonio Dutra
              José Luiz Martins
              Izidoro Martins da Silva
              Domingos Machado Ferreira

              Escritura de venda fixa que faz Luiz da Costa Fagundes de uma escrava parda de nome Maria, ao Senhor Firmino Duarte e Silva como abaixo se declara.
              Saibam quantos este Público instrumento de escritura de venda fixa virem que sendo no ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e setenta e um, aos dez dias do mês de setembro do dito ano nesta Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão, em meu Cartório compareceram os outorgantes deste instrumento como vendedor Luiz da Costa Fagundes, morador nesta Freguesia, e como comprador o comerciante Firmino Duarte e Silva, morador na

              [Folha 2]
              Cidade de Desterro, reconhecidos pelos próprios de mim escrivão e das testemunhas abaixo nomeadas e assinadas de que dou fé, perante as quais pelo vendedor me foi dito que tendo seu finado pai ficado a dever a Ignacio Antonio da Silva a quantia de nove contos e sessenta e seis mil réis, e que ele outorgante como inventariante dos ditos bens, requerou alvará de licença ao Juízo de Órfãos para a venda de uma escrava crioula, de nome Maria, cor parda, a qual lhe foi concedida a dita licença para a referida venda em 24 de março deste ano, cuja escrava como vendida tem ao comerciante Firmino Duarte e Silva pelo preço e quantia de novecentos mil réis, que declarou ter recebido da mão do comprador em moeda corrente, e de que lhe dava plena e geral quitação desde já para sempre transpassava na pessoa do comprador toda a posse, jus e domínio que lhe fora concedido na dita escrava, que agora como sua que fica sendo de agora em diante para si e seus herdeiros e pelo comprador foi aceita a compra na forma acima estipulada e me pediram este instrumento nesta nota que lhes fiz por terem pago na Coletoria de S. Antonio a meia siza de quarenta e cinco mil réis, de que consta o conhecimento de número um, de dezenove de julho deste ano, e terem pago na mesma Coletoria o selo proporcional de teor seguinte = Número cinco, mil réis, pagou mil réis por verba por não ter estampilha Santo Antonio 2 de agosto de 1871 = Silva Andrada, e sendo-lhes lida a ratificaram e assinaram com os

              [Folha 2 verso]
              presentes Izidoro Martins da Silva e Domingos Machado Ferreira, reconhecidos de mim José Rodrigues da Silva Júnior, escrivão que o escreveu.

              Luiz da Costa Fagundes
              Izidoro Martins da Silva
              Domingos Machado Ferreira

              Registro de uma Carta de Liberdade mandada lançar pelo preto liberto Luiz Cordeiro como abaixo declara. Escritura de liberdade que faz João Vieira Cordeiro como abaixo se declara. Digo eu acima nomeado e abaixo assinado que tendo ficado por falecimento de minha finada mãe Luduvina Cordeiro, esse escravo de nome Luiz de cinquenta e cinco anos de idade, nação africana o qual foi avaliado pela quantia de quatrocentos e cinquenta mil réis e que no ato de sua avaliação requereu sua liberdade pela dita quantia e de acordo com os mais herdeiros lhe concedemos a sua plena liberdade, pela fiança de sua avaliação, que recebemos do mesmo escravo, podendo desde já ir gozar sua liberdade onde bem quiser e lhe parecer, sem que pessoa alguma o possa jamais chamar a escravidão por qualquer pretexto que seja, e para seu título mandei passar a presente que assino com as duas testemunhas presentes, estava selado com estampilha de duzentos réis, Freguesia de Ribeirão 1º de abril de 1872
              João Vieira Cordeiro = como testemunha Damazio José de Souza = Dito José Rodrigues

              [Folha 3]
              da Silva Júnior. Nada mais nem menos se continha na própria escritura a qual aqui fielmente registrei e ao original me reporto em mão da parte apresentante nesta Freguesia do Ribeirão 4 de abril de 1872 eu José Rodrigues da Silva Júnior, escrivão que a escrevi.

              Escritura de venda fixa que faz José Manoel Pires de um escravo de nome Paulino, ao Padre José Martins do Nascimento como abaixo se declara.

              Saibam quantos este Público instrumento de escritura de venda fixo virem que sendo no ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e setenta e dois, aos vinte e quatro dias do mês de junho do dito ano nesta Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão, em meu Cartório compareceram os outorgantes deste instrumento a saber como vendedor José Manoel Pires e como comprador o vigário José Martins de Nascimento moradores nesta Freguesia e reconhecidos pelos próprios de mim escrivão e das testemunhas abaixo nomeadas e assinadas de que dou fé, perante as quais pelo vendedor me foi dito que era senhor e possuidor de um escravo crioulo de nome Paulino de idade trinta anos, solteiro, natural desta Freguesia, cujo escravo com todos os seus vícios patentes ou encobertos vende como por esta vendida fica ao vigário José Martins de Nascimento, ofereceu a quantia de seiscentos mil réis que declarou ter recebido da mão do comprador em moeda corrente e de que lhe dava plena e geral quitação desde já cedia

              [Folha 3 verso]
              transpassava na pessoa do comprador toda a posse, jus e domínio que no dito escravo tinha para que agora como seu que fica sendo de agora em diante para si e seus herdeiros e pelo comprador foi aceita a compra na forma acima estipulada e me pediram este instrumento nesta nota que lhes fiz por terem pago na Coletoria de S. Antonio a meia siza de trinta mil réis, de que consta o conhecimento de número dois de trinta de janeiro de 1872 e terem pago o selo proporcional duzentos réis em estampilha a qual foi feita no bilhete e inutilizada por mim escrivão e sendo-lhes lida a ratificaram e assinaram com as testemunhas presentes Izidoro Martins da Silva e Domingos Machado Ferreira, reconhecidos de mim José Rodrigues da Silva Júnior, escrivão que o escreveu.

              José Manoel Pires
              Vigário José Martins do Nascimento
              Izidoro Martins da Silva
              Domingos Machado Ferreira

              Registro de uma Carta de liberdade, mandada lançar por Dona Maria Joaquina Garcia como abaixo se declara = Digo eu Dona Maria Joaquina Garcia que sou senhora e possuidora de um escravo pardo de nome Gervásio de quarenta e cinco anos de idade, pouco mais ou menos, cujo escravo [ilegível] de bem que me tem posuído e com a condição de me servir até o dia de meu falecimento e desse dia em diante ficará livre como se de ventre livre nascido fora, e poderá ir gozar sua plena liberdade como bem quiser e lhe parecer, sem que pessoa alguma o possa cha-

              [Folha 4]
              mar a escravidão por qualquer pretexto que seja, e para seu título mandei passar a presente que assino com as duas testemunhas presentes. Freguesia de Ribeirão 22 de novembro de 1872, estava selado com estampilha de duzentos réis. Maria Joaquina Garcia. Como testemunha José Rodrigues da Silva. Como testemunha Ricardo Antonio Lopes. Reconheço verdadeiras as assinaturas supra e dou fé. Freguesia do 22 de novembro de 1872, em testemunho da verdade, estava o sinal público. O escrivão José Rodrigues da Silva Júnior. Nada mais nem menos se continha na dita Carta da liberdade a qual aqui fielmente registrei e ao original me reportou em mão da parte apresentante nesta Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão aos 23 de novembro de 1872, e eu José Rodrigues da Silva Júnior, escrivão que a escrevi.

              Escritura de venda fixa que faz Faustino Correia de Mello de um escravo de nome Mathias, ao João Gonçalves Dutra como abaixo se declara.

              Saibam quantos este Público instrumento de escritura de venda fixo virem, que sendo no ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e setenta e três, aos dezesseis dias do mês de março do dito ano nesta Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão, em meu Cartório compareceram os outorgantes deste instrumento, a saber, como vendedor Faustino Correia de Mello e como comprador João Gonçalves Dutra moradores nesta Freguesia e reconhecidos pelos próprios de mim escrivão

              [Folha 4 verso]
              e das testemunhas abaixo nomeadas e assinadas de que dou fé, perante as quais pelo vendedor foi dito que era senhor e possuidor de um escravo crioulo de nome Mathias de idade vinte e dois anos, solteiro, natural desta Freguesia, cujo escravo com todos os seus vícios patentes ou encobertos vendia como por esta vendido tem ao Senhor João Gonçalves Dutra pelo preço e quantia de oitocentos mil réis que declarou ter recebido da mão do comprador em moeda corrente do que lhe dava plena e geral quitação e desde já cedia,transpassava na pessoa do comprador toda a posse, jus e domínio que no dito escravo tinha, para que agora como seu que fica sendo de agora em diante para si e seus herdeiros. E pelo comprador foi aceita a compra na forma acima estipulada e me pediram este instrumento nesta nota que lhes fiz por terem pago na Coletoria de Santo Antonio a meia siza de quarenta mil réis, de que consta o conhecimento de número 4 de 20 de julho de 1872, e terem pago o selo proporcional de oitocentos réis em estampilha a qual foi posta no bilhete e inutilizada por mim escrivão. E sendo-lhes lido o ratificaram e assinaram com as testemunhas presentes Marcos Correia da Costa e João Gonçalves da Silva, reconhecidos de mim Domingos José Dias, escrivão interino que o escrevi.

              Faustino Correia de Mello
              João Gonçalves Dutra
              João Gonçalves da Silva
              Marcos Correia da Costa

              Escritura de venda fixa que faz João Gonçalves Dutra de um escravo de nome Germano, como abaixo se declara.

              Saibam quantos este Público instrumento de escritu-

              [Folha 5]
              tura de venda fixo virem, que sendo no ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e setenta e três, aos dezesseis dias do mês de março do dito ano nesta Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão, em meu Cartório compareceram os outorgantes deste instrumento, a saber, como vendedor João Gonçalves Dutra e como comprador João Vieira Cordeiro, moradores nesta Freguesia e reconhecidos pelos próprios de mim escrivão e das testemunhas abaixo nomeadas e assinadas de que dou fé, perante as quais pelo vendedor foi dito que era senhor e possuidor de um escravo crioulo de nome Germano de idade vinte e dois anos, solteiro, natural desta Freguesia, cujo escravo com todos os seus vícios patentes ou encobertos vendia como por esta vendido tem ao Senhor João Vieira Cordeiro pelo preço e quantia de quinhentos mil réis que declarou ter recebido da mão do comprador em moeda corrente do que lhe dava plena e geral quitação e desde já cedia,transpassava na pessoa do comprador toda a posse, jus e domínio que no dito escravo tinha, para que agora como seu que fica sendo de agora em diante para si e seus herdeiros. E pelo comprador foi aceita a compra na forma acima estipulada e me pediram este instrumento nesta nota que lhes fiz por terem pago na Coletoria de Santo Antonio a meia siza de vinte e cinco mil réis, de que consta o conhecimento de número quatro, digo de número onze de trinta e um de janeiro de 1873, e terem pago o selo proporcional de oitocentos réis em estampilha a qual foi posta no bilhete e inutilizada por mim escrivão. E sendo-lhes lido o ratificaram e assinaram com as testemunhas presentes João Francisco da Costa e Antonio Joaquim Baptista, reconhecidos de mim Domingos José Dias, escrivão interino que o escrevi.

              João Gonçalves Dutra João Francisco da Costa
              Antonio Joaquim Baptista João Vieira Cordeiro

              [Folha 5 verso]
              Registro de uma carta de liberdade mandada lançar pela preta liberta Joanna, como abaixo se declara:
              Escritura de liberdade que faz Libania Rosa de Jesus, a sua escrava Joanna, como abaixo se declara. Digo eu acima noemada e abaixo assinada que entre os bens que possuo, sou senhora e possuidora de uma escrava crioula de nome Joanna, natural desta Província, a qual de minha livre e espontânea vontade, e sem constrangimento de pessoa alguma, concedo-lhe liberdade pela quantia de duzentos mil réis (200:000 rs.) que declaro ter recebido da mão da dita escrava ao fazer desta e de fato liberta fica de hoje para sempre, a fim de que possa gozar sua liberdade onde bem quiser como se fosse de ventre livre nascida, sem que ninguém a possa mais por qualquer pretexto chamar à escravidão, pois eu como senhora que sou da dita escrava, digo da dita Joanna, lhe concedo sua liberdade sem mais cláusula alguma. E para seu título lhe mandei passar a presente que por não saber ler nem escrever pede ao Senhor Rodrigo Antonio da Silva que assinasse a seu rogo. Freguesia do Ribeirão, 19 de abril de 1873. Estava selada com uma estampilha de duzentos réis. Arrogo de Libania Rosa de Jesus - Rodrigo Antonio da Silva - como testemunha Domingos José Dias, Sizenando Xavier de Souza. Nada mais nem menos se continha na própria escritura, a qual aqui fielmente registrei e igualmente reposto em mão da parte apresentante nesta Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão, aos vinte e dois dias do mês de abril de mil oitocentos e setenta e três. Eu, Domingos José Dias, escrivão interino o escrevi.

              [Folha 6]
              Registro de uma carta de liberdade mandada lançar por Manoel José Antunes - Digo, eu Manoel José Antunes, que sou senhor e possuidor de uma escrava de nome Maria, crioula, de quarenta e um anos de idade, pouco mais ou menos, cuja escrava em razão do bem que me tem servido e com a condição de me servir até o dia de minha morte e desse dia em diante ficará livre como se de ventre livre nascida fosse, e poderá ir gozar a sua liberdade onde bem quiser e lhe parecer, sem que pessoa alguma a possa chamar à escravidão por qualquer pretexto que seja. E para seu título lhe mandei passar a presente que assino com o meu punho, com as duas testemunhas presentes. Freguesia do Ribeirão, 11 de maio de 1873. Estava selada com uma estampilha de duzentos reis - Manoel José Antunes - Ignácio Francisco Lopes - Joaquim Martins Linhares. Reconheço verdadeiras as assinaturas supras e dou fé. Freguesia do Ribeirão, 11 de maio de 1873, em testemunho digo em fé de verdade, estava o sinal público - O escrivão interino Domingos José Dias - Nada mais nem menos se continha na dita carta de liberdade, a qual aqui fielmente registrei e ao original me reporto em mão da parte apresentante nesta Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão aos onze de maio de 1873. Eu Domingos José Dias escrivão interino a escrevi.

              Registro de uma carta de liberdade mandada lançar pelo pardo liberto Camillo, como abaixo se declara = Digo eu abaixo assinado que entre os mais bens que possuo, sou senhor e possuidor de uma escravo de nome Camillo, pardo e natura desta Provin-

              [Folha 6 verso]
              cia, o qual de minha livre vontade e sem constrangimento de pessoa lhe concedo a liberdade pela quantia de setecentos mil réis (700:000 rs.) que recebi da mão do dito escravo ao fazer desta e de fato liberto fica de hoje para sempre a fim de que possa gozar a sua liberdade onde bem quiser e lhe parecer como se fora de ventre livre que é por virtude deste meu presente escrito, sem que ninguém o possa mais chamar à escravidão por qualquer pretexto que seja, pois eu como senhor que sou do dito Camillo lhe concedo sua plena liberdade sem mais cláusula alguma e para seu título lhe mandei passar a presente que vai por mim assinada. Freguesia do Ribeirão, 12 de abril de 1873. Ignácio Antonio da Silva - Como testemunhas Domingos José Dias - Joaquim Antonio da Silva Júnior - Nada mais nem menos se continha na própria carta, a qual aqui fielmente registrei e ao original me reporto em mão da parte apresentante, nesta Freguesia de NOssa Senhora da Lapa do Ribeirão ao vinte e cinco dias do mès de maio de mil oitocentos e setenta e três. Eu, Domingos José Dias, escrivão interino que a escrevi.

              Livro de notas n. 16, 1886

              Livro de notas n. 16

              Transcrição

              [Folha de rosto]
              Tem de servir este livro para as notas do escrivão do juiz de paz da freguesia do Ribeirão João Lopes de Aguiar; vai numerado e por mim rubricado com o meu cognome = Vidal = de qeu uso, contendo o número e folhas que consta do termo de encerramento. Secretaria da Câmara Municipal da Cidade do Desterro, 16 de outubro de 1886.
              O Presidente da Câmara
              João Lopes de Aguiar

              [Folha 1]
              Procuração bastante que faz Dona Maria Juliana Rosa de Jesus, viúva de Bento da Costa Fagundes, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 1 verso]
              [...]
              Escritura de doação fixa que faz Ignácio Francisco Lopes a Manoel Ignácio do Nascimento, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 2]
              [...]
              Escritura de venda fixa que fazem os senhores Joaquim José Alves Bezerra, José Honório Alves e Maria Jacintha da Silva, de uma morada de casa ao Sr. Sabino Veríssimo da Silva, como abaixo se declara.

              [Folha 3 verso]
              [...]
              Ata de eleição para deputado a Assembleia Legislativa do Império pleo 1º Distrito da Província de Santa Catarina, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 4 verso]
              [...]
              Escritura de venda fixa que faz o senhor Manoel Henrique de Moraes, de uma morada de casa com terrenos contíguos à mesma casa, ao senhor João José de Souza, como abaixo se declara.

              [Folha 6]
              Procuração bastante que faz Manoel Gonçalves Lopes, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 6 verso]
              [...]
              Procuração bastante que faz João Rodrigues da Silva, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 7 verso]
              Escritura de venda fixa que fazem Francisco José d'Alaião e sua mulher D. Maria Generosa Lostada d'Orleans, como abaixo se declara.
              [Venda feita ao Senhor Victorino José dos Santos]
              [...]

              [Folha 8 verso]
              Escritura de contrato de locação de serviços que fazem Ignácio Antônio da Silva e o pardo liberto Jerônimo, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 9 verso]
              Procuração bastante que fazem Manoel Gonçalves Lopes e sua mulher D. Zeferina Maria da Silva, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 10]
              Procuração bastante que faz D. Carlota Dorothea Callado Prates, como abaixo se declara.
              [...]

              [Faltam, nos originais, as folhas 10 verso à folha 13. Possível erro de numeração.]

              [Folha 13 verso]
              Procuração bastante que faz D. Bemvinda Rosa do Cêo, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 14]
              Ata da eleição para deputados da Assembleia Legislativa Provincial pelo 1º Distrito da Província de Santa Catarina, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 15 verso]
              [...]
              Escritura de venda fixa que faz José Thomas Martins Linhares ao Sr. Ignácio Antônio da Silva, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 16 verso]
              [...]
              Procuração bastante que faz D. Anna Calara Coelho, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 17 verso]
              Procuração bastante que faz D. Carolina Maria Dutra e Franscisco José Eleutério, como tutor nato de seus filhos menores Feliciano e Anastácio, constituem seus bastantes, digo.
              [...]

              [Folha 18 verso]
              Procuração bastante que faz D. Mariana Thomásia da Silveira, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 19]
              [...]
              Escritura de troca que fazem Vicente Antônio Pereira e sua mulher Dona Mariana Thomásia da Silveira, com Manoel Alexandre Jaques e Thomas Alexandre do Nascimento, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 20]
              [...]
              Escritura de venda fixa que fazem Manoel Carlos Viganigo e sua mulher D. Francisca Machado Viganigo, como procuração ao vigário desta freguesia José Martins do Nascimento, ao Sr. Francisco Samoel de Andrade, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 21]
              [...]
              Escritura de venda fixa que fazem Manoel Carlos Viganigo e o vigário José Martins do Nascimento, com procuração de Dona Francisca Machado Viganigo, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 22 verso]
              Procuração bastante que faz D. Carlota Júlia da Silveira, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 23]
              [...]
              Escritura de troca que fazem Francisco Candido de Souza e sua mulher Maria Caetana da Silveira e Marcellina Paulina d'Aguiar, como abaixo se declara.
              [troca de uma casa por outra]
              [...]

              [Folha 24]
              Escritura de separação de foro que entre si fazem José Antônio Lopes e sua mulher Dona Anna Rosa de Jesus, como abaixo se declara.
              Saibam quantos este público instrumento de escritura de foro virem que no ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e oitenta e nove, aos treze dias do mês de maio do dito ano, nesta freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão, município da cidade do Desterro, capital da província de Santa Catarina, na casa do cidadão Francisco José Garcia, juiz de paz em exercício, onde foi chamado, compareceram como outorgantes deste instrumento partes havidas e contratadas a saber de uma parte José Antônio Lopes e de outra sua mulher D. Anna Rosa

              [Folha 24 verso]
              Rosa de Jesus, ambos reconhecidos pelo próprio de mim escrivão e das testemunhas abaixo nomeadas e assinadas do que dou fé, perante as quais pelos mesmos outorgantes supra mencionados me foi dito que, não lhe sendo mais possível coabitarem ou viverem juntos hão contratados amigavelmente, fazem separação de foro para que de hoje em diante, cada um deles vá viver independente um do outro como se divorciados estivessem por sentença, com livre e geral administração de suas pessoas e bens, debaixo das [cláusulas?] seguintes: primeira: o outorgante José Antônio Lopes renuncia quaisquer digo declara que desiste dos bens que sua mulher tem e demais que possa herdar por morte de sua mãe; segunda: o outorgante renuncia quaisquer herança ou legado que lhe possam vir a pertencer em todo e qualquer tempo, e bem assim quaisquer outros bens que adquiram fora da comunhão do casal, quer por indústria, trabalhos, quer por outro qualquer meio adquirido, ficando assim desquitados por vida e por morte. E como assim o trataram e convencionaram de suas [ilegível] e livre vontades, e por declarar Dona Anna Rosa de Jesus, que o último filho de nome Porfírio Pereiro Guimarães não é filho do casal. E me pediram este instrumento nesta nota que lhes fiz por ter pago o selo proporcional em estampilhas de mil reis, e fica arquivado no cartório. E sendo-lhe lido, ratificaram e assinaram assinando a rogo do outorgante por não saber ler nem escrever Lidio Joaquim Mendes, e a rogo do outorgante Marcellino José Dutra, com as testemunhas presentes Marcellino

              [Folha 25]
              Marcellino Antônio Dutra, Francisco Carlos dos Santos, reconhecidos de mim João Lopes d'Aguiar, escrivão que o escrevi.
              Lidio Joaquim Mendes
              Marcellino José Dutra
              Francisco Carlos dos Santos
              Marcellino Antônio Dutra

              Registro de um documento de declaração que fazem os senhores digo mandado lançar pelo Senhor Marcos Correia da Costa, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 25 verso]
              [...]
              Escritura de venda fixa que fazem o Senhor Ignácio Antônio da Silva e sua mulher Dona Ludovina Maria da Conceição, ao Sr. Sabino Veríssimo da Silva, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 26 verso]
              [...]
              Procuração bastante que faz D. Carlota Dorothea Callado Prates como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 27 verso]
              Escritura de venda fixa que faz o Sr. João Rodrigues da Silva ao Sr. Jovita José Arceno, como abaixo se declara.
              [...]

              [Folha 28 verso]
              Ata da eleição

              Transcrição:

              Município de Itajaí
              Servirá este livro para classificação dos escravos para serem libertados pelo fundo de emancipação. Tesouraria da Fazenda da Província de Santa Catarina, em primeiro de abril de 1873.
              O chefe de seção interino
              Luiz Carlos de Saldanha e Souza

              [Luiz Carlos de Saldanha e Souza era 1° escriturário da Tesouraria da Fazenda]

              Tribunal da Relação do Rio de Janeiro