Partes: José Machado de Sousa; Manoel do Nascimento Ramos.
Escravidão
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Partes do processo:
Domingos;
Florencia Roza da Trindade.
Processo de esbulho realizado na vila de Lages, na época sob a chamada Ilha de Santa Catarina.
Partes do processo:
Antonio Lins de Cordova (suplicante);
Bento Ribeiro de Cordova (suplicado);
José Antonio da Silva Monteiro (suplicado).
Resumo:
Neste processo, foi autuada um processo de esbulho a pedido do alferes Antonio Lins de Cordova. O suplicante afirmou que os suplicados, nas pessoas de Bento Ribeiro de Cordova e do alferes José Antonio da Silva Monteiro, ocuparam sua fazenda sem o devido direito, causando-lhe graves prejuízos e danos na sua propriedade. Antonio era morador no bairro de Pelotinhas, nos Campos do Pinheiro Seco.
Os esbulhadores erigiram uma casa no terreno de Antonio, nas proximidades de uma criação de animais (“ao pé da cria de bestas”) e de uma outra casa, perto de roças do suplicante. Além disso, Bento e José acossaram os trabalhadores das roças de Antonio: mobilizaram homens armados para expulsar à força os trabalhadores da roça, sob ameaças de violência. Os trabalhadores ameaçados informaram que os homens sob mando de Bento e José festejavam na casa ilegalmente construída pelos esbulhadores, coletaram madeira e, ainda, atearam fogo aos campos de Antonio, causando ainda mais prejuízos e terror ao suplicante e seu pessoal. Em uma outra petição referente a esse mesmo fato criminoso, Antonio disse que os homens armados enviados por Bento e José eram dois homens escravizados e um “camarada”, chamado João Manoel.
…Além disso, o suplicante Antonio Lins de Cordova apresenta um libelo junto à sua denúncia. Nele, Antonio reclama que já tentou recorrer à justiça antes; mas o juiz o tratou com hostilidade, e, junto com o escrivão, demoraram-se e se esquivaram de cumprir suas funções. Antonio evidenciou seu desamparo e o prejuízo sofrido pela prevaricação e pela má vontade destes agentes da justiça.
Durante os relatos das testemunhas, os primeiros depoentes confirmaram que Bento e José atacaram as terras de Antonio. Porém, outras testemunhas posteriores disseram que não sabiam ao certo se as terras pertenciam mesmo a Antonio.
Por conta de impedimentos do juiz, o processo ficou suspenso por vários momentos.
Após ouvidas as testemunhas, foi alegado que Antonio Rodrigues de Andrade fora anteriormente expulso pelo suplicante Antonio Lins de Cordova das ditas terras, que por sua vez ganhou uma contenda judicial contra Andrade. A contenda ocorreu pois as terras foram indevidamente entregues a Andrade, por meio de venda oculta.
Adiante, foi feito um termo de composição entre as partes. Nesse termo foi pretendida uma reconciliação, onde foi informado que o terreno era herança do cadete João Damasceno de Cordova, por sua vez herdeiro do inventário do sargento-mor João Damasceno de Cordova e sua mulher, dona Maria de Sam Boaventura, já falecidos. Após longas discussões, o juiz sugeriu dividir o terreno: Bento Ribeiro de Cordova ficaria com as terras herdadas pelo cadete, enquanto Antonio Lins de Cordova ficaria com o restante, incluindo o Campo do Pandeiro.
Por sentença, o juiz condenou Bento na causa; e o condenou ao pagamento das custas.
Em contrapartida, uma audiência de embargos foi movida na sequência, em que Bento procurou embargar a sentença favorável a Antonio. Julgando terem ocorrido várias inconsistências no processo anterior, o juiz inverteu o rumo do processo; julgou a sentença anterior nula e sem efeitos, dando uma nova sentença em favor do réu Bento.
Por fim, Antonio recorreu através de uma apelação, procurando elevar a instância do julgamento da ação. Foram nomeados louvadores (avaliadores), a fim de que estes avaliassem o valor dessa escalada de instância. Eles julgaram que a ação valia 150.000 réis (150$000). O juiz, por sentença, ordenou que fossem citadas as partes para dar fim ao processo, através do pagamento da quantia.
Atuaram no processo:
alcaide Domiciano Joze de Soza;
avaliador Manoel Ignacio da Silveira;
avaliador alferes José Antonio da Silva Monteiro;
escrivão Generoso Pereira dos Anjos;
escrivão público, judicial e de notas Joam Manoel Cortes;
escrivão do juízo de paz e tabelião Camillo Justiniano Ruas;
escrivão e tabelião José Domingues do Couto;
juiz de paz capitão de cavalaria miliciana Manoel Cavalheiro Leitão;
juiz ordinário Francisco Borges do Amaral e Castro;
juiz ordinário Nicoláo José de Liz e Abreu;
juiz ordinário alferes Joaquim Antonio de Morais;
juiz presidente Francisco de Paiva Muniz;
procurador Miguel Antonio de Almeida.
Localidades relevantes:
Campos do Pandeiro;
Campos do Pinheiro Seco;
bairro de Pelotinhas;
vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
cidade de Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina)
comarca da cidade de Desterro;
comarca da Ilha de Santa Catarina.
Compõem o processo:
avaliação;
contas;
denúncias;
embargos;
libelos;
mandados de intimação;
petições;
requerimentos de audiência;
sentenças;
termo de composição;
termo de declaração;
termo de juramento de louvadores;
testemunhos;
traslado de petição;
traslado de vistoria.
Variações de nome:
Maria de São Boaventura;
alcaide Domiciano José de Souza;
escrivão João Manoel Cortes.
Partes:
Custódia Cândida da Silveira Schutel (autora);
João Strambio Schutel (autor);
Antônio Ciolina (réu);
Felicidade Candida da Silveira (réu).
Translado. Réu, “forasteiro”, teria se apossado de alguns bens e fugido para a Itália; Incompleto; Desterro; província do Rio Grande do Sul; vila de São Miguel, comarca da Capital; terras em “Biguassu”; trecho para exposição sobre escravidão na folha digital n. 16, ao descrever bens a serem arrolados: “Huma escrava de nome Eva com uma cria femea. Huma junta de bois [...]”; Morada de Casa na Rua do Ouvidor avaliada em 2.000$000 (dois contos de réis); Tribunal da Corte do Rio de Janeiro;
Adão, escravo, criolo;
Antonio Carlos de Carvalho, procurador dos autores, coletor;
Antonio Francisco de Medeiros, escrivão;
Antonio Gonçalves Campos, escrivão;
Antonio Gonçalves Franco, juiz;
Antonio Silveira de Souza, oficial de justiça;
Carlos Weinand;
David do Amaral Silva, testemunha;
Eva, escrava, parda;
Francisco, preto;
Francisco Duarte Silva, comendador;
Francisco Gonçalves da Luz;
Faustina Roza;
Jacintho Gonçalvez da Luz;
Joaquim Luiz do Livramento, capitão, doutor;
João José Roza;
João Francisco Regis, escrivão;
José Luis Alves;
Joaquim do Amaral Silva F.;
Lucas Rodrigues de Jesus, oficial de justiça;
Manoel Luiz Cordeiro, carcereiro;
Pedro, preto, escravo de nação;
Silvano José da Silveira;
Vidal Pedro de Moraes, escrivão.
Termo de solicitação de Embargo realizado na Capital, à época Vila de Desterro, Ilha de Santa Catarina.
Partes: Vicente da Rosa (embargante); Narcizo de Souza Pereira (embargado);
Resumo: O requerente dos autos, Vicente da Rosa, através de seu Advogado Jose Joaquim Bernardes de Moraes, formaliza junto ao Juiz de fora Francisco Borges de Castro da comarca da Vila de Desterro (atual cidade de Florianópolis), Ilha de Santa Catarina o pedido de embargo à Narcizo de Souza Pereira, seu cunhado por dividas atrasadas de sua falecida mãe. É citado o inventário da mesma e sua partilha de bens. Jacintho Ferreira de Mello é citado como depositário de quantia em dinheiro embargada pela justiça por dívidas não pagas. Contém venda de escravizado e aluguéis vencidos. O processo termina em termo de desistência do embargo.
Localidades citadas no processo: Freguesia de São José; Roçado;
Atuaram no processo: Juiz Francisco Borges de Castro; Juiz José de Souza Freitas; Advogado José Joaquim Bernardes de Moraes; Escrivão Joao Francisco Cidade.
Tribunal da Relação do Rio de JaneiroPartes do processo:
Gertrudes Maria de Almeida (embargante);
Antonio de Almeida Leite Penteado (embargado).
Partes do Processo:
Antônio Joaquim da Silva Junior (justificante);
José Gomes da Silva (justificado);
Partes: Maria Magdalena Rosa; Francisco Machado Coelho.
Inventário realizado na vila de São Miguel, Comarca de São José.
Partes do processo:
José Luiz Coelho Ramos (doante);
Raymundo Luis Coelho Ramos (doado).
Resumo: Doação da escritura sob a propriedade de uma pessoa escravizada de nome Roza por mortis causa do casal José Luiz Coelho Ramos - liberto e sua esposa Ignacia Francisca de Ramos para Raymundo Luiz Coelho Ramos
Atuaram no processo:
escrivão de orfãos João Rodrigues Pereira;
tabelião Antonio Francisco de Medeiros;
curador Carvalho.
Localidades relevantes:
Tijuquinhas.