Sumário Crime

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              Auto de crime de Manoel Marques
              BR SC TJSC TRRJ-29006 · Processo · 1844-1862
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Auto de crime realizado na Vila de Lages, à época sob a Comarca do Norte, Província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Manoel Marques (réu);
              João Thomas e Silva (juízo).

              Resumo:
              O juiz João Thomas e Silva ordenou que Manoel Marques fosse impedido de ameaçar João Manoel Coelho. Testemunhas disseram que Manoel tinha um par de pistolas e usava armas proibidas. O juiz decidiu que Manoel deveria cumprir 30 dias de prisão simples e pagar uma multa. Após a investigação, o juiz considerou o crime prescrito e Manoel teve que pagar as custas ao município. O processo foi visto em correição em 1861 e 1863 por Joaquim José Henriques.

              Atuaram no processo:
              juiz municipal João Thomas e Silva;
              juiz municipal José Nicolau Pereira;
              corregedor Joaquim José Henriques;
              delegado Antônio Saturnino de Souza e Oliveira;
              promotor Antônio Ricken de Amorim;
              escrivão Mathias Gomes da Silva;
              escrivão Generoso Pereira dos Anjos.

              Localidades relevantes:
              Vila de Lages;
              Província da Bahia.

              Compõem o processo:
              Auto de apreensão e exame;
              Termo de segurança de vida;
              Termo de bem viver.

              Autos de crime de Antonio Neckel
              BR SC TJSC TRRJ-28990 · Processo · 1847-1848
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de crime realizados na vila de Lages, na época sob a Comarca do Norte.

              Partes do processo:
              Antonio Neckel (autor);
              Carlos Hempel (réu).

              Resumo: No presente processo, o autor alegou que o réu cometeu o ato de injúria ao chamá-lo de "ladrão", entre outras coisas, em decorrência de outro processo envolvendo roubo de animais denunciado pelo réu. Neste segundo processo, Carlos Hempel havia perdido seus cavalos e oferecido uma recompensa para quem os encontrasse. Antonio Neckel, segundo Hempel, vendeu os cavalos para João Wolf. Nesse contexto, ocorreram as alegadas injúrias contra Neckel. Em resposta, o juiz determinou que as partes assinassem um Termo de Bom Viver. A defesa de Antonio Neckel foi incluída nos autos. Há menção a rebeldes que participaram da Revolução Farroupilha, acusados de roubo de chapéus de palha e chilins. O juiz condenou o réu Carlos Hempel por injúria, mas também indiciou Antonio Neckel pela venda dos chapéus roubados. Houve interposição de recurso de apelação.

              Atuaram no processo:
              procurador Constâncio Xavier de Souza;
              escrivão Mathias Gomes da Silva;
              juiz Guilherme Ricken;
              juiz Firmino Rodrigues Silva;
              procurador Manoel Antônio do Nascimento.

              Localidade relevante:
              Rua Direita.

              Compõem o processo:
              Juramento de testemunhas;
              Depoimentos de testemunhas;
              Termo de declaração e defesa do réu;
              Procuração;
              Termo de perdão.

              BR SC TJSC TRRJ-20357 · Processo · 1851
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de Sumário Crime realizado na Vila de Lages, na época sob a Segunda Comarca.

              Partes do processo:
              A Justiça (autor);
              José Elias Monteiro (vítima);
              Feliz José Caetano (réu);
              Joze Antonio Branco (réu);
              Gabriel de Lima dos Anjos (réu);
              Francisco Franco (réu);
              Silverio (réu).

              Resumo: Neste processo são feitos os autos de sumário crime de 4 diferentes réus, acusados todos de serem cúmplices na tentativa de homicídio e agressão a José Elias Monteiro, por parte de seu escravizado, Silverio. O crime original é narrado através de testemunhos, no qual se tratou da tentativa de homicídio efetuada por Silverio contra seu senhor, na qual ele desferiu diversos golpes de machado na cabeça do mesmo, causando-lhe múltiplos ferimentos graves, após o ataque feito, Silverio realiza o furto de diversos bens e roupas de seu senhor, além de uma alta quantia de ouro. Com base nos relatos de testemunhas são então acusados os réus Feliz José Caetano, Joze Antonio Branco, Gabriel de Lima dos Anjos e, posteriormente, Francisco Franco, entre os quais um deles é descrito como aleijado (com deficiência). É afirmado que o réu Feliz José Caetano, abordou o escravizado Silverio afirmando ter feito ferimentos mortais em seu proprietário, com o réu tentando negociar 02 cavalos com o escravizado. Dado a vistoria na casa do réu em busca do escravizado, foram encontrados também vestimentas, ouro e pistola pertencentes à vítima. Seguindo as investigações foram encontrados mais bens da vítima sob mãos do outro réu Joze Antonio Branco. Silverio foi encontrado na propriedade de Gabriel de Lima dos Anjos, acusado por abrigar o foragido. Em contrapartida, no depoimento da vítima, foi apenas acusado Silverio como culpado pelos ferimentos e roubo, mas tendo-os distribuídos entre os outros réus e Francisco Franco em acordo prévio. Houve a condenação dos réus, e absolvição de Gabriel de Lima dos Santos e Joze Antonio Branco.

              Atuaram no processo:
              escrivão interino Generoso Pereira dos Anjos Junior;
              signatário Antonio Ricken de Amorim;
              signatário Jorge Xavier de Vasconcellos;
              signatário Joze Coelho de Avilla;
              signatário Antonio Rodrigues de Lima;
              porteiro e signatário Domingos Leite;
              procurador defensor Antonio Saturnino de Ramos de Oliveira;
              promotor Fernando Machado Vieira;
              promotor Frederico Xavier de Souza;
              oficial de justiça Gregorio Antonio;
              juiz municipal e delegado Guilherme Ricken;
              juiz de direito doutor Francisco Vieira da Costa.

              Localidades relevantes:
              Quarteirão dos Curitibanos;
              Cachorros;
              Rio dos Cachorros;
              Curitiba.

              Compõem o processo:
              Petição inicial;
              Testemunhos;
              Interrogatório;
              Libelo acusatório;
              Sentença;
              Conclusão;
              Tomada de contas.

              Variação de nome:
              Felix José Caetano;
              Caxorros;
              Coritiba.

              Autos de Sumário Crime de Fernando
              BR SC TJSC TRRJ-20183 · Processo · 1851
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de sumário crime por tentativa realizado na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Justiça (autora);
              Fernando (réu).

              Resumo:
              Neste processo, em que a justiça é a autora, um homem escravizado de nome Fernando (designado como preto) foi acusado de espancar e passar uma faca no pescoço de um menino menor de idade, chamado João Maranhão. O menor era agregado de Antonio da Cruz, dono da Fazenda do Sedro, em que o suposto crime aconteceu, e senhor de Fernando.

              A justiça afirmou, primeiramente, que as marcas em seu pescoço eram visíveis, determinando uma intenção de degolar, mas que não foi possível seguir com o primeiro corpo de delito, pois o menino havia fugido para Tubarão. Com isso, o réu foi recolhido à cadeia pública da vila de Lages para, juntamente à testemunhas, responder ao sumário. Durante a interrogação, Fernando alegou que não observou nenhum ferimento no pescoço de João e, ao ser perguntado se sabia de um espancamento contra o menino, o réu respondeu que ele teria levado punições físicas de Cruz, por malcriação, fugindo da Fazenda após o ocorrido. A justiça requereu, então, a realização de um corpo de delito, em que foram encontradas duas feridas já cicatrizadas – uma em seu pescoço e outra do lado direito de seu peito – feitas por arma cortante.

              João foi notificado para comparecer à subdelegacia de Laguna e prestar juramento de tornar-se parte ou não contra o réu, onde decidiu não prestar depoimentos que acusassem Fernando. Ao final do processo, o juiz declarou que a acusação não se verificou, tanto por conta das divergências entre os depoimentos das testemunhas, quanto pela falta de provas materiais do suposto crime. Com isso, foram determinadas as ações como improcedentes, com sentença a favor do réu. A municipalidade foi sentenciada a pagar as custas.

              Localidades relevantes:
              Pedrinhas;
              cadeia pública da vila de Lages;
              estância do Sedro;
              fazenda do Sedro;
              quarteirão do Portão;
              freguesia de Nossa Senhora da Piedade do Tubarão (atual cidade de Tubarão, Santa Catarina);
              vila de Lages (atual cidade de Lages, Santa Catarina);
              vila de Laguna (atual cidade de Laguna, Santa Catarina).

              Compõem o processo:
              auto de interrogação ao réu;
              auto de qualificação;
              auto de testemunhas;
              carta precatória requisitória;
              corpo de delito;
              intimação;
              juramento;
              portaria;
              sentença.

              Atuaram no processo:
              delegado de polícia e juiz municipal Guilherme Ricken;
              escrivão de órfãos e do geral Generoso Pereira dos Anjos;
              escrivão Manoel Antonio do Nascimento;
              perito Manoel Jose da Conceição;
              signatário Domingos Leite;
              signatário Francisco Manoel de Vieira;
              signatário Jorge Xavier de Vasconsellos;
              signatário Jose Constantino de Almeida;
              signatário José da Costa;
              signatário e perito Jose Gonçalves de Faria;
              subdelegado Manoel Sebastião.

              Variação de nome:
              estância do Cedro;
              fazenda do Cedro;
              João Jose de Maciel.

              Crime de morte de Gervazio Basílio
              BR SC TJSC TRRJ-20383 · Processo · 1851 - 1865
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos crime de morte ex officio realizados na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              A Justiça (autora);
              Gervazio Basílio (réu).

              Resumo:
              Este processo se inicia com o homicídio de Miguel Linhares, após ele ser encontrado por seu irmão e demais testemunhas em uma restinga. Eles apontaram Gervazio Basílio como culpado, porque uma das armas do crime seria de sua posse, e o réu se ausentou do distrito.

              O processo contou com testemunhas, que afirmaram ter achado Miguel ferido mortalmente por um tiro, algumas facadas e bordoadas. Além disso, é alegado que existia uma inimizade entre o finado e o réu, e que o denunciado havia passado pela mesma estrada no dia do crime. Os declarantes também avistaram alguns pertences do falecido na restinga, próximos ao corpo. Dentre as testemunhas, um dos depoentes não compareceu por motivos de saúde; mas, em sua carta de justificação de ausência, ele menciona que um homem escravizado, de sua propriedade, relatou ter encontrado um chapéu e um "rebenque" (pequeno chicote de couro) pertencente à vítima em um lajeado.

              O juiz acatou os depoimentos e requereu que o réu fosse colocado no rol dos culpados. Além disso, foi pedido mandado de captura às autoridades policiais e concluiu-se que o crime teve circunstâncias agravantes, sendo o réu pronunciado para tribunal do júri, quando preso. Ao fim do processo, é exposto que o denunciado estava foragido, e não foi encontrado pelos oficiais de justiça. O processo fica, portanto, sem um desfecho definitivo.

              Localidades relevantes:
              distrito da Ponte Alta;
              estrada geral;
              passo do Rio de Canoas;
              quarteirão dos Campos Novos;
              quarteirão dos Curitibanos;
              vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
              segunda comarca.

              Compõem o processo:
              carta citatória;
              correição;
              libelo acusatório;
              queixa;
              sentença;
              sumário crime;
              testemunhos.

              Atuaram no processo:
              escrivão Constancio Xavier de Souza;
              escrivão José Luis Pereira;
              escrivão Miguel Gonçalves Franco;
              escrivão de órfãos Generoso Pereira dos Anjos;
              inspetor Egidio Alves da Silva Roza;
              juiz corregedor Joaquim José Henriques;
              juiz municipal e delegado Guilherme Ricken;
              juiz municipal e delegado Jose Nicolau Pereira dos Santos;
              juiz municipal segundo suplente e signatário Laurentino Jose da Costa;
              juiz municipal terceiro suplente tenente-coronel Manoel Rodrigues de Souza;
              oficial de justiça Caciano Joze Fernandes;
              promotor público e signatário Antonio Ricken do Amorim;
              signatário Manoel Francisco de Deus.

              Libelo cível de Francisco Borges Fernandes
              BR SC TJSC TRRJ-78570 · Processo · 1841
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de libelo cível de reivindicação realizado na vila de Lages, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

              Nome das partes:
              Francisco Borges Fernandes (autor);
              Maria Angelica Coelho (ré);
              Manoel Antonio Coelho (réu);
              Manoel José Novais (réu, falecido).

              Resumo:
              Neste libelo cível de reivindicação, o autor Francisco Borges Fernandes relata ter sido roubado em sua casa e na sua mercearia (casa de negócios de secos e molhados) por Manoel José Novais e por Manoel Antonio Coelho, designado como pardo. O libelo reivindica, portanto, uma indenização pelos danos causados.

              Segundo a denúncia do autor, o fato criminoso aconteceu enquanto o autor se ausentou de sua casa de negócios empregando uma mulher de nome Maria da Luz para lá ficar durante sua saída. Nesse ínterim, Manoel José Novais e Manoel Antonio Coelho (designado como pardo) invadiram o estabelecimento, expulsando Maria da Luz, e procederam a roubar os bens ali existentes. Eles causaram danos ao estabelecimento, efetuando arrombamentos, destruindo trancas, caixas e outros obstáculos.

              Além disso, o autor acusou Manoel José Novais e Manoel Antonio Coelho de integrarem uma quadrilha, tendo um histórico de crimes cometidos na região; e não satisfeitos com o crime cometido em sua loja, deslocaram-se à localidade de Pedras Brancas, onde roubaram de Rafael Mendes de Carvalho.

              Todavia, Manoel José Novais faleceu. Logo, sua viúva, Maria Angélica Coelho, é citada pelo autor, pelo fato de que ela estava em posse dos bens roubados.

              Dentre os itens roubados, constam joias, bens em ouro, prataria e cobre, tecidos, mercadorias, ferramentas, uma espada e uma quantia em dinheiro no valor de 500 mil réis. O autor, em razão dos prejuízos a ele causados, requereu que a ré pagasse esta mesma quantia em dinheiro, com a adição de juros.

              Outra descrição é dada à denúncia nos autos de sumário crime que se encontram dentro do processo, datados de 1838; neles, os réus Manoel José Novais e Manoel Antonio Coelho de invadirem sua casa na intenção de assassiná-lo, disparando tiros contra sua porta antes de efetuar o roubo acima descrito. É relatado, também, que Novais e Coelho fingiram ser agentes policiais e que, além disso proferiram injúrias contra Maria da Luz.

              Em outra procuração, a denúncia toma ainda outra forma; é alegado que os réus chegaram à cavalo à porta de sua casa de negócios, exigindo que as portas fossem abertas para que eles pudessem beber cachaça. Após discussão, os réus adentram o estabelecimento e efetuam o fato criminoso.

              É mencionado, também, que o ataque à casa de Francisco Borges Fernandes foi parte da invasão de Lages pelas forças rebeldes da Revolução Farroupilha, sendo ali descrita como “invasão do inimigo”.

              Os depoimentos das testemunhas corroboram a versão do autor. Ao final do sumário crime, os réus são sentenciados à prisão e livramento.

              Maria Angélica Coelho também fez um auto de libelo contrariando o libelo do autor Francisco Borges Fernandes, acusando-o de calúnia; ela alega que ele foi preso pelo general Pedro Labatut durante a Revolução Farroupilha, e enviado como prisioneiro à Vila Nova de Santo Antônio da Lapa, na província do Paraná, por ter ladeado com os farrapos.

              O final do processo é inconclusivo.

              Localidades relevantes:
              Vila Nova de Santo Antônio da Lapa (atual município de Lapa, Paraná)
              vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

              Compõem o processo:
              artigos do libelo do autor;
              auto de corpo de delito;
              autos de sumário crime;
              contas;
              libelo contraditório;
              procurações;
              relação dos bens roubados;
              termo de audiência;
              termo de responsabilidade;
              testemunhos.

              Atuaram neste processo:
              escrivão Joaquim Vaz de Siqueira;
              escrivão Manoel Francisco Silva;
              escrivão Manoel José Pereira Cordeiro;
              juiz corregedor Joaquim Joze Henriques;
              juiz municipal Marcelino de Castro Lima;
              juiz municipal Matheus José de Souza;
              juiz de paz João Thomas Silva;
              juiz de paz alferes Antonio Pereira Borges;
              oficial de justiça Candido Jose Maria;
              procurador Carlos Soares dos Santos;
              procurador capitão Ipolito Dias Machado;
              tabelião capitão Generoso Pereira dos Anjos.

              Variação de nome:
              Maria Angellica Coelho;
              Maria da Luis.

              Sumário crime de Antonio Benedito dos Santos
              BR SC TJSC TRRJ-20188 · Processo · 1852
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Auto de sumário crime realizado na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

              Partes do processo:
              Antonio Benedito dos Santos (autor);
              Américo Pereira dos Santos (réu);
              Francisco Sueiro (réu).

              Resumo:
              O juiz de paz major Antonio Benedito moveu um auto de sumário crime contra os réus Américo Pereira dos Santos e Francisco Sueiro, pelo crime de injúria. Ele afirmou que os suplicados proferiram ofensas e ameaças contra ele e sua família, em sua casa. Os réus foram presos na cadeia pública, e citados para prestarem depoimento.

              Em depoimento, um dos réus afirmou que foi até a casa do autor para cobrá-lo do pagamento de uma dívida, e que não era verdade a afirmação de que eles proferiram injúrias contra o autor. Já o outro réu alegou não se lembrar do ocorrido, por estar embriagado. Eles requereram a citação de testemunhas, que afirmaram não ter ouvido insultos vindos dos réus; somente ouviram o autor negando-se a pagar a pendência equivalente a um "patacão" (moeda de 960 réis).

              Uma audiência foi realizada, e tanto o suplicante quanto suas testemunhas não compareceram. Os réus requereram que a parte autora fosse condenada à revelia. O juiz absolveu os suplicados, lavrando um alvará de soltura em que consta que o autor abandonou o processo. A ação teve seu efeito jurídico anulado, e o autor foi condenado a arcar com as custas da ação.

              Posteriormente, o processo foi revisto duas vezes em correição. Na primeira, o juiz corregedor afirmou que, em crimes afiançáveis, os réus só podem ser presos depois de pronúncia, fato que não aconteceu na ação. Por fim, foi requerido que os presentes autos fossem apresentados à coletoria para a averbação do selo.

              Atuaram no processo:
              coletor Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
              delegado Guilherme Ricken;
              escrivão Generoso Pereira dos Anjos;
              escrivão Generoso Pereira dos Anjos Junior;
              juiz corregedor Joaquim Joze Henriques;
              juiz municipal substituto alferes Antonio Fellipe Pessoa;
              promotor público Antonio Ricken de Amorim;
              signatário Jorge Xavier de Vasconcellos.

              Localidades relevantes:
              cadeia pública da vila de Lages;
              vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
              segunda comarca.

              Compõem o processo:
              auto de qualificação;
              correições;
              depoimentos;
              sentença;
              notificação;
              termo de juramento.

              Variação de nome:
              Francisco Suêro.

              Sumário crime de Caetano Antônio Teixeira
              BR SC TJSC TRRJ-28994 · Processo · 1849
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Sumário crime de queixa e denúncia realizado na vila de Lages, na época sob a segunda comarca de Santa Catarina.

              São partes neste processo:

              • Domiciano de Azevedo Camillo Mascarenhas (autor);
              • Caetano Antônio Teixeira (réu).

              Resumo:

              • Neste processo, o autor Domiciano d’Azevedo Camillo Mascarenhas apresentou queixa contra o réu Caetano Antônio Teixeira, morador em Curitibanos, pelo fato de que as terras do autor foram ilegalmente e irregularmente vendidas ao réu, por parte de Ignácio da Luz.
              • Domiciano era possuidor de uma propriedade rural contendo um rancho, no quarteirão dos Campos Novos; lá, abrigava Ignácio da Luz, que encontrava-se acometido pelo “mal de Lázaro” (hanseníase/lepra). Em um momento em que Domiciano ausentou-se daquela sua propriedade, Ignácio vendeu uma parte da propriedade a Caetano, sem o consentimento do proprietário e sem entregar a escritura ou qualquer outro documento comprobatório da posse de tais terras. Sem demora, Caetano e seu pessoal desmancharam o rancho de Domiciano, e colocaram gado para pastar na localidade. O autor, ao retornar, encontrou sua propriedade alterada e danificada, e começou a consertar os danos causados. Encontrou ali também um escravizado de posse sua, que foi ordenado pelo autor a dizer ao réu Caetano que desocupasse suas terras. Entretanto, segundo Domiciano, o escravizado fingiu ser leal, mas na verdade estava do lado do réu. O réu marchou, mais tarde, para a propriedade do autor, com camaradas seus, capangas e mais seis escravizados, munidos de armas de fogo, lanças e espadas; e cercando a Domiciano, insultaram-no, agrediram-no e ameaçaram-no de morte. De acordo com a denúncia, o autor manteve-se calmo, e por isso ele e sua família escaparam com vida. Desse modo, o autor veio à justiça para retratar a venda e receber indenizações.
              • O processo termina com a desistência da ação por parte do autor, pelo fato de que este firmou um acordo com o réu; foi definido que o réu ficou encarregado de desocupar a propriedade.

              São mencionadas as seguintes localidades:

              • Distrito/quarteirão de Campos Novos;
              • Curitibanos.

              Atuaram neste processo:

              • Escrivão Matthias Gomes da Silva;
              • Juiz Guilherme Ricken;
              • Oficial de justiça Gregório Antônio.

              Variações de nome:

              • Domiciano d’Azevedo Camello Mascarenhas;
              • Domiciano d'Azevedo Camillo Mascaranhas;
              • Domiciano de Azevedo Camello Mascarenhas.
              Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
              BR SC TJSC TRRJ-20179 · Processo · 1851
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Autos de Sumário Crime realizado na Vila de Lages, na Segunda Comarca.

              Partes: A Justiça (autora); Crispim Silveira Gularte, João Modesto de Oliveira, Francisco Serciro (réus);

              Resumo:
              O Juiz/Delegado Guilherme Ricken dá início a um processo de sumário crime contra os réus Crispim Silveira Goulart, João Modesto de Oliveira e Francisco Serciro, todos guardas responsáveis pela condução de três desertores à Capital da Província de Santa Catarina, culpabilizados pela fuga dos desertores. Após investigação e questionamento de testemunhas, o delegado considera verídico o relato dos réus, no qual justificam que, devido a um deles ter sido afligido por uma doença, e os outros dois estarem exaustos e com fome por conta da prolongada viagem, os desertores utilizaram um canivete para fugir enquanto os guardas dormiam. O delegado declara que os réus são isentos de culpa e, portanto, não devem ser punidos pelo ocorrido.

              Localidades mencionadas:
              Vila de Lages;
              Capital; Desterro;
              Canoas;
              Indios;
              Laguna;
              Província de São Paulo.

              Atuaram no processo:
              Escrivão Generoso Pereira dos Anjos Junior;
              Signatário Domingos leite; Signatário Manoel de Oliveira Guedes;
              Juiz/Delegado Guilherme Ricken.

              Variação de nome: Crispim Silveira Goulart; Chrispim Gularte; Francisco Sercino; Francisco Sueiro; Francisco Sueres.

              Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
              Sumário Crime de Domingos da Silva Reis
              BR SC TJSC TRRJ-10604589 · Processo · 1830-1860
              Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

              Auto de sumário crime de denúncia realizado na vila de Lages.

              Partes do processo:
              Domingos da Silva Reis (réu);
              Vicente (vítima);
              Emeria (vítima);
              Francisco (vítima);
              Brizida Maria (vítima);
              Lauriano Jozé de Ramos (autor);

              Resumo: São feitos os autos de denúncia por crime de roubo, perpetuado pelo réu Domingos da Silva Reis. Ele é acusado por três diferentes testemunhas por ter feito o roubo de animais e ferramentas de 4 pessoas diferentes, como afirmam as testemunhas presentes nos autos.

              Atuaram no processo:
              escrivão Marcelino de Castro Lima;
              fiscal de quarteirão Joaquim Antonio de Moraes;
              juiz ordinário Lauriano Jozé de Ramos;
              juiz corregedor Joaquim Jozé Henriques;

              Localidades relevantes:
              vila de Lages (atualmente cidade de Lages, Santa Catarina);

              Compõem o processo:
              Denúncia;
              Traslado de Testemunhos;
              Conclusão.