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            Prestação de contas de Maria de Mattos
            BR SC TJSC TRRJ-10766714 · Processo · 1849
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Prestação de contas realizada na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina

            Parte do processo:
            Maria de Mattos (prestadora).

            Herdeiros:
            Andresa;
            Carolina;
            Firmina;
            Gregoria;
            Honorio;
            Jordão;
            Jorge;
            Pureza.

            Resumo:
            Neste processo, Maria de Mattos é notificada para prestar contas sobre questões pendentes após o falecimento de seu marido, Francisco Ricardo da Silva. Em auto de contas das dívidas passivas, a tutora apresentou os recibos requeridos, para comprovar o pagamento das pendências. Ao decorrer da ação, é citada uma mulher escravizada chamada Eugenia, designada enquanto de nação (africana), pois foi requerido pagamento da meia siza por parte da prestadora.

            Além das dívidas, a prestadora é citada para dar atualizações sobre a tutoria de seus filhos menores, como seus estados civis e o recebimento das legítimas partes dos bens inventariados. O processo foi julgado por sentença, em que o juiz dá continuidade à tutoria por parte de Maria e requer pagamento das custas.

            Atuaram no processo:
            coletor major Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
            delegado e juiz municipal e de órfãos Matheos Joze de Souza;
            escrivão de órfãos Generoso Pereira dos Anjos;
            tabelião Mathias Gomes da Silva.

            Localidades relevantes:
            Boa Vista;
            Campos Novos;
            Castro;
            Rio Negro;
            segunda comarca;
            vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
            vila de Laguna (atual município de Laguna, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            autos de contas;
            contas;
            recibos;
            sentença.

            Inventário de Urbano Antonio de Moraes
            BR SC TJSC TRRJ-29727 · Processo · 1852 - 1864
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Autos de inventário realizados na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Urbano Antonio de Moraes (falecido);
            Ignacia de Souza Doarte (inventariante).

            Herdeiros:
            Florisbela;
            Generoso;
            João;
            Joaquim Ferreira da Silva (co-herdeiro);
            Jose Antunes Pires (co-herdeiro);
            Liandro;
            Manoel Alipio;
            Manoel Antonio de Moraes;
            Maria;
            Querubina Doarte de Moraes.

            Resumo:
            Ignacia de Souza Doarte abre um processo de inventário após o falecimento de seu marido, Urbano Antonio de Moraes. Como o finado deixou herdeiros menores de idade, a ação contou com a nomeação de um curador e passou pelo juízo dos órfãos. Mais tarde, o curador nomeado desiste do cargo, por encontrar-se no cargo de coletor das rendas e, com isso, um substituto foi indicado.

            Os bens inventariados foram campos, casas, animais, tecidos, prata, utensílios de cozinha, ferramentas, mobília, equipamentos para montaria (cangalhas, arreios e esporas), canastras, louça, uma pistola, um facão, vestuário e uma quantia em moeda corrente. Constam duas pessoas escravizadas, de nomes Luiza e Delfina, descritas como crioulas de casa. São citadas dívidas ativas deixadas pelo falecido. Ao decorrer do processo, a inventariante abre petição para declarar que o co-herdeiro Jose Antunes Pires, quando casou-se com Querobina, recebeu de dote alguns bens que, por engano, foram adicionados à relação no inventário. Com isso, ela requer que esse patrimônio seja abatido no momento da partilha.

            Após avaliados, os bens passaram por um processo de partilha, em que dívidas externas ao monte foram adicionadas ao pagamento das legítimas partes de cada herdeiro. Dentro da ação, são anexados autos de justificação em que a viúva é justificante e o curador dos órfãos é justificado. Nesse documento, a inventariante afirma que tem capacidade suficiente para ser tutora de seus filhos menores e administrar as legítimas partes. São citadas testemunhas que confirmam sua condição e, com isso, o juiz a nomeia como habilitada para ser tutora. Para tal função ser conquistada, além de prestar fiança e pagar as custas da justificação, a inventariante assina um termo de renúncia do Benefício Veleano, que impedia a tutela de mulheres viúvas aos seus filhos.

            O processo é julgado por sentença, em que o juiz requer pagamento das custas de maneira pro rata. Mais tarde, são abertos autos de tomada de contas, em que a inventariante e tutora presta atualizações sobre o estado de seu filho Generoso e seus respectivos bens.

            Atuaram no processo:
            avaliador e procurador Antonio Jose Pereira Tinoco Junior;
            avaliador e fiador João Fernandes Carypuna;
            coletor das rendas nacionais major Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
            curador substituto Matheus José de Souza;
            escrivão da correição e partidor Generoso Pereira dos Anjos;
            escrivão de órfãos vitalício e tabelião Generoso Pereira dos Anjos Junior;
            juiz de direito em correição Joaquim José Henriques;
            juiz de órfãos Guilherme Ricken;
            juiz de órfãos terceiro suplente e procurador Claudiano de Oliveira Rosa;
            partidor Jorge Trueter;
            signatário Anacleto Dias Baptista;
            signatário Antonio Riken de Amorim;
            signatário Antonio Rodrigues Lima;
            signatário Domingos Leite;
            signatário Giminiano Borges Ferreira;
            signatário Lourenço Dias Baptista.

            Localidades relevantes:
            Campos Novos;
            distrito dos Curitibanos e Campos Novos (atual município de Curitibanos, Santa Catarina);
            segunda comarca;
            vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            auto da partilha;
            auto de contas;
            autos de justificação;
            autos de tomada de contas;
            contas;
            correição;
            descrição e avaliação dos bens;
            petições;
            procurações;
            sentenças;
            termo de louvação;
            termo de renúncia do Benefício Veleano;
            termo de tutoria;
            termos de declaração;
            termos de juramento.

            Variação de nome:
            vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages.

            Inventário de Raimundo Martins da Fonceca
            BR SC TJSC TRRJ-41994 · Processo · 1852-1857
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na vila de São José, Segunda Comarca.

            Partes do processo:
            Raimundo Martins da Fonceca (falecido);
            Manoel Raimundo Martins (inventariante).

            Herdeiros:
            Luis Raimundo Martins;
            Ritta;
            Bernardo Martins;
            Vicente Martins;
            Joaquim Martins;
            Matilda Roza de Jesus;
            Maria;
            Anna Roza;
            Caetana;
            Clara Roza de Jesus;
            Albino;
            Joaquim de Souza Pereira;
            Luiza Roza de Jesus;
            Lionilda Roza de Jesus;
            Caetana Roza de Jesus;
            Fabiano de Souza Pereira.

            Resumo: Inventário requerido pelo filho do falecido, Manoel Raimundo Martins, nele contendo terras, animais, casas, e dívidas. Além disso, há o registro de 01 pessoa escravizada, de nome Antonio - designado da nação Moçambique. Há posse de tutela dos irmãos herdeiros.

            Atuaram no processo:
            juiz dos órfãos João Francisco de Souza;
            curador dos órfãos Manoel de Freitas Sampaio;
            escrivão dos órfãos Francisco Xavier de Oliveira Camara;
            avaliador Joze Joaquim das
            avaliador Constancio Jose da Souza Pessoa;
            juiz corregedor João José d’Andrade Pinto;
            juiz dos órfãos Francisco Honorato Cidade;
            curador de órfãos Manoel da Silva Mafra;
            partidor Duarte Vieira da Cunha.

            Localidades relevantes:
            Sertão do Imarohy.

            Compõe o processo:
            Procuração;
            Termo de tutela.

            Inventário de Maria Benta do Amaral
            TRRJ-29683 · Processo · 1853
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado em Lages, na época parte da Segunda Comarca da Província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Maria Benta do Amaral (falecida);
            José Pereira de Jesus (inventariante).

            Herdeiros:
            Vidal;
            João;
            Raulino;
            José;
            Antonio;
            Camillo;
            Florisbella, casada com Jose Marcellino Borges de Oliveira;
            Maria;
            Anna;
            Bertholina;

            Resumo: Inventário requerido pelo marido da falecida, José Pereira de Jesus, nele contendo uma grande quantidade de animais, casas, terras, mobília, arma de fogo, prataria, ouro e dívidas. Há o registro de 02 pessoas escravizadas, de nomes: Francisco e Maria. Após a avaliação e partilha dos bens, é assinado um termo de tutoria que torna o inventariante José Pereira tutor de seus filhos José, Antonio, Camillo, Anna e Bertholina.

            Atuaram no processo:
            juiz corregedor Francelizio Adolpho Pereira Guimarães;
            escrivão Generoso Pereira dos Anjos Junior;
            juiz Lourenço Dias Baptista;
            curador de órfãos Claudianno de Oliveira Rosa;
            louvador Antonio Felipe Pessoa;
            louvador; partidor Joze Joaquim da Cunha Passos;
            juiz Guilherme Ricken;
            avaliador; partidor; coletor Antonio Saturnino de Souza de Oliveira.

            Localidades relevantes:
            Capão Alto;
            Rua Direita.
            Cima da Serra;
            Vila de Lages;
            Segunda Comara;

            Compõe o processo:
            Termos de juramento;
            Termo de tutoria;

            Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
            Inventário de Laurentino José de Souza
            BR SC TJSC TRRJ-58242 · Processo · 1851 - 1856
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na vila de São José, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Laurentino José de Souza (inventariado);
            Alexandrina Leopoldina de Andrade (inventariante).

            Herdeiros:
            Albino José de Souza;
            Antonio José de Souza;
            Bernardino José de Souza;
            Francisco José de Souza;
            João José de Souza;
            Joaquim José de Souza;
            Maria Alexandrinha de Souza;
            Thomáz José de Souza;
            Vicente José de Souza.

            Resumo:
            Alexandrina Leopoldina de Andrade abre um processo de inventário após o falecimento de seu marido, Laurentino José de Souza. Como o finado deixou herdeiros menores de idade, a ação contou com a nomeação de um curador e passou pelo juízo dos órfãos.

            Os bens inventariados foram um forno de cobre, pedras de tafona, terrenos, prataria, uma casa, um meio de transporte descrito como carro, animais, engenhos de cana e farinha. Constam duas pessoas escravizadas: Domingos, de nação Congo, e Rita, descrita como crioula e criança. Após avaliados, os bens passaram por um processo de partilha, em que parte do patrimônio foi separada para o pagamento das dívidas passivas; além disso, alguns herdeiros receberam uma quantia de dinheiro em reposição, para equilibrar a partilha.

            Ao decorrer da ação, é anexada uma petição em que a inventariante afirma ter capacidade suficiente para ser tutora de seus filhos menores, administrando seus respectivos bens. Para tal função ser conquistada, a requerente assina um termo de renúncia do Benefício Veleano, que impedia a tutela de mulheres viúvas aos seus filhos. O processo foi julgado por sentença, e o juiz requereu o pagamento das custas por parte dos interessados.

            Um dos credores afirma que, apesar de sua dívida ser incluída no inventário, o valor necessário ainda não foi depositado. Por haver se passado 16 meses após a sentença, ele requer que os bens separados para a quitação sejam vendidos em praça pública, e que com o dinheiro seja realizado o reembolso. Com isso, são realizados pregões para a arrematação do patrimônio.

            O juiz requer a inclusão de documentos e a adequação do processo para ser enviado ao juízo da correição, pois os juízos municipais e comerciais estariam com muitos afazeres até a data limite de publicação da ação — não foi possível identificar mais detalhes da sentença por conta do vazamento de tinta na folha. O processo é concluído com um auto de tomada de contas, em que a tutora dos órfãos presta atualizações sobre os bens e vivências de seus filhos.

            Atuaram no processo:
            curador dos órfãos e procurador Manoel de Freitas Sampaio;
            coletor Gaspar Xavier Neves;
            escrivão dos órfãos Francisco de Xavier de Oliveira Camara;
            juiz de órfãos Francisco Honorato Cidade;
            juiz de órfãos João Francisco de Souza;
            partidor Duarte Vieira da Cunha;
            partidor Joaquim Lourenço de Souza Medeiros;
            pregoeiro dos auditórios Joaquim Affonço Pereira;
            tabelião David do Amaral e Silva;

            Localidades relevantes:
            segunda comarca;
            sertão de Marohy (atual bairro Sertão do Maruim, São José);
            vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            auto de partilha;
            auto de tomada de contas;
            autos de praça;
            contas;
            correição;
            petições;
            pregões;
            procuração;
            recibos;
            sentenças;
            termo de obrigação;
            termo de renúncia;
            termos de juramento.

            Variação de nome:
            certão de Marohy.

            Inventário de Joaquim de Souza da Costa
            TRRJ-57236 · Processo · 1849-1896
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na vila de São José em 1849, na época parte da Segunda Comarca de Samta Catarina.

            Partes do processo:
            Joaquim de Souza da Costa (inventariada);
            Joaquina Rosa de Jesus (inventariante).

            Herdeiros:
            Maria Joaquina;
            Caetano José de Souza;
            Anna;
            Bernardina de Souza;

            Resumo: Inventário requerido pela esposa do falecido, Joaquina Rosa de Jesus. Feita a titulação dos herdeiros, fez-se a avaliação dos bens, que descreveu: utensílios domésticos, mobília, animais, terras, engenhos, casas e dívidas. Além disso, contém o registro de 8 pessoas escravizadas, de nomes: Manoel designado da nação Banguela; Antonio designado da nação Congo; Pedro e Maria designados da nação Moçambique; José, Vicente, Emerenciana e Mauricia, descritos como crioulos.
            A inventariante assinou termo em que renuncia ao direito veleano, tornando-a hábil para assumir a tutoria de seus filhos menores, assim como a guarda de suas legítimas da partilha. Passados alguns anos, ela presta contas à justiça, fazendo-se a passagem dos bens para os filhos tutelados que alcançaram a maioridade.
            Há o recibo de pagamento a João José de Castro Junior pelo curador da herança Manoel Telesphoro Machado em 1896, referente a outro inventário que envolve alguns destes bens.

            Atuaram no processo:
            avaliador Constancio José da Silva Pessoa;
            avaliador Florencio Gomes de Coelho;
            curador geral Manoel de Freitas Sampaio;
            escrivão Francisco Xavier d’Oliveira Camara;
            escrivão Daniel do Amaral e Silva;
            juiz corregedor João José d’Andrade Pinto;
            juiz de órfãos João Francisco de Souza;
            juiz Francisco Honorato Cidade;
            juiz Luis Ferreira do Nascimento e Mello;
            juiz Joaquim Thiago da Fonseca;
            partidor Duarte Vieira da Cunha;
            partidor Joaquim Lourenço de Lima Medeiros;
            coletor João José de Castro Junior;

            Localidades relevantes:
            Vila de São José;
            Capoeiras;
            Passa Vinte;
            Potecas;
            Areias;

            Compõe o processo:
            Recibos;
            Termo de tutoria.
            Partilha de bens;
            Avaliação de bens;
            Tomada de contas;

            Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
            Inventário de Jacinta Clara de Jesus
            BR SC TJSC TRRJ-12126 · Processo · 1850 - 1854
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na vila de São José, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

            Partes:
            Jacinta Clara de Jesus (falecida);
            Bernardo José Fernandes (inventariante).

            Herdeiros:
            Anna Clara de Jesus;
            Bernardino José Fernandes;
            Cezaria Clara de Jesus;
            Doroteia Clara de Jesus;
            João José Fernandes;
            Manoel José Fernandes;
            Maria Clara de Jesus;
            Rosa Clara de Jesus;
            Vicente José Fernandes.

            Resumo:
            O presente inventário foi realizado pelo viúvo Bernardo José Fernandes, marido da falecida Jacinta Clara de Jesus. Como a finada deixou herdeiros menores, a ação contou com a nomeação de um curador e passou pelo juízo de órfãos.

            Foram descritos e avaliados bens como: objetos em cobre, mobília, um engenho de cana, transporte (carro de boi), animais, terras e casas. Após avaliados, os bens passaram por um processo de partilha entre os herdeiros. O processo foi julgado por sentença, em que o juiz requereu o pagamento das custas de maneira pro rata. A ação é concluída com a assinatura do inventariante em um termo de obrigação sobre a administração dos bens dos filhos menores, até quando suas maioridades forem alcançadas.

            Atuaram no processo:
            avaliador Antonio Laurianno de Mello;
            avaliador Antonio Pereira da Silva;
            curador Manoel de Freitas Sampaio;
            escrivão Francisco Xavier d’Oliveira Câmara;
            juiz municipal João Francisco de Souza;
            partidor Duarte Vieira da Cunha;
            partidor Joaquim Lourenço de Souza Medeiros.

            Localidades relevantes:
            freguesia da Enseada de Brito (atual bairro de Enseada do Brito, Palhoça);
            Praia de Fora;
            segunda comarca;
            vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            auto de partilha;
            correição;
            descrição e avaliação dos bens;
            petições;
            sentença;
            termo de obrigação;
            termos de juramento.

            Inventário de Guilherme Pintes
            BR SC TJSC TRRJ-58421 · Processo · 1851 - 1871
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Autos de inventário realizado na vila de São José, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Guilherme Pintes (falecido);
            Margarida Cretz (inventariante).

            Herdeiras:
            Christina;
            Clara;
            Maria.

            Resumo:
            Margarida Cretz abre um processo de inventário após o falecimento de seu marido, Guilherme Pintes. Como o finado deixou filhas menores de vinte e um anos, a ação contou com a nomeação de um curador. Os bens inventariados foram utensílios de cozinha, ferramentas, candeeiros, chumbo, mobília, caixas, barricas, terrenos, casas e um rancho. São citadas dívidas ativas e passivas deixadas pelo falecido. Consta no processo um homem escravizado, de nome Antonio, descrito como de nação Mina. Após avaliados, os bens passaram por um processo de partilha, e parte do patrimônio foi separado para pagamento dos credores. O processo foi julgado por sentença, em que o juiz requer notificação dos parentes mais próximos das filhas, e João Adão Schmit é nomeado para ser tutor.

            Mais tarde, Joze Krüpp, novo marido da inventariante, abre petição para tratar da tutoria das herdeiras do processo. Ele afirma que o tutor nomeado encontrava-se longe dos bens que ficaram em sua posse, e um prazo foi estabelecido para o tutor apresentar contas dos bens. Parte dos objetos passou por arrematação para pagar as despesas das contas, em que o valor obtido foi colocado no cofre público. Anos após o início da ação, os maridos das herdeiras Clara e Christina abrem uma petição requerendo que o valor colocado no cofre seja recolhido, por elas já se encontrarem casadas.

            Atuaram no processo:
            avaliador Constancio José da Silva Pessoa;
            avaliador Joze Joaquim dos Santos;
            curador João Climaco Zuzarte;
            curador Manoel da Silva Mafra;
            curador Manoel de Freitas Sampaio;
            escrivão dos órfãos Francisco Xavier d’Oliveira Camara;
            juiz de órfãos Francisco Honorato Cidade;
            juiz de órfãos João Francisco de Souza;
            juiz de órfãos segundo suplente tenente coronel Gaspar Xavier e Neves;
            partidor Duarte Vieira da Cunha;
            partidor Joaquim Lourenço de Souza Medeiros;
            pregoeiro público Joaquim Affonço Pereira;
            procurador Custodio José da Silva Pessoa;
            tesoureiro Manoel Pinto de Lemos;
            vigário padre Roberto Bender.

            Localidades relevantes:
            estrada nacional;
            freguesia de São Pedro de Alcântara (atual município de São Pedro de Alcântara, Santa Catarina);
            praia comprida;
            segunda comarca;
            termo de São Miguel (atual município de Biguaçu, Santa Catarina);
            vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            auto de partilhas;
            auto de praça e arrematação;
            auto de tomada de contas;
            avaliação;
            certidões de casamento;
            contas;
            correições;
            edital;
            petições;
            réplica;
            sentenças;
            termo de arrematação;
            termo de tutoria;
            termos de juramento.

            Variação de nome:
            Joze Krüff.

            Inventário de Francisco Pereira da Cunha Medeiros
            BR SC TJSC TRRJ-10763633 · Processo · 1847-1859
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na vila de Lages, na época sob a Comarca do Norte.

            Partes do processo:
            Francisco Pereira da Cunha Medeiros (inventariado);
            Izabel Joaquina de Jesus (inventariante).

            Herdeiros:
            Manoel José Pereira de Medeiros;
            José (menor);
            Rufino (menor);
            Joaquim (menor);
            Bernardina (menor);
            Belizaria (menor);
            Joaquina (menor);
            Francisca (menor).

            Resumo: Inventário requerido Izabel Joaquina de Jesus, esposa do falecido Francisco Pereira da Cunha Medeiros, nele contendo bens como mobília, utensílios domésticos, múltiplos animais, casa, terras, ferramentas e dívidas. Além disso, foram descritas 09 pessoas escravizadas, de nomes: Damasia, Roza, Maria, Umbelina, Manoel, Narcisa, Theodora e Benta; todos designados como crioulos (brasileiros). Havia também um escravizado recém nascido, de nome Manoel. Há incluso entre estes autos um traslado de sentença civel de partilhas de bens por requerimento do pai do falecido, José Pereira de Medeiros, sendo estes referentes à partilha de bens que foi feita após a morte da mãe do falecido, por conta de haver pouco tempo entre as mortes de ambos, e que seja feito os pagamentos aos herdeiros do falecido e sua esposa, para que então se procedam os autos de inventário originais.

            Atuaram no processo:
            escrivão dos órfãos Francisco Xavier d'Oliveira Camara;
            escrivão de órfãos Generoso Pereira dos Anjos;
            escrivão interino e serventuário do ofício de órfãos Mathias Gomes da Silva;
            tabelião interino Miguel Gonçalves Franco
            signatário Antonio Caetano Machado;
            signatário Francisco Pereira de Medeiros;
            signatário e fiador Manoel Joaquim Pinto;
            curador geral Manoel do Nascimento Ramos;
            curador geral Claudiano de Oliveira Rosa;
            procurador Jacob Vieira da Rosa;
            procurador e signatário e coletor de rendas major Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
            coletor de rendas Luiz Gonzaga de Almeida;
            louvador tenente coronel Manoel Rodrigues de Souza;
            louvador Manoel Joaquim Pinto;
            partidor Francisco Gomes da Silva Coelho;
            partidor Jorge Trueter;
            juiz Henrique Ribeiro de Cordova;
            juiz municipal e dos órfãos suplente João Francisco de Souza;
            juiz de órfãos primeiro suplente José Joaquim da Cunha Passos;
            juiz de órfãos segundo suplente Guilherme Ricken;
            juiz corregedor Fracelizio Adolpho Pereira Guimarães;
            juiz corregedor doutor Joaquim Jose Henriques;

            Localidades relevantes:
            vila de São José;
            vila de Lages;
            Fazenda do Sedro.

            Compõe o processo:
            Juramento de inventariante;
            Procuração;
            Translado de sentença civel formal de partilha;
            Contas das despesas;
            Avaliação de bens;
            Partilha de bens;
            Auto de contas;
            Termo de tutoria com fiança, e renuncia e benefício;
            Auto de justificação de capacidade;
            Tomada de contas;
            Conclusão.

            Variação de nome:
            inventariante Izabel Joaquina Rosa de Jesus;
            escravizada Ubelina;
            escravizada Domaria.

            Inventário de Duarte Muniz Fogaça
            BR SC TJSC TRRJ-19967 · Processo · 1849-1867
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Autos de inventário e partilha realizados na vila de Lages, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Duarte Muniz Fogaça (falecido)
            Francisco Muniz de Moura (testamenteiro e inventariante)
            Rita Maria Amaral (inventariante e herdeira)

            Herdeiros:
            Antonio Felippe Pessoa (co-herdeiro);
            Anna do Amaral;
            Altanario Sutil de Oliveira (co-herdeiro);
            Gertrudes (menor de idade);
            Jose Pereira Machado (co-herdeiro);
            Maria do Rozario;
            Maria d’Amaral.

            Resumo:
            Neste processo, foi notificada Rita Maria Amaral, esposa do falecido Duarte Muniz Fogaça, para que no período de 48 horas comparecesse ao juízo da vila de Lages, a fim de assinar termo de inventário. No entanto, Rita, por ser uma pessoa com deficiência, não pôde assinar como inventariante. Durante o processo Rita é chamada de “paralítica”, “aleijada”, e descrita como “sem poder falar”. Em seguida, o irmão do falecido, Francisco Muniz de Moura, além de testamenteiro do casal, foi nomeado como inventariante.

            Ao decorrer do processo, o curador Manoel Cavalheiro Leitão foi impedido de prosseguir como atuante no inventário de Duarte, por ser cunhado do inventariado e irmão de Rita, esposa do falecido.

            No testamento, são citadas 8 pessoas escravizadas, inclusas como bens. 5 eram mulheres: Joanna, designada como de nação Benguela; Joaquina, Roza, Antonia e Anna, designadas como crioulas. 3 eram homens: Francisco, designado como de nação Moçambique; Francisco, designado como de nação Cabinda, e Bento, designado como crioulo. No entanto, dentre eles, Francisco (de nação Moçambique) foi dado como forro (alforriado).

            Os bens presentes no inventário do falecido foram casas, animais, roupas, utensílios, prataria, armas brancas, armas de fogo, ferramentas e meios de transporte, descritos como “carros”. Havia também dívidas ativas e passivas.

            Durante o processo, foram pagas aos credores as quantias em dinheiro requeridas. Na partilha, foi efetuado pagamento a um órfão de nome João e ao forro Francisco (de nação Moçambique). Além disso, foi efetuada a partilha dos bens entre os herdeiros.

            Ademais, é nomeado como tutor da herdeira Gertrudes o curador e tio da dita órfã, Manoel Cavalheiro Leitão, que posteriormente também tornou-se o responsável pelos bens de sua irmã, mãe de Gertrudes, Rita Maria do Amaral.

            Na sequência, o curador Manoel Leitão foi substituído por outro; e, em requerimento, pediu que o atual curador enviasse, através do escrivão, uma certidão em que constasse o que teria restado de saldo na conta corrente de Maria Rita do Amaral.

            Em uma petição feita por Francisco Franco Fogaça, alforriado da família do falecido Duarte, o peticionário pediu que sua esposa Joanna (de nação Benguela) recebesse sua carta de alforria, por conta de sua idade avançada e por ter prestado serviços em sua vida inteira ao dito casal. Foi expedido pelo suplicante um pedido ao curador, para que aceitasse o valor estipulado por Francisco, a fim de que sua esposa fosse liberta, bem como seus filhos e mais outros escravizados que ainda estão em posse da família do falecido.

            Porém, o curador, em sua carta, respondeu que não havia como entregar carta de alforria pelo valor estipulado pelo suplicante, e que também a liberdade de Joanna e seus filhos deveria constar no inventário do falecido. Por não constar, a alternativa que sobrou foi a de pagar a mais do valor que foi oferecido para que assim sejam libertos.

            Assim, foi pago pelo suplicante o valor referido e, de acordo com a resposta do curador, seria expedido no dia em que a carta de alforria de sua esposa Joanna fosse enviada.

            Atuaram no processo:
            avaliador Ricardo Alves da Silva;
            avaliador Francisco Gomes da Silva Coelho;
            curador e tutor Manoel Cavalheiro Leitão;
            curador geral Ignacio Nunes;
            curador major Amancio José Ferreira;
            curador José Machado;
            curador João Antunes Sobrinho;
            escrivão geral e de órfãos Mathias Gomes da Silva;
            escrivão Generoso Pereira dos Anjos;
            juiz de órfãos terceiro substituto capitão José Marcelino Alves de Sá;
            juiz de órfãos Guilherme Ricken;
            oficial de justiça Joze Antonio de Oliveira;
            procurador major Antonio Saturnino de Oliveira;
            partidor Jorge Trueter;
            partidor Francisco Gomes da Silva Coelho;
            procurador Vicente Eufrasio da Silva Abreu;
            signatário Antonio Vicente dos Santos;
            signatário João Luis de Andrade.

            Localidades relevantes:
            Sorocaba;
            vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
            província de São Paulo (atual estado de São Paulo);
            segunda comarca.

            Compõem o processo:
            auto de tomada de contas;
            conta;
            juramento ao tutor;
            partilha;
            quitação;
            recibos;
            recibos de compra de escravizados;
            termo de juramento de inventariantes nomeados;
            testamento;
            termo de juramento aos louvadores;
            termo de juramento aos procuradores;
            termo de juramento aos partidores;
            termos de juramento aos curadores.

            Variações de nome:
            Rita Cavalheira do Amaral;
            Rita do Amaral Cavalheiros.