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            17 Descrição arquivística resultados para Santa Catarina

            Testamento de Pedro da Silva Ribeiro
            BR SC TJSC TRRJ-29368 · Processo · 1832-1835
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Testamento realizado na vila de Lages, na época sob a comarca da Ilha de Santa Catarina da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Diogo da Silva Ribeiro (testamenteiro);
            Pedro da Silva Ribeiro (testador).

            Legatários:
            Aguida Maria de Jesus;
            Anna;
            Antonio Lorenço;
            Antonio Pais;
            Barnabe;
            Belizaria da Silva Munis;
            Eufrasia;
            Eugenio da Silva Ribeiro;
            Felicidade;
            Felipe José da Silva;
            Felisbina Maria de Saldanha;
            Francisco da Silva Ribeiro;
            Francisco Machado;
            João Borges do Rego;
            João da Silva Ribeiro;
            Joaquim;
            Joaquina;
            Laurinda;
            Luciano Gonsalves Paxeco;
            Manoel Bernardes Ribeiro;
            Maria Caetana Machado;
            Pedro;
            Silvana Maria de Saldanha.

            Resumo:
            O testamento de Pedro da Silva Ribeiro foi escrito em 1832 e teve como testamenteiro Diogo da Silva Ribeiro, seu irmão. No documento, as suas últimas vontades são descritas, como a de ser sepultado próximo ao altar de Nossa Senhora dos Prazeres e a nomeação de pessoas para o envio de esmolas.

            Além disso, o testador deixou bens como terras, uma casa e animais. Na propriedade, havia um porão onde ficavam os animais. A fazenda ficava na Costa da Serra, chamada “Fazenda da Mangueira", e também havia terras além do Rio Pelotas. São citados dois homens escravizados, descritos como crioulos, de nomes Floriano e Francisco.

            Entre os legatários previstos no documento, são citados Joaquim, homem descrito como mulato, e Barnabé, homem indígena. Após o testamento e o codicilo serem anexados, é revelado que o falecido havia deixado algumas dívidas, relacionadas no processo e sendo pagas com o valor dos bens arrolados. Além disso, é realizada a partilha dos legados citados no testamento.

            O processo é concluído com um pedido do testamenteiro ao escrivão, para lhe passar certidão dos bens constantes do testamento e de um inventário que estava sendo realizado no juízo, para analisar quais partes do patrimônio foram adjudicadas.

            Atuaram no processo:
            colector Anacleto José Gonçalves;
            escrivão de órfãos e tabelião Generoso Pereira dos Anjos;
            escrivão Manoel Gomes de Souza;
            juiz de órfãos Bento Ribeiro de Córdova;
            juiz de órfãos João Thomas e Silva;
            juiz ordinário José Caitano de Carvalho e Souza;
            procurador Antonio Caetano Machado.

            Localidades relevantes:
            comarca da Ilha de Santa Catarina;
            fazenda da Mangueira;
            rio Pelotas;
            vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            certidões;
            codicilo;
            petições;
            recibos;
            testamento;
            termo de desistência.

            Variação de nome:
            Francisco Machado;
            Pedro José Ribeiro.

            Testamento de Anna Genoveva de Jesus
            BR SC TJSC TRRJ-83264 · Processo · 1853 - 1854
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Testamento realizado na vila de São José, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Anna Genoveva de Jesus (testadora);
            Manoel Joaquim da Silva (testamenteiro e herdeiro).

            Resumo:
            Este processo é composto pelo testamento da falecida Anna Genoveva de Jesus, em que deixou por escrito suas últimas vontades. No documento, é revelado que a finada foi casada com Manoel Joaquim da Silva, nomeado para ser seu testamenteiro; é citado que esse matrimônio seria sua “segunda núpcias”, pois seu primeiro marido havia falecido.

            Além disso, a testadora declara a alforria de duas mulheres escravizadas, de nome Joaquina, descrita como crioula, e Ofrazia, descrita como parda. Por não ter filhos, seu marido se tornou o único herdeiro. O processo foi concluído com a assinatura de um termo por parte de Manoel Joaquim, que aceitou o encargo da testamentaria e se responsabilizou por prestar as contas da ação.

            Atuaram no processo:
            escrivão David do Amaral e Silva;
            juiz municipal João Francisco de Souza;
            signatário Florencio Gomes de Castro Campos;
            signatário João Luis de Andrade.

            Localidades relevantes:
            Poço Fundo;
            segunda comarca;
            Santo Antônio;
            vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            contas;
            correição;
            termo de aceite.

            BR SC TJSC TRRJ-41954 · Processo · 1872
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Partes:
            Justiça Pública, autor.
            João Ignácio Xavier, 4º juiz de paz em exercício, réu.
            José de Souza da Silva, réu.

            André de Freitas, testemunha.
            Antônio Ricardo Duarte, testemunha.
            Antônio Floriano da Costa Silveira, testemunha.
            Aparício Henrique da Silva, testemunha.
            Aparício Henrique Francisco.
            Bento José Ignácio, testemunha.
            Barnabé Bento da Silva, testemunha.
            Bernardino Ferreira de Oliveira, testemunha.
            Bernardino Thomé Linhares, testemunha.
            Francisco Tavares Coutinho, testemunha.
            Francisco Ezequiel Tavares, escrivão.
            Francisco Gonçalves de Oliveira, testemunha.
            Francisco de Paula Vieira, testemunha.
            José Joaquim de Machedo, mesário e secretário.
            João Caetano Vieira, mesário.
            Jacintho Zurarte de Freitas, Juiz de Paz mais votado, presidente da mesa, primeiro juiz de paz da Parochia da Penha do Itapacoroy, presidente da Assembléia Parochial da Freguesia de Nossa Senhora da Penha do Itapocoroy, e de juízes de paz.
            José Crispim da Costa, testemunha.
            João Agostinho Luiz, testemunha.
            Joaquim Felício Bitencourt, testemunha.
            José Gregório Nogueira, testemunha.
            José Tomé Linhares, testemunha.
            João Quitério Tavares, testemunha.
            José Joaquim de Macedo Júnior, testemunha.
            José Chrispin da Costa, testemunha.
            José Joaquin Duarte, testemunha.
            Leopoldino José da Silva, promotor público.
            Luiz Fortunato Mendes, procurador de João Ignácio Xavier.
            Manoel Caetano Vieira, mesário.
            Manoel Florindo Brasil, testemunha.
            Manoel José do Nascimento, testemunha.
            Moyses Alves da Maya, testemunha.
            Manoel Joaquim de Macedo, testemunha.
            Manoel Bento da Silva, testemunha.
            Manoel Tavares do Nascimento, testemunha.
            Manoel Florindo Brasil, testemunha.
            Pedro de Athayde de Lobo Mozcovo, testemunha.
            Vicente Cyrillo Marinho, juiz municipal.
            Vicente Joaquim de Sant'Ana, mesário.
            Vicente Joaquim de Macedo, testemunha.

            Fato ocorrido no dia 1872-09-08: Tumulto que deu lugar a não se concluir a eleição para vereadores da Câmara Municipal e Juízo de Paz que começou em setembro teria sido levantado pelo réu João Ignácio Xavier. As eleições eram feitas na Parochia. Os juízes de paz eram divididos/lotados por parochias.
            Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
            BR SC TJSC TRRJ-47768 · Processo · 1853 - 1854
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Prestação de contas de testamento realizada na vila de Porto Belo, na época sob a primeira comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Anna Maria de Jesus (testadora);
            Florentino Correia da Silva (testamenteiro).

            Resumo:
            Neste processo, Florentino Correia da Silva é notificado a prestar contas como testamenteiro de sua falecida mãe, Anna Maria de Jesus. Entre seus últimos desejos descritos no testamento, estava o pagamento de esmola por sua alma, realizado pelo notificado.

            Ao decorrer da ação, José Jaques do Nascimento abre petição para requerer que um dos pedidos da falecida seja efetivado: ele solicita que sejam passadas certidões verbo ad verbum respectivas à Claudina, mulher escravizada, pois ela foi doada por disposição testamentária à Luiza Constantina de Jesus, neta da inventariada e esposa de José. Além disso, foi anexada uma cópia do trecho do testamento que comprova essa doação. Claudina é designada tanto como mulata como quanto parda no processo.

            Durante o processo, o promotor informa ao juiz que a prestação de contas apresentada por Florentino não pode ser aprovada, pois ele não tinha cumprido todas as disposições testamentárias. Entre as pendências, é observado que não foram realizadas a celebração da missa de corpo presente, o pagamento da décima esmola à afilhada, a entrega das terras e casas aos herdeiros, a concessão de liberdade à mulher escravizada Silveria e a doação de terrenos ao neto José Vicente Ferreira.

            É solicitado que Florentino seja citado novamente para finalizar todas as determinações; com isso, as disposições são cumpridas e os respectivos comprovantes são apresentados. Não foi anexado auto de liberdade de Silveria, ficando inconclusivo se a ação foi realizada. O juiz julga o processo por sentença e determina que o testamenteiro arque com as custas do processo.

            Atuaram no processo:
            escrivão Cypriano Ramos Muniz;
            escrivão de órfãos tabelião interino Antonio Ramos Martins;
            escrivão e tabelião Bernardino Antonio de Sena Feltro;
            juiz corregedor Guilherme Ricken;
            juiz de direito Jose Christiano Garção Stockler;
            juiz municipal José da Silva Mafra;
            oficial de justiça José Ricardo de Sousa Medeiros;
            promotor interino Antônio José Pereira;
            signatário Florindo José Dias;
            signatário João Mattos da Fonseca;
            vigário frei João da Natividade Nobre.

            Localidades relevantes:
            primeira comarca;
            Perequê;
            Tijuquinhas;
            vila de São Miguel (atual município de Biguaçu, Santa Catarina);
            vila de Porto Bello (atual município de Porto Belo, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            certidão;
            contas;
            correição;
            recibos;
            sentença;
            termo de juramento;
            traslados de inventário;
            traslados de testamento.

            Variação de nome:
            Porto-Bello

            Notificação para inventário de Maria de Jesus
            BR SC TJSC TRRJ-76282 · Processo · 1851 - 1853
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Notificação para inventário realizada na vila de São José, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Maria de Jesus (inventariada);
            Jacintho Vieira de Aguiar (inventariante e primeiro testamenteiro);
            Manoel Machado Lopes (segundo testamenteiro).

            Herdeira:
            Maria Rosa do Nascimento.

            Resumo:
            O inventário da falecida Maria de Jesus foi conduzido por Jacintho Vieira de Aguiar. No início do processo, Manoel Martins Luis (marido de Anna Roza de Jesus, uma das sobrinhas da falecida) abre petição para prestar juramento e conduzir o inventário, porém desiste da ação.

            A finada deixou testamento, no qual expressou por escrito suas últimas vontades, que seriam a destinação de quantias de dinheiro para as instituições Nossa Senhora do Rosário, Divino Espírito Santo e São Miguel, além de deixar doblas (moedas portuguesas) e o restante da terça para alguns familiares. A falecida também destinou quantias de dinheiro para os testamenteiros, e instituiu Maria Rosa do Nascimento, sua sobrinha e afilhada, como única herdeira. É revelado, também, que a finada deixou para sua sobrinha um casal de escravizados “agregados”; esse termo remonta a um tipo de registro utilizado no Brasil escravista para definir pessoas que, mesmo sem camada social e jurídica específica, tinham suas vivências marcadas pela condição colonial de trabalho nas terras de senhores.

            Entre os bens inventariados, destacam-se terras, mobília, objetos de cobre e uma morada de casa. Além disso, também foram avaliadas quatro pessoas escravizadas, de nomes José, Manoel, Antonio e Luiza. Após isso, os bens passaram por um processo de partilha. A ação foi julgada por sentença, em que o juiz requereu o pagamento proporcional das custas. Porém, em seguida, o juiz faz uma adição na sentença, estipulando que as custas sejam cobradas somente da terça parte da herança.

            Atuaram no processo:
            avaliador Miguel Francisco Pereira;
            avaliador Torcato Luiz Martins;
            coletor das rendas gerais Gaspar Xavier Neves;
            escrivão interino David do Amaral e Silva;
            juiz de paz João José de Araújo;
            juiz municipal João Francisco de Souza;
            partidor Duarte Vieira da Cunha;
            partidor Joaquim Lourenço de Souza Medeiros.

            Localidades relevantes:
            freguesia de São Joaquim da Garopaba (atual município de Garopaba, Santa Catarina);
            freguesia de Santo Antonio da Lagoa;
            Gambôa (atual região da vila da Gamboa, no município de Garopaba);
            segunda comarca;
            vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            auto de partilha;
            avaliação e descrição dos bens;
            contas;
            petições;
            sentenças;
            termo de desistência;
            termo de encerramento;
            termos de juramento;
            traslado de testamento.

            Variação de nome:
            Manoel Lopes Machado (testamenteiro).

            Libelo cível de liberdade de Maria
            BR SC TJSC TRRJ-58050 · Processo · 1847 - 1848
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Ação de libelo cível de liberdade realizada na vila de São José, na época sob a comarca do sul da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Rosa Machado (autora);
            Francisco José dos Santos (réu).

            Resumo:
            Rosa Machado, descrita como parda forra, abre uma petição para requerer a liberdade de sua neta menor de idade, Maria. A menina nasceu de um abuso que Francisco José dos Santos cometeu contra sua mãe, Antonia, enquanto ela era escravizada por ele; quando a vítima foi vendida ao tenente-coronel Joze da Silva Ramos, Maria continuou na casa de seu genitor e senhor. Ao decorrer de alguns dias, a neta da suplicante encontrou-se gravemente doente e, com isso, foi batizada e considerada liberta. Porém, não participando desse reconhecimento na Pia Batismal, o réu rejeitou esse fato e ordenou que ela continuasse reduzida à escravização.

            Ao decorrer do processo, o representante da autora anexa uma petição. Esse documento revela uma tentativa, por parte do réu, de interrupção da gravidez de Antonia, por meio de remédios que não foram aceitos pela vítima. Além disso, é explicitado que o suplicado havia “deflorado” Antonia, e cometia os crimes de abuso repetidamente, também afirmando publicamente que não venderia Maria por ela ser de “seu sangue”. Esses fatores são utilizados como argumento para comprovar que Maria era filha legítima de Francisco e que, quando batizada, obteve o direito de ser considerada juridicamente livre.

            É anexado o comprovante de batismo de Maria, seguido de um apadrinhamento por Nossa Senhora das Dores e João Xavier Neves. Essa prática, cotidiana no Brasil escravista, consistia na nomeação de padrinhos conectados à Igreja e, a partir do contato com a pia batismal e a aproximação com figuras como santas, era utilizada para conquistar a alforria e construir relações sociais. Nesse documento, a autora já é designada enquanto pessoa liberta. O réu realiza tentativas de desistir do processo, o que lhe é aceito. Com isso, o procurador da autora afirma ser esse ato irregular e artificioso, pois pretendia não reconhecer o direito à liberdade da sua curada. Além disso, o representante das suplicantes requer que o suplicado assine novo termo de desistência, que dessa vez reconhecesse a completa liberdade de Maria.

            Duas dilações de 20 dias são concedidas, para a citação de testemunhas e informantes. Em depoimentos, os atos do réu foram confirmados, assim como a realização do batismo de Maria e sua consequente liberdade. Os depoentes também afirmam que o réu já havia dito diversas vezes que faria o reconhecimento da menor na Pia Batismal, nomeando João Xavier Neves como padrinho. A partir das provas, o juiz julga o processo por sentença e requer que seja passada uma carta de liberdade para Maria, assim como condena o réu, por revelia, ao pagamento das custas da ação.

            Atuaram no processo:
            curador e procurador Manoel de Freitas Sampaio;
            escrivão e tabelião Joaquim Francisco d’Assis e Passos;
            juiz municipal João Francisco de Souza;
            juiz municipal suplente Domingos José da Costa Sobrinho;
            oficial de justiça Domingos Joze da Silva;
            oficial de justiça Jozé da Costa Seára;
            pregoeiro e oficial de justiça Joaquim Affonço Pereira;
            procurador Luiz da Costa Fagundes;
            signatário Francisco Duarte d’Oliveira;
            signatário João Xavier Neves;
            vigário Joaquim Gomes d’Oliveira e Paiva.

            Localidades relevantes:
            Certão do Imaruhy (atual bairro Sertão do Maruim, São José);
            Colônia dos Lamais;
            comarca do sul;
            vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            auto de embargo;
            certidões;
            citações;
            contas;
            dilações de 20 dias;
            mandado;
            petições;
            pregões;
            procurações;
            réplica;
            requerimentos de audiência;
            sentença;
            termos de desistência;
            testemunhas.

            Inventário de Mariana Roza de Jesus
            BR SC TJSC TRRJ-18269 · Processo · 1843-1856
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na vila de São Miguel, na época sob a comarca do norte, da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Mariana Roza de Jezus (falecida);
            Jozé Manoel de Araujo Roslindo (inventariante).

            Herdeiros:
            Anna;
            Gertrudes;
            José;
            Manoel;
            Maria.

            Resumo:
            José Manoel de Araujo Roslindo abriu um processo de inventário dos bens de sua cunhada, Mariana Roza de Jezus. A falecida deixou testamento anexado à ação, declarando que não possuía herdeiros forçados; os filhos do inventariante foram contemplados no inventário com partilha já estabelecida e, com isso, a ação passou pelo juízo de órfãos. José Manoel exerceu a função de curador para seus filhos, herdeiros instituídos.

            Durante o testamento, Mariana discutiu os detalhes de seu funeral, pedindo para ser sepultada na Igreja Matriz de São Miguel. Nesta ação, é revelado que a finada escravizava Izabel, mulher de nação Cabinda. Os bens inventariados foram casas e terras.

            O processo foi julgado por sentença, e o juiz requereu o pagamento das custas da ação pelo inventariante. Mais tarde, José Manoel precisou realizar o pagamento de uma “taxa de heranças e legados”, feita pela coletoria das rendas provinciais.

            Atuaram no processo:
            avaliador e escrivão José Joaquim da Costa;
            avaliador Manoel do Couto;
            coletor Antonio Carlos de Carvalho;
            coletor da fazenda pública Antonio Ignacio Pereira;
            curador José Manoel de Araujo Roslindo;
            escrivão Amancio José Ferreira;
            escrivão João Antonio Lopes Gondim;
            escrivão José Carlos do Sussamento;
            juiz de órfãos João da Silva Ramalho Pereira;
            juiz do direito Antonio Joaquim Siqueira;
            juiz municipal Joaquim de Almeida Coelho;

            Localidades relevantes:
            cidade do Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
            comarca do norte;
            rio Tijuca Grande (atual município de Tijucas, Santa Catarina);
            vila de São Miguel (atual município de Biguaçu, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            avaliação dos bens;
            contas;
            correição;
            petições;
            sentença;
            taxa de heranças e legados;
            termos de juramento;
            testamento.

            Variação de nome:
            José Manoel d’Araujo Roslindo.

            Inventário de Mariana de Souza Vieira
            BR SC TJSC TRRJ-58558 · Processo · 1848
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na cidade de Laguna, na época sob a comarca do sul da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Mariana de Souza Vieira (falecida);
            Francisco Ferreira Alexandrino (inventariante, testamenteiro e herdeiro instituído).

            Herdeiros instituídos:
            Francisco;
            Rosa.

            Resumo:
            Este processo se trata do inventário da falecida Mariana de Souza Vieira. Em traslado de testamento anexado, é revelado que seu marido e seu único filho já haviam falecido, sendo um de seus pedidos a realização de missas em suas homenagens. Ao decorrer do testamento, a finada cita que seus falecidos pais escravizavam três filhos de Feliciana, mulher forra de nação Congo: Domingos, Luiz e Rufino, designados como crioulos.

            Além disso, é citado que a finada escravizava Pedro, de nação Cassange, e um casal composto por Francisco (de nação Benguela) e Rosa (de nação Congo). Eles tiveram 13 filhos, de nomes: Custodia, Maria, Angelica, José, Anna, Joana, Maria, Liandro, João, Prudencia, Joana, Maria e Liandro. Ainda no testamento, a falecida declara que Francisco, Rosa e filhos serão libertos após a sua morte, por meio da carta de liberdade e alforria, além de instituir o casal como herdeiro.

            Os bens inventariados foram terrenos, casas, um engenho de farinha, um forno de cobre, animais e um meio de transporte descrito como carro. Pedro, Domingos, Luis e Rufino, citados no testamento, foram incluídos no inventário. Ao decorrer do processo, o inventariante abre petição para requerer que uma parte do valor dos bens seja separada, tanto para o pagamento do funeral quanto para os remédios que supriam a finada.

            Após avaliados, os bens passaram por um processo de partilha, e parte do patrimônio foi destinado ao pagamento das despesas e da Fazenda Nacional. O processo é finalizado com sentença, em que o juiz declara a partilha como conforme e requer o pagamento das custas por parte dos interessados.

            Atuaram no processo:
            avaliador Francisco da Silva Lessa;
            avaliador alferes João Serafim Barbosa;
            coletor Francisco Jozé Maria da Silva;
            coletor interino das rendas provinciais Americo Antonio da Costa;
            escrivão e tabelião Vicente José Gois Rebello;
            juiz municipal Jeronimo Coelho Netto;
            partidor Antonio Gonçalves Barreiros;
            partidor João Thomaz de Oliveira Junior;
            vigário Antonio Nunes Barreto.

            Localidades relevantes:
            cidade de Santo Antonio dos Anjos da Laguna (atual município de Laguna, Santa Catarina);
            comarca do sul;
            freguesia de São João de Imaruhi (atual município de Imaruí, Santa Catarina);
            rua do Potreiro.

            Compõem o processo:
            contas;
            descrição e avaliação dos bens;
            sentença;
            termo de declaração;
            termo de louvação;
            termos de juramento;
            traslado de testamento.

            Inventário de Maria Ignacia Linhares
            BR SC TJSC TRRJ-9646 · Processo · 1860-1867
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na vila de São Miguel, na época sob a comarca da capital da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Maria Ignácia Linhares (inventariada);
            Francisco José de Simas (inventariante, testamenteiro e herdeiro).

            Herdeiros:
            Alexandre José de Bitencurt;
            Cypriana Maria de Simas;
            Francisco José Monteiro (neto ausente);
            Fortunata Maria de Jesus;
            Guilherme José Monteiro (neto);
            Henrique Caetano (co-herdeiro);
            Ignacia Maria de Jesus;
            Jacinto José Monteiro;
            Jacintha Maria de Simas (neta);
            Joaquina Rosa de Lima;
            José Jacintho Monteiro (co-herdeiro);
            Justino José Monteiro (neto menor);
            Manoel José de Simas;
            Nicacio José Monteiro (neto);
            Seraphim José Monteiro (neto);
            Thereza Maria de Jesus.

            Resumo:
            Francisco José de Simas abre um processo de inventário após o falecimento de sua mãe, Maria Ignacia Linhares. Como a finada deixou herdeiros menores de idade e ausentes, a ação contou com a nomeação de um curador.

            É realizado um traslado de testamento, contendo as últimas vontades e declarações da falecida, que faz menção ao imperador: “[…] termo da villa de São Miguel por Sua Majestade Imperial Senhor Dom Pedro Segundo a quem Deos Guarde […]”. No documento, a finada distribui quantias em dinheiro e permite que seus netos construam casas em seus terrenos.

            No transcorrer da ação há carta precatória elaborada para citação, então chamada de “Carta precatoria, citatória e rogatória de diligencia”. O documento foi escrito na vila de São Miguel e enviado para a vila de Porto Belo, com o objetivo de citar os herdeiros que residiam fora do local de andamento do processo.

            Os bens inventariados foram quantias de prata, fornos de cobre, utensílios de cozinha, mobília, animais, um oratório com imagens, casas, engenhos de farinha e terras. Constam na ação 9 pessoas escravizadas: Manoel, Pascoal, José, Maria e Helena, designados como crioulos; Pedro e Gonçalo, descritos como “de nação” (advindos de algum porto africano); Maria, não descrita no processo; e Roza, designada como parda.

            Após avaliados, os bens e as pessoas escravizadas passaram por um processo de partilha entre os herdeiros. O juiz julga a ação por sentença, em que requer o pagamento das custas pro rata e notifica José Jacintho Monteiro para assinar termo de obrigação, referente aos bens de seu filho ausente.

            Atuaram no processo:
            avaliador Jacintho Gonçalves da Luz;
            avaliador Manoel Joaquim da Costa Siqueira;
            curador Bento de Mello Barreto;
            curador dos órfãos e ausentes José Antonio Pereira Tinoco;
            juiz de órfãos primeiro suplente Antonio Gonçalves Franco;
            escrivão Antonio Ramos Martins;
            escrivão de órfãos João Francisco Regis;
            escrivão e tabelião Antonio Francisco de Medeiros;
            partidor Isidoro José Pereira;
            partidor José Francisco Mafra;

            Localidades relevantes:
            Canto dos Ganchos;
            freguesia de São João Baptista;
            Morretes;
            província do Rio Grande do Sul;
            vila de Porto Bello (atual município de Porto Belo, Santa Catarina);
            vila de São Miguel (atual município de Biguaçu, Santa Catarina);
            Zimbros.

            Compõem o processo:
            auto de partilha;
            carta precatória;
            contas;
            correições;
            petição;
            sentença;
            termo de obrigação;
            termos de juramento;
            termos de louvação;
            traslado de testamento.

            Variação de nome:
            Joze Jacinto Monteiro.

            Inventário de Maria Fernandes de Rosario
            BR SC TJSC TRRJ-49128 · Processo · 1851 - 1853
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Inventário realizado na cidade de São Francisco do Sul, na época sob a primeira comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Maria Fernandes do Rosario (falecida);
            Dionisio Martins Soares (inventariante, testamenteiro e herdeiro).

            Resumo:
            Dionisio Martins Soares requereu a abertura de um processo de inventário dos bens de sua falecida esposa, Maria Fernandes do Rosário, que deixou testamento e não tinha herdeiros forçados; com isso, seu marido foi o único a receber os bens. Por meio do testamento anexado, é revelado que a finada organizou os detalhes de seu funeral, com o pedido de ser sepultada na Igreja de Nossa Senhora da Graça, acompanhada da Irmandade do Santíssimo Sacramento, em que foi separada uma quantia de dinheiro para essa instituição.

            Integraram a ação 12 pessoas escravizadas: Francisca, Leonor, Joaquim e Antonio, de nação Benguela; José, de nação Moçambique; Manoel, de nação Congo; e Antonia, Maria, Gracianna, João, Marianno e Josepha, designados como crioulos. Durante o testamento, a falecida requereu que os escravizados Antonio, Francisca, Josepha, Guilhermina, Francisco e Florencio fossem libertos após sua morte, pertencendo a eles metade de sua terra –– contudo, na condição de que continuassem a serviço de seu marido.

            Os bens inventariados foram moedas de ouro, cem patacões (moedas de 960 réis), um conjunto de jóias, botões de prata, utensílios de cozinha, uma quantia em dinheiro, fornos de cobre, selas, caixas, material de pesca, uma mesa, canoas, alqueire de farinha de mandioca, um sítio, uma casa, um engenho de farinha e roças de mandioca. Além disso, constam dívidas ativas; durante a listagem das pendências, há citação de uma dívida deixada com Andre, homem liberto descrito como preto.

            Após avaliado, o patrimônio passou por um processo de partilha para o herdeiro, em que a repartição das terras e seis pessoas escravizadas foram destinados ao pagamento das pendências citadas. O processo foi julgado por sentença, e o juiz demandou o pagamento das custas da ação por parte do inventariante.

            Atuaram no processo:
            avaliador José Antônio Pereira Maia;
            avaliador Salvador Antonio Alves Maia;
            coletor das rendas provinciais Manoel José d’Oliveira;
            coletor interino Francisco Mathias de Carvalho;
            escrivão ajudante Bernardino Antonio de Sena Feltro Junior;
            escrivão e tabelião João José Machado da Costa;
            juiz municipal João Nepomoceno Xavier de Mendonça;
            juiz municipal primeiro substituto major Joaquim José d’Oliveira Cercal;
            partidor Francisco Germano de Arruda;
            partidor João Jose Gomes Leal;
            signatário Antonio Machado Pereira;
            signatário Salvador Jose dos Anjos.

            Localidades relevantes:
            cidade de São Francisco do Sul;
            primeira comarca;
            rio Monte de Trigo;
            rua de São José;
            vila de Porto Bello (atual município de Porto Belo, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            auto de alimpação da partilha;
            contas;
            correição;
            petição;
            sentença;
            termo de louvação;
            termo de partilha;
            termo de remessa;
            termos de encerramento;
            termos de declaração;
            termos de juramento;
            traslado de testamento.

            Variação de nome:
            Maria Fernandes de Rosario;
            Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco Xavier do Sul;
            Rio de São Francisco;
            São Francisco.