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            36 Descrição arquivística resultados para Santa Catarina

            Ação de Crédito de Felisbino José Duarte
            BR SC TJSC TRRJ-24620 · Processo · 1823
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Ação de crédito realizada na cidade de Desterro, na época sob a comarca da Ilha de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Felisbino José Duarte (autor);
            Vicente José de Souza (réu).

            Resumo:
            Neste processo, o autor Felisbino José Duarte moveu uma ação de crédito contra o réu Vicente José de Souza, a fim de cobrar dele uma dívida pendente de 50.600 réis (50$600). Ambas as partes eram moradores da freguesia de São José. A dívida era proveniente da compra de um escravizado africano, descrito como “de nação Cambinda”, e “ladino” (esse termo denota um escravizado que era familiar com a língua portuguesa e a cultura brasileira; é o oposto da designação de “boçal”).

            O réu foi citado pelo alcaide e lançado em pregão pelo porteiro dos auditórios para comparecer às audiências, sob pena de revelia. O processo termina inconclusivo, com a publicação do pregão, mas sem terem sido feitas as audiências.

            Atuaram no processo:
            advogado e procurador capitão Francisco José Rebello;
            alcaide José de Souza Freitas;
            escrivão João Francisco Cidade;
            juiz de fora Francisco José Nunes;
            porteiro dos auditórios Manoel José de Lima.

            Localidades relevantes:
            freguesia de Nossa Senhora do Rosário da Enseada do Brito (atual bairro da Enseada de Brito, Florianópolis, Brasil);
            freguesia de São José (atual município de São José, Santa Catarina);
            cidade de Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
            comarca da Ilha de Santa Catarina.

            Compõem o processo:
            audiência de lançamento de embargos;
            citação;
            contas;
            declaração de dívida.

            Autos de medição e demarcação de Lorenso Walterich
            BR SC TJSC TRRJ-10296143 · Processo · 1850 - 1861
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Autos de medição e demarcação judicial realizados na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

            Parte do processo:
            Lorenso Walterich (autor);
            Herdeiros de Jozé Coelho de Avila (réus).

            Herdeiros e hereus confinantes:
            Anna Pereira;
            Claudianno de Oliveira Roza;
            Ignacio Coelho de Avila;
            Joaquim Coelho de Avila;
            Joaquim da Costa Moreira;
            Jose Coelho de Avila;
            Joze de Soiza Quadros;
            Manoel Francisco de Soiza;
            Maria dos Santos.

            Resumo:
            Lorenso Walterich moveu um pedido de demarcação de seus campos e terras, obtidos de uma venda realizada por Joaquim Rodrigues de Sampaio e sua mulher. Ele requereu a medição para sanar dúvidas sobre as divisas do terreno. Para tal, citou os herdeiros e hereus confinantes, possuidores das terras vizinhas, para participarem da ação.

            No processo foi anexada uma carta de sentença cível de vistoria, que foi realizada entre os vendedores do terreno e os confinantes Joaquim Coelho de Avila e Maria dos Santos, anteriormente a essa ação. Esta vistoria tratou da divisão dos campos: ficou estabelecida entre o Rio Piçarrão e um pinheiro em Capoeira. Além disso, consta na ação o traslado de venda fixa dos campos para o autor. Esses documentos, emitidos em 1844 e 1845, foram autuados sob a comarca do norte da província de Santa Catarina; porém, no processo de 1850, passaram a ser autuados pela recém-criada segunda comarca da província.

            Após analisados os documentos, um demarcador geômetra foi nomeado; e os vizinhos do autor foram citados para comparecer e testemunhar as demarcações. Diante das testemunhas, as divisas do terreno foram estabelecidas. O marco feito anteriormente com um pinheiro foi deixado, cravando uma marcação adicional para uma divisão mais visível. A pedido do suplicante, um tombo foi planejado em sua memória e de seus sucessores.

            Uma planta dos terrenos com as novas demarcações e medições foi realizada. As partes encontraram-se satisfeitas com os marcos e o juiz julgou a ação por sentença, requerendo que o autor pagasse as custas dos autos e da demarcação.

            Localidades relevantes:
            Capoeira;
            arroio de Piçarrão;
            estrada geral de Lages a Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
            estrada velha;
            fazenda dos Índios;
            vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
            comarca do norte;
            segunda comarca.

            Compõem o processo:
            autos de demarcações;
            carta de sentença cível de vistoria;
            contas;
            correição;
            planta dos terrenos;
            sentença;
            termo de declaração do demarcador;
            termo de juramento;
            traslado da escritura de venda.

            Atuaram no processo:
            ajudante do demarcador geômetra Antonio Ricken de Amorim;
            demarcador geômetra Henrique Devrecker;
            escrivão e tabelião Mathias Gomes da Silva;
            escrivão Manoel Antonio de Azevedo;
            juiz municipal Antonio Caetano Machado;
            juiz municipal Guilherme Ricken;
            oficial de justiça Gregorio Antonio;
            signatário Carcianno Jose Ferreira;
            signatário Laurentino Joze da Costa;
            signatário major Antonio Saturnino de Souza e Oliveira.

            Variação de nome:
            arroio de Pissarrão;
            Lourenço Valderick;
            Lourenço Walterich.

            Carta precatória de João Bernardes Pacheco
            BR SC TJSC TRRJ-10626710 · Processo · 1812-1860
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Traslado de uma carta precatória geral expedida na Vila Nova do Príncipe, na época sob a comarca de Paranaguá e Curitiba da província de São Paulo, e enviada para a vila de Lages.

            Partes do processo:
            João Bernardes Pacheco (querelante);
            Manuel Correa Bitancurt (querelado);
            Antonio Caetano de Matos (querelado);
            João Baptista da Silva Costa (querelado).

            Resumo:
            Este processo se inicia com um crime cometido contra a vítima, João Bernardes Pacheco. Ele abre uma queixa contra o capitão-mor Manuel Correa Bitancurt, o feitor Antonio Caetano de Matos, e o tenente João Baptista da Silva Costa. A partir da queixa, foi formada uma carta precatória a ser expedida ao juízo ordinário da vila de Lages.

            Nessa carta precatória, consta a denúncia de roubo de cruzados seguido de tentativa de homicídio. Os querelados encontravam-se com pistolas, espadas e trabucos no momento do crime. De acordo com a vítima, os réus o conduziram para um lugar deserto que se encontrava perto de sua invernada, onde cometeram o crime.

            Ao decorrer do processo, é citada uma movimentação de tropas vindas do Continente do Sul (província do Rio Grande do Sul) para a vila de Lages, comandada pelo capitão mor, em que estavam presentes os suplicados e o suplicante. Nela, ocorreu um roubo, e o querelante ressarciu parte do valor perdido com uma grande quantidade de animais.

            O processo contou com testemunhas; uma delas afirmou ter flagrado os réus no momento do crime, e também disse que eles tentaram se esconder. Além disso, os depoimentos confirmam a transferência dos papéis da compra de Francisco para os querelados.

            Em seu depoimento, o suplicante afirmou que os réus pegaram três papéis: um referente à compra de Francisco, um homem escravizado designado como mulato; um que comprovava que o querelante não havia recebido seu salário, o qual devia ser pago pela sua participação na tropa do capitão mor; e outro sobre os animais dados para a tropa, com a finalidade de ressarcir o valor perdido.

            O juiz então decretou que os querelados fossem lançados no rol dos culpados, sentenciando-os à prisão. Após isso, é argumentado que os réus estavam sujeitos a merecer pena de morte e de sequestro de bens. Um mandado de busca e prisão foi emitido para procura dos culpados e a apreensão dos bens que eram originalmente do suplicante. O juiz adota o sequestro de bens e a inclusão destes em depósito judicial, mas manteve a prisão ao invés de aplicar uma pena capital.

            Atuaram no processo:
            escrivão e tabelião Jose Ferreira da Silva e Mandinga;
            juiz ordinário João Vieira Gonçalves.

            Localidades relevantes:
            centro do Capão;
            passagem de Boqueirão;
            Cerrito;
            vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
            Vila Nova do Príncipe (atual município de Lapa, Paraná);
            comarca de Paranaguá e Curitiba.

            Compõem o processo:
            auto de devassa e querela;
            contas;
            contestação;
            correição;
            cumpra-se;
            mandado de prisão;
            sentença;
            termo de juramento;
            testemunhas.

            Variação de nome:
            Serrito;
            passagem do Buqueirão.

            Embargos de Adriano Joze d’Oliveira e Luiza Maria
            BR SC TJSC TRRJ-10729 · Processo · 1849-1855
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Autos de embargo realizados na vila de São Miguel, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Adriano Joze d’Oliveira (embargante);
            Luiza Maria (embargante);
            Maximo Antonio Martins (embargado);
            Bernarda Maria (embargada).

            Hereus:
            Jacintho Jose dos Prazeres;
            Thomas Jorge.

            Resumo:
            Adriano Joze d’Oliveira e Luiza Maria abriram este processo para requerer embargo a um trabalho que estava sendo feito por Maximo Antonio Martins e Bernarda Maria. Os embargantes pretendiam parar uma demarcação que estava ocorrendo em parte dos terrenos, as quais eles haviam comprado dos herdeiros de Maria Jorge e Raimundo Martins.

            Maximo Antonio era um dos herdeiros de Raimundo Martins. Seus irmãos haviam desistido de demarcar o terreno por questão contenciosa; mas o embargado, achando-se em direito por ser inventariante, continuou a demarcação e inventário. Assim, os herdeiros de Maria Jorge compareceram a juízo para confirmar a venda dos terrenos para Adriano Joze d’Oliveira. Além disso, os autos de inventário continham, na sentença, o comprovante de que o embargante havia de fato comprado as terras.

            O embargado rebateu as acusações; representado pelo seu procurador, afirmou que foi prejudicado pelo adoecimento do demarcador da terra, motivo pelo qual não conseguiu apresentar certidão de demarcação e aviventação requeridas. Além disso, o procurador anexou documentos que mencionam uma “dechação” (deixação) das ditas terras, por parte dos herdeiros de Raimundo Martins e para Maximo Antonio Martins. Constava, ainda, que caso o embargado ganhasse o processo, ele receberia todos os direitos sobre a terra; mas que se perdesse, ele seria responsável pelo pagamento das custas.

            O processo termina com um agente da justiça requerendo que as partes se dirigissem ao cartório para dar continuidade à ação, e para que todas as custas fossem somadas.

            Atuaram no processo:
            demarcador Miguel de Basto e Silva;
            escrivão Antonio Francisco de Medeiros;
            escrivão de órfãos Amancio José Ferreira;
            escrivão José Manoel de Araujo Roslindo;
            juiz de paz e oficial de justiça José Thomé dos Santos;
            juiz municipal segundo suplente Candido Machado Severino;
            juiz municipal suplente Joaquim Jose Dias de Siqueira;
            juiz municipal terceiro suplente Luiz Coelho Machado;
            pregoeiro Hilario José da Silva;
            procurador Antonio José da Prociuncula;
            procurador Jacintho Jose Pacheco;
            procurador João Pinto de Mello;
            procurador e signatário Antonio Carlos de Carvalho;
            signatário Bernardino Antonio da Costa;
            signatário Ignacio Diniz Pereira;
            signatário Jacinto Joze Montheiro;
            signatário José Joaquim Dias;
            signatário José Maria dos Santos;

            Localidades relevantes:
            Ganchos;
            morro do Calheiro;
            vila de São Miguel (atual município de Biguaçu, Santa Catarina);
            comarca do norte.

            Compõem o processo:
            auto de embargo;
            comprovante de pagamento;
            contas;
            petição;
            procuração;
            requerimentos;
            termo de obrigação;
            traslado de escritura de venda fixa;
            traslado de inventário.

            Variação de nome:
            Maçimo Antonio Martiz;
            Maximiano Antonio Martins.;
            procurador Antonio José da Porciuncula;
            Ganxos.

            Justificação de Antonio Marianno Pimentel
            BR SC TJSC TRRJ-29029 · Processo · 1840-1862
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Traslado de Autos Civeis de Justificação realizado na Vila de Lages, na época sob a Comarca de São Miguel

            Partes do processo:
            Antonio Marianno Pimentel (suplicante);
            Fortunato Joze Barboza (suplicado)

            Resumo: É feita uma justificação por Antonio Marianno Pimentel com a intenção de justificar a sua posse de uma tropa de bestas e potros, os quais foram vendidos por Furtunato Joze Barboza. A pedido do procurador do justificante, são tomados os relatos de testemunhas para justificar sua posse dos ditos animais, com o suplicado sendo obrigado a realizar uma assinatura de juramento de alma de forma a quitar sua dívida com o suplicante.

            Atuaram no processo:
            escrivão e tabelião João Rodrigues de Andrade;
            signatário Furtunato da Silva Neves Carneiro;
            signatário Francisco Martins de Carvalho;
            signatário Francisco de Azambuja Rangel;
            coletor de rendas Antonio Saturnino de Souza e Oliveira;
            coletor de rendas Joaquim Fernandes da Fonceca;
            procurador Bento Domingues da Costa;
            juiz municipal interino José de Souza Araújo Guimarães;
            juiz corregedor Joaquim Joze Henriques;
            juiz corregedor José Nicolau Pereira dos Santos.

            Localidades relevantes:
            Vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages (atual cidade de Lages).

            Compõem o processo:
            Traslado;
            Petição inicial;
            Testemunhos;
            Juramento de alma;
            Tomada de contas;
            Conclusão;
            Correição;

            Variação de nome:
            suplicante Antonio Mazanno Pimentel;
            suplicado Fortunato José Barbosa;
            juiz municipal interino Joze de Souza Araújo Guimaraens.

            Justificação de Feliciano dos Santos
            BR SC TJSC TRRJ-53836 · Processo · 1836
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Justificação cível ocorrida na vila de São José, na época sob a comarca do Sul da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Feliciano dos Santos (justificante);
            João Alvares Orique (justificado);
            Sebastião José d’Arruda (justificado).

            Resumo:
            Neste processo, o justificante, Feliciano dos Santos, buscou anular uma ação de sequestro de bens que os justificados, João Alvares Orique e Sebastião José d'Arruda, moveram contra ele. Os justificantes alegaram que certos terrenos foram doados pela finada Maria d’Arruda, e que ela tinha a posse destas terras em vida. Foram solicitados os títulos originais das terras para serem analisados e a assinatura de nova dilação do processo. A ação contou com testemunhas, que compartilharam informações sobre as diversas vendas dos bens tratados na ação. As terras em questão estavam distribuídas na localidade de Campina, nas proximidades da entrada da vila de São José; e tinham fronteiras com uma estrada, que seguia da vila de São José até o Estreito. O processo termina de modo inconclusivo.

            Localidades relevantes:
            Campina;
            Capoeiras;
            Estreito;
            Maruhi (atual cidade de Imaruí, Santa Catarina);
            vila de São José (atual cidade de São José, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            justificação;
            testemunhas;
            contas.

            Atuaram neste processo:
            escrivão Joaquim Francisco d'Assiz e Passos;
            juiz municipal Francisco da Costa Porto;
            procurador Manoel do Nascimento Ramos;
            procurador Sebastião José d’Arruda;
            signatário Joaquim Affonso Pereira;
            signatário Mariano José Coelho;
            signatário major Silvestre José dos Passos.

            Justificação de Manoel Pereira dos Santos
            BR SC TJSC TRRJ-51884 · Processo · 1829-1830
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Justificação realizada na Capital, na época conhecida como a cidade de Desterro, da Ilha de Santa Catarina.

            Partes do Processo:
            Manoel Pereira dos Santos (justificante);
            Manoel Soares de Oliveira (justificado);
            Clemencia Roza (justificada).

            Resumo: É feita uma justificação acerca de posse de terras, a qual o justificante realizou a compra de um sítio nas redondezas do "Rio de Maruhy", estando esse devedor da quantia de dois contos de réis ao casal justificado. É requerida que seja apresentada toda a comprovação de compra e venda da propriedade, estando presente a escritura e um mapa da região da propriedade, demarcando seu terreno.

            Atuaram no processo:
            ouvidor e corregedor Agostinho de Souza Loureiro;
            escrivão de paz Luis Ferreira do Nascimento Mello;
            escrivão Domingos Dias de Souza Medeiros;
            escrivão Polidoro de Amaral e Silva;
            tabelião Joaquim Francisco de Assis e Passos;
            procurador José Ignacio Henrique;
            procurador Manoel Antonio da Costa;
            procurador Manoel da Silva e Souza;
            juiz de paz João Vieira da Roza;
            juiz de fora Manoel Moreira de Souza Meirelles.

            Localidades relevantes:
            Desterro;
            Freguesia de São José;
            Rio de Maruhy.

            Compõem o processo:
            Petição inicial;
            Procuração;
            Mapa do terreno;
            Traslado;
            Petição;
            Escritura;
            Agravo.

            Libelo cível de Francisco Alexandre Silva
            BR SC TJSC TRRJ-83543 · Processo · 1849 - 1854
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Ação de libelo cível de evicção realizada na vila de São José, na época sob a comarca do sul da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Francisco Alexandre Silva (autor);
            Anna Bernardina da Silva (autora);
            Antonio Martins dos Santos (réu);
            Joaquina Thomazia do Amor Divino (ré).

            Resumo:
            Os autores, que são o casal Francisco Alexandre Silva e Anna Bernardina da Silva, moveram um libelo cível de evicção contra os réus, Antonio Martins dos Santos e Joaquina Thomazia do Amor Divino. A ação foi iniciada a fim de requerer indenização referente a um terreno vendido ilegalmente aos autores.

            O processo encontrava-se primeiramente em juízo contencioso, por não haver conciliação. Os autores alegaram ter comprado um terreno dos réus e lá começaram a construir uma edificação, mas foram impedidos por um embargo do tenente-coronel José da Silva Ramos, que afirmou ser o legítimo proprietário das terras, denominadas como “da marina”.

            Mesmo com protestos dos réus a favor do direito de evicção dos autores e a realização de apelações, foi comprovado que o terreno tinha sido vendido ilegalmente aos suplicantes. Com isso, a construção foi destruída e o tenente-coronel foi considerado como proprietário do local.

            Com isso, os autores requereram a indenização da quantia pela compra do terreno, assim como uma quantia de juros da lei e as custas da ação. Foi anexado o traslado de escritura para comprovar a compra do terreno e solicitar o dito pagamento.

            Ao decorrer do processo, os réus realizaram o pagamento da quantia pedida, e os autores deixaram de pedir o juros e a sisa (imposto sobre transmissão de patrimônio), entrando em acordo. As partes autoras assinaram o termo de desistência, por estarem satisfeitas com a conciliação e não verem necessidade em prolongar o processo. A desistência foi julgada por sentença e os autores foram condenados a arcar com as custas da ação.

            Atuaram no processo:
            escrivão do juízo de paz Duarte Vieira da Cunha;
            escrivão dos órfãos Francisco Xavier d’Oliveira Camara;
            escrivão e tabelião Joaquim Francisco d’Assis e Passos;
            juiz municipal João Francisco de Souza;
            oficial de justiça Domingos Jozé da Silva;
            pregoeiro Joaquim Affonço Pereira;
            procurador Manoel de Freitas Sampaio;
            signatário Francisco Alexandre da Silva.

            Localidades relevantes:
            Picadas;
            Praia Comprida;
            Praia do Mar;
            estrada pública;
            vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina);
            comarca do sul.

            Compõem o processo:
            correição;
            documento de conciliação;
            mandado;
            petição de ação;
            procuração;
            requerimento de audiência;
            sentença;
            termo de obrigação;
            traslado da escritura.