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            7 Descrição arquivística resultados para Santa Catarina

            BR SC TJSC TRRJ-76102 · Processo · 1851-1861
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Traslado de ação de força nova realizado na vila de São José, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Libania Caetana de Ramos (autora);
            Francisco Antonio Caetano (autor);
            Brizida Joaquina de Oliveira e Silva (autora);
            Antonio José dos Santos (réu);
            Ana Roza de Jesus (ré).

            Resumo:
            O processo se trata de um translado de ação de força nova, oriundo da vila de São José. Os autores da ação são possuidores de um terreno no lugar denominado Cubatão, e o objeto da demanda é uma suposta invasão dos réus, que entraram forçadamente nas divisas formando e derrubando roças, o que resultou no esbulho das terras. Uma ação de conciliação já havia sido feita, mas os suplicados não compareceram às audiências.

            Na época, o juiz de paz participava deste tipo de libelo, como vemos na página virtual de número 06: “Cite-se como requer. São Pedro de Alcantara, oito de setembro de mil oitocentos e cinquenta e hum. Anastácio José da Cunha, juiz de paz”. Ao decorrer da ação, os réus requerem uma aplicação de vistas ao pedido e afirmam que mostrariam sua “razão”; com isso, dois procuradores são nomeados para representá-los e é aberto um embargo de contestação.

            Dentre as afirmações no embargo dos réus, destacam-se que as roças formadas estariam dentro das divisas pertencentes aos suplicados, e que as demarcações haviam sido feitas 17 anos antes do início do processo. Um primeiro demarcador foi notificado para delimitar os fundos e frentes do terreno em questão, e uma dilação foi autorizada para o lançamento de mais provas e a formação de um rol de testemunhas.

            Nos depoimentos recolhidos pelo rol dos autores, é afirmado que a posse das terras seria dos autores, e que os antepossuidores delas foram o falecido marido de Libania, Domingos Martins, e Manoel Joaquim da Roza, proprietários já durante a primeira demarcação realizada; além disso, é abordado que a plantação por parte dos réus não foi feita de modo consentido com os autores. Já as testemunhas citadas pelos réus confirmam a versão de que os suplicados eram os originais possuidores da terra, há 17 anos, e que mantinham plantações regulares no local.

            Após isso, os autores requerem uma vistoria nos terrenos. O pedido é atendido e a ação é realizada pelo demarcador, ajudante de corda e acompanhada por testemunhas informantes; a nova planta do terreno foi anexada na página virtual de número 173. O processo é concluído com sua remessa, em forma de traslado, para o tribunal da relação da corte do Rio de Janeiro, após os réus entrarem com apelação.

            Atuaram no processo:
            administrador Antonio de Souza Xavier Caldeira;
            ajudante de corda Mathias Hoffman;
            árbitro Francisco Xavier de Oliveira Camara;
            árbitro José Manoel de Araujo Roslindo;
            demarcador Antonio José da Costa;
            demarcador Francisco José de Medeiros;
            escrivão interino David do Amaral e Silva;
            escrivão José Antonio Botelho;
            escrivão Leonardo José de Campos;
            juiz de paz Anastácio José da Cunha;
            juiz municipal Francisco Honorato Cidade;
            juiz municipal João Francisco de Souza;
            juiz municipal segundo suplente Frederico Affonço de Barros;
            oficial de justiça Diogo Thomas;
            pregoeiro dos auditórios Joaquim Affonso Pereira;
            procurador Eleuterio Francisco de Souza;
            procurador João Francisco de Souza;
            procurador Joaquim Francisco de Assis e Passos;
            procurador Manoel do Nascimento Ramos.

            Localidades relevantes:
            caminho das Forquilhas;
            cidade do Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina);
            Cubatão;
            freguesia de São Pedro de Alcântara (atual município de São Pedro de Alcântara, Santa Catarina);
            Rio de Janeiro;
            segunda comarca;
            Sertão do Maruhi (atual bairro Sertão do Maruim, São José);
            vila de São José (atual município de São José, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            auto de vistoria e demarcação;
            contas;
            dilação;
            embargo de contestação;
            impugnação;
            petições;
            procurações;
            recibo;
            réplicas;
            requerimentos;
            sentenças;
            termo de apelação;
            termo de depósito;
            termo de responsabilidade;
            termos de declaração;
            termos de obrigação.

            Sumário crime de Caetano Antônio Teixeira
            BR SC TJSC TRRJ-28994 · Processo · 1849
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Sumário crime de queixa e denúncia realizado na vila de Lages, na época sob a segunda comarca de Santa Catarina.

            São partes neste processo:

            • Domiciano de Azevedo Camillo Mascarenhas (autor);
            • Caetano Antônio Teixeira (réu).

            Resumo:

            • Neste processo, o autor Domiciano d’Azevedo Camillo Mascarenhas apresentou queixa contra o réu Caetano Antônio Teixeira, morador em Curitibanos, pelo fato de que as terras do autor foram ilegalmente e irregularmente vendidas ao réu, por parte de Ignácio da Luz.
            • Domiciano era possuidor de uma propriedade rural contendo um rancho, no quarteirão dos Campos Novos; lá, abrigava Ignácio da Luz, que encontrava-se acometido pelo “mal de Lázaro” (hanseníase/lepra). Em um momento em que Domiciano ausentou-se daquela sua propriedade, Ignácio vendeu uma parte da propriedade a Caetano, sem o consentimento do proprietário e sem entregar a escritura ou qualquer outro documento comprobatório da posse de tais terras. Sem demora, Caetano e seu pessoal desmancharam o rancho de Domiciano, e colocaram gado para pastar na localidade. O autor, ao retornar, encontrou sua propriedade alterada e danificada, e começou a consertar os danos causados. Encontrou ali também um escravizado de posse sua, que foi ordenado pelo autor a dizer ao réu Caetano que desocupasse suas terras. Entretanto, segundo Domiciano, o escravizado fingiu ser leal, mas na verdade estava do lado do réu. O réu marchou, mais tarde, para a propriedade do autor, com camaradas seus, capangas e mais seis escravizados, munidos de armas de fogo, lanças e espadas; e cercando a Domiciano, insultaram-no, agrediram-no e ameaçaram-no de morte. De acordo com a denúncia, o autor manteve-se calmo, e por isso ele e sua família escaparam com vida. Desse modo, o autor veio à justiça para retratar a venda e receber indenizações.
            • O processo termina com a desistência da ação por parte do autor, pelo fato de que este firmou um acordo com o réu; foi definido que o réu ficou encarregado de desocupar a propriedade.

            São mencionadas as seguintes localidades:

            • Distrito/quarteirão de Campos Novos;
            • Curitibanos.

            Atuaram neste processo:

            • Escrivão Matthias Gomes da Silva;
            • Juiz Guilherme Ricken;
            • Oficial de justiça Gregório Antônio.

            Variações de nome:

            • Domiciano d’Azevedo Camello Mascarenhas;
            • Domiciano d'Azevedo Camillo Mascaranhas;
            • Domiciano de Azevedo Camello Mascarenhas.
            Tribunal da Relação do Rio de Janeiro
            BR SC TJSC TRRJ-79424 · Processo · 1852 - 1859
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Manutenção de posse realizada na vila de Lages, na época sob a segunda comarca da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Anna Maria do Amaral (suplicante);
            Antonio Muniz de Moura (suplicante);
            Joze da Silva Maiato (suplicado).

            Resumo:
            Neste processo, o casal de suplicantes afirma ser possuidor de uma moradia, localizada na Costa do Caveiras, denominada como “Fazenda do Araújo”. Os suplicantes afirmam que Joze da Silva Maiato, suplicado e morador na Corte do Rio de Janeiro, cometeu esbulho, afirmando também que houve o envio de cartas com ameaças exigindo que eles abandonassem o imóvel.

            Durante o processo, os suplicantes anexam uma certidão de bens herdados por Anna, filha dos antigos proprietários do local. Nessa relação, constam quantias em dinheiro, uma casa, campos, um espelho, animais, mobília, utensílios de cozinha, ferramentas, vestimentas e equipamentos de montaria; além disso, são citadas na lista três pessoas escravizadas, de nome Manoel e Joaquina, sendo a terceira não nomeada no traslado.

            Após isso, foram localizadas e anexadas as escrituras de compra e venda da propriedade, assim como suas divisões para os requerentes. Em resposta, é alegado que a fazenda foi levada a praça pública e arrematada judicialmente, sendo a partir dessa ação que o suplicado teria comprado o terreno. Ao final do processo, o juiz julga a ação por sentença, requerendo o pagamento das custas por parte dos suplicados.

            Atuaram no processo:
            escrivão do geral e tabelião público do judicial de notas Mathias Gomes da Silva;
            escrivão dos órfãos e procurador Generoso Pereira dos Anjos;
            escrivão Estevão Tiomacio dos Santos;
            escrivão e tabelião Generoso Pereira dos Anjos Junior;
            juiz municipal Guilherme Ricken;
            procurador tenente-coronel Manoel Rodrigues de Sousa;
            signatário Claudio Jose Pires da Silva;
            signatário Domingos Francisco Gil;
            signatário José Pinto;
            signatário Manoel Gomes de Souza.

            Localidades relevantes:
            Costa do Caveiras;
            fazenda do Araújo;
            rio de Caveiras;
            Rio de Janeiro;
            segunda comarca;
            vila de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina).

            Compõem o processo:
            certidão de pagamento de partilha;
            contas;
            correição;
            petições;
            procurações;
            sentença;
            termo de acusação da citação;
            testemunhas;
            traslado das escrituras.

            Variações de nome:
            suplicante Anna Muniz do Amaral.

            Esbulho de Antonio Lins de Cordova
            BR SC TJSC TRRJ-79222 · Processo · 1828-1832
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Processo de esbulho realizado na vila de Lages, na época sob a chamada Ilha de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Antonio Lins de Cordova (suplicante);
            Bento Ribeiro de Cordova (suplicado);
            José Antonio da Silva Monteiro (suplicado).

            Resumo:
            Neste processo, foi autuada um processo de esbulho a pedido do alferes Antonio Lins de Cordova. O suplicante afirmou que os suplicados, nas pessoas de Bento Ribeiro de Cordova e do alferes José Antonio da Silva Monteiro, ocuparam sua fazenda sem o devido direito, causando-lhe graves prejuízos e danos na sua propriedade. Antonio era morador no bairro de Pelotinhas, nos Campos do Pinheiro Seco.

            Os esbulhadores erigiram uma casa no terreno de Antonio, nas proximidades de uma criação de animais (“ao pé da cria de bestas”) e de uma outra casa, perto de roças do suplicante. Além disso, Bento e José acossaram os trabalhadores das roças de Antonio: mobilizaram homens armados para expulsar à força os trabalhadores da roça, sob ameaças de violência. Os trabalhadores ameaçados informaram que os homens sob mando de Bento e José festejavam na casa ilegalmente construída pelos esbulhadores, coletaram madeira e, ainda, atearam fogo aos campos de Antonio, causando ainda mais prejuízos e terror ao suplicante e seu pessoal. Em uma outra petição referente a esse mesmo fato criminoso, Antonio disse que os homens armados enviados por Bento e José eram dois homens escravizados e um “camarada”, chamado João Manoel.

            …Além disso, o suplicante Antonio Lins de Cordova apresenta um libelo junto à sua denúncia. Nele, Antonio reclama que já tentou recorrer à justiça antes; mas o juiz o tratou com hostilidade, e, junto com o escrivão, demoraram-se e se esquivaram de cumprir suas funções. Antonio evidenciou seu desamparo e o prejuízo sofrido pela prevaricação e pela má vontade destes agentes da justiça.

            Durante os relatos das testemunhas, os primeiros depoentes confirmaram que Bento e José atacaram as terras de Antonio. Porém, outras testemunhas posteriores disseram que não sabiam ao certo se as terras pertenciam mesmo a Antonio.

            Por conta de impedimentos do juiz, o processo ficou suspenso por vários momentos.

            Após ouvidas as testemunhas, foi alegado que Antonio Rodrigues de Andrade fora anteriormente expulso pelo suplicante Antonio Lins de Cordova das ditas terras, que por sua vez ganhou uma contenda judicial contra Andrade. A contenda ocorreu pois as terras foram indevidamente entregues a Andrade, por meio de venda oculta.

            Adiante, foi feito um termo de composição entre as partes. Nesse termo foi pretendida uma reconciliação, onde foi informado que o terreno era herança do cadete João Damasceno de Cordova, por sua vez herdeiro do inventário do sargento-mor João Damasceno de Cordova e sua mulher, dona Maria de Sam Boaventura, já falecidos. Após longas discussões, o juiz sugeriu dividir o terreno: Bento Ribeiro de Cordova ficaria com as terras herdadas pelo cadete, enquanto Antonio Lins de Cordova ficaria com o restante, incluindo o Campo do Pandeiro.

            Por sentença, o juiz condenou Bento na causa; e o condenou ao pagamento das custas.

            Em contrapartida, uma audiência de embargos foi movida na sequência, em que Bento procurou embargar a sentença favorável a Antonio. Julgando terem ocorrido várias inconsistências no processo anterior, o juiz inverteu o rumo do processo; julgou a sentença anterior nula e sem efeitos, dando uma nova sentença em favor do réu Bento.

            Por fim, Antonio recorreu através de uma apelação, procurando elevar a instância do julgamento da ação. Foram nomeados louvadores (avaliadores), a fim de que estes avaliassem o valor dessa escalada de instância. Eles julgaram que a ação valia 150.000 réis (150$000). O juiz, por sentença, ordenou que fossem citadas as partes para dar fim ao processo, através do pagamento da quantia.

            Atuaram no processo:
            alcaide Domiciano Joze de Soza;
            avaliador Manoel Ignacio da Silveira;
            avaliador alferes José Antonio da Silva Monteiro;
            escrivão Generoso Pereira dos Anjos;
            escrivão público, judicial e de notas Joam Manoel Cortes;
            escrivão do juízo de paz e tabelião Camillo Justiniano Ruas;
            escrivão e tabelião José Domingues do Couto;
            juiz de paz capitão de cavalaria miliciana Manoel Cavalheiro Leitão;
            juiz ordinário Francisco Borges do Amaral e Castro;
            juiz ordinário Nicoláo José de Liz e Abreu;
            juiz ordinário alferes Joaquim Antonio de Morais;
            juiz presidente Francisco de Paiva Muniz;
            procurador Miguel Antonio de Almeida.

            Localidades relevantes:
            Campos do Pandeiro;
            Campos do Pinheiro Seco;
            bairro de Pelotinhas;
            vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages (atual município de Lages, Santa Catarina);
            cidade de Desterro (atual município de Florianópolis, Santa Catarina)
            comarca da cidade de Desterro;
            comarca da Ilha de Santa Catarina.

            Compõem o processo:
            avaliação;
            contas;
            denúncias;
            embargos;
            libelos;
            mandados de intimação;
            petições;
            requerimentos de audiência;
            sentenças;
            termo de composição;
            termo de declaração;
            termo de juramento de louvadores;
            testemunhos;
            traslado de petição;
            traslado de vistoria.

            Variações de nome:
            Maria de São Boaventura;
            alcaide Domiciano José de Souza;
            escrivão João Manoel Cortes.

            Ação de força nova de José Silveira de Sousa e outros
            BR SC TJSC TRRJ-18271 · Processo · 1844
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Ação de força nova realizada na vila de São Miguel, na época sob a comarca do norte da província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            Anna Francisca dos Santos (autora);
            Jacintho José Pacheco dos Santos (autor);
            José de Sousa (autor);
            Maria Nunes da Trindade (autora);
            Eugênia Rosa da Conceição (ré);
            Victorino da Rocha Linhares (réu).

            Resumo:
            Neste processo, são suplicantes Anna Francisca dos Santos, Jacintho José Pacheco dos Santos, José de Sousa e Maria Nunes da Trindade, os quais alegaram possuir e estar em posse pacífica de algumas terras devolutas, localizadas no lugar denominado como "Inferninho", que fazia divisa com um rio de mesmo nome. O réu Victorino da Rocha Linhares e sua mulher, Eugênia Rosa da Conceição, também moradores da região, invadiram, esbulharam e usurparam as terras.

            Diante disso, os autores pediram para que os acusados fossem citados para responderem judicialmente. Entretanto, o primeiro juiz Thomé da Rocha Linhares, e o juiz suplente Claudio Pereira Xavier, foram acusados de suspeição de parentesco com o réu. Em seguida, foi chamado o terceiro juiz, Antonio de Sousa Cunha, que alegou estar doente e, por isso, impossibilitado de julgar o processo. Em seguida, recorreram ao 4º juiz, Henriques Costa, cuja suspeição foi contestada por ser casado com a prima de 2º grau do réu. Por fim, solicita-se ao segundo substituo do juiz municipal que dê procedência ao caso.

            O final do processo é inconclusivo, sem a tomada de uma decisão definitiva.

            Localidades relevantes:
            rio do Inferninho;
            Inferninho;
            Tijuquinhas do Sul.

            Compõem o processo:
            contas;
            procurações;
            termo de audiência;
            termos de despachos e requerimentos.

            Atuaram no processo:
            escrivão José Manoel Araújo;
            escrivão de capelas, de resíduos e tabelião Amancio Jose Ferreira;
            escrivão do juízo de paz Antonio Carlos de Carvalho;
            oficial de justiça Antonio Silveira de Sousa;
            pregoeiro dos auditores Hilario José da Silva;
            juiz municipal Thomé da Rocha Linhares;
            juiz municipal Antonio de Sousa Cunha;
            juiz municipal Henriques Costa;
            juiz municipal suplente e escrivão Manoel Joaquim Henrique da Costa;
            juiz de paz Alexandre José Varella;
            suplente Claudio Pereira Xavier;
            2º vereador e 2º substituto do juiz municipal Jacob Pereira dos Santos.

            Variação de nome:
            escrivão José Manoel de Araujo.

            BR SC TJSC TRRJ-75739 · Processo · 1849-1850
            Parte de I - Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

            Ação de força nova realizada na vila de São José, na época sob a segunda comarca na província de Santa Catarina.

            Partes do processo:
            José Joaquim da Silva (autor);
            Anna Rosa de Jesus (autora);
            José Ávila Nunes (réu);
            Camilla Rosa de Farias (ré).

            Resumo:
            Neste processo, os autores acusaram os réus de terem invadido sua propriedade. Além disso, alegaram que eles cometeram esbulho, derrubaram árvores, mataram animais, e ameaçaram ao genro do suplicante.

            Os autores tentaram uma conciliação, sob pena de revelia, mas os réus não compareceram. Foram chamadas testemunhas para depor sobre o processo; elas declararam que os autores eram donos da terra havia mais de 10 anos, e que viram os suplicados trabalharem a terra alheia, preparando o terreno para fazer plantações.

            O procurador dos suplicantes pediu, então, para que José e sua esposa Camilla abrissem mão das terras, e que fossem condenados a pagar por todo tempo da indevido de ocupação, além de todas as perdas e danos causados; a fim de que não mais perturbassem os autores.

            O oficial de justiça atuante no caso tentou intimar os réus, mas não conseguiu contato. Assim, ele notificou o pai do suplicado, que possuía terras que tinham divisa com os autores.

            O juiz empossou os autores como verdadeiros donos das terras. Foram realizados os atos possessórios de percorrer o perímetro do terreno, atirar terra para o ar e cortar ramos e ervas.

            Ao final do processo, o juiz julgou confirmado por sentença o auto de posse, além da revelia aos réus; e estes ficaram obrigados a arcar com as custas processuais, com acréscimos.

            Atuaram no processo:
            escrivão Joaquim Francisco de Assis e Passos;
            escrivão do juízo de paz e oficial de justiça Eugênio José Pires;
            juiz de paz Manoel Alves Rodrigues;
            juiz municipal João Francisco de Sousa;
            pregoeiro Joaquim Afonso Pereira;
            procurador Manoel do Nascimento Ramos;
            procurador e signatário Francisco Claudino de Sousa Medeiros;
            signatário José Lionardo Florindo;
            signatário Manoel Joaquim de Santanna;
            signatário Simplício José dos Reis.

            Localidades relevantes:
            Carvoeira;
            Encantada;
            Sambaqui da Freguesia de Sant’Anna;
            Freguesia de São Joaquim de Garopaba (atual município de Garopaba, Santa Catarina);
            cidade de Laguna (atual município de Laguna, Santa Catarina);
            comarca do sul.

            Compõem o processo:
            auto de posse;
            contas;
            declaração;
            juntada;
            petição;
            procuração;
            requerimento;
            sentença;
            termo de obrigação.

            Variações de nome:
            San José;
            signatário José Leonardo Florindo.